ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗙𝗢𝗥𝗧𝗬 𝗙𝗜𝗩𝗘❕
ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝗳𝗼𝗿𝘁𝘆 𝗳𝗶𝘃𝗲. ᠉ ࣪ ˖
volta da família black!
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𝗔𝗦𝗧𝗥𝗔𝗘𝗔 𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗨𝗠𝗔 𝗗𝗔𝗦 𝗣𝗥𝗢𝗙𝗘𝗦𝗦𝗢𝗥𝗔𝗦 𝗗𝗔 𝗔𝗥𝗠𝗔𝗗𝗔 𝗗𝗘 𝗗𝗨𝗠𝗕𝗟𝗘𝗗𝗢𝗥𝗘 praticamente implorava para que seus antigos alunos tivessem aprendido bastante feitiços, ela sabia que o que vinha a seguir seria um combate com bruxos mais velhos e mais experientes que eles. Mesmo que muitos que o observassem agora diriam facilmente que eles não tinham a menor chance contra os Comensais da Morte, a ruiva sabia que de alguma maneira eles iriam sair dessa, podiam sair com partes do corpo quebrada, cortes, membros torcidos até nada bem psicologicamente, mas pelo menos eles não sairiam mortos, não se dependesse dela. Astraea faria de tudo para que todos ficassem bem e não corressem o risco de morte, mas para isso, ela precisaria de ajuda, eles precisariam de ajuda. Uma ajuda que ela sabia onde encontrar, seus pais, eles precisavam saber o que estava acontecendo e devido ao tempo que estavam ali e que eles não haviam chegado, ela sabia que Snape não havia noticiado nada a eles e agora cabia a somente ela essa função.
— CORRAM! — O grito de Harry foi o bastante para tirar a ruiva do devaneio, as prateleiras balançaram precariamente e mais esferas de vidro começaram a cair.
Harry agarrou as vestes de Astraea e Hermione e as puxou para a frente, erguendo um braço para proteger a cabeça dos cacos de vidro que estrondeavam sobre eles. Um Comensal da Morte atirou-se contra eles através da nuvem de poeira e Astraea lhe deu uma cotovelada com força no rosto mascarado, todos berravam, havia gritos de dor e estrondos de prateleiras desabando sobre eles, ecos estranhamente fragmentados dos Videntes libertados de suas esferas. Astraea encontrou livre o caminho à frente e viu seu namorado junto de Rony, Gina e Luna passarem correndo por ela, os braços sobre a cabeça, alguma coisa pesada golpeou sua face, mas ela meramente abaixou a cabeça e continuou a correr, uma mão agarrou-a pelo ombro.
— ESTUPEFAÇA! — Ela ouviu Perseu gritar, a mão a soltou imediatamente.
Estavam no fim da fileira noventa e sete, Astraea virou à direita e começou a correr a toda velocidade, ouvia passos logo atrás e a voz de Hermione apressando Neville, diretamente à frente, a porta por que haviam passado estava entreaberta, a ruiva viu a luz faiscante do vidro em forma de sino, ela cruzou a porta de um salto, se virando e vendo Harry com a profecia ainda a salvo em sua mão, ela esperou os outros passarem pela porta antes de batê-la.
— Colloportus! — Exclamou Hermione, e a porta se lacrou com um estranho ruído de esmagamento.
— Onde... onde estão os outros? — Ofegou Harry.
Astraea olhou ao redor da sala, ela havia pensado que Perseu, Rony, Luna e Gina tinham ido mais à frente, que estariam à espera nesta sala, mas não havia ninguém. O desespero bateu rapidamente em seu peito quando percebeu que eles não estavam ali, que ele não estava ali. Perseu não estava junto dela.
— Perseu... — Ela sussurrou baixinho inundada de preocupação.
— Eles devem ter tomado o caminho errado! — Sussurrou Hermione de volta, o terror em seu rosto.
— Escute! — Murmurou Neville.
Passos e gritos ecoavam do outro lado da porta que Hermione tinha acabado de lacrar, a ruiva encostou o ouvido à porta para escutar melhor e ouviu Lucius Malfoy berrar.
— Deixe, Nott, deixe-o aí, os ferimentos dele não significarão nada para o Lorde das Trevas diante da perda da profecia. — O coração de Astraea deu um pulo com o pensamento de que seu namorado poderia estar machucado, que poderia ser ele a qual Lucius estava se referindo. — Jugson, volte aqui, precisamos nos organizar! Vamos nos dividir em pares e fazer uma busca, e não se esqueçam, sejam gentis com Potter até termos a profecia, podem matar os outros se precisarem. Bellatrix, Rodolfo, vocês vão para a esquerda. Crabbe, Rabastan, para a direita. Jugson, Dolohov, pela porta em frente. Macnair e Avery, por aqui. Rookwood lá. Mulciber, venha comigo!
— Que faremos? — Perguntou Hermione a Harry, tremendo dos pés à cabeça.
— Bom, para começar, não ficaremos aqui parados esperando eles nos encontrarem. Vamos nos afastar desta porta.
Eles correram o mais silenciosamente que puderam, passaram pelo sino fulgurante onde o minúsculo ovo incubava e desincubava, em direção à saída para a sala circular ao fundo. Estavam quase chegando quando Harry ouviu uma coisa pesada colidir contra a porta que Hermione fechara com um feitiço.
— Afastem-se! — Disse uma voz ríspida. — Alohomora!
