ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗙𝗢𝗥𝗧𝗬 𝗧𝗪𝗢❕

ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝗳𝗼𝗿𝘁𝘆 𝘁𝘄𝗼. ᠉ ࣪ ˖
tudo está desabando!
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𝗧𝗨𝗗𝗢 𝗘𝗦𝗧𝗔𝗩𝗔 𝗚𝗜𝗥𝗔𝗡𝗗𝗢, Astraea sentia sua cabeça girar enquanto se apoiava na mesa, a visão de seu tio sendo torturado pelas mãos de Voldemort fez ela ser atingida em cheio. Seus olhos estavam lacrimejando e ela sentia seu coração disparando, sua mente só rodava a cena que ela havia visto, tudo para ela passou como um flash naquele dia que ela foi para a casa da família de seu pai com Harry e Perseu. No dia que ela viu Sirius depois de anos, no dia que ela reencontrou ele sabendo que era seu tio, mas ele reencontrou ela não sabendo que Astraea era sua sobrinha que um dia havia “morrido”. A ruiva se pegou entrando em um estado de choque quando alguns pensamentos entraram em sua mente, então seria assim? Sirius seria morto pelas mãos de Voldemort sem ao menos saber que ela estava viva, ele iria morrer sem ao menos saber que ela estava ali, que estava bem, que seus pais estavam bem e que eles a criaram tão bem quanto um dia ele achou que eles fariam. Astraea simplesmente não podia deixar isso acontecer, ela não podia deixar a vida de seu tio acabar assim e ela não iria, mesmo que significasse ter que enfrentar o próprio Lord Voldemort.

Mesmo que não estivesse saindo de seu transe, a ruiva mantinha seus olhos no seu melhor amigo. Harry que estava tão mal quanto ela, ele não estava no chão mais, mas sua situação parecia ter piorado, sendo ajudado por algumas pessoas ao seu redor o moreno estava apoiado no ombro de um Corvino qualquer. Astraea sentia alguém chamando ela ao seu lado, mas nada para ela parecia fazer sentido mais e sua audição estava zumbindo e ela não conseguia ouvir nada e nem distinguir quem estava chamando ela de forma tão desesperada, sua mente voltava repetida vezes para o acontecimento de momentos atrás. Sua respiração ficando cada vez mais descompensada, seus olhos acumulando água e ela sentindo seus pulmões imediatamente, como um ato para tentar respirar ela levou a mão até a garganta, mas nada adiantava, a crise de pânico já estava consumindo ela totalmente.

Dando um passo para trás ela estava prestes a desabar no chão quando mãos carinhosas agarraram ambos os lado de seu rosto, com a visão de olhos azuis turbulentos em sua frente ela sentiu uma lágrima descer pelo seu rosto, a feição de Perseu era totalmente preocupada e ele movia a boca de forma silenciosa, pelo menos para Astraea era isso que estava acontecendo. Ela não sentia, não ouvia, não via nada além dos olhos azuis de seu namorado, mas isso não parecia o suficiente para ela, não quando seus pensamentos eram sobre como ela iria perder Sirius, como seu tio iria morrer sem ao menos lhe dar um abraço, sem ao menos rever seu pai depois de anos achando que ele estava morto, sem poder olhar para o rosto de sua melhor amiga novamente. Em como eles não poderiam viver como uma família como deve ser, em como eles não iriam poder terem jantares, passeios, viagens e momentos como uma família.

— Meu amor. — Pela primeira vez Astraea pode ouvir a voz calmamente de seu namorado, essa que parecia ser a sua luz para tirá-la de seus pensamentos mais escuros. — Ei linda, você consegue me ouvir?

A ruiva só conseguiu acenar brevemente com a cabeça, seus olhos se deslocando por causa das lágrimas que caíam deles.

— O que aconteceu? — Dava para ver que o loiro-acastanhado se encontrava tão desesperado quanto ela. Para Perseu apenas a imagem de sua namorada daquele jeito era o bastante para destruí-lo completamente.

— S-sirius. — Mesmo com dificuldade ela conseguiu murmurar. — E-ele vai matá-lo, vai matar m-meu tio!

— Quem ruivinha? — Naquele momento a ruiva só queria bater nele por fazer tanta pergunta.

— Voldemort. — Foi em um sussurro, mas a tensão da sala parecia aumentar com isso. — E-eu vi, acredita em mim. Por favor, acredite em mim!

— Eu sempre vou acreditar em você, minha estrela, sempre. — Ele tirou as mãos do rosto dela brevemente. — Preciso te tirar daqui, você não está nada bem. Vamos sair daqui agora.

— O que?

Perseu não respondeu ele apenas passou os braços por debaixo das pernas da ruiva erguendo ela com facilidade do chão, todos ao redor observavam a cena sem falar nada e apenas assistiam. Astraea imediatamente suspirou, seus olhos se fechando com força enquanto ela agarrava no pescoço do loiro-acastanhado, os fios de cabelo de sua nuca sendo puxados parcialmente, portanto, ele não se importou, tudo o que ele tinha em mente era levar sua parceira para longe daquela multidão e ajudá-la a se acalmar, tudo para ele rodava ao redor de Astraea e ele não tava nem aí para o resto que acontecia ao seu redor, era apenas ela que importava ali, nem ninguém e nem nada mais. Somente ela, sua parceira.

Todos observavam a cena de longe enquanto os dois se afastaram, Perseu ignorava todos os olhares em sua costa, ele olhou para baixo vendo a ruiva de olhos fechados parecendo extremamente em pânico. Correndo com ela nos braços ele chegou até uma sala vazia, abrindo a porta ele entrou com ela lá, colocando Astraea sentada devagar na cadeira que continha, a híbrida abriu os olhos tentando se acalmar enquanto seu namorado se ajoelhava em sua frente tocando em seu rosto em uma breve carícia.

— Está tudo bem meu amor, você está segura agora, sim? — Astraea tentou encontrar a paz naqueles olhos, mas tudo o que ela fez foi chorar enquanto seu namorado a abraçava tentando a reconfortar. — Inspire e respire, isso, muito bem.

— Perseu. — Ela o chamou em um sussurro quase mudo.

— Sim, minha estrela?

— Preciso encontrar Harry. — O loiro-acastanhado se afastou de sua namorada encarando ela nos olhos. — Lembra aquela vez que te disse que eu tinha tido o mesmo sonho que Harry? Acho que aconteceu de novo e meu tio pode estar em perigo, assim como aquela vez o Sr. Weasley esteve

— Você tem certeza disso? Não acha melhor verificar?

— Sim, é por isso que preciso achar Harry.

— Não vou dizer que gosto dessa ideia porque eu não gosto, mas se ele é o único meio de saber se seu tio está bem então vamos atrás dele. — Com a ajuda de Perseu, Astraea se levantou preparada para ir até onde Harry estava. Esse ato não foi preciso, não quando Harry entrou na sala junto a Hermione e Rony.

— Astraea? — Harry perguntou assustado assim que viu a amiga.

— Harry. — Dando um suspiro cansado ela andou até o moreno em passos apressados, suas mãos foram direto para seu rosto enquanto analisava seus olhos verdes que pareciam transbordar em puro caos. — Você está bem?

— Não. — Ele balançou a cabeça negando. — Voldemort pegou Sirius.

