𝟬𝟬 ៸៸ ͏p͏ró͏l͏o͏g͏o !

APÓS longas horas de pesquisa sobre a vida de cada um dos detetives que lhe foram apontados como um parceiro em potencial, a oficial encontrava-se exausta! É difícil pesquisar a vida de detetives, eles normalmente não deixam rastros e todos tem essa cisma com a possibilidade de serem perseguidos. Como alguém do ramo, ela entendia muito bem a mente deles...

E esse trabalho se mostrava um desafio ainda maior quando os escolhidos por seus superiores, eram verdadeiras lendas!

Todos responsáveis pela resolução de casos famosos nacionalmente, e alguns internacionalmente.

Mas dentre todos os que viu, um deles foi especialmente complicado!

E esse, certamente foi responsável pela morte de alguns neurônios da oficial.

Foi o último a ter a vida fuçada por Chae hi, ainda sim, ela passou no mínimo sete horas pesquisando atenciosamente em todos os lugares possíveis e imagináveis, e o máximo que havia encontrado sobre ele, eram algumas informações profissionais rasas. As mesmas que se encontravam na pasta do dossiê de indicação que lhe fora entregue pelos seus superiores. Isso, além de várias e várias pastas confidenciais com o nome dele nos arquivos do governo. Bom... Seja lá quem fosse, estava metido em assuntos bem sérios, e por algum motivo isso só despertou ainda mais o seu interesse.

Ninguém contrataria um amador para fazer serviço de gente grande...

Além do mais, seu histórico era no mínimo invejável. Sung Jin-Woo, completou o ensino médio senior¹ aos dezoito anos, entrou na faculdade aos dezenove, foi tenente aos vinte e dois anos, conseguiu um diploma em investigação forense e perícia criminal aos vinte e quatro... Isso tudo além de um alto percentual de casos resolvidos. Casos esses, que por algum motivo não estão abertos a ampla divulgação. Invés disso, estão lacrados com selos de confidencialidade em arquivos do governo que nem mesmo ela tinha permissão para abrir.

"Um batalhão de um homem só, é isso que ele é... Parece perfeito" Era nisso que Chae Hi pensava enquanto levantava da escrivaninha do escritório em sua cobertura, pronta para ir até a cozinha pegar mais um café espresso italiano, um companheiro recorrente quando algum caso lhe exigia mais tempo que o necessário.

A verdade é que essas últimas semanas estão sendo mais do que exaustivas para a loira. Ela está no limite do estresse, e por mais que não queira aceitar ajuda, ela reconhece que precisa. Por mais orgulhosa que fosse, nunca deixaria seus traços de personalidade atrapalharem seu trabalho.

— Então é isso! — falou baixinho para si só quando chegou ao veredito de por onde começar.

Se tivesse mesmo que escolher um parceiro, iria começar conhecendo o mais difícil e interessante deles...

Só não entendia o porquê de alguém aparentemente importante não ter o nome divulgado em nenhum lugar, nem sequer em fóruns de entusiastas da criminologia onde era comum encontrar informações sobre detetives promissores ou famosos.

— O cara é uma sombra — murmurou baixinho consigo novamente, levando a xícara aos lábios em seguida.

"Além disso, com esse currículo... Por que não lhe recomendaram ele como a primeira opção?" Pensava ela.

No silêncio da enorme cobertura, iluminada apenas pela luz da cozinha, a detetive deixava as perguntas tomarem conta de sua mente, cada vez mais curiosa para saber a respeito do homem, se vendo frustrada ao notar que sequer tinha uma foto para pré conceituar sobre o mesmo.

Com sua xícara em mãos, ela seguiu novamente em direção ao escritório. Abriu a pasta do dossiê e procurou o endereço de email antes visto.

— Aparentemente ele é algum velho que ainda não sabe sobre a existência simplificadora dos números de telefone para contato — continuava falando sozinha, e agora estressada por ficar tanto tempo supondo e não ter chego a lugar algum.

