Cap.37 O grande roubo parte.2

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O grande roubo-2

Cassino Meikai

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Por Shigaraki,

Eu realmente não precisava ter vindo, mas algo me dizia que deveria ver com meus próprios olhos as escolhas de Mirai.
Minha diaba estava tão ocupada que não ousou pisar aqui e dessa vez desejei vê-la em ação, cronometrei o tempo em que poderia e iria ligar para ela enquanto observei o projeto ser retirado do cofre, o cara que Mirai escolheu era bom e claro que Kurogiri estava comigo.

— O mestre vai adorar saber disso. — Pronunciei ao olhar as cápsulas através da mão de meu pai e de certa forma uma ideia perversa demais me ocorreu para que eu deixasse de lado:

— Esperem, coloquem de volta me tragam 50% dos frascos. — Comentei — E coloquem isso no lugar. — Tirei do meu bolso alguns chicletes e abri a caixa do que havia comprado mais cedo digamos que minhas intenções com Mirai tornaram-se absurdamente interessantes, eu queria deixar marcas visíveis naquele corpo todo, tão visíveis quanto os tapas que dei na primeira vez, mas por hora teria que contentar com meu trabalho e o fato de que será extremamente divertido ver o governo em desespero.

Quando estávamos a ponto de partir um ponto de luz se formou na suite e por ela a diaba passou, vestida de forma tão coerente com o papel que jamais diriam que na verdade é uma exímia ladra.

— Temos seis minutos, ouvi pelo ponto que vão subir para verificar. Fora que Overhaul está ao meu aguardo, dei a desculpa de que iria verificar o perímetro. — Vocês precisam ir mais rápido.

Informou tirando algo do decote, depois se aproximou do cara que abria o último cofre.

— Peter use essa chave na parte de dentro do cofre tem uns papéis que eu quero. — Ele assentiu e ao abrir nos deparamos com dinheiro, muito dinheiro que claramente foi colocado dentro das bolsas e substituído por uma grana falsa, Mirai olhou o cofre do projeto e sorriu.

— Que isso Shigaraki resolveu deixar um presentinho para o público? — Usou o lenço que estava no bolso do abridor de cofres para recolher a bala e o bullet, mesmo que sua face tentasse compreender o que e era aquilo e por baixo da máscara pude sorrir, Mirai tinha tanto a aprender.

— Pensei em dar uma ajudinha depois de ficarem tão na merda. — Ironizei e ela riu, novamente olhou para o relógio.

— Dois minutos. — Vão logo! — Se apressou em fechar as portas. Kurogiri envolveu a todos nós com sua escuridão nos transportando para o hotel. — Fiquem aqui e sintam-se à-vontade Kuro pode me levar para o cassino por favor, prometo que volto logo.

E assim foi feito depois que Mirai sumiu apenas me mantive de pé e notei o abridor de cofres e Compress se aproximarem da cama na intenção de se sentar.

— Nem pensem nisso. — Adverti.

Off

A garota voltara para o primeiro andar onde Hikai a esperava ao lado de Toya, o preceito estranhou o fato dela ter demorado mais do que devia para retornar, mas sobre isso se queixaria diretamente com Kai.

— Podemos ir. — Mirai Proferiu confiante enquanto Hikai assentia e assim um a um os membros da Yakuza passaram agora dentro da sala de Overhaul ambos olhavam para a garota intrigados a mesma se apressou em caminhar até o líder se sentando ao lado:

— Posso começar? — Perguntou, tendo como resposta um olhar mortal de Overhaul.

— Já deveria ter feito. — Ela revirou os olhos pelo mau humor.

— Toya poderia me ajudar? — Abriu uma das maletas expondo o dinheiro. — Primeiro preciso separar dois milhões e depois mais dois para cobrir os custos.