ꜤꜤ ▌ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗘𝗜𝗚𝗛𝗧❕
ꜤꜤ —— 𓏲𖥻. ࣪ 𝐄𝐋𝐘𝐒𝐈𝐔𝐌 ⁽ ☄️ ⁾.
↳ ׂׂ ▐ㅤ𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝗲𝗶𝗴𝗵𝘁. ᠉ ࣪ ˖
detenção com a umbridge!
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𝗡𝗔̃𝗢 𝗣𝗢𝗗𝗘𝗠𝗢𝗦 𝗝𝗨𝗟𝗚𝗔𝗥 𝗢 𝗟𝗜𝗩𝗥𝗢 𝗣𝗘𝗟𝗔 𝗖𝗔𝗣𝗔, era isso que Dahlia sempre falava para sua filha. Mas quando a ruiva entrou na sala de aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, ela deu de cada com a Prof. Umbridge já sentada a escrivaninha, usando o casaquinho peludo cor-de-rosa da noite anterior e o laço de veludo preto na cabeça. Novamente, Astraea se lembrou, sem querer, de um moscão encarrapitado insensatamente na cabeça de um sapo ainda maior.
A turma entrou na sala em silêncio; a Prof. Umbridge era, até aquele momento, uma incógnita, e ninguém sabia se seria ou não adepta da disciplina rigorosa.
— Bom, boa tarde! — Disse ela finalmente, quando a turma inteira acabou de sentar.
Alguns alunos murmuraram “boa tarde” em resposta.
— Tss-tss. — Muxoxou a professora. — Assim não vai dar, concordam? Eu gostaria que os senhores, por favor, respondessem: “Boa tarde, Prof. Umbridge.” Mais uma vez, por favor. Boa tarde, classe!
— Boa tarde Prof. Umbridge. — Entoaram os alunos monotonamente.
— Agora sim. — Disse a professora com meiguice. — Não foi muito difícil, foi? Guardem as varinhas e apanhem as penas.
Muitos alunos trocaram olhares sombrios, nunca antes à ordem “guardem as varinhas” se seguida uma aula que eles achassem interessante. Astraea enfiou a varinha dentro da capa, temendo que Pólux comesse a varinha se colocasse na mochila, e então ela apanhou a pena, tinta e pergaminho. A Prof. Umbridge abriu a bolsa e tirou a própria varinha, que era excepcionalmente curta, e com ela deu uma pancada forte no quadro-negro, imediatamente, apareceu ali escrito:
Defesa Contra as Artes das Trevas
Um Retorno aos Princípios Básicos.
— Bom, o ensino que receberam desta disciplina foi um tanto interrompido e fragmentário, não é mesmo? — Afirmou a Prof. Umbridge, virando-se para encarar a turma, com as mãos perfeitamente cruzadas diante do corpo. — A mudança constante de professores, muitos dos quais não parecer ter seguido, nenhum currículo aprovado pelo Ministério, infelizmente teve como consequência os senhores estarem muito abaixo dos padrões que esperaríamos ver no ano do N.O.M.s.
Ela parou por um instante, logo voltando a falar novamente.
— Os senhores ficarão satisfeitos de saber, porém, que tais poblemas agora serão corrigidos. Este ano iremos seguir um curso de magia defensiva, aprovado pelo Ministério e cuidadosamente estruturado em torno da teoria. Copiem o seguinte, por favor. — Ela tornou a escrever no quadro, a primeira mensagem desapareceu e foi substituída por. — Objetivos do curso.
1. Compreender os princípios que fundamentam a magia defensiva.
2. Aprender a reconhecer as situações em que a magia defensiva pode legalmente ser usada.
3. Inserir o uso da magia defensiva em contexto de uso.
Por alguns minutos o som de penas arranhando pergaminhos encheu a sala. Depois que todos copiaram os três objetivos do curso da Prof. Umbridge, ela perguntou:
— Todos têm um exemplar de Teoria da magia defensiva de Wilbert Slinkhard?
Ouviu-se um murmúrio baixo de concordância por toda a sala.