Enquanto digitava furiosamente um email que fazia um contraste com seu humor, tentava escolher as melhores palavras para que o mesmo fosse convidativo e convincente o suficiente.

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De: Cha Hae-In

Para: Sung Jin-Woo

Assunto: Convite e Proposta.

Boa noite senhor Sung, espero que esteja bem e que considere com apreço o convite que lhe farei.

Não pretendo me alongar demais, apenas prefiro explicar de antemão como o "conheci" e o porquê de estar redigindo esse e-mail para o senhor.

Pois bem; caso minha identidade não seja clara a você, sou Cha Hae-In, detetive de homicídios da ANPC, recentemente comecei a trabalhar no caso do assassinato de Hwang Dong-Seok, o irmão desafortunado do empresario Hwang Dong-Soo. A questão é que desde o início do caso tenho sido pressionada a encontrar um parceiro dentre os muitos que me recomendaram. E foi assim, senhor Sung, que cheguei a você.

Queria ter a oportunidade de conhecê-lo melhor, já que mesmo pesquisando assiduamente, não consegui nenhuma informação além do escasso dossiê que me prepararam. Se concordar em me encontrar, nós podemos ir a um café no centro de Seul amanhã, o endereço é ****** **** ******, pode ser às oito.

Ps: O expresso de lá é ótimo!

Atenciosamente: Chae Hae-in

Detetive de Homicídios da ANPC.

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Fez questão de ler em voz alta para que qualquer possível erro fosse ouvido e corrigido em seguida. Também refletiu durante alguns segundos sobre as últimas duas linhas, pensando se não seria melhor uma assinatura pessoal invés daquele profissionalismo todo. Por fim acabou mantendo a assinatura profissional. Não queria dar a entender que estava sendo apenas uma curiosa. Eles tratariam sobre o seu caso no café, então seria assunto profissional de um jeito ou de outro.

Enviou o e-mail após dar-se por satisfeita do resultado, em seguida desligou o notebook e a luminária da escrivaninha, se despedindo do escritório e seguindo para a cozinha. Eram oito e quarenta e cinco da noite segundo o relógio da cozinha. A loira abriu a geladeira pensando sobre o que faria para comer, visto que ao longo de todo o dia não teve uma única refeição decente.

Com os ingredientes separados no balcão de mármore negro, a detetive põe sua playlists de pop e se põe a trabalhar para fazer o macarrão talharim ao molho branco ao som de Katy Perry.

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Já estava no fim de seu prato, quando resolveu desbloquear o telefone para ver seu grupo de trabalho e a notificação de um email se fez presente na barra de notificação. Olhando o remetente confusa e surpresa com a rapidez da resposta, Hae-in não demorou um minuto sequer antes de abri-lo. Ficando ainda mais confusa com a breve mensagem que encontrou.

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De: Sung Jin-Woo

Para: Cha Hae-In

Assunto: Pedido, confirmação e correção.

Cara Detetive Cha Hae-In, sinto que envelheci cinquenta anos após ler a palavra "senhor" tantas vezes dirigida a mim em seu e-mail. Peço que dispense o uso dela a mim.

Nos encontramos às oito no café combinado.

Ps: seu caso não é só sobre um simples assassinato. ㅤ

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Atenciosamente: Sung Jin-Woo

Detetive consultor particular e perito criminal.

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Ainda atônita, a loira bloqueia o celular sentindo as bochechas esquentarem de vergonha.

Acho que ele não é um velho... — constatou envergonhada.

˗ˏˋ Ｎ Ｏ Ｔ Ａ Ｓ 'ˎ˗

: ̗̀➛ Achei pouquinho apenas o cap introdutório, e achei melhor colocar logo esse prólogo junto, pra dar aquela saciada gostosa na curiosidade de quem se interessou pela premissa. Tchau 𓆩♡𓆪

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