Quando a porta se escancarou, Astraea, Harry, Hermione e Neville mergulharam embaixo de escrivaninhas. Podiam ver a barra das vestes de dois Comensais da Morte que se aproximaram, seus pés se movendo com rapidez.
— Eles podem ter corrido direto para o corredor. — Falou a voz rascante.
— Veja embaixo das escrivaninhas. — Disse outra. Astraea viu os joelhos dos Comensais da Morte se dobrarem, metendo a varinha para fora, ela se preparou para gritar.
— ESTUPEFAÇA!
Um jato de luz vermelha atingiu o Comensal da Morte mais próximo, ele tombou para trás em cima de um relógio de pêndulo, derrubando-o, o segundo Comensal, porém, saltara para o lado para evitar o feitiço de Astraea e estava apontando a própria varinha para Hermione, que se arrastava de sob a escrivaninha para poder mirar melhor.
— Avada...
Harry ao seu lado se atirou pelo chão e agarrou o Comensal da Morte pelos joelhos, fazendo-o cair e desviando sua pontaria. Neville derrubou uma escrivaninha na ansiedade de ajudar, e, apontando a varinha sem mira para os dois, gritou.
— EXPELLIARMUS!
As varinhas de Harry e do Comensal saíram voando de suas mãos para a entrada da Sala da Profecia, os dois se levantaram depressa e se arremessaram atrás delas, o Comensal à frente, Harry em seus calcanhares e Neville mais atrás, visivelmente horrorizado com o que fizera.
— Saia do caminho, Harry! — Berrou Neville, claramente decidido a consertar seu erro. Harry se atirou para o lado, Neville tornou a mirar e ordenou. — ESTUPEFAÇA!
O jato de luz vermelha passou por cima do ombro do Comensal da Morte e atingiu um armário de portas de vidro na parede cheio de ampulhetas de vários formatos, o armário caiu no chão e se abriu, vidros voaram para todo lado, voltou a se aprumar na parede, inteiramente restaurado, e tornou a cair, e se espatifar. O Comensal da Morte agarrara sua varinha, caída no chão ao lado do vidro cintilante em forma de sino. Harry se abaixou atrás de outra escrivaninha quando o homem se viro, sua máscara escorregara impedindo-o de ver. Ele a arrancou com a mão livre e gritou:
— ESTUP...
— ALARTE ASCENDARE! — Bradou Astraea, que acabara de alcançá-los junto de Hermione.
A luz da varinha atingiu o Comensal da Morte no meio do peito, ele voou para cima como um foguete, o braço ainda erguido, sua varinha caiu no chão com estrépito e ele desabou para trás na direção do vidro em forma de sino. Astraea esperou ouvir uma pancada, o homem bater no vidro sólido e escorregar para o chão, mas, em vez disso, sua cabeça afundou para dentro do vidro como se este fosse apenas uma bolha de sabão, e ele acabou parando, esparramado de costas sobre a mesa, com a cabeça dentro do vidro cheio de vento cintilante.
— Accio varinha! — Ordenou Hermione. A varinha de Harry voou de um canto escuro para a mão de Hermione, que a atirou para ele.
— Obrigado. Certo, vamos dar o fora...
— Cuidado! — Disse Neville, horrorizado. Olhava fixamente para a cabeça do Comensal da Morte no vidro.
Os quatro ergueram as varinhas, mas nenhum deles a usou, olhavam boquiabertos, estarrecidos para o que estava acontecendo com a cabeça do homem. Estava encolhendo rapidamente, ficando cada vez mais pelada, os cabelos e a barba raspada se retraindo para dentro do crânio, as bochechas ficando lisas, a cabeça redonda recobrindo-se de uma penugem como a do pêssego. Havia agora uma cabeça de bebê encaixada grotescamente no pescoço grosso e musculoso do Comensal da Morte, que se esforçava para se levantar, mas enquanto os garotos olhavam, de boca aberta, a cabeça começou a retomar as proporções anteriores, cabelos negros e espessos recomeçaram a crescer em seu cocuruto e queixo.
— É o Tempo. — Astraea falou assombro na voz. — O Tempo.
O Comensal da Morte sacudiu a cabeça feia mais uma vez, tentando clareá-la, mas, antes que pudesse se recuperar, ela recomeçou a encolher e remoçar mais uma vez. Ouviram, então, um grito de uma sala próxima, um estrondo e um berro.
— RONY? PERSEU? — Bradou Harry, dando as costas depressa à monstruosa transformação que se operava diante de seus olhos. — GINA? LUNA?
— Harry! — Gritou Hermione.
O Comensal da Morte puxara a cabeça de dentro do vidro. Sua aparência era absolutamente bizarra, a minúscula cabeça de bebê berrando e os braços grossos se agitando perigosamente em todas as direções, por pouco não acertando Harry que se abaixara. O garoto ergueu a varinha mas, para seu espanto, Astraea segurou o seu braço.
— Você não pode machucar um bebê!
Não havia tempo para discutir a questão, Harry ouviu passos cada vez mais fortes na Sala da Profecia e percebeu, tarde demais, que não deveria ter gritado, pois denunciará sua posição.
— Vamos! — Disse e, deixando o Comensal da Morte a cambalear com sua feia cabeça de bebê, os garotos correram para a porta que estava aberta na outra extremidade da sala e que os conduziria de volta à sala escura.
Tinham coberto metade da distância quando Astraea viu pela porta aberta mais dois Comensais da Morte correndo pela sala escura em sua direção, virando à esquerda, ela embarafustou para dentro de um pequeno escritório escuro e cheio de móveis, e bateu a porta.