— Acho que vou tentar outra vez. — Disse ela. — Quando eu fizer uma pergunta, gostaria que os senhores respondessem: “Sim, senhora, Prof. Umbridge” ou “Não, senhora, Prof. Umbridge”. Então, todos têm um exemplar de Teoria da magia defensiva de Wilbert Slinkhard?
— Sim, senhora, Prof. Umbridge. — Ecoou a resposta pela sala.
— Ótimo. Eu gostaria que os senhores abrissem na página cinco e lessem o Capítulo Um, “Elementos Básicos para Principiantes”. Não precisarão falar.
A Prof. Umbridge deu as costas ao quadro e se acomodou na cadeira, à escrivaninha, observando todos os alunos, com aqueles olhos empapuçados de sapo. Astraea abriu à página cinco do seu exemplar Teoria da magia defensiva e começou a ler.
Era desesperadamente monótono, tão ruim quanto escutar o Prof. Binns. Sentiu sua concentração ir fugindo, logo tinha lido a mesma linha meia dúzia de vezes, sem absorver nada além das primeiras palavras. Vários minutos se passaram em silêncio, ao seu lado, Perseu virava e revirava a pena entre os dedos distraidamente, os olhos fixos no mesmo ponto da página. Astraea olhou para a frente e teve uma surpresa que sacudiu o seu torpor. Hermione nem sequer abrirá seu exemplar de Teoria da magia defensiva. Olhava fixamente a Prof. Umbridge com a mão levantada.
Umbridge olhou-a, indagador, mas ela meramente balançou a cabeça, a indicar que não ia responder perguntas, a mesma continuou a encarar a professora, que olhava com igual resolução para o outro lado.
Depois de se passarem vários minutos, porém, Astraea já não era a única que olhava para Hermione. O capítulo que a professora mandará ler era tão tedioso que um número cada vez maior de alunos estava preferindo observar a muda tentativa de Hermione de ser notada pela professora a continuar penando para ler os “Elementos Básicos para Principiantes”.
Quando mais da metade da classe estava olhando para Hermione e não para os livros, a professora paraceu decidir que não podia continuar a ignorar a situação.
— Queria me perguntar alguma coisa sobre o capítulo, querida? — Perguntou ela a Hermione, como se tivesse acabado de reparar nela.
— Não, não é sobre o capítulo. — Respondeu Hermione.
— Bem, é o que estamos lendo agora. — Disse a professora, mostrando seus dentinhos pontiagudos. — Se a senhorita tem outras perguntas, podemos tratar delas no final de aula.
— Tenho uma pergunta sobre os objetivos do curso. — Disse Hermione.
A Prof. Umbridge ergueu as sobrancelhas.
— E como é o seu nome?
— Hermione Granger.
— Muito bem, Srta. Granger, acho que os objetivos do curso são perfeitamente claros se lidos com atenção. — Respondeu em um tom de intencional meiguice.
— Bom, eu não acho que estejam. — Concluiu Hermione secamente, arrancando um sorrisinho da ruiva. — Não há nada escrito no quadro sobre o uso de feitiços defensivos.
Houve um breve silêncio em que muitos alunos da turma viraram a cabeça para reler, de testa franzido, os três objetivos do curso ainda escritos no quadro-negro.
— O uso de feitiços defensivos? — Repetiu a Prof. Umbridge, dando uma risadinha. — Ora, não consigo imaginar nenhuma situação que possa surgir nesta sala de aula que exija o uso de um feitiço defensivo, Srta. Granger. Com certeza não está esperando ser atacada durante a aula, está?
— Não vamos usar magia? — Exclamou Rony, em voz alta.
— Os alunos levantam a mão quando querem falar na minha aula, Sr...?
— Ótimo, agora a gente tem que ter obrigação de levantar a mão quando quisermos falar algo. Muito bem, sapa cor de rosa. — Resmungou Astraea baixinho, levando o garoto ao seu garoto ao seu lado rir baixo, enquanto colocava a cabeça na mesa para disfarçar.
— Weasley. — Respondeu, Rony, erguendo a mão no ar.
A Prof. Umbridge, ampliando o seu sorriso, virou as costas para ele. Harry, Astraea e Hermione imediatamente ergueram as mãos também. Os olhos empapuçados da professora se retiveram por momento em Harry e Astraea, antes de se dirigir a Hermione.