— Eu sei, eu vi tudo. — Harry arregalou os olhos com a informação.

— Como?

— Não sei como e nem o porque, aconteceu o mesmo que aquele dia com o Sr. Weasley.

— Será que dá pra falar alto o que vocês dois estão sussurrando? — Perseu perguntou parecendo totalmente indignado.

— Voldemort pegou Sirius.

— Quê?

— Como é que você...?

— Vi. Agorinha. Quando adormeci no exame.

— Mas... onde? Como? — Perguntou Hermione, cujo rosto estava tão branco quanto uma folha de pergaminho.

— Não sei como. — Falou Harry. — Mas Astraea também viu.

Os olhos dos dois Grifinórios caíram sobre a ruiva como se estivessem perguntando como ela havia visto, mas enquanto ela também não sabia explicar o motivo, ela não poderia fazer nada além de ficar em silêncio.

— E eu sei exatamente onde eles estão. Tem uma sala no Departamento de Mistérios cheia de estantes com pequenas esferas de vidro, e eles estão no fim do corredor noventa e sete... ele está tentando usar Sirius para apanhar alguma coisa que quer lá de dentro... está torturando ele... diz que quando terminar vai matá-lo!

A voz de Harry parecia que estava tremendo, como seus joelhos. Conduzindo o amigo até uma carteira ela fez ele se sentar, vendo ele tentando se controlar. A ruiva fez o mesmo, mas diferente de Harry, ela se sentou em cima da mesa enquanto sentia a mão de Perseu em seu ombro fazendo uma massagem para reconforta-lá.

— Como é que vamos chegar lá? — Harry perguntou aos amigos.

Fez-se um momento de silêncio, a ruiva imediatamente encarou o amigo sem expressão, tudo bem que seu tio estava prestes a ser morto por um dos bruxos das trevas mais perigosos do mundo bruxo, mas ela ainda não achava que a melhor opção seria que eles fossem até lá sem antes saberem que eles de fato estão lá.

— Ch-chegar lá? — Rony parecia assustado ao perguntar.

— Chegar ao Departamento de Mistérios para poder salvar Sirius! — Disse Harry em voz alta.

— Mas... Harry... — Rony tentou argumentar com a voz fraca.

— Quê? Quê? — Exclamou Harry.

Harry parecia não conseguir entender por que os dois estavam boquiabertos como se ele estivesse lhes pedindo alguma coisa irracional. Mas Astraea parecia entender muito bem o motivo disso, ela mesma estava assustada com o pensamento que o amigo tinha em mente, a ruiva precisava colocar juízo em sua cabeça antes que ele fizesse algo muito errado e acabasse fazendo merda.

— Harry. — Hermione falou com a voz muito assustada. — Ah... como... como foi que Voldemort entrou no Ministério da Magia sem ninguém perceber a presença dele?

— Como é que eu vou saber? — Urrou Harry. — A questão é como nós vamos entrar lá!

— Espera aí Harry. — Astraea levantou a mão, os três imediatamente se viraram para ela. — Não podemos fazer isso, não quando ao menos sabemos se ele realmente está lá, pode ser uma armadilha ou sei lá, algo até mesmo pior. Não podemos ir até lá sem ao menos sabermos se Sirius e Voldemort realmente estão lá de fato, pode ser perigoso, principalmente para estudantes do quinto ano como nós, se a gente fazer algo precipitado pode acabar dando muito ruim. Sei que está nervoso, eu também estou! Mas agindo por impulso não vai nos levar a nada, você teve esse sonho e eu também tive e eu nem sei o porque, mas ir até lá nessa altura seria suicídio!

— Astraea está certa, Harry. — Hermione chegou mais perto do amigo com cuidado, era como se ela estivesse com medo de que ele explodisse ali mesmo. — São seis horas da tarde... o Ministério da Magia deve estar cheio de funcionários... como é que Voldemort e Sirius entraram lá sem serem vistos? Harry... eles são provavelmente os dois bruxos mais procurados do mundo... você acha que poderiam entrar em um prédio cheio de Aurores sem ninguém perceber?

— Eu não sei, Voldemort usou uma Capa da Invisibilidade ou qualquer outra coisa! — Gritou Harry, nesse momento a ruiva não estava nem se importando se ele era seu amigo ou não, tudo o que ela quis fazer foi bater nele até ele pensar direito sobre as questões em que eles se encontravam. — De qualquer maneira, o Departamento de Mistérios sempre esteve completamente vazio nas vezes que estive.

— Você nunca esteve lá, Harry. — Disse Hermione com a voz calma. — Você sonhou com aquele lugar, foi só.

— Não são sonhos normais! — Gritou Harry para ela, se levantando e por sua vez se aproximando mais dela. Astraea estava com uma tremenda vontade de fazê-lo sentar a força.  — Como é que você explica, então, o pai de Rony, o que foi aquilo, como é que eu soube o que tinha acontecido a ele?

— Ele tem razão. — Rony comentou baixinho, olhando para Hermione.

— Mas isto é simplesmente... simplesmente tão improvável! — Hermione falou desesperada. — Harry, como é que Voldemort poderia ter pegado Sirius se ele tem ficado o tempo todo no largo Grimmauld?

— Sirius pode ter pirado e tido vontade de tomar um ar fresco. — Rony disse parecendo preocupado. — Está desesperado para sair daquela casa há séculos.

— Por mais que isso pode ser completamente uma boa sugestão, não acho que Sirius tenha resolvido sair para tomar um ar depois de todo esse tempo preso lá. — Astraea tomou a frente. — Isso não me parece cheirar bem, antes de tomarmos qualquer decisão precipitada a gente deve pensar com calma e decidir o que fazer e temos que ter um plano, não apenas saindo daqui sem saber de nada.

— Ouviram? Será que dá para vocês dois ouvirem a mim e a Astraea? Não é possível que apenas eu e ela pensemos aqui dentro! — Hermione parecia desesperada para colocar a voz da razão dentro da cabeça dos dois.

— Agora eu quero saber, por que Voldemort iria querer usar Sirius para apanhar a arma, ou seja lá o que for a tal coisa que a gente viu? — Apontou Astraea tentando parecer o mais calma possível, estava falhando.

— Não sei, haveria um monte de razões! — Berrou Harry, no exato momento que Perseu ouviu o grito do moreno em direção a sua namorada, um olhar totalmente sombrio tomou conta dele. — Vai ver Sirius é só alguém que Voldemort não se importa de ferir.

— Sabe de uma coisa, acabou de me ocorrer. — Disse Rony aos sussurros. — O irmão de Sirius não era um Comensal da Morte? Talvez tenha contado a Sirius o segredo para conseguir a arma!

O coração de Astraea deu um pulo, não, isso está errado. Foi tudo o que ela quis dizer, isso não era possível porque Regulus nunca faria isso, por mais que o irmão mais novo amasse Sirius, ele nunca contaria algo assim para ele, nem ao menos para Astraea ele foi capaz de contar, não era isso, Regulus não tinha nada a ver com isso e essa história para ela parecia estar sendo muito mal contada. Não foi seu pai que contou a seu tio sobre a arma, a ruiva pensou, na verdade, ela nem sabia se ao menos existe uma arma, ela ao menos sabe se aquilo foi real ou se foi apenas uma tentativa de Voldemort para atrair Harry até o Departamento de Ministério, Astraea estava achando tudo isso muito estranho e suas desconfianças estavam começando a aparecer.