— Collo... — Começou Hermione, mas, antes que pudesse completar o feitiço, a porta se escancarou e os dois Comensais da Morte se precipitaram para dentro. Com um grito de triunfo, os dois bradaram.
— IMPEDIMENTA!
Astraea, Harry, Hermione e Neville foram derrubados de costas, Neville foi atirado por cima da escrivaninha e desapareceu de vista, Hermione colidiu com uma estante e foi prontamente soterrada por uma avalanche de pesados livros, a cabeça de Harry bateu contra a parede de pedra atrás, luzinhas espocaram diante de seus olhos e por um momento ele ficou atordoado e desconcertado demais para reagir. Astraea voou para três metros longe de Harry, caindo de cara no chão e novamente quebrando seu nariz, ela sentiu sua visão girando devido a queda e a batida que havia sido forte demais, como os outros, ela não conseguia reagir.
— PEGAMOS ELE! — Berrou o Comensal da Morte mais próximo de Harry. — EM UM ESCRITÓRIO DO LADO...
— Silencio! — Exclamou Hermione, e a voz do homem emudeceu. Ele continuou a falar pelo buraco da máscara, mas não saía som algum. Seu companheiro o empurrou para o lado.
— Petrificus Totalus! — Bradou Astraea recuperando a consciência, quando o segundo Comensal da Morte ergueu a varinha. Seus braços e pernas se juntaram e ele caiu de borco no tapete ao pé de Astraea, duro como uma pedra e incapaz de se mexer.
— Muito bom, Ast...
Mas o Comensal da Morte que Hermione acabara de silenciar fez um repentino gesto horizontal com a varinha, um risco de chamas roxas cortou o peito de Hermione de lado a lado. Ela soltou uma exclamação mínima como alguém surpreso e desmontou no chão, onde permaneceu imóvel.
— HERMIONE!
Harry caiu de joelhos ao seu lado, imediatamente Astraea largou sua varinha no chão e correu até os dois se ajoelhando na frente de Hermione, Neville se arrastou rapidamente de baixo da escrivaninha em direção à amiga, a varinha erguida à frente. O Comensal da Morte deu um forte chute na cabeça de Neville quando ele ia saindo, seu pé partiu a varinha do garoto em dois e atingiu seu rosto. Neville soltou um uivo de dor e se encolheu, agarrando o nariz e a boca. Harry se virou com a varinha no alto, e viu que o Comensal da Morte arrancou a máscara e apontou a varinha diretamente para ele, reconhecendo o rosto comprido, pálido e torto que vira no Profeta Diário. Antônio Dolohov, o bruxo que assassinou os Prewett. Dolohov sorriu. Com a mão livre, apontou da profecia ainda segura na mão de Harry, para ele próprio, depois para Hermione e Astraea que estava de costas verificando a amiga. Embora não pudesse mais falar, seu gesto não poderia ser mais claro. Me entregue a profecia ou você e sua amiga vão ficar igual a ela.
— Como se você não fosse nos matar de qualquer jeito no momento em que eu a entregar! — Disse Harry.
Um zumbido de pânico na cabeça de Astraea impedia ela de pensar direito, sua varinha estava a alguns metros de distância dela e ela tinha uma das mãos no ombro de Hermione, que ainda estava quente, enquanto verificava seu estado que estava nada bom. Faça com que ela não morra, faça com que ela não morra, é minha culpa se tiver morrido.
— Faça o que fizer, Harry. — Disse Neville com ferocidade debaixo da mesa, baixando as mãos para mostrar o nariz visivelmente quebrado e o sangue escorrendo da boca e do queixo. — Mas não entregue.
Ouviu-se então um estrondo do lado de fora da porta e Dolohov olhou por cima do ombro, Comensal da Morte de cabeça de bebê apareceu no portal, a cabeça berrando, os enormes punhos ainda se agitando a esmo para tudo ao seu redor. Harry aproveitou a oportunidade.
— PETRIFICUS TOTALUS!
O feitiço atingiu Dolohov antes que ele pudesse bloqueá-lo, e o bruxo tombou para a frente por cima do seu companheiro, os dois rígidos como tábuas e incapazes pde se mover.
— Hermione. — Disse Harry imediatamente, sacudindo a cabeça dela enquanto o Comensal da Morte de cabeça de bebê sumia outra vez de vista. — Hermione, acorde...
— Gue foi gue ele fez com ela? — Perguntou Neville saindo de baixo da escrivaninha e se ajoelhando do outro lado, o sangue escorrendo sem parar do nariz que inchava rapidamente.
— Não sei...
Neville procurou o pulso de Hermione.
— Dem bulsação, Harry, denho cerdeza gue é.
Uma onda tão grande de alívio invadiu Harry e Astraea que por um momento os dois se despreocupou.
— Ela está viva?
— Dá, acho que dá.
Houve uma pausa em que Astraea procurou escutar a aproximação de mais passos, mas só conseguiu identificar o berreiro e os desencontros do Comensal da Morte de cabeça de bebê na sala vizinha.
— Neville, Astraea, não estamos longe da saída. — Sussurrou Harry para eles. — Estamos bem do lado da sala circular, se pudermos atravessá-la e descobrir a porta certa antes que outros Comensais da Morte apareçam, aposto como você, Neville, pode carregar Hermione pelo corredor e tomar o elevador, depois você podia procurar alguém, dar o alarme...
— E gue é gue vocês vão fazer? — Perguntou Neville, enxugando o nariz sangrento na manga e franzindo a testa para Harry.