— Sim, Srta. Granger? Quer perguntar mais alguma coisa?
— Quero. Certamente a questão central na Defesa Contra as Artes das Trevas é a prática de feito os defensivos.
— A senhorita é uma especialista educacional do Ministério da Magia, Srta. Granger?
— Não, mas...
— Bem, então, receio que não esteja qualificada para decidir qual é a “questão central” em nenhuma disciplina. Bruxos mais velhos e mais mais inteligentes que a senhorita prepararam o nosso novo programa de estudos. A senhorita irá aprender a respeito dos feitiços defensivos de um modo seguro e livre de riscos...
— Para que servirá isso? — Perguntou Harry, em voz alta. — Se viemos atacados, não será um...
— Mão, Sr. Potter! — Entoou a Prof. Umbridge.
Harry empunhou o dedo no ar. Mais uma vez, a professora prontamente lhe deu as costas, mas agora vários outros alunos tinham erguido as mãos. Incluindo Astraea, que havia sido totalmente ignorada.
— E o seu nome é? — Perguntou a professora a Dino.
— Dino Thomas.
— Diga, Sr. Thomas.
— Bem, é como disse o Harry, não é? Se vamos ser atacados, então não será livre de riscos.
— Repito. — Disse a professora, sorrindo para Dino de modo muito irritante. — O senhor espera ser atacado durante as minhas aulas?
— Não, mas...
A Prof. Umbridge interrompeu-o.
— Não quero criticar o modo como as coisas têm sido conduzidas nesta escola. — Disse ela, um sorriso pouco convincente distendendo sua boca rasgada. — Mas os senhores foram expostos a alguns bruxos muitos irresponsáveis nesta disciplina, de fato muito irresponsáveis, isto para não falar. — E deu uma risadinha desagradável. — Em mestiços extremamente perigosos.
— Se a senhora está se referindo ao Prof. Lupin. — Disse Dino, zangado, esganiçando a voz. — Ele foi o melhor que já...
— Mão, Sr. Thomas! Como eu ia dizendo, os senhores foram apresentados a feitiços muito complexos, impróprios para a sua faixa etária e potencialmente letais. Alguém os amedrontou, fazendo-os acreditar na probabilidade de depararem com ataques das trevas com frequência...
— Não, isto não aconteceu. — Protestou Hermione. — Só que...
— Sua mão não está erguida, Srta Granger!
Hermione ergueu a mão. A Prof. Umbridge virou-lhe as costas.
— Pelo que entendi, o meu antecessor não somente realizou maldições ilegais em sua presença, como chegou a aplicá-las nos senhores.
— Ora, no fim ficou provado que ele era um maníaco, não foi? — Respondeu Dino, acalorado. — E veja bem, ainda assim aprendemos um bocado.
— Sua mão não está erguida, Sr. Thomas! — Disse a professora. — Agora o Ministério acredita que um estudo teórico será mais do que suficiente para prepará-los para enfrentar os exames, que, afinal, é para para o que existe a escola. E o seu nome é? — Acrescentou ela, ficando o olhar em uma garota na frente, que acabará de erguer a mão.
— Parvati Patil, e não tem uma pequena parte prática no nosso N.O.M. de Defesa Contra as Artes das Trevas? Não temos que demostrar que somos capazes de realizar contrafeitiços e coisas assim?
— Desde que tenham estudado a teoria com muita atenção, não há ração para não serem capazes de realizar feitiços sob condições de exame cuidadosamente controladas. — Respondeu a professora, encerrando o assunto.
— Sem nunca ter praticado os feitiços antes? — Perguntou Parvati, incrédula. — A senhora está nos dizendo que a primeira vez que poderemos realizar feitiços será durante o exame?
— Repito, desde que tenham estudado a teoria com muita atenção... Sim, Srta? — Perguntou Prof. Umbridge.
— Astraea, Astraea Sinclair. — A ruiva sorriu, recebendo um aceno da professora para continuar. — E para que vai servir a teoria no mundo real?
A Prof. Umbridge ergueu a cabeça.
— Isto é uma escola, Srta. Sinclair, não é o mundo real. — Disse mansamente.
