Cap.45 Sobre escolhas e consequências

Música Say You Love Me - Nakala;

Pré-revisado, boa leitura.

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Sobre escolhas e consequências

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— Você nunca aprende diaba...

O orbes esfumaçados simplesmente se recusavam a crer que ele estava ali e pelo estado do armário do banheiro a raiva o consumia.

— O que faz aqui Shigaraki? — Respirou fundo tentado não demonstrar a tristeza que sentia. Shigaraki sorriu, passando a destra pelos fios os jogando para trás antes de olhá-la profundamente.

— O que você acha que vim fazer aqui hein?

Mirai respirou fundo, estava cansada de lidar com a falta de controle do azulado quando se tratava desse relacionamento conturbado.

— Não tenho uma bola de cristal Tomura me diz logo o que você quer ou vaza daqui. — Nunca pensou que o trataria assim, mas não poderia baixar a guarda, não aguentava mais ficar sofrendo por ele, o azulado se aproximou e ela se distanciou.

— O que há com você? Deveria ter voltado para a liga, tem trabalhos a fazer e ordens a obedecer! — Ríspido, levou a esquerda até o pescoço ainda ferido e voltou a cocá-lo, Mirai notou as marcas de cicatrização recente e respirou fundo passando por ele e parando de frente para  o gabinete da pia de onde tirou uma pomada de polaramine que alivia a irritação e coceira, destampou a pomada e se virou para ele.

— Tira o casaco.

— Não é hora pra isso.

Revirou os olhos.

— Aproveita que estou pedindo Shigaraki ... — Ele bufou, mas obedeceu. Mirai se aproximou notando os arranhões pela pele e ficou na ponta dos pés distribuindo a pomada pela superfície machucada, a ponta dos dedos quentes em contato com a pele agredida causava no azulado a famigerada sensação de apego que tanto detestava, mas que não conseguia ficar longe, ela manteve o olhar concentrado ali sem se importar em como ele estava tão perto enquanto isso os rubis que tanto a condenavam baixavam em direção aos fios lilases e com o indicador dobrado levantou o queixo feminino conectando o olhar. Não precisava de palavras para o que estava prestes a fazer umedeceu os lábios antes de notar como ela também parecia esperar por aquele beijo e sem se controlar mais acabou com a espera em um beijo lento e intenso ao qual ela se afastou em busca de ar se virou para o gabinete apertando a superfície de marfim. — Vai embora Tomura, não vamos resolver nada desse jeito. — Fechou os olhos tentando estabilizar a respiração sentindo os fios serem afastados e beijos serem deixados no lado direito do ombro. 

— Não. Deixei claro que você tem um trabalho a fazer, a liga precisa de fundos. — Sentiu a destra rodear a cintura.

— Vocês sempre precisam de dinheiro que porra de organização falida! — Desconversou, se ele estava ali pela liga por que raios sentia tanto conforto em provocá-la abertamente?

— Diaba... — Sussurrou. —Não me provoca, você ainda me deve muitas explicações.

Ela sorriu olhando para o espelho sentindo a destra adentrar a camisa.

— Não te devo nada Shigaraki, você perdeu esse direito no momento em que decidiu que não temos nada. A única coisa ao qual sou responsável é pela contabilidade. 

Ele pouco se importou com tal afirmação ralhando o nariz na pele escura sentindo o perfume que conhecia como a palma da própria mão e por questões de segundos se lembrou de tudo o que ouviu e o real motivo de ter ficado tão puto, a costumeira ebulição que se dava quando imaginava o pior tomou conta nublando a mente e assim agarrou os fios alheios pela nuca.

— Diaba mentirosa, manipuladora. — Os olhares se encontravam pelo espelho.

— Vai me xingar até quando hein? — Sentiu a destra pressionar a barriga enlaçando. — Se você fosse menos estressado e mais sentimental nós não teríamos tantos problemas, sua desconfiança ao meu respeito e essa confusão que você mesmo criou está tornando tudo pior!