— Eu e Astraea temos de procurar os outros.
— Endão, vou brocurar com vocês. — Disse Neville com firmeza.
— Mas Hermione...
— Levamos com a gente. — Contrapôs Neville, decidido. — Caeego Hermione... você luda melhor gom
eles gue eu...
Ele ficou em pé e segurou um braço da garota, olhando para Harry e Astraea, que hesitaram, então o moreno agarrou o outro braço e ajudou a guindar o corpo inerte de Hermione para os ombros de Neville.
— Espere. — Disse Harry, apanhando a varinha de Hermione do chão e enfiando-a na mão do garoto. — É melhor levar isso.
Neville chutou para o lado os pedaços da própria varinha ao saírem andando lentamente em direção à porta. Astraea correu até sua varinha que estava jogada metros longe dela e a apanhou antes de correr até os outros dois que esperavam por ela.
— Minha avó vai me madar. — Neville reclamou com a voz pastosa, o sangue saltando do nariz enquanto falava. — Aguela eea a varinha velha do meu bai.
Astraea meteu a cabeça para fora da porta e olhou para os lados cautelosa. O Comensal da Morte com cabeça de bebê estava gritando e batendo nas coisas, derrubando relógios de pêndulo e virando escrivaninhas, chorando confuso, enquanto o armário com portas de vidro, que a ruiva agora suspeitava conter Viratempos, continuava a cair, se espatifar e se restaurar na parede às costas.
— Ele nunca vai reparar na gente. — Sussurrou ela.
— Vamos então, fiquem logo atrás de mim... — Harry mandou.
Eles saíram furtivamente do escritório em direção à sala negra, que agora parecia completamente deserta. Avançaram alguns passos, Neville cambaleando ligeiramente sob o peso de Hermione, a porta para a Sala do Tempo se fechou quando passaram, e as paredes recomeçaram a girar. A recente pancada na cabeça de Astraea pareceu tê-la desequilibrado, ela apertou os olhos, oscilou um pouco, até as paredes pararem de rodar. Com desânimo, ela viu que as cruzes de fogo que Hermione fizera nas portas tinham se apagado.
— Então para que lado você cal...?
Mas antes que Astraea e Harry pudessem decidir quanto ao caminho experimentar, uma porta se escancarou direita deles e quatro pessoas despencaram por ela.
— Rony! — Exclamou Harry rouco, correndo para os amigos. — Gina... você está...?
— Harry. — Disse Rony rindo frouxamente, se atirando para a frente, agarrando as vestes de Harry e fixando nele os olhos desfocados. — Ah, aqui está você... ha ha ha... está com a cara engraçada Harry... está todo amarrotado...
O rosto de Rony estava muito pálido e uma coisa escura escorria do canto de sua boca. No momento seguinte, seus joelhos cederam, mas ele continuou agarrado às vestes de Harry, fazendo-o se inclinar numa espécie de reverência.
— Gina? — Disse Harry, receoso. — Que aconteceu?
Mas Gina sacudiu a cabeça, Perseu que carregava ela nas costas colocou ela no chão e a garota escorregou pela parede até se sentar, ofegante e segurando o tornozelo.
— Acho que ela quebrou o tornozelo... ouvi alguma coisa rachando. — Sussurrou Luna, que se curvava para a garota e era a única que parecia inteira. — Quatro deles nos perseguiram por uma sala escura cheia de planetas, era um lugar muito esquisito, parte do tempo ficamos só flutuando no escuro...
— Harry, vimos Urano de perto! — Disse Rony, ainda dando risadinhas frouxas. — Sacou, Harry? Vimos Urano... ha ha ha...
Uma bolha de sangue apareceu no canto da boca de Rony e estourou. Astraea fez uma careta de nojo, ela sentiu então o sangue de seu nariz pingando, colocando a mão sobre ele e retirando logo em seguida ela pode ver o sangue vermelho nas suas mãos enquanto amaldiçoava o Comensal que havia feito isso.
— Minha estrela. — Assim que Astraea ouviu o sussurro baixo de seu namorado ela sentiu braços a rodearem com força. Suspirando, ela segurou fortemente em suas vestes, seu coração se acalmando ao perceber que ele estava ali, bem e seguro. — Você está bem?
— Você está? — Ela se afastou meramente dele, o rosto de Perseu parecia intacto, mas seu cabelo estava sujo de sangue e analisando ele melhor pode ver que seu ombro parecia deslocado e havia um corte em seu peito que havia rasgado até sua camiseta preta. — Pelos Deuses!
— Estou bem, ruivinha. — Ele deixou um beijo em seus lábios, mas seu rosto se franziu quando sentiu o gosto de sangue. — Mas o que...?
— Acho que quebrei o nariz e fiz um corte no lábio, mas não estou tão ruim quanto você. — Ela sorriu pequeno, sendo retribuída pelo loiro-acastanhado que a abraçou de lado olhando para os outros.
— ... então, um deles agarrou o pé de Gina, eu usei o Feitiço Redutor e explodi Plutão na cara dele, mas...
Luna fez um gesto desanimado para Gina, que respirava superficialmente, seus olhos ainda fechados.
— E o Rony? — Perguntou Harry, receoso, pois o garoto continuava a rir, ainda agarrado às suas vestes.
— Não sei com que o acertaram. — Respondeu Luna, triste. — Mas ficou meio esquisito, eu e Perseu mal conseguimos fazê-lo nos acompanhar.