— Então não devemos nos preparar para o que estará nos aguardando lá fora? — Perguntou Harry.
— Isso que eu quis dizer. — A ruiva sorriu em direção à Harry..
— Não há nada aguardando lá fora, Sr. Potter e Srta. Sinclair.
— Ah, é? — A raiva de Harry, que parecia estar borbulhando sob a superfície o dia todo, agora começou a atingir o ponto de ebulição.
— Quem é que o senhor imagina que queira atacar crianças de sua idade? — Perguntou a professora, num tom horrivelmente meloso.
— Humm, vejamos... — Disse Harry numa voz fingidamente pensativa. — Talvez...
— Lorde Voldemort? — Disseram Harry e Astraea ao mesmo tempo, Rony ofegou. Lilá Brown soltou um gritinho. Neville escorregou pela lateral do banco. Perseu deixou a pena cair de sua mão, que antes ele girava no dedo descontraído, levando o olhar para a ruiva. A Prof. Umbridge, porém, nem sequer piscou. Estava encarando Harry e Astraea com uma expressão de sinistra satisfação no rosto.
— Dez pontos perdidos para a Grifinória, Sr. Potter. E dez pontos perdidos para a Sonserina também, Srta. Sinclair.
A sala ficou parada e em silêncio. Todos olhava para Umbridge ou para Harry e Astraea.
— Agora gostaria de deixar algumas coisas muito claras.
A Prof. Umbridge ficou em pé e se curvou para a turma, suas mãos de dedos grossos e curtos abertas sobre a escrivaninha.
— Os senhores foram informados de que um certo bruxo das trevas retornou do além...
— Ele não estava morto! — Respondeu Astraea.
— Mas, sim senhora, ele retornou! — Continuou Harry zangado.
— Sr. Potter e Srta. Sinclair os senhores já fizeram suas casas perder de pontos, não piore as coisas para si mesmos. — Disse a professora sem parar para respirar e sem olhar para eles. — Como eu ia dizendo os senhores foram informados de que um certo bruxo das trevas está novamente solto. Isto é mentira.
— NÃO é mentira. — Disse Harry. — Eu o vi, lutei com ele.
— E sem contar que os jornais do mundo bruxo todo já disseram que Voldemort retornou. Sem contar no fato do antigo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas ter sido um comensal da morte, que por um acaso tentou matar Harry! — Protestou Astraea, recebendo olhares de todos há sala.
— Detenção, Sr. Potter e Srta. Sinclair! — Disse a Prof. Umbridge, em tom de triunfo. — Amanhã à tarde. Cinco horas. Na minha sala. Repito, isto é uma mentira. O Ministério da Magia garante que não estamos ameaçados por nenhum bruxo das trevas. Se os senhores continuam preocupados, não se acanhem, venham me ver quando estiverem livres. Se alguém está alarmado os senhores com lorotas sobre bruxos das trevas renascidos, eu gostaria de ser informada. Estou aqui para ajudar. Sou sua amiga. E agora, por favor, continuem sua leitura. Página cinco, “Elementos Básicos para Principiantes.”
A Prof. Umbridge sentou-se à escrivaninha. Harry, no entanto, ficou em pé. Todos o olhavam, Simas parecia meio apavorado, meio fascinado. E Astraea tinha um sorriso no rosto, totalmente orgulhosa.
— Harry, não! — Sussurrou Hermione, em tom de alerta, puxando-o pela manga, mas ele desvencilhou o braço da mão dá amiga.
— Então, segundo a senhora, Cedrico Digorry caiu morto porque quis, foi? — Perguntou Harry, com a voz tremendo.
A turma prendeu coletivamente a respiração, porque nenhum colega, exceto Rony e Hermione, jamais ouvira Harry falar do que acontecerá na noite em que Cedrico morrera. Todos olhavam avidamente de Harry para a professora, que ergueram os olhos e encarava o garoto sem o menor vestígio de falso sorriso no rosto.
— A morte de Cedrico Digorry foi um trágico acidente. — Disse ela, com frieza.
— Foi assassinato. — Disse Harry. Astraea percebeu que o corpo dele tremia. O garoto pouco falará com outras pessoas sobre isso, e muito menos com trinta colegas que o escutavam ansiosos. — Voldemort o matou, e a senhora sabe disso.
