capitulo catorze.


- se quiserem ouvirem call out my name do the weeknd e the beach do the neighborhood para o capítulo é uma boa escolha







— Você só precisa deixar eu tentar te dar o que eu quero.






Quando entramos no seu apartamento percebi que Suna moveu a bateria para o meio da sala, alguns papéis de jornais estavam espalhados pelo chão. Porém o que me chamou a atenção foi um pequeno gato preto parado perto do instrumento musical.

— Adotou um gato? - cruzei as sobrancelhas.

— Eu quase atropelei ele esses dias, então achei justo dar um abrigo até ele se recuperar do susto.

Eu gargalhei com a inocência de Suna, ele adotou um gato e nem sequer percebeu.

— Parece que você esteve aqui antes - comentei caminhando ate uma poltrona.

— Apenas de dia, quando escurece eu preciso ir embora - falou enquanto colocava mais ração para o gatinho.

— Qual o nome dele? - apontei para o bichano e ele deu de ombros.

— Não sei, eu perguntei e ele só disse um "meow"

— Engraçadinho, deveria por um nome, talvez summer, é legal.

— Será moon, por causa do seus olhos, [Nome].

— Meus olhos? Por que?

— Por que eles sempre brilham a luz da lua quando estamos juntos.

[...]

Ficamos em silêncio por um tempo, até eu ir ao banheiro em busca de uma caixa de primeiros socorros, não foi muito difícil de achar. Quando voltei o moreno me olhava confuso.

— Senta aí, o seu lábio ainda está sangrando.

Ele sentou atrás de bateria e eu segui até ficar frente a ele. Molhei um pouco de soro no algodão até mover meus dedos ao seu lábio inferior. Estava rachado na lateral e ressecado, foi um corte pequeno porém profundo. Depois de limpar eu passei um pequeno spray anti inflamatório.

Eu tinha terminado, porém meu dedos ainda permaneceram colados aos lábios de Suna, quando encarei ele, percebi que seu olhar me prendia fixamente, os olhos que antes eram escuros agora tinham um toque de luz com o amarelo brilhando para mim.

— Por que brigou com Atsumu? - soltei e ele como resposta apertou sem piedade minha cintura. — Aí. - comentei agarrando seu ombro.

— Não estou afim de falar sobre isso [Nome].

Sua voz saiu baixa e aveludada, Suna enterrou sua cabeça entre meu ombro, e ali eu senti muito próximo sua respiração bater no meu pescoço nú.

— Suna...- comentei tentando o olhar nos olhos. Porém ele se moveu colocando seus lábios perto do meu ouvido. E foi o suficiente para eu me arrepiar inteira quando seu hálito sobrou gélido.

Rin....me chame apenas de Rin agora - ele falou tão calmo e rouco que foi impossível não escapar nenhum barulho da minha boca.

— Eu prefiro apenas Suna mesmo, não somos tão próximos assim - proclamei mas me arrependi logo em seguida.

— Você é tão teimosa, caralho! - saiu alto e firme.


Ele se afastou um pouco de mim, para me encarar, ele estava intenso demais, em um ato rápido sua mão agarrou meu pescoço e eu segurei mais forte em seu ombro. Por um instante eu senti meu corpo pegar fogo com o olhar dele.

Rintarou foi chegando mais perto de mim, até olhar para o que ele realmente estava interessado, ele se inclinou, umedeceu os lábios e beijou levemente a parte onde o meu queixo se encontra com meu pescoço. Ele pressionou seus lábios ligeiramente para baixo, de uma forma dolorosa. Eu gemi quando senti sua língua quente passar na área arrepiada, e um suave gemido saiu dos seus lábios contra meu pescoço. Senti a sua língua lamber severamente e sem culpa a minha pele, beijos substituíram o local quente e sensível pelos seus chupões. Ele percorreu o caminho do meu pescoço até chegar na minha clavícula de uma forma dolorida e torturosa, foi impossível não sentir minhas pernas vacilarem, e eu iria cair se suas mãos não segurasse minha cintura firme, me trazendo para o seu colo.

Suas mãos me pressionaram forte contra o corpo seu corpo, e eu levei as minhas até seu cabelo, o puxando cada vez mais contra meu colo. De repente até o oxigênio era rare efeito ali no meio.

A alça da minha regata caiu para o lado pelos meus ombros, e Suna deu um leve selinho no início dos meus seios.

Rin-.... - eu iria terminar a frase porém um gemido rouco espaçou dos meu lábios quando minha intimidade roçou com a sua enquanto ele me apertava cada vez mais a ele.

— Apenas assim, pra você me obedecer né - sua mão agarrou meu cabelo enquanto ele sussurrava no meu ouvido.