— Harry. — Disse Rony puxando o ouvido do amigo para perto de sua boca, e continuando a rir. — Sabe quem é essa garota, Harry? Ela é a Di-lua... Di-lua Lovegood... ha ha ha...
— Temos de sair daqui. — Disse Harry com firmeza. — Luna, você pode ajudar a Gina?
— Claro. — Respondeu ela, enfiando a varinha atrás da orelha para guardá-la, e passando o braço pela cintura da amiga para levantá-la.
— É só o meu tornozelo, posso fazer isso sozinha! — Gina resmungou, impaciente, mas no momento seguinte desabou para o lado e agarrou Luna para se apoiar.
Harry puxou o braço de Rony por cima do ombro como fizera tantos meses antes quando carregava Duda. Astraea então olhou ao redor, tinham uma chance em doze de escolher a porta certa de primeira. Eles estavam prontos para sair quando a ruiva pareceu se lembrar de algo, ela tinha um pequeno espaço de tempo, tinha que avisar seus pais sobre seu paradeiro.
— Esperem! — Todos se viraram em sua direção quando ela agarrou a varinha fortemente em mãos.
— O que foi, Astraea? — Harry perguntou preocupado.
— Preciso avisar meus pais onde a gente está, eles podem ajudar. — Ela explicou se afastando de Perseu, imediatamente se lembrou que sua mãe sempre lhe falava para lhe enviar seu patrono quando estiver em apuros, sorrindo de canto ela focou em uma lembrança feliz para conjurar o patrono. Quando finalmente fez, de modo estratégico ela apontou a varinha para o alto. — Expecto Patronum!
De imediato a forma cinzenta azulada do patrono de Astraea saiu pela sua varinha, quando foi ao ar ela se transformou no patrono corpóreo, a bela Fênix abriu as asas majestosamente enquanto voava até sua dona. Rodopiando em volta de Astraea, a Fênix finalmente parou em sua frente fazendo uma reverência breve.
— Oi. — Astraea retribuiu a reverência. — Preciso que avise meus pais aonde estou, consegue fazer isso?
A Fênix acenou brevemente em concordância.
— Ótimo, muito bom mesmo. — A ruiva sorriu breve. — Escute, vá até em casa e os traga aqui, tá bem? Faça isso o mais rápido possível, é de extrema importância, caso de vida ou morte.
Mais uma vez a Fênix acenou.
— Beleza, vá. — Ela apontou com a varinha para o outro lado da sala. — Busque eles para mim.
Sumindo como um fantasma a Fênix passou pelas paredes da sala, rumo a casa de Astraea. A ruiva então abaixou a varinha suspirando alto, ela desejou que sua Fênix chegasse a tempo e trouxesse seus pais antes que algo muito ruim acontecesse. Por fim ela se virou na direção dos amigos que esperavam por ela, segurando na mão de Perseu ela começou a andar junto com eles, Harry carregava Rony em direção a uma porta, os outros o seguindo fielmente, estavam a poucos passos quando outra, do lado oposto da sala, se escancarou, e três Comensais da Morte entraram correndo, liderados por Bellatrix Lestrange.
— Eles estão aqui! — Gritou ela.
Feitiços Estuporantes cortaram velozmente a sala, Harry adentrou a porta em frente, atirou Rony sem cerimônia no chão e voltou abaixado para ajudar Neville com Hermione, Astraea e Perseu correram passando por Harry e quando finalmente passaram todos pela porta, Astraea segurou na porta em tempo de batê-la na cara de Bellatrix.
— Colloportus! — Gritou Astraea, e ouviu três corpos baterem contra a porta do outro lado.
— Não faz mal! — Disse uma voz masculina. — Há outras maneiras de entrar. ACHAMOS ELES, ESTÃO AQUI!
Astraea se virou, estavam de novo na Sala do Cérebro e, realmente, havia portas a toda volta. Ela ouviu passos na sala anterior quando mais Comensais da Morte acorreram para se juntar aos primeiros.
— Luna, Neville, Harry, Perseu. Me ajudem!
Os cinco correram pela sala, selando as portas. Astraea bateu contra uma mesa e rolou por cima dela na pressa de chegar à porta seguinte.
— Colloportus!
Havia passos correndo atrás das portas, de vez em quando outro corpo pesado se atirava contra elas, fazendo-as ranger e estremecer. Perseu, Luna e Neville enfeitiçavam as portas ao longo da parede oposta, então, ao atingir Astraea ao fundo da sala, ouviu Luna exclamar.
— Collo... aaaaaaaaah!...
Virou-se em tempo de vê-la voar pelo ar, cinco Comensais da Morte invadiam a sala pela porta que ela não conseguira alcançar em tempo, Luna bateu em uma escrivaninha, escorregou por sua superfície e caiu, estatelada, no chão do outro lado, mais imóvel que Hermione.
— Pegue o Potter! — Gritou Bellatrix correndo para o garoto, ele se desviou e correu para o outro lado da sala, estava seguro enquanto achassem que poderiam atingir a profecia.
— Ei! — Disse Rony, que se pusera em pé cambaleando, e agora ia como um bêbado em direção a Harry, dando risadinhas. — Ei, Harry, tem cérebros aqui, ha ha ha, não é esquisito, Harry?
— Rony, saia do caminho, se abaixe... — Astraea tentou avisar quando viu o que Rony estava fazendo.
Mas Rony já apontava a varinha para o tanque.
— Sério, Harry, são cérebros... olhe... Accio cérebro!