O rosto da Prof. Umbridge estava inexpressivo. Por um momento, Astraea pensou que ela fosse berrar com Harry. Então ela falou, com a sua voz mais macia, mais meiga e mais infantil:
— Venha cá, Sr. Potter, querido.
Astraea viu quando ele chutou sua cadeira para o lado, contornou Rony e Hermione e foi à escrivaninha da professora. Harry não pode ver o que ela estava escrevendo, muito menos Astraea. Ninguém falava. Passando um minuto e pouco, ela enrolou o pergaminho e lhe deu um toque com a varinha, ele se selou, sem emendas, de modo que o garoto não o pudesse abrir.
— Leve isto a Prof. McGonagall, querido. — Disse estendendo a ele o bilhete.
Harry apanhou-o sem dizer uma palavra, e marchou em direção a saída. Quando ele estava passando por Astraea, a garota se levantou, olhando para Prof. Umbridge determinada, Umbridge olhou para a ruiva, assim como o restante da sala. E até mesmo Harry, que estava pronto para dar o fora dali se virou para a ruiva.
— Prof. Umbridge, não acho justo o que a senhora fez com meu colega de classe, Sr. Potter. — Disse ela, firmemente.
— Srta. Sinclair, porque não acha justo o fato do Sr. Potter ser punido. Depois de tudo o que ele disse? — Prof. Umbridge sorriu, aquele seu sorriso irritante sendo lançado em direção a ruiva.
— Porque assim como todos aqui tem direito, Potter estava apenas expressando sua opinião de um fato que ocorreu!
A sala toda olhou para a ruiva, repleta de silêncio. E novamento, o sorriso da Prof. Umbridge morreu, sendo substituído por sua cara sinistra de senhorinha meiga.
— Está enganada, Srta. Sinclair. Voldemort não retornou, tudo o que você ouviu falar, foi uma mentira, algo enganoso e contra verso. — Sorriu ela, como se tivesse ganhado aquela discussão.
— De fato, isso seria uma mentira se não fosse visto e comprovado.
— Visto e comprovado por quem exatamente? — Perguntou Prof. Umbridge, sorrindo forçadamente.
— Harry Potter e o diretor Dumbledore, assim como muitos que falaram que o que Potter relatou, realmente era verdade. E que Voldemort havia retornado. — A ruiva sorriu, sendo fuzilada pelo olhar da Prof. Umbridge.
— Não sei se já sabe, Srta. Sinclair. — Disse com desgosto na voz. — Mas essa mentira foi desmentida pelo ministério, como eu estava dizendo anteriormente...
— Assim como também sei que o ministério está apenas negando algo que realmente aconteceu, e que principalmente à colocou aqui por um exato motivo? Ah, sim, senhora. Eu sei muito bem.
— O que você está insinuando, garotinha? — A voz da Prof. Umbridge saiu assustadoramente calma, enquanto olhava para Astraea.
— Que o ministério está com medo, não quer acreditar que o bruxo das trevas mais temido de todos os tempos está de volta, porque eles são fracos e ainda mais principalmente. Porque ainda existe comensais da morte dentro do ministério, e eles apenas estão querendo encobrir seu seguidor.
Assim que as palavras da ruiva saíram de sua boca. Prof. Umbridge deu um passo para trás, totalmente atingida.
— E não finja que não sabe disso, senhora, Prof. Umbridge. Porque é um fato, além de ser um fato também o Ministério ter a colocado aqui, não porque estão sem professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, desde os acontecimentos dos anos interiores, é claro. Mas, sim porque querem que a senhora vigie o diretor Dumbledore, para assim no segundo que ele "falhar" o Ministério possa tomar posse de Hogwarts. Mas deixe eu ir logo te avisando. Senhora, Prof. Umbridge, isso nunca vai acontecer!
A feição da Prof. Umbridge se transformou em ódio puro, pela primeira vez durante todo esse tempo de aula. E se um olhar podesse matar, a ruiva estaria morta nesse exato momento, mas ela não se deixou por vencida. Astraea soltou um sorriso, se preparando para jogar todos os seus argumentos contra a professora.