Ele continuou a apertar o corpo feminino trazendo-o mais para si, no fim os lábios ralharam pela ponta da orelha sussurrando:

— Sentimental. — A destra subiu pelo meio dos seios apertando o pescoço. — Nunca está satisfeita comigo não é?

Ela riu sentindo o aperto se intensificar.

— Quer que eu me conforme com migalhas? Quando estive aqui, inteiramente pra você? Isso não faz sentido Tomura, não sou um passarinho enjaulado para me contentar com tão...Pouco. — Ofegou conforme ele desceu os dedos voltando para a cintura a apertando.

— Não brinque comigo Mirai.

— Não sou eu que estou fazendo isso aqui Shigaraki. — Uma veia saltou na têmpora esquerda enquanto ele a libertava, era exprimível no semblante doce da lilás que seus sentimentos bagunçados por ele gritavam e o mesmo não sabia como proceder com toda a carga emocional que aos poucos era descarregada em seu ser e em seu íntimo jamais admitiria que sentia no mínimo saudades da dinâmica louca que criaram. Tinha plena consciência de que não poderia controlá-la, que Mirai faria o que bem entendesse e ainda assim desejava a subversão, as palavras de Kurogiri ecoaram pela mente e tão ato não passou despercebido pela garota uma vez que não fazia parte de seu ser ficar em silêncio por tanto tempo, a face foi afagada com os dedos ternos da garota que querendo ou não havia invadido seu coração. — Seria bem simples se não fosse tão babaca — enlaçou o pescoço masculino tomando conta da situação.

Shigaraki não percebeu, mas naquele momento havia se rendido.

— Sabe muito bem que não posso fazer isso. — Coçou o pescoço e a mesma se aproximou segurando no braço dele.

— Se não tentar não vai saber Shigui... — Ficou na ponta do pé roçando os lábios e ao se afastar ele segurou firme na cintura, os olhos pareciam mais vermelhos que o habitual conforme a confusão se apossava de seus pensamentos deveria baixar a guarda ao lado dela? Deveria deixar que a mesma lhe mostrasse em atos o que tanto mencionava em suas palavras?
Não, não poderia. Não quando em seus planos estava destruir tudo, não se importar com nada e principalmente não ser compassivo.

Os dedos novamente trilharam um caminho até a nuca antes de os puxar de leve, os lábios se apossando do pescoço com tanta propriedade que cada parte do corpo da garota tremia e então... A frieza.

Naquele momento havia feito sua escolha e Mirai aceitou, para ela Shigaraki jamais conseguiria construir algo e para ele simplesmente precisava pensar. 

— Voltarei para a liga amanhã, vou precisar de um furgão e algumas armas, dessa última parte cuidarei pessoalmente. — Respirou firme arrumando os cabelos.

— Que assim seja, começaremos com a fase dois essa semana. —  Os olhares se cruzaram mais uma vez antes dela seguir para a porta e então virar o rosto levemente:

—  Só mais uma coisa, não vou ficar na liga. —  Ele piscou diversas vezes incrédulo e ela sorriu. —  Ora Shigaraki, sua cama vai ficar bem maior e não precisa se preocupar com a falta de espaço no armário e o cheiro irritante pelo seu quarto essas foram as suas escolhas agora lide com elas. 

Mirai saiu do banheiro batendo a porta determinada a deixar de lado qualquer resquício de sanidade, sentia o rosto quente, crente que haviam posto um ponto final naquelas dúvidas a garota seguiu para a sala sem imaginar o que realmente viria a seguir, no banheiro Tomura ligava para Kurogiri pegou a pomada e enfiou no bolso, depois simplesmente sentiu a mente nublar mais uma vez e sorrindo de maneira sádica sumiu na escuridão.

"Se ela acha que acabamos, está completamente enganada."


Baby I'm needing you to say it out loud

Baby I'm asking you to speak your mind

All the time

I feel like being intimateAnd I just can't help and explain
I just can't help and explain
How I feel
Do you feel the same?
Say you love me
Girl say you love me
So say you love me

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Notas finais: Foto lindíssima retirada do twitter  hrak18eh. 

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