— É... e é por isso que Dumbledore tem insistido tanto em manter o Sirius trancado o tempo todo! — Disse Harry.

— Não! — Os três se viraram no mesmo momento que Astraea falou. — Não é isso.

— O que você está falando Astraea? — Harry deu um passo na direção da amiga.

— Quando falei com Sirius no largo Grimmauld ele me disse algo sobre seu irmão. — Mentiu ela descaradamente. — Ele me disse que seu irmão nunca foi capaz de contar a ele sobre os acontecimentos com Voldemort, que seus pais nunca deixaram que Sirius passa-se muito tempo com o irmão e que depois dele ter fugido daquela casa, nunca mais se encontrou com ele. Não acho que seja isso, tem que ser outra coisa.

— E olhe, sinto muito. — Hermione continuou. — Mas nenhum de vocês dois está fazendo sentido, e não temos provas de nada disso, nem mesmo uma prova de que Voldemort e Sirius estejam lá.

— Hermione, Harry e Astraea viu os dois! — Rony se voltou para ela.

— Astraea mesmo não acha isso certo e escute Harry. — Disse a garota, parecendo assustada, mas decidida. — Tenho que lhe dizer uma coisa.

— O quê?

— Você... e isto não é uma crítica, Harry! Mas você tem meio que, quero dizer, você não acha que tem um pouco a... a mania de salvar as pessoas?

Harry lançou a Hermione um olhar feroz. Nesse momento, Astraea percebeu que ferrou tudo.

— E o que quer dizer com “mania de salvar as pessoas”?

— Bom, você. — Ela parecia mais apreensiva que nunca. — Quero dizer, no ano passado, por exemplo, no lago durante o Torneio, você não devia... quero dizer, você não precisava salvar a menininha Delacour, você se... se empolgou um pouco. Quero dizer, foi realmente legal de sua parte e tudo. — Acrescentou Hermione depressa, parecendo positivamente petrificada com a expressão que tomou no rosto de Harry. — Todos acharam que foi um gesto maravilhoso.

— Que engraçado. — Disse Harry com a voz trêmula. — Porque me lembro com certeza de ter ouvido Rony dizer que perdi tempo bancando o herói, é isso que você acha que é? Você supõe que eu queira agir como herói outra vez?

— Não, não, não! — Hermione tentou falar, estupefata. — Eu não quis dizer nada disso!

— Bom, então desembucha logo o que você quer dizer, porque estamos perdendo tempo aqui! — Gritou Harry.

— Estou tentando dizer. Voldemort conhece você, Harry! Ele levou Gina para a Câmara Secreta para atraí-lo, é o tipo de coisa que ele faz, ele sabe que você é uma pessoa que iria em socorro de Sirius! E se agora estiver só tentando atrair você ao Departamento de Mist...?

— Hermione, não faz diferença se ele fez isso para me atrair ou não, levaram McGonagall para o St. Mungus, não restou ninguém da Ordem em Hogwarts a quem a gente possa contar nada, e se não formos, Sirius morre!

— Mas, Harry... e se o seu sonho foi... foi apenas isso, um sonho?

Harry deixou escapar um urro de frustração. Hermione chegou a recuar para longe, assustada. Cansada de só escutar e não fazer nada, a ruiva se levantou imediatamente, tudo o que ela quis fazer nesse momento foi bater nos três e ver se eles paravam de ficar discutindo igual criança e tocassem no que realmente está acontecendo.

— Você não está entendendo! — Gritou Harry para ela. — Não estou tendo pesadelos, não estou apenas sonhando! Para que você acha que foi toda aquela Oclumência, por que você acha que Dumbledore queria me impedir de ver essas coisas? Porque elas são REAIS, Hermione, Sirius caiu em uma armadilha, eu vi. Voldemort o pegou, e mais ninguém sabe disso, o que significa que somos os únicos que podemos salvá-lo, e se você não quiser me acompanhar, ótimo, mas eu vou, entendeu? E se me lembro corretamente, você não fez nenhuma objeção à minha mania de salvar pessoas quando eu estava salvando você dos Dementadores ou... — Ele se virou para Rony. — Quando eu estava salvando sua irmã do basilisco...

— Eu nunca disse que fazia objeção! — Replicou Rony, indignado.

— Mas, Harry, você acabou de dizer. — Lembrou Hermione, zangada. — Dumbledore queria que você aprendesse a fechar sua mente a essas visões, e se você tivesse aprendido Oclumência direito nunca teria visto nada.

— SE VOCÊ ACHA QUE EU VOU AGIR COMO SE NÃO TIVESSE VISTO...

— Sirius lhe disse que não havia nada mais importante do que aprender a fechar sua mente!

— BOM, ACHO QUE ELE DIRIA OUTRA COISA SE SOUBESSE O QUE ACABEI DE...

— FECHA ESSA SUA MATRACA E ESCUTA A HERMIONE, CARALHO! — Quando Astraea explodiu ela foi capaz de dar um empurrão no moreno que se não fosse por Rony teria caído no chão, algumas mesas ao redor deles voaram para a parede e todos pareciam assustados com isso.

A porta da sala de aula se abriu imediatamente. Harry, Astraea, Perseu, Rony e Hermione se viraram depressa. Gina entrou, curiosa, acompanhada por Luna que, como sempre, parecia que fora parar ali por acaso.

— Oi. — Disse Gina, insegura. — Reconhecemos a voz de Harry e Astraea. Por que é que vocês estão gritando?

— Não é da sua conta. — Respondeu Harry grosseiramente. Gina ergueu as sobrancelhas.

— Não precisa usar esse tom de voz comigo. — Falou ela, tranquila. Astraea se perguntou como ela conseguia se manter tão calma, ela mesma estava quase matando Harry por ser tão irracional. — Eu só pensei que talvez pudesse ajudar.

— Pois não pode. — Respondeu ele secamente.

— Você está sendo muito grosseiro, sabe? — Luna exclamou com serenidade. Harry disse um palavrão e deu as costas.

— Fala certo com elas, seu merda. — Puxando Harry ela apontou o dedo na cara dele, a ruiva parecia cansada de ver um de seus melhores amigos tratando alguém tão mal assim. Tudo o que ela quis foi bater nele até ele ficar roxo. — Não é porque Sirius foi raptado e você está desesperado que tem que tratar os outros mal, ninguém merece ter que ficar escutando seus berros, seus xingamentos e sua má educação, então é melhor você tratar elas bem ou eu vou fazer a questão de bater em você até que você esteja na porra de uma cama na enfermaria. Se você acha que tratar os outros mal vai fazer com que Sirius fique bem, você está muito enganado e caso você continue com essa sua estupidez eu vou pegar você e te dar uma coça, escute bem o que eu estou falando Harry. Você pode ficar bravo, irritado e tudo mais, mas nunca mais ouse levantar a merda da voz para mim nem ninguém nessa sala ou se não dá próxima vez eu vou te dar um soco, ouviu bem?

— Sim.

— Eu não ouvi direito.

— Sim, Astraea. — Mesmo a contragosto ele foi capaz de falar.

— Espere. — Disse Hermione de repente. — Espere... Harry, elas realmente podem ajudar.

Os quatro olharam para Hermione.