A cena pareceu congelar por um momento. Astraea, Perseu, Harry, Gina e Neville e cada um dos Comensais da Morte se viraram involuntariamente para olhar o alto do tanque na hora em que um cérebro saltou do líquido verde como um peixe para fora da água, por um instante ele pareceu suspenso no ar, então voou em direção a Rony, girando, e algo que lembrava fitas de imagens animadas foi saindo dele, desenrolando como um rolo de filme.
— Ha ha ha, Harry, olhe só isso. — Rony falou, observando o cérebro expelir suas entranhas coloridas. — Harry, vem, pega nele, aposto como é estranho...
— RONY, NÃO!
Astraea não sabia o que podia acontecer se Rony tocasse nos tentáculos que agora voavam na esteira
do cérebro, mas tinha certeza de que não seria nada bom. Ela correu junto de Harry, mas Rony já agarrara o cérebro nas mãos estendidas. No momento em que entraram em contato com sua pele, os tentáculos começaram a se enrolar em torno dos braços de Rony como cordas.
— Harry, olhe só o que acontece. Não... não... não gosto disso... não, parem... parem...
Mas as fitas finas giravam agora em torno do peito do garoto, o moreno puxou e tentou arrancá-las ao mesmo tempo que o cérebro foi apertado contra Rony como um corpo de polvo.
— Diffindo! — Bradou a ruiva, tentando cortar os tentáculos que se enroscavam em seu amigo bem diante de seus olhos, mas eles não se partiam. Rony tombou, ainda lutando contra as amarras.
— Harry, Astraea, o cérebro vai sufocá-lo! — Berrou Gina, imobilizada no chão pelo tornozelo quebrado, então um jorro de luz vermelha voou da varinha de um Comensal da Morte e a atingiu em cheio no rosto. Ela adernou para um lado e caiu ali inconsciente.
— ESDUBEVAÇA! — Gritou Neville, rodando o corpo e acenando a varinha de Hermione contra os Comensais da Morte atacantes. — ESDUBEVAÇA, ESDUBEVAÇA!
Mas nada aconteceu.
Um dos Comensais disparou seu próprio Feitiço Estuporante contra Neville, errou por centímetros. Harry, Astraea, Perseu e Neville eram os únicos que restavam na luta contra os Comensais da Morte, dois dos quais lançaram jorros de luz prateada como flechas que não atingiram o alvo, mas deixaram
crateras na parede atrás deles. Harry fugiu, mas Bellatrix correu atrás dele, segurando a profecia acima da cabeça, ele correu para o outro lado da sala, a única coisa que lhe ocorria fazer era afastar os Comensais da Morte uns dos outros. Astraea imediatamente deu um chute no rosto do Comensal da Morte que tentava agarrá-la, Perseu lutava bravamente contra outro Comensal do outro lado da sala.
— BOMBARDA! — Com o feitiço o Comensal foi acertado em cheio, mesmo que não fosse um feitiço de estuporar, ainda sim era um feitiço. O Comensal foi jogado a metros longe da ruiva, batendo com tudo em uma das paredes e caindo inconsciente com um baque que estremeceu a parede e deixou uma rachadura.
Aparentemente o plano de Harry parecia dar resultado, eles o perseguiram, mandando cadeiras e mesas pelo ar, mas não ousaram enfeitiçá-lo com receio de danificar a profecia, e ele se precipitou para a única porta ainda aberta, aquela por onde os Comensais da Morte haviam entrado, no íntimo, rezava para que Neville ficasse com Rony e encontrasse algum meio de libertá-lo. Astraea imediatamente olhou na direção do amigo, vendo seu namorado a distância dela e percebendo que ele poderia dar conta ali ela saiu em disparada atrás de Harry, os dois juntos correram alguns passos pela nova sala e sentiram o chão sumir. Estavam caindo pelos degraus de pedra, um a um, quicando em cada nível, até que, finalmente, com uma pancada que lhes tiraram o fôlego, ambos aterrissaram chapados de costas no poço em que havia o arco de pedra sobre o estrado. A sala toda ecoava com as risadas dos Comensais da Morte, a ruiva olhou para o alto e viu os cinco que estavam na Sala do Cérebro descer na direção dos dois, enquanto outros tantos surgiam pelas outras portas e começavam a saltar de nível em nível para alcançar Harry.
Astraea se levantou, embora com as pernas tão trêmulas que mal conseguiam sustentá-la, olhando para o lado pode ver Harry fazendo o mesmo, a profecia continuava milagrosamente inteira em sua mão esquerda, a varinha apertada com força na direita. Astraea segurou a varinha firmemente em mãos, ambos recuaram, olhando para os lados, tentando manter todos os Comensais da Morte em seus campos de visão. A parte de trás de suas pernas bateu em alguma coisa sólida, ela chegará ao estrado onde se erguia o arco. Junto de Harry os doía subiram lá de costas. Todos os Comensais da Morte pararam com os olhos fixos em Harry. Alguns arquejavam tanto quanto o dois. Um sangrava bastante, Dolohov, livre do Feitiço do Corpo Preso, tinha um olhar malicioso e apontava a varinha direto para o rosto de Astraea, ela o encarava sem expressão sabendo muito bem suas intenções.
— Potter, terminou a sua corrida. — Disse a voz arrastada de Lucius Malfoy, tirando o capuz. — Agora me entregue a profecia como um bom menino.