— E se me permite dizer senhora, Prof. Umbridge, eu acredito em Harry. — Ela levou o olhar até o moreno, que olhava pra ela estático. — Porque entre acreditar no ministério, onde existe vários comensais fazendo parte dele, e entre: Harry Potter, o menino que sobreviveu. Não a qualquer coisa, mas sim a uma maldição imperdoável lançada pelo próprio Lorde das Trevas, que a senhora tem tanto medo de falar. Eu prefiro acreditar em Harry, porque diferente do ministério, ele não mente. — Ela terminou sua frase, olhando sorrindo para Prof. Umbridge.
— Sua, sua... — Dolores exclamou raivosa. Os alunos ficaram estupefatos ao ver a professora se irritar pela primeira vez, seu rosto ficando vermelho como de um porco. — MENTIROSA! Você e o Sr. Potter combinam, adoram contar mentiras para os outros, não é mesmo? Mas saiba que essas suas ações terão consequências.
— Ela não está mentindo. — Disse Harry, dando um passo a frente.
— Fica quieto, Harry. — Astraea olhou para ele, fazendo ele voltar a sua posição inicial. — Eu lido com a cara de sapo aqui.
— Como é que é?
— Tá surda agora? — Ironizou a ruiva. — Senhora, Prof. Umbridge, eu tenho cara de muitas coisas, mas de mentirosa não é! Aprendi muito bem com minha mãe que mentir é feio, já a senhora acho que aprendeu ao contrário. Porque para não acreditar que algo tão possível de acontecer, realmente aconteceu. Só pode ser a maior burra e sonsa deste planeta!
A sala ficou em repleto silêncio, Prof. Umbridge encarava a ruiva com seus olhos pegando fogo. Mas assim como fizeram com Harry, ela apenas voltou a sorrir, mais meiga, infantil e aterrorizante.
— Srta. Sinclair, venha até aqui! — Chamou ela, Astraea rapidamente obedeceu, já pegando sua mochila e a colocando sobre o ombro.
Prof. Umbridge fez a mesma coisa que fez para Harry, ela se virou, pegou um pedaço de pergaminho e pôs a escrever algo sem que a ruiva vê-se. Um minuto e meio depois, quando finalmente finalizou o bilhete. Ela enrolou o pergaminho e lhe deu um toque com a varinha, ele se selou, sem emendas, de modo que a garota não pudesse abrir. Se virando ela entregou para a ruiva, que prontamente pegou o pedaço de pergaminho.
— Acompanhe o Sr. Potter, e leve isto a Prof. McGonagall. — Disse ela, dando-lhe as costas.
— Com muito prazer. — Astraea fez uma pequena reverência, ironizando. Ela se virou e pôs a andar até Harry, que olhava pra ela chocado. — Vamos, Harry.
Os dois saíram pela porta, passando por todos os alunos de cabeça erguida. Harry bateu a porta ao passar. Os dois andou muito muito depressa pelo corredor, o bilhete para McGonagall apertado na mão do garoto, mas, ao vidas um canto, os dois deram de cara com Pirraça, o poltergeist, um homenzinho de boca grande que flutuava de costas no ar, fazendo malabarismos com vários tinteiros.
— Ora, é o Pirado do Potter! — Gargalhou Pirraça, deixando dois tinteiros caíram no chão, onde se estilhaçaram, salpicando nas paredes. Harry pulou para trás para escapar, puxando a ruiva com tudo pela cintura, essa que estava confusa. O moreno olhou para o poltergeist e rosnou.
— Dá o fora, Pirraça.
— ÔÔÔÔ, o Pirado está irritado. — Explanou Pirraça, perseguindo Harry e Astraea pelo corredor, caçoando enquanto sobrevoava sobre os dois. — Que foi desta vez, meu querido amigo Pirado? Ouvindo vozes? Tendo visões? Falando... — Pirraça produziu um ruído porco com a boca. — Línguas?
— Eu disse, me deixa em PAZ! — Berrou Harry, assustando a ruiva ao lado. O moreno puxou ela pelo braço, descendo o lance mais próximo de escada a correr, mas Pirraça simplesmente escorregou de costas pelo corrimão da escada.