— Escute. — Ela falou com urgência. — Harry, precisamos determinar se Sirius realmente deixou a sede.

— Eu já lhe disse que... — Astraea deu um beliscão na costela do moreno fazendo ele berrar e dar um pulo para longe dele.

— Escute ela. — Mandou totalmente irritada.

— Harry, estou lhe suplicando, por favor! — Insistiu Hermione, desesperada. — Por favor, vamos verificar se Sirius está em casa antes de sair correndo para Londres. Se descobrirmos que ele não está lá, então juro que não vou tentar impedir você. Vou junto, f-farei o que for preciso para tentar salvá-lo.

— Sirius está sendo torturado AGORA! — Gritou Harry. — Não temos tempo a perder.

— JÁ NÃO FALEI PRA VOCÊ NÃO GRITAR, PORRA? — Berrou Astraea indo com tudo pra cima de Harry, por sorte Perseu agarrou a namorada a tempo antes que ela estrangulasse o moreno. — Me solta Perseu, eu vou estourar a cara desse desgraçado na porrada!

— Calma, minha estrela. — Sussurrou ele enquanto afastava ela dos demais. — Você vai se arrepender depois então se acalme, agora não é hora para isso, você pode bater nele depois.

— Escute, se isso for um truque de Voldemort, Harry, precisamos verificar, simplesmente precisamos.

— Como? — Quis saber Harry. — Como é que vamos verificar?

— Teremos de usar a lareira da Umbridge e ver se conseguimos falar com ele. — Exclamou Hermione, que agora parecia decididamente aterrorizada com sua ideia. — Vamos afastar Umbridge da sala outra vez, precisaremos de vigias, e é aí que podemos usar Gina e Luna.

— Nós faremos. — Embora fosse visível que Gina se esforçava para entender o que estava acontecendo, ela concordou imediatamente.

— Quando você diz “Sirius”, você está se referindo ao Toquinho Boardman? — Disse Luna. Ninguém lhe respondeu, a ruiva até pensou em dizer algo a ela, mas Perseu manteve ela grudada a si mesmo para que Astraea não acabasse matando o escolhido.

— Ok. — Harry temendo Astraea falou calmamente a Hermione. — Ok, se você puder pensar em um jeito de fazer isso rápido, estou com você, do contrário estou indo para o Departamento de Mistérios agora mesmo.

— O Departamento de Mistérios? — Perguntou Luna, parecendo ligeiramente surpresa. — Mas como é que você vai chegar lá?

De novo, Harry a ignorou.

— Certo. — Disse Hermione, torcendo as mãos e andando para cima e para baixo entre as carteiras que sobraram.  — Certo, bom, um de nós tem de ir procurar a Umbridge e despachá-la na direção oposta, para mantê-la afastada da sala dela. Podiam dizer, sei lá, que Pirraça está fazendo alguma barbaridade como sempre.

— Farei isso. — Concordou Rony na mesma hora. — Direi que Pirraça está destruindo o departamento de Transfiguração ou outra coisa qualquer que fique a quilômetros do escritório dela. Pensando bem, eu provavelmente poderia convencer Pirraça a fazer isso se o encontrasse pelo caminho.

Foi um sinal da gravidade da situação que Hermione não fizesse objeções a destruir o Departamento de Transfiguração.

— Ok. — Disse a garota, a testa enrugada, enquanto continuava a andar para lá e para cá. – Agora precisamos afastar imediatamente os estudantes da sala da Umbridge enquanto forçamos a entrada, ou algum aluno da Sonserina vai acabar informando a ela.

— Luna e eu podemos ficar uma em cada ponta do corredor. — Gina falou prontamente. — E avisar às pessoas para não descerem até lá porque alguém soltou uma carga de Gás Garroteante. — Hermione pareceu surpresa com a rapidez com que Gina inventara essa mentira, a garota encolheu os ombros. — Fred e Jorge estavam planejando fazer isso antes de ir embora.

— Ok. — Concordou Hermione. — Bom, então, Harry, você, eu e Astraea vamos usar a Capa da Invisibilidade e entrar na sala da Umbridge, e você pode falar com o Sirius.

— Ele não está lá, Hermione!

— Quero dizer, você e Astraea podem... podem verificar se Sirius está ou não em casa enquanto eu vigio, acho que você não devia ficar na sala sozinho. Lino já provou que a janela é um ponto fraco, mandando aqueles pelúcios por lá.

Mesmo em sua raiva e impaciência, Harry pareceu reconhecer o oferecimento de Hermione para acompanhá-lo à sala da Umbridge um sinal de solidariedade e lealdade. Astraea ao contrário não entendia porque ela tinha que ir junto, mas mesmo assim não se opôs, seria melhor assim e não ficaria sem fazer nada, pelo menos foi isso que ela pensou.

— Eu... ok, obrigado. — Murmurou.

— Beleza, e o que caralhos eu faço? — Perseu que parecia ter sido esquecido murmurou e todos encararam ele. — O idiota do Weasley vai cuidar da nojenta da Umbridge, a Weasley fêmea e a Luna vão cuidar dos alunos, Hermione, o chato grotesco do Potter e minha bela namorada vão até a sala da Umbridge, mas e eu, porra?

— Você vem comigo. — Astraea falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Não estou deixando você longe de mim, loirinho. Preciso de você.

— Certo, bom, mesmo se fizermos tudo isso, acho que não vamos poder contar com mais de cinco minutos. — Hermione interrompeu, com um ar de alívio ao ver que Harry parecia ter aceitado o plano. — Não com o Filch e a maldita Brigada Inquisitorial soltos pelos corredores.

— Cinco minutos serão suficientes. — Disse Harry. — Vamos andando, então...

— Agora?! — Exclamou Hermione, parecendo chocada.

— Claro que é agora! — Harry falou, zangado. — Que é que você pensou, que íamos esperar até depois do jantar ou outra hora qualquer? Hermione, Sirius está sendo torturado neste momento!

— Eu... ah, tudo bem. — Disse a garota, desesperada. — Vai apanhar a Capa da Invisibilidade e encontraremos você no fim do corredor da Umbridge, ok?

Harry não respondeu, apenas precipitou-se para fora da sala, assim que o barulho de porta fechando soou pelos ouvidos da ruiva ela revirou os olhos. Na opinião dela Harry estava muito nervoso, ela entendia isso, apesar de Sirius ser seu tio e ela estar desesperada para correr até ele e ajudá-lo, ela ainda tinha seu pai e sua mãe, já Harry não, Sirius era sua única família na mente dele e para ele saber que poderia perder a única família que tinha, parecia ser demais. Apesar dela não apoiar o jeito que Harry estava tratando todos a sua volta, ainda sim ela o entendia.

— Vamos. — Mesmo com o medo e o desespero correndo por suas veias, ela foi capaz de começar a andar para fora da sala, os outros cinco seguiram ela sem falar absolutamente nada. Sabiam que a ruiva poderia ser mais assustadora que Harry quando estava com raiva e com toda certeza, eles não queriam ver isso.

Os cinco em alguns minutos já se encontravam no lugar marcado, eles apenas esperavam por Harry que parecia não chegar logo, Astraea se encontrava tão nervosa que batia seus pés no chão para tentar se acalmar enquanto Perseu fazia leves carícias em seu braço para que ela não ficasse ainda mais ansiosa. Astraea já estava quase indo de encontro com o moreno quando Harry apareceu na frente deles parecendo ainda mais nervoso e ansioso, os agora seis se encontravam já agrupados no fim do corredor da Umbridge.