Eu fiquei vermelha. Estávamos nos encarando enquanto sua outra mão explorava meu corpo.

Um barulho vindo da bateria nos assustou, olhamos para o lado e era o pobre gatinho avisando que estava com sede. Eu me soltei dele meio sem graça, já Suna parecia muito confortável com o clima.

Acabei me afastando dele e indo direto para a varanda, quando o ar gelado me atingiu eu soltei todo o oxigênio que se prendeu em meus pulmões, eu nem ao menos tinha percebido que estava segurando o ar.

Toquei a lateral do meu pescoço, ainda estava quente, e eu ainda podia sentir os lábios dele se pressionado contra minha pele. Fechei os olhos, precisava esquecer essa sensação ou os próximos atos não seriam mais racionais.

— Precisamos resolver sobre a gente - ele apareceu do meu lado e eu tomei um susto.

— Ãhn? como assim a gente? - ele não queria falar sobre o que acontecia agora pouco não é?

— Sobre os boatos sua boba, pensou em que? - ele riu tirando uma com a minha cara enquanto acendia um baseado a luz da lua.

— Aãhn, é verdade, mas eu acho difícil agora, todos viram eu indo correr atrás de você, logo que saiu de moto. - bati minha mão no rosto pensando em qual desculpa eu daria para o diretor amanhã.

— É sábado, relaxa, ninguém vai te cobrar por ter saído da escola, ainda não era nem 22horas. - deu de ombros. — E aliás, por que você veio atrás de mim? Não me lembro de ter te chamado.

— Fácil para você falar né, com todo o seu show e espetáculo. - dramatizei com as mãos. — E eu já disse que não sei, agi sem pensar, ok!?

— Que espetáculo? - ele soltou a fumaça enquanto olhava para cima.

— Entre Atsumu e você. - ele tossiu

— Se vai defender ele é melhor ir embora.

— Eu não disse nada, os dois agiram errados.

— Nada disso, eu perguntei se ele que tinha espalhado esse merda de boato e ele simplesmente surtou.

— Perguntou mesmo ou chegou acusando Rintarou Suna? - espreitei meus olhos.

— Tem diferença? - eu ri.

— Não sei no seu mundo, mas no meu a um enorme abismo de diferença. - ele apenas ignorou me oferecendo o tabaco e eu neguei.

— Nunca vai fumar comigo né? - seus dedos moveram a substância até seus labios cortados de uma maneira linda.

— Nunca é algo muito incerto - eu sorri e ele me devolveu sorrindo também.

— O que Atsumu falou pra você em? - perguntei e ele apenas negou. — Tudo bem se não quiser falar.

Ele suspirou alto, soltando todo aquele cheiro de maconha para os céus.

— Ele falou que não havia levantado nenhum boato pois ele não era um fofoqueiro e homofóbico de merda igual era meu irmão - ele riu indignado e eu o olhei ladino.

Eu não sabia o que falar, apenas esperei que ele continuasse.

— Esse filho da puta disse isso, apenas porque sabe que é o que mais me irrita, Ryujii não era homofóbico [Nome], ele só sentia muito medo porque conhecia nosso pai.

— Me explica o que aconteceu? - falei me apoiando em seu ombro.

— Meu irmão sempre cuidou dos gêmeos como se fossem realmente nossos irmãos também, mesmo a nossa diferença de idade sendo apenas dois anos, ele tratava a gente como criança.

— E ele levou a gente para a nossa primeira festa na cidade, e lá bem, ele acabou beijando o Osamu, ambos estavam drogados, ele enlouqueceu depois daquele dia. - seu cigarro estava quase acabando.

— Vocês tinham quantos anos?

— 15 e ele 17, depois disso ele se obrigava a gostar de mulher mesmo sabendo que seu interesse era outro, antes dele falecer ele estava noivo.

— E o Osamu, ele ficou como depois disso? - olhei para ele, eu não sabia se deveria parar de perguntar.

— Houve um dia, apenas um dia, Osamu estava aqui para terminamos um trabalho e participar do treino do clube, e ali foi o abismo, Osamu e ele transaram naquela noite. E de manhã quando Ryujii percebe o que tinha feito ficou louco e bateu no Samu, eu tentei pará-lo mas acabei apanhando também.

— Atsumu ficou sabendo disso, a cidade inteira de alguma maneira ficou sabendo disso também, ninguém sabe como, Osamu foi exposto por sua sexualidade e meu irmão como traidor e gay, Tsumu sempre falou que quem tinha contando os fato era meu irmão, mas isso nunca foi verdade, e no final meu pai aliviou a barra das notícias.

Ele virou para me encarar

— Ele sempre da um jeito quando quer, aquele porco - riu dele e confinou — Mas depois dali foi uma confusão, meu irmão não queria mais se casar, porém sua noiva estava grávida, e meu pai o obrigou mesmo assim. E assim veio o acidente.