— Quem é ele? E o que ele tá fazendo? — Perguntou Astraea, não sendo respondida.
Ah, muito acham que ele está rosnando, o pobre Pottinho.
Mas outros são mais caridosos e dizem que está só triste.
Mas Pirraça sabe das coisas e diz que é pura piração...
— CALA A BOCA!
Uma porta abriu à esquerda dos dois escancarou-se e a Prof. McGonagall saiu de sua sala parecendo implacável e ligeiramente estressada.
— Afinal por que é que você está gritando, Potter? — Perguntou com rispidez, enquanto Pirraça dava divertidas gargalhadas e desaparecia de vista. — E porque vocês dois não estão em aula?
— Nos mandaram ver a senhora. — Disse Harry e Astraea juntos, formalmente.
— Mandaram? Que é que você quer dizer com mandaram?
Os dois estenderam o bilhete da Prof. Umbridge. A Prof. McGonagall apanhou-os, franzino a testa, tendo o sentimento de déjà vu diante dos dois alunos, abriu-os com um toque de varinha, desenrolou os dois e começou a ler. Seus olhos correram de um lado a outro por trás dos óculos quadrados enquanto lia o que Umbridge escrevera, e a cada linha dos dois bilhetes se tornavam mais apertados.
— Venha aqui, Potter e Sinclair.
Os dois entraram atrás dela na sala. A porta se fechou automaticamente, fazendo com que a ruiva desse um pulo pelo susto.
— Então? — Perguntou-lhe a professora, zangada. — É verdade?
— É verdade o que? — Perguntou Harry, um pouco mais agressivamente do que pretendera, levando uma cotovelada da ruiva ao seu lado. Junto com um resmungou em repreensão. — Professora? — Acrescentou tentando parecer mais educado.
— É verdade que vocês gritaram com a Prof. Umbridge?
— Sim, senhora. — Responderam juntos.
— Chamou-a de mentirosa?
— Chamamos.
— Disseram a ela que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado retornou?
— Sim, senhora.
A Prof. McGonagall sentou-se sobre à escrivaninha, observando Harry e Astraea com a testa enrugada. Então disse:
— Comam um biscoito, Harry e Astraea.
— Coma... O que? — Disse os dois juntos se entre olhando.
— Comam um biscoito. — Repetiu ela impaciente, apontando uma lata com estampa escocesa em cima de uma pilhas de papéis sobre sua mesa. — E sentem-se.
Astraea confusa, apenas se deixou ir e ela deixou se afundar na cadeira à frente da escrivaninha e se serviu de um tritão de gengibre, sentindo-se tão confusa e atrapalhada quanto na ocasião anterior. Harry fez o mesmo, se sentando ao lado da ruiva. Astraea levou um dos biscoitos de gengibre para Pólux, que esperava ser alimentado pela brecha da bolsa que a garota deixou.
A Prof. McGonagall depositou o bilhete sobre a escrivaninha e olhou muito seria para Harry e depois para Astraea.
— Potter, Sinclair. Vocês precisam ter cuidado.
Astraea engoliu o biscoito e encarou a professora, assim como Harry, e o garoto só pode temer. Seu tom de voz não se parecia com o que ele estava acostumado a ouvir; não era enérgico, seco nem severo, era baixo e ansioso e, de alguns forma, muito mais humano do que o habitual.
— O mau comportamento na classe de Dolores Umbridge poderá lhes causar muito mais do que a perda de pontos e uma detenção.
— Que é que a senhora... — Disse Harry, sendo interrompido.
— Potter, use o bom senso. — Retorquiu a Prof. McGonagall, com um brusco retorno à sua maneira usual. — Você sabe de onde ela vem, você deve saber a quem ela está se reportando.
A sineta tocou anunciando o fim da aula. No andar de cima e por todos os lados, ouviu-se o tropel elefantino de centenas de estudantes em marcha.
— Diz aqui que ela lhe deram uma detenção para cada noite desta semana a começar amanhã. — Disse McGonagall, tornando a consultar o bilhete.
— Todas as noites desta semana? — Repetiu Harry e Astraea horrorizados.