— Estão comigo. — Ofegou ele. — Prontos para ir, então?

— Vamos. — Cochichou Hermione, quando passava uma turma de sextanistas barulhentos.

— Então Rony, você vai despistar a Umbridge. Gina e Luna, podem começar a tirar as pessoas do corredor. Harry, Perseu Hermione e eu vamos pôr a Capa da Invisibilidade e esperar até a barra ficar limpa. — Mandou Astraea tomando a frente.

Rony se afastou, seus cabelos muito ruivos visíveis até o fim do corredor, ao mesmo tempo, a cabeça igualmente colorida de Gina subia e descia entre os estudantes que se acotovelavam ao redor, indo na direção oposta, seguida pela cabeça loura de Luna.

— Entrem aqui. — Murmurou Hermione, puxando o pulso de Harry e fazendo-o recuar para um recesso onde a cabeça de pedra de um feio bruxo medieval resmungava em um pedestal. Astraea e Perseu seguiram o comando da Grifinória. — Tem... tem... tem certeza de que você está ok, Harry? Você ainda está muito pálido.

— Estou ótimo. — Respondeu ele com brevidade, tirando a Capa da Invisibilidade da mochila.

Astraea não sentiu a verdade em suas palavras, sabia que ele não estava nada bem e que apenas estava dizendo aquilo para Hermione não se preocupar e os três pararem de seguir com o plano.

— Aqui. — Disse ele, atirou, então, a capa sobre os quatro e ficaram escutando atentamente o que acontecia com os outros.

— Vocês não podem vir por aqui! — Gina gritava para a multidão. — Não, me desculpem, vocês vão ter de dar a volta pela escada giratória, alguém soltou Gás Garroteante por aqui...

Eles ouviam as pessoas reclamando.

— Não estou vendo gás algum. — Uma voz mal-humorada disse

— É porque ele é incolor. — Disse Gina em tom exasperado e convincente. — Mas se você quer passar pelo gás, sirva-se, aí teremos o seu corpo para provar ao próximo idiota que não acreditar em nós.

Lentamente, a multidão se dispersou. A notícia sobre o Gás Garroteante parecia ter se espalhado, as pessoas não estavam mais vindo. Quando finalmente a área circunvizinha ficou deserta, Hermione disse baixinho.

— Acho que isso é o melhor que a gente vai conseguir. Os três, andem, vamos logo.

Eles se adiantaram, cobertos pela capa. Luna estava parada de costas para eles no extremo do
corredor.

— Bruxinha... não esqueça de dar o sinal. — Ao passarem por Gina, Hermione sussurrou.

— Qual é o sinal? — Murmurou Harry, ao se aproximarem da porta de Umbridge.

— Um coro em altas vozes de “Weasley é nosso rei”, se virem a Umbridge se aproximar. — Respondeu Astraea por Hermione, enquanto Harry enfiava uma lâmina de canivete na fresta entre a porta e a parede. A fechadura se abriu com um estalo e eles entraram.

Os gatinhos espalhafatosos estavam aproveitando o sol de fim de tarde que aquecia seus pratos, mas, tirando isso, a sala estava silenciosa e desocupada como da última vez. Hermione deu um suspiro de alívio.

— Pensei que ela tivesse reforçado as medidas de segurança depois do segundo pelúcio. — Murmurou Astraea.

Eles tiraram a capa, Hermione correu para a janela e ficou escondida, espiando para os terrenos da escola com a varinha na mão. Harry se precipitou para a lareira, agarrou o pote de Pó de Flu e atirou uma pitada na grade, fazendo irromper as chamas cor de esmeralda. Astraea podia observar como ele tremia e como parecia prestes a explodir, decidindo ajudar ele, ela correu até o melhor amigo e ficou ao seu lado se ajoelhando.

— Largo Grimmauld, número doze! — Ela disse depressa.

Sua cabeça começou a girar como se ela tivesse acabado de descer de um carrossel, embora os joelhos continuassem firmemente plantados no chão frio da sala. Astraea manteve os olhos bem fechados para protegê-los do redemoinho de cinzas e, quando parou de girar, ela os abriu e deparou com a cozinha longa e fria do largo Grimmauld. Não havia ninguém lá, ela esperava que isso não tivesse acontecendo, mas definitivamente nao estava preparada para a onda de medo e pânico que pareceu ter açoitado o seu estômago à vista do aposento deserto.

— Sirius? — Harry gritou ao seu lado. — Sirius, você está aí?

Sua voz ecoou pelo aposento, mas não houve resposta exceto um ruidinho de passos à direita do fogão.

— Quem está aí? — Astraea chamou, em dúvida se poderia ser um ratinho.

Monstro, o elfo doméstico, apareceu. Tinha um ar extremamente satisfeito, embora parecesse ter sofrido recentemente graves ferimentos nas duas mãos, envoltas em pesadas bandagens. Astraea sentiu seu coração dar outro pulo, o que havia acontecido com ele? Por que Monstro estava assim? O que haviam feito com ele? A ruiva não quis saber, sabia que seria demais para ela e somente o pensamento que poderia ter sido alguém da ordem a ter feito isso fez ela querer vomitar imediatamente.

— É a cabeça do garoto Potter no fogão. — Monstro informou à cozinha vazia, lançando olhares furtivos e estranhamente triunfantes a Harry. — E a amiga traidora dele.  O que terá vindo fazer, Monstro se pergunta?

— Onde está Sirius, Monstro? — Indagou Harry. O elfo doméstico deu uma risada asmática.

— O senhor saiu, Harry Potter.

— Onde é que ele foi? Onde é que ele foi, Monstro? — Astraea perguntou parecendo tão desesperada quanto Harry, ela não podia acreditar no que estava prestes a acontecer. Monstro meramente gargalhou.

— Estou lhe avisando! — Disse Harry, consciente de que o espaço de que dispunha para castigar o elfo era quase inexistente na presente posição. — E Lupin? Olho-Tonto? Algum deles, tem alguém aqui?

— Ninguém aqui a não ser Monstro. — O elfo comentou alegremente e dando as costas a Harry e Astraea, se dirigiu lentamente para a porta no fundo da cozinha. — Monstro acha que vai conversar com a senhora dele agora, sim, há muito tempo que não tem uma chance. O senhor do Monstro não deixa ele se aproximar da senhora...

— Onde é que Sirius foi? — Berrou Harry para o elfo. – Monstro, ele foi para o Departamento de Mistérios?

Monstro parou de chofre. Astraea conseguia divisar apenas sua nuca pelada através da floresta de pernas de cadeiras à sua frente.

— O senhor não diz ao pobre Monstro onde vai. — Respondeu o elfo em voz baixa.

— Mas você sabe! — Astraea odiava ter que gritar com Monstro, mas era a vida de seu tio em risco, ela nunca poderia se manter calma nessa situação. — Não sabe? Você sabe onde ele está.

Houve um momento de silêncio, e então o elfo soltou uma gargalhada ainda mais alta do que as anteriores.

— O senhor não vai voltar do Departamento de Mistérios! — Disse alegremente. — Monstro e sua senhora estão outra vez sozinhos!