"Depois dos dois acidentes" - Lembrei da frase de Osamu.

Suna terminou seu cigarro encostando delicadamente seu anelar nas minhas bochechas, eu ainda o encarava seria pela história que acabei de receber.

— Minha vida é uma completa bagunça [Nome], e parece que eu consigo foder a vida de todos ao redor.

Eu me aproximei dele, me encaixando no meio do seu peito, seu queixo sei posicionou em cima do meu couro, e eu permaneci assim até ele corresponder o meu abraço.

— Sinto muito.

— Eu também sinto.

Ele se afastou delicadamente de mim e beijou minha testa demoradamente, era como se ele me dissesse alguma coisa ali e eu compreendesse.

— Boa noite, amanhã teremos um longo dia. - ele saiu me deixando apenas com meus pensamentos e a imensidão da lua cheia.


[...]

Eu estava deitada no quarto de hóspedes, depois que Suna foi se deitar eu ainda perambulei pela casa, eu sentia meu coração pesado e doloroso. Era aquela sensação de querer ajudar alguém mas você sabe que não pode, querer oferecer o mundo a ela, mas não ter força para carregar.

Deitada na cama eu passei a mão pelo meu pescoço, senti levemente a dor ali por mais cedo, talvez amanhã ficasse roxo, mas a sensação de ter os seus lábios ali valia muito o esforço. Desci minha mão até o meio de meu peito, carregado de angústia, naquele momento eu percebi que eu já estava envolvida demais com Suna para querer voltar atrás. Minha pele reclamava pelo toque dele, meus ossos pediam o calor dele e o meu coração implorava sua atenção.

Eu só tinha medo de descobrir o quão intenso eram esses sentimentos e desejos.


    Como Sunarin já deveria estar dormindo com certeza, eu me levantei, não conseguiria dormir agora nem se eu quisesse, fui em busca do banheiro no corredor. Após sair do lavabo, passei entre a cozinha e a sala, e estava em volta da bateria.

Acho que eu queria aprender a tocar algum dia, parecia incrível, pelo menos ele ficava incrível tocando, era como um anjo caído. Passei meus dedos por alguns pratos dourados, até um papel no chão me chamar atenção.

Abaixei pegando-o, era uma manchete de jornal, e o que mais me surpreendeu era a foto de Rintarou um pouco mais novo estampada naquela notícia.

MAIS UMA MORTE NA FAMÍLIA SUNA's

Depois do anúncio que o deputado Suna ganhou de lavagem o cargo, seu filho mais velho Ryujii Suna se suicidou se jogando do vigésimo quinto andar - a cobertura - de seu apartamento, e sua morte veio logo após do acidente de sua noiva, Elly Saito, a mesma faleceu no local após um acidente de moto na estrada.

Pelo histórico da família, essa já é a terceira morte, seria uma maldição acompanhada pelos sangues de tantas vítimas que o Sr.Reiko Suna derramou em época de guerra? Todos naquela casa vão embora, primeiro sua esposa que falecera de mortes misteriosas, depois seu bebê mais novo, e agora seu filho mais velho. O único restante é Rintarou Suna, sera ele que vai acabar com a maldição de família ou apenas continuá-la?

Em baixo tinha uma foto completa da família de Suna, era uma reportagem do ano passado, mas a foto era ainda de Rintarou criança, ele estava no colo de uma mulher grávida e seu irmão ao lado de um homem com farda e uma bengala dourada reluzia a foto.

Eu joguei o papel assustada, de repente tudo começou a se encaixar na linha tênue da minha mente.

Ryuiji Suna, a morte dele passou no jornal, eu me lembro raramente. Eu não fazia ideia que o Deputado Suna era o mesmo que o Reiko Suna, quando Osamu comentou imaginei que ele nem fosse mais deputado.

Bati na minha cabeça freneticamente, eu e Suna nunca fomos apresentados formalmente, eu sempre achei que Suna era seu primeiro nome, e Rintarou seu sobrenome, visto que todos os chamam assim, não é comum chamarem aluno pelo primeiro nome.

Como eu pude ser tão lerda?





O que está fazendo aí?





NOTAS:

As vezes eu acho que Fetish é um suspense e não um romance, enfim né.

Queria comentar aqui que vocês estão cada dia mais folgadas em, pff me agradeçam estou eu aqui com a boca cheia de pontos mas trouxe um capítulo fresquinho pra vocês.

off: vocês para em de pedir triângulo amoroso com Osamu, ele é gay e tb bichinha, querem um Osamu bissexual vão ler Broken Heart 😡


obs: desculpa erros ortográficos.

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