— Mande... mande os outros embora e a entregarei ao senhor! — Harry falou, desesperado. Rapidamente Astraea pensou em um feitiço que pudesse acabar com todos de uma vez, mas nenhum vinha em sua mente.
Alguns Comensais da Morte soltaram risadas.
— Você não está em posição de barganhar, Potter. — Disse o bruxo, seu rosto pálido corado de prazer. — Como vê, há dez de nós contra você e sua amiguinha... ou será que Dumbledore nunca lhe ensinou a contar?
— Elea não esdão sozinho! — Gritou uma voz do alto. — Ainda dem a mim!
Astraea sentiu um aperto no coração, Neville estava descendo os degraus de pedra em direção a eles, a varinha de Hermione apertada na mão trêmula. Mas Perseu não vinha atrás, imediatamente ela sentiu seu coração bater mais rápido e mais forte do que nunca, o que havia acontecido com seu namorado?
— Neville... não... volte para o Rony.
— ESDUBEVAÇA! — Gritou Neville outra vez, apontando a varinha para cada um dos Comensais da Morte. — ESDUBE! ESDUB...
Um dos Comensais mais corpulentos agarrou Neville por trás e prendeu seus braços dos lados do corpo. O garoto se debateu e chutou, vários Comensais da Morte riram.
— É o Longbottom, não é? — Perguntou Lucius Malfoy desdenhoso. — Bom, sua avó está acostumada a perder membros da família para a nossa causa, sua morte não será nenhum choque.
— Longbottom? — Repetiu Belatriz, e um sorriso realmente maligno iluminou o seu rosto ossudo. — Ora, tive o prazer de conhecer seus pais, garoto.
— SEI QUE DEVE! — Urrou Neville, e se debateu com tanta força contra o abraço do seu captor que o Comensal exclamou.
— Alguém quer estuporar este garoto?!
— Não, não, não. — Pediu Bellatrix. Ela parecia arrebatada, viva de excitação ao olhar para Harry e depois para Neville, ignorando totalmente Astraea. — Não, vamos ver quanto tempo Longbottom resiste antes de enlouquecer como os pais... a não ser que Potter nos entregue a profecia.
— NÃO DÊ A ELES! — Bradou Neville, que parecia fora de si, chutando e se contorcendo ao ver Bellatrix se aproximar dele e de seu captor, com a varinha erguida. — NÃO DÊ A ELES, HARRY!
Belatriz ergueu a varinha.
— Crucio!
Neville gritou, as pernas erguidas contra o peito de modo que o Comensal da Morte que o prendia segurou-o momentaneamente fora do chão. O homem largou-o e ele caiu, se torcendo e gritando em tormento. Astraea imediatamente deu um passo para frente, não mesmo, ela não iria ficar olhando um de seus amigos sendo torturado e não iria fazer nada, ela nunca permitiria isso.
— SUA BRUXA IMUNDA! — Harry tentou impedir a amiga de ir, mas já era tarde demais, Astraea foi com tudo para cima de Bellatrix. — DIFFINDO INCENDIO!
O feitiço capaz de fazer um corte com fogo cortou Bellatrix nas costelas, ela saltou para trás, os Comensais da Morte envolta dela se prepararam para atacar, mas a bruxa pareceu se recompor e olhar para Astraea com um olhar matador e psicopata.
— Mal, muito mal. — Ela deu gargalhadas erguendo a varinha mesmo com o ombro escorrendo sangue. — Acho que você merece o mesmo que o Longbottom, que assim seja. Crucio!
Astraea até tentou desviar do feitiço da tortura, mas ele atingiu ela em cheio, um grito de dor saiu do fundo de sua garganta enquanto ela sentia seus joelhos se dobrarem a força e ela cair no chão com tudo, sua varinha caiu em sua frente mas ela foi incapaz de pegá-la enquanto sentia seu corpo inteiro doer. Era uma dor avalassadora, sua mente, seu corpo e sua alma doíam tanto que era insuportável para ela aguentar, era mil vezes pior que quando Umbridge obrigava ela a escrever as palavras no pergaminho e que faziam marcas em suas mãos, era pior que o veneno que Umbridge havia jogado nela e definitivamente era pior que quando sua versão do mal havia quase lhe matado no sonho, era mil vezes pior que qualquer feitiço de tortura. Ela sentia seu corpo se torcer e lágrimas descerem pelo seu rosto, tudo queimava, ela queria sair, mas não conseguia, ela queria pegar sua varinha, mas seus músculos ao menos se mexia, tudo ao seu redor começou a girar e sua visão apenas enxergava desfocado.
— Foi só um aperitivo! — Exclamou Bellatrix depois de muito tempo, ela ergueu a varinha e assim interrompendo os gritos de Neville e Astraea, a bruxa deixou o garoto soluçando a seus pés e a ruiva deitada no chão sem conseguir se mover. Ela se virou e olhou para Harry. — Agora, Potter, ou nos entrega a profecia ou vai ver os seus amiguinhos morrerem sofrendo!
Harry parecia nem precisar pensar, ele não tinha opção. Mesmo sentindo se corpo todo doer devido a tortura de segundos atrás, a ruiva olhou para seu amigo com lágrimas nos olhos enquanto sussurrava para ele não fazer aquilo, ele não podia fazer aquilo, mas Harry parecia já ter tomado sua decisão e com toda certeza ele não iria mudar ela. A profecia se aquecera com o calor de sua mão quando a estendeu, Malfoy se adiantou depressa para recebê-la, um sorriso diabólico em seu rosto como se quisesse dizer que eles haviam vencido.