— Mas, professora, será que a senhora não poderia...? — Questinou ele esperançoso, sendo seguido pela ruiva.
— Não poderia. — Respondeu ela taxativa mente.
— Mas...
— Ela é professora de vocês dois e tem todo o direito de lhe darem detenções. Vocês se apresentarão na sala amanhã às cinco horas para a primeira. Lembrem-se, pise mansinhos perto de Dolores Umbridge.
— Mas a gente estava dizendo a verdade! — Disse Harry, indignado. — Voldemort voltou, a senhora sabe que sim, o Prof. Dumbledore sabe que sim...
— Pelo amor de Merlin, Potter! — Exclamou a Prof. McGonagall, acertando os óculos, muito zangada, contraíra horrivelmente o rosto quando ele usará o nome de Voldemort. — Você acha que realmente que o que está em jogo são verdades ou mentiras? O que está em jogo é manter a cabeça baixa e sua irritação sob controle!
Ela se levantou, as narinas abertas e a boca muito fina, e Harry fez o mesmo. Já Astraea apenas ficou olhando os dois, com um biscoito a centímetros de sua boca, enquanto olhava para a discussão com a boca em um perfeito “o”.
— Coma outro biscoito. — Disse, irritada, empurrando a lata para o garoto.
— Não, muito obrigado. — Disse Harry, com frieza.
— Não seja ridículo. — Ralhou McGonagall.
Ele apenas negou com a cabeça.
— Obrigado. — Agradeceu de má vontade.
— Você não escutou com atenção o discurso de Dolores Umbridge no banquete de abertura do ano letivo, Potter?
— Escutei sim. Eu a escutei... dizer... o progresso será proibido ou... bem, queria dizer que.... o Ministério da Magia está tentando interferir em Hogwarts.
A Prof. McGonagall mirou-o por um momento, depôs fungou, contornou a escrivaninha e segurou a porta aberta para os dois.
— Bem, fico contente que pelo menos você escute a Hermione Granger. — Disse, mandando-o sair com um gesto, Harry hesitou por um momento. — Você é teimoso que nem seu pai.
— É de família. — Astraea murmurou sem eles ouvirem.
— Sinto que vocês darão tanto trabalho quanto seus pais. — McGonagall correu os olhos entre os dois, Harry a encarou confuso. — Já não bastava vocês três, Harry. Agora trará a senhorita Sinclair para o seu grupo?
— Agora você terá que lidar com quatro e não com três, como era antes. — Assim que Harry terminou de falar, ele saiu. Astraea sorriu pequeno e se virou para McGonagall.
— Bem... — Murmurou ela. — Eu aceito mais um biscoito.
Ela sorriu e tirou três biscoitos do pote, andando até a Prof. McGonagall pronta para sair. Mas assim que ela iria fazer o mesmo que Harry, a professora a chamou, fazendo ela olhar para trás.
— Sim, Prof. McGonagall? — Perguntou.
— Você é nova aqui, Sinclair. Não siga os passos do Sr. Potter, a senhorita não irá querer poblemas manchando sua reputação. — Respondeu, enquanto arrumava os óculos sobre o nariz. — Por mais bom que o Sr. Potter seja, ainda sim ele não é uma boa influência para a senhorita.
Astraea acenou com a cabeça, sorrindo para a professora. Mas logo em seguida, correu em disparada para fora, esperando alcançar Harry que não estava tão longe assim.
— Tão parecidos com os pais. — Murmurou McGonagall. — Acredito que darão tanto trabalho quanto James Potter e Dahlia Manoly.
✦ —— Olá, estrelas e constelações!
Mais um capítulo pra vocês, um capítulo repleto de lacre e déjà vu. Harry e Astraea ainda vão aprontar muito, vão ser igualzinhos aos seus pais. Ou talvez até pior, McGonagall que aguente esses dois juntos, porque escrever eles dois está sendo a coisa mais incrível do mundo.
✦ —— Não se esqueçam de votar e comentar! Isso é muito essencial pra fanfic poder ir pra frente e também pra que eu continue a escrever ela. Por hoje foi isso, espero que tenham gostado. Amo vocês!
MALFEITO FEITO!
— As pessoas que olham
para as estrelas e desejam.
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