Então saiu correndo e desapareceu pela porta do corredor. Astraea sentiu uma lágrima solitária descer pelo seu rosto, não, ela se negou a acreditar nisso. Sirius não podia morrer, seu tio não podia ir, para ela tudo está desabando.

— Seu...!

Mas antes que o moreno pudesse lançar um único feitiço ou dizer um único palavrão, Harry e Astraea sentiram uma grande dor no topo da cabeça, inspiraram uma quantidade de cinzas e, engasgando, sentiram que os puxavam de costas pelas chamas, até que de maneira terrivelmente instantânea os dois se viram diante da cara larga e pálida da Prof. Umbridge, que arrastava os dois para fora da lareira pelos cabelos e agora virava os seus pescoço para trás até o limite, como se pretendesse cortar suas gargantas.

— Você acha. — Sussurrou ela, forçando o pescoço dos dois amigos para trás, obrigando-os a olhar para o teto. — Que depois de dois pelúcios eu ia deixar mais algum bichinho imundo, comedor de carniça, entrar na minha sala sem o meu conhecimento? Mandei instalar Feitiços Sensores de Atividade Furtiva ao redor da minha porta depois do último, seu tolo. Tire a varinha deles. — Vociferou a diretora para alguém que os dois não puderam ver, e Astraea sentiu uma mão tatear o bolso superior de suas vestes e apanhar sua varinha. — A dos outros dois também.

Astraea ouviu um rebuliço ao lado da porta, e concluiu que tinham acabado de arrancar a varinha da mão de Hermione e de Perseu.

— Quero saber por que você está na minha sala. — Disse Umbridge se referindo a Harry, sacudindo a mão que agarrava seus cabelos e o fazendo cambalear.

— Eu estava tentando recuperar a minha Firebolt! — Respondeu Harry rouco.

— E você? — Sentindo seu cabelo ser puxado Astraea rosnou. — Me diga garota, o que você estava fazendo aqui?

— Sou a amiga de Harry, não sou? — Questionou com ironia. — Obviamente eu estava ajudando ele.

— Mentirosos. — Ela tornou a sacudi-los. — Sua Firebolt está sob rigorosa vigilância nas masmorras, como sabe muito bem, Potter. Vocês dois estavam com a cabeça metida na minha lareira. Com quem vocês estavam se comunicando?

— Com ninguém. — Disse Harry tentando se desvencilhar.

— Mentiroso! — Gritou Umbridge. Atirou-o para longe e ele bateu na escrivaninha.

Astraea rapidamente tentou se mover mas Umbridge a jogou para longe de Harry, a ruiva bateu com a cabeça no chão sentindo sua visão se desfocar por alguns segundos. Quando retomou a visão, dali pôde ver Hermione manietada na parede por Emília Bulstrode. Malfoy segurava Perseu que mantinha seus olhos na namorada, era de se esperar que ele podia muito bem se soltar e acabar com Draco, mas ele não iria fazer isso, não quando Astraea podia acabar ficando em perigo. Draco sorria afetadamente brincando de atirar a varinha de Harry e Astraea no ar com uma das mãos. Ouviu-se um tumulto do lado de fora e alguns alunos corpulentos da Sonserina entraram, cada um, por sua vez, segurando, Rony, Gina, Luna e para perplexidade de Astraea, Neville, que, imobilizado por uma gravata de Crabbe, parecia correr o risco iminente de sufocar. Os quatro tinham sido amordaçados.

— Apanhei todos. — Disse Warrington, empurrando Rony com violência para dentro da sala. — Aquele ali. — E indicou Neville com um dedo grosso. — Tentou me impedir de apanhar essa outra. — E indicou Gina, que tentava chutar as canelas da garota da Sonserina que a prendia. — Então trouxe-o também.

— Ótimo, ótimo. — Aprovou Umbridge, observando a resistência de Gina. — Bom, parece que em breve Hogwarts será uma zona livre dos Weasley, não?

Malfoy soltou uma risada alta de puxa-saco. Umbridge lançou à menina um sorriso largo e indulgente, e se acomodou em sua poltrona forrada de chintz, piscando para os prisioneiros como um sapo em um canteiro de flor. Astraea queria mais que tudo matá-los agora, ah sim, ela certamente faria isso quando se soltasse.

— Então, Potter, você colocou vigias ao redor da minha sala e mandou esse palhaço. — Ela acenou para Rony, Malfoy riu ainda mais alto. — Me dizer que o poltergeist estava fazendo uma destruição no departamento de Transfiguração, quando eu sabia muito bem que ele estava ocupado em borrar de tinta as lentes dos telescópios, o Sr. Filch acabara de me informar isso. Pelo visto era muito importante para você falar com alguém. Era Alvo Dumbledore? Ou o mestiço Hagrid? Duvido que fosse Minerva McGonagall, soube que continua doente demais para falar.

Malfoy e alguns membros da Brigada Inquisitorial deram mais risadas. Astraea descobriu que sentia tanta raiva e tanto ódio que estava tremendo.

— Não é de sua conta com quem eu falo. — Vociferou ele. O rosto flácido de Umbridge pareceu se contrair e Astraea sorriu com isso.

— Muito bem. — Disse em seu tom mais perigoso e falsamente meigo. — Muito bem, Sr. Potter… Ofereci-lhe uma chance de me contar voluntariamente. O senhor a recusou. Não me resta alternativa senão forçá-lo. Draco, vá buscar o Prof. Snape.

Malfoy entregou Perseu nas mãos de outro garoto da Sonserina e guardou a varinha de Harry e Astraea no bolso interno das vestes e saiu da sala rindo, mas Astraea nem reparou. Acabara de perceber uma coisa, não conseguia acreditar que tinha se esquecido. Pensara que todos os membros da Ordem, todos os que poderiam ajudá-lo a salvar Sirius, tivessem partido, mas se enganara. Ainda havia um membro da Ordem da Fênix em Hogwarts. Snape.

Fez-se silêncio na sala exceto pela inquietação e o arrastar de pés dos alunos da Sonserina se esforçando para conter Rony e os outros. A boca de Rony sangrava no tapete da Umbridge, empenhado que estava em se livrar da chave de nuca que Warrington lhe aplicava, Gina ainda tentava pisar os pés da sextanista que prendia seus braços. O rosto de Neville ia se tornando mais roxo enquanto o garoto fazia força para se desvencilhar da chave de Crabbe, e Hermione tentava, em vão, jogar Emília Bulstrode longe. Luna, porém, se mantinha quieta e sem mexer um músculo. Perseu ao contrário dos outros apenas estava parado e descontraído na frente do seu captor enquanto ele o segurava com força, mas isso não parecia afetá-lo de jeito nenhum, olhando diretamente para Astraea ele ignorava todos ao seu redor como se a cena o entediasse. Astraea olhou para Umbridge, que observava ela e Harry com atenção. Mantinha o rosto deliberadamente sem rugas e vazio de expressão, quando ouviram passos no corredor e Draco Malfoy entrou na sala e ficou segurando a porta aberta para Snape passar.

— A senhora queria me ver, diretora? — Disse Snape olhando para os pares de estudantes que se debatiam com uma expressão de completa indiferença.

— Ah, Prof. Snape. — Umbridge falou, abrindo um grande sorriso e se erguendo da mesa. — Sim, gostaria que me desse mais um frasco de Veritaserum, o mais depressa possível, por favor.