Então, no alto, mais duas portas se escancararam e mais seis pessoas entraram correndo na sala. Sirius, Lupin, Marjorie, Moody, Tonks e Quim. Malfoy se virou e ergueu a varinha, mas Tonks já disparara um Feitiço Estuporante nele. Harry não esperou para ver se o bruxo fora atingido, mergulhou para longe do estrado e dos disparos. Os Comensais da Morte foram completamente distraídos pela aparição dos membros da Ordem, que agora faziam chover feitiços sobre os adversários enquanto saltavam degrau por degrau em direção ao poço. Através dos corpos que voavam e dos lampejos, Harry viu Astraea e Neville se arrastando. Ele se desviou de mais um jato de luz vermelha e se atirou de corpo inteiro no chão para alcançar os amigos.
— Você estão bem? — Berrou, quando voou mais um feitiço a centímetros de suas cabeças.
— Dou. — Disse Neville tentando se levantar.
— Sim. — Astraea falou, sua voz soando mais fraca que o esperado.
— E Rony?
— Acho gue esdá bem, ainda esdava ludando com o cérebro guando vim...
— E Perseu? Como ele está? Onde ele está?
Neville não teve tempo de responder, o piso de pedra entre os três explodiu ao ser atingido por um feitiço que produziu uma cratera onde a mão de Neville estivera segundos antes, os três saíram depressa dali, então um braço grosso se materializou e agarrou Harry pelo pescoço, pondo-o de pé de tal modo que seus pés mal tocavam o chão. Astraea se virou pronta para ajudá-lo com sua varinha já recuperada, mas uma mão agarrou seu cabelo e puxou ela para trás no mesmo tempo que uma varinha foi posta sobre seu pescoço com tanta força que ela tinha a certeza que ficaria uma marca ou um corte.
— Não se mexa. — Uma voz sussurrou em seu ouvido de forma fria.
— Me dê isso. — Rosnou uma voz para Harry. — Me dê a profecia...
— TIRE SUAS MÃOS SUJAS DA MINHA FILHA E DO MEU AFILHADO! — Quando a voz da mulher soou pelo salão todos pararam imediatamente.
Olhando para uma das portas surgiu Dahlia Black, seus cabelos ruivos como fogo voavam pelo forte vento causado pelos feitiços dentro da sala, seus olhos azuis estavam tão sinistros que era possível que todos ali caíssem de joelhos em sua frente e implorassem por perdão, não havia varinha em suas mãos, ao seu lado estava o patrono de Fênix que Astraea havia conjurado. De trás de seu corpo surgiu Regulus Black, o homem parecia tão furioso quanto sua esposa, seus cabelos pretos brilhavam tanto quanto a escuridão presente em seus olhos azuis, ao contrário da esposa ele tinha sua varinha em sua mão pronto para atacar, mais uma figura surgiu atrás deles e todos puderam ter a visão de Perseu Dempsey parando ao lado de seu sogro com uma feição assustadora, seu estado estava tão pior quanto antes, mas mesmo assim ele se mantinha de pé. Quando Sirius, Lupin e Marjorie viram o casal ali eles arregalaram os olhos, no exato momento em que eles colocaram seus olhos em Dahlia e Regulus, eles souberam de imediato quem eram eles.
— Mãe, pai. — Sorriu Astraea brilhantemente.
— Se abaixa, querida. — Dahlia piscou, e como sua mãe havia dito ela fez.
No momento de distração, o poder vermelho acertou em cheio o Comensal da Morte que rodopiou no ar caindo no chão, agora inconsciente. Rapidamente, os três desceram às escadas correndo, Perseu murmurou um feitiço contra o Comensal que segurava Harry, o casal correndo na direção de sua filha, os três então se juntaram em um abraço fraternal. Astraea pela primeira vez pode suspirar aliviada, seus pais estavam ali, tudo iria ficar bem, relaxando nos braços deles ela deixou uma lágrima solitária descer pelo seu rosto, a esperança se encheu em seu peito de forma triunfante. Dahlia e Regulus Black estavam ali para lutar, agora, tudo estava realmente começando, a linha do destino finalmente se encaixou e o futuro estava a apenas alguns minutos para finalmente começar, Astraea Sacturn Black estava indo na direção certa, na direção daquilo que ela nasceu para ser. Na direção de se tornar aquilo que os Deuses queriam que ela se torna-se, se tornar por completo. A Salvadora.
✦ —— Olá estrelas e constelações!
Acharam mesmo que eu não ia rebolar minha bunda hoje? BRINCADEIRA!! Não levem a sério o que eu falo, enfim, tivemos aí a volta do nossos casal supremo vulgo Regulus e Dahlia, aí meus amorecos, tão feliz que eles finalmente vão voltar para a família inteira deles!! Só lembrando que os erros de ortografia nas falas do Neville são completamente intencionais, esses erros já fazem parte do livro, ah, como eu amo cada pequeno momento da Astraea e do Perseu, eles são tão meus. É minha gente, próximo capítulo... não me responsabilizo pela terapia de ninguém não, só avisando, foi tanta depressão que eu chorei escrevendo do início ao fim que nem uma condenada que de tanto choro me deu até dor de cabeça, mas enfim né, vida que segue. Infelizmente foi isso por hoje, não se esqueçam de votar e comentar e quem não fizer isso eu vou puxar o pé de noite e fazer a fanfic depressiva, só avisando. Se cuidem meus amorecos, beijinhos e até a próxima!
MALFEITO FEITO!
— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.
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