— A senhora trouxe o meu último frasco para interrogar Potter e Sinclair. — Informou ele, estudando-a calmamente através de suas cortinas de cabelos negros oleosos. — Certamente a senhora não o gastou todo? Eu a preveni que três gotas seriam suficientes.

Umbridge corou.

— O senhor pode preparar mais um pouco, não pode? — Perguntou, sua voz mais meiga e mais infantil como sempre acontecia quando estava furiosa.

— Com certeza. — Respondeu Snape crispando os lábios. — Leva um ciclo de plenilúnio para maturar, portanto eu o terei pronto mais ou menos dentro de um mês.

— Um mês? — Grasnou Umbridge, inchando como um sapo. — Um mês? Mas preciso para hoje à noite, Snape! Acabei de encontrar Potter e Sinclair usando a minha lareira para se comunicar com uma pessoa ou pessoas desconhecidas!

— Sério? — Admirou-se Snape, mostrando seu primeiro e pálido sinal de interesse e se virando para Harry. — Bom, não me surpreende. Potter jamais manifestou grande respeito pelo regulamento da escola. E a senhorita Sinclair, posso dizer que ela tem um grande histórico de desobediência levando em consideração quem são seus pais.

Seus olhos frios e escuros perfuraram os de Harry e Astraea, que sustentou o seu olhar sem piscar, tudo o que ela pensava era quem Snape achava que era para falar sobre seus pais?

— Gostaria de interrogá-los! — Gritou Umbridge, zangada, e Snape desviou o olhar dos dois para o rosto furioso e trêmulo da diretora. — Gostaria que o senhor me fornecesse uma poção que force os dois a me contarem a verdade!

— Eu já lhe disse. — Respondeu Snape suavemente. — Que acabou o meu estoque de Veritaserum. A não ser que a senhora tencione envenenar Potter e Sinclair, e posso lhe garantir que teria a minha solidariedade se fizesse isso, não posso ajudá-la. O único problema é que a maioria dos venenos age com rapidez excessiva e não deixa à vítima muito tempo para contar a verdade.

Snape tornou a olhar para Astraea, que retribuiu o olhar, louca para bater em Snape até sua cara feia ficar deformada o bastante para ela.

— O senhor está em observação! — Guinchou Umbridge, e Snape tornou a olhá-la, com as sobrancelhas ligeiramente erguidas. — O senhor está sendo deliberadamente imprestável! Eu esperava mais, Lucius Malfoy sempre me fala muitíssimo bem do senhor! Agora saia da minha sala!

Snape fez uma curvatura irônica para a diretora e se virou para sair. Astraea sabia que a última oportunidade de informar à Ordem o que estava acontecendo ia saindo pela porta. Mas por quê ela não fazia a mínima questão de querer informar a Snape sobre isso?

— Ele tem Almofadinhas! — Gritou Harry. — Tem Almofadinhas no lugar em que está escondido!

Snape parara com a mão na maçaneta da porta.

— Almofadinhas! — Exclamou a Prof. Umbridge, olhando ansiosa de Harry para Snape. — Que é Almofadinhas? Onde o que está escondido? Que é que ele está dizendo, Snape?

Snape se virou para Harry. Seu rosto estava inescrutável. Astraea não sabia dizer se ele entenderá, mas sabia que Harry não ousaria falar mais claramente na presença de Umbridge.

— Não faço ideia. — Respondeu o professor com frieza. — Potter, quando eu quiser que você grite bobagens, lhe darei uma Poção da Incoerência. E Crabbe, afrouxe o seu golpe um pouco. Se Longbottom sufocar teremos muitos documentos para preencher e receio que serei obrigado a mencionar isso em suas referências, se algum dia você se candidatar a um emprego.

Snape fez menção de fechar a porta, então Astraea focou no que Morgana disse, ela era a única a ter um escudo mental ali, não era? Se sua prática de fechar sua mente parecia tão fácil para ela agora, invadir a mente de alguém também poderia ser. Focando na imagem de Snape a sua frente ela deu tudo de si para conseguir entrar na mente do professor, quando deu de cara com a mente aberta e sem nenhum escudo ela sorriu sabendo que havia conseguido.

— Voldemort pegou Sirius. — Astraea falou dentro da mente de Snape. — Tudo o que você precisa saber é isso. Voldemort pegou meu tio e quero que você avise meus pais, quero que você diga a eles para irem até o Departamento de Mistérios o mais rápido possível, acabei de te mostrar onde eles estão e espero realmente que você faça isso, Severus Snape. Se meu tio morrer, eu mesma me encarregarei de te matar e só deixando avisado, abra sua maldita boca para criticar meus pais novamente e você nunca mais terá a chance de falar novamente.

Astraea então saiu da mente do professor e viu quando ele deu um passo para trás olhando para ela em choque, sua mão se mantinha na maçaneta e Snape parecia totalmente chocado ao presenciar a ruiva em sua mente, mas lá no fundo um misto de orgulho preencheu seu peito. Snape então passou pela porta com um estalo, deixando um Harry mais perturbado do que antes para trás. O professor fora sua última chance. Ele olhou para Umbridge, que parecia estar em situação igual, seu peito arfava de raiva e frustração. Astraea no entanto se acalmou, se Snape iria ou não noticiar seus pais sobre isso ela não sabia, mas caso ele não fizesse, ela mesmo daria um jeito de se comunicar com eles.

— Muito bem. — Disse a diretora e puxou a varinha. — Muito bem... você não me deixa alternativa, isto é mais do que um caso de disciplina escolar, é uma questão de segurança ministerial. Sim... sim...

Parecia estar querendo se convencer de alguma coisa. Mudava o apoio do corpo nervosamente de um pé para o outro, encarando Harry, batendo a varinha na palma da mão vazia e respirando com esforço.

— Você está me obrigando... eu não quero. — Umbridge falou, ainda se mexendo inquieta no mesmo lugar. — Mas às vezes as circunstâncias justificam o uso. Tenho certeza de que o ministro entenderá que não tive escolha...

Malfoy a observava com uma expressão voraz no rosto.

— A Maldição Cruciatus deverá soltar a sua língua. — Umbridge comentou em voz baixa. Rapidamente Astraea arregalou os olhos, não, não mesmo, ela não deixaria isso acontecer.

— Não! — Gritou Hermione. — Prof. Umbridge, isto é ilegal!

Mas Umbridge não lhe deu atenção. Tinha uma expressão maligna, ansiosa, excitada no rosto que Astraea nunca vira antes. Ergueu a varinha.

— O ministro não iria querer que a senhora desrespeitasse a lei, Prof. Umbridge! — Exclamou Hermione.

— O que Cornélio não sabe não lhe tira pedaço. — Disse Umbridge, que agora ofegava levemente ao apontar a varinha para uma parte diferente do corpo de Harry de cada vez, aparentemente tentando se decidir onde doeria mais. — Ele nunca soube que mandei Dementadores atrás de Potter no verão passado, mas ainda assim ficou encantado de ter a oportunidade de expulsá-lo.

— Foi a senhora? — Admirou-se Harry, Astraea abriu a boca em choque. — A senhora mandou os Dementadores atrás de mim?

— Alguém tinha de agir. — Sussurrou Umbridge, a varinha apontada diretamente para a testa de Harry. — Estavam todos se queixando que queriam silenciá-lo, desacreditá-lo, mas eu fui a pessoa que realmente fez alguma coisa... mas você conseguiu se livrar, não foi, Potter? Mas não hoje, nem agora. — E inspirando profundamente, ordenou. — Cruc...

— NÃO! — Gritou Hermione com a voz entrecortada por trás de Emília Bulstrode, juntamente com Astraea.

— Não... Harry... teremos de contar a ela! — Hermione tomou a frente.

— Nem pensar! — Berrou Harry.

— Teremos, Harry, ela obrigará você a falar, de... de que adianta?

E Hermione começou a chorar baixinho nas costas das vestes de Emília. A garota parou imediatamente de querer esmagá-la contra a parede e se afastou com nojo.

— Ora, ora, ora! — Disse Umbridge, com uma expressão triunfante. – A Senhorita Perguntadeira vai nos dar algumas respostas. Vamos, então, menina, fale!

— Her... mi... ni... não! — Gritou Rony através da mordaça.

Gina arregalava os olhos para Hermione como se nunca a tivesse visto antes. Neville, ainda tentando respirar, encarava-a também. Mas Astraea acabara de reparar em uma coisa. Embora Hermione estivesse soluçando desesperadamente com o rosto nas mãos, não havia nem sinal de lágrimas.

— Desculpe... desculpe, gente. — Disse Hermione. — Mas... não dá para aguentar...

— Certo, certo, garota! — Umbridge exclamou, agarrando Hermione pelos ombros, atirando-a no cadeirão de chintz e se curvando para ela. — Agora, então... com quem Potter estava se comunicando ainda há pouco?

— Bom. — Hermione engoliu em seco, ainda com as mãos no rosto. — Bom, ele estava tentando falar com o Prof. Dumbledore.

Rony congelou, os olhos arregalados. Gina parou de tentar pisar os dedos dos pés de sua captora, e até Luna pareceu meio surpresa, Perseu ao perceber o que Hermione queria fazer soltou um sorriso feroz. Felizmente, a atenção de Umbridge e seus policiais estava concentrada muito exclusivamente em Hermione para reparar nesses indícios suspeitos.

— Dumbledore! — Exclamou Umbridge, ansiosa. — Você sabe onde Dumbledore está, então?

— Bom... não! — Soluçou Hermione. — Experimentamos o Caldeirão Furado, no Beco Diagonal e o Três Vassouras e até o Cabeça de Javali...

— Menina idiota... Dumbledore não vai ficar sentado em um pub com o Ministério todo à procura dele! — Gritou Umbridge, o desapontamento gravado em cada ruga frouxa de seu rosto.

— Mas... mas precisava contar a ele uma coisa importante! — Gemeu Hermione, apertando ainda mais as mãos contra o rosto, não, sabia Astraea, de aflição, mas para disfarçar a contínua ausência de lágrimas.

— Então? — Perguntou Umbridge com um súbito arroubo de excitação. — Que é que vocês queriam contar a ele?

— Nós... nós queríamos contar que está p-pronta! — Engasgou-se Hermione.

— Que é que está pronta! — Umbridge exigiu saber, e tornou a agarrar Hermione pelos ombros e a sacudi-la de leve. — Que é que está pronta, menina?

— A... a arma.

— Arma? Arma? — Repetiu Umbridge, e seus olhos saltaram de excitação. — Vocês estiveram pesquisando algum método de defesa? Uma arma que poderiam usar contra o Ministério? Por ordem do Prof. Dumbledore, é claro.

— S-s-im. — Ofegou Hermione. — Mas ele teve de partir antes de terminar, e ag-g-ora terminamos e não c-c-conseguimos encontrá-lo p-p-para avisar!

— Que tipo de arma é? — Perguntou Umbridge asperamente, suas mãos curtas ainda apertando os ombros de Hermione.

— Não sabemos r-r-realmente. — Disse Hermione fungando alto. — Só f-f-fizemos o que o P-P-Prof. Dumbledore nos disse p-p-para fazer.

Umbridge se endireitou, parecendo exultante.

— Me leve até a arma. — Disse.

— Não vou mostrar a... eles. — Hermione apontou com a voz aguda, olhando para os alunos da Sonserina por entre os dedos.

— Não cabe a você impor condições. — Falou a professora com aspereza.

— Ótimo. — Argumentou Hermione, agora soluçando, o rosto nas mãos. — Ótimo... deixe eles verem, espero que a usem contra a senhora! Na verdade, eu gostaria que a senhora convidasse uma multidão para vir ver! S-seria bem feito... ah, eu adoraria que a escola t-toda soubesse onde está e como usá-la, e quando a senhora aborrecesse alguém, ele poderia d-dar um jeito na senhora!

Essas palavras produziram um forte impacto em Umbridge, ela olhou com rapidez e desconfiança para sua Brigada Inquisitorial, seus olhos saltados detendo-se por um momento em Malfoy, que foi lento demais para disfarçar a expressão de ansiedade e cobiça que apareceu em seu rosto. Umbridge estudou Hermione por outro longo momento, então falou num tom que claramente pensava ser maternal.

— Muito bem, querida, então vamos só você e eu... e levaremos Potter e Sinclair também, está bem? Levante-se agora.

— Professora. — Chamou Malfoy, ansioso. — Prof. Umbridge, acho que alguns membros da Brigada deveriam ir com a senhora para cuidar...

— Eu sou funcionária credenciada do Ministério, Malfoy, você acha realmente que não posso cuidar de três adolescentes sem varinha? — Perguntou com rispidez. — De qualquer modo, não me parece que essa arma deva ser vista por alunos. Você vai ficar aqui até a minha volta garantindo que nenhum desse... — Ela fez um gesto abarcando Perseu, Rony, Gina, Neville e Luna. — Fuja.

— Certo. — Disse Malfoy, parecendo ofendido e desapontado.

— E vocês três podem ir à minha frente para indicar o caminho. — Umbridge apontou para Astraea, Harry e Hermione com a varinha. — Andem então.

—— Olá estrelas e constelações! Novamente peço desculpas pela demora, como citei no capítulo anterior minha saúde estava muito ruim esses dias e eu tirei um tempo para me cuidar, mas já estou voltando! Já estou melhor e dessa vez vou retomar a escrever com mais frequência, falta apenas cinco ou seis capítulos no máximo para acabar o arco um e mal vejo a hora para isso, Ordem da Fênix é um bagulho insuportável, agora tenho que dizer que a partir do arco dois as coisas não seguirão nada igual aos livros, terá muitas e muitas mudanças e será muito mais rápido para acabar Elysium, teremos pouca enrolação aqui agora. Não tenho muito o que comentar sobre esse capítulo, só que o que o Monstro fez não foi certo, mas não culpem o coitadinho, ele não tem culpa e apenas quero dizer que a merda finalmente vai começar, aiai, a depressão vem aí. Infelizmente por hoje é só, mas de acordo com meu tempo acho que talvez amanhã tenha capítulo de novo, não garanto nada é claro, espero que vocês tenham gostado do capítulo, não se esqueçam de votar e comentar e principalmente compartilhar com os amigos para a fanfic poder crescer ainda mais, muitos beijos e até a próxima!

MALFEITO FEITO!

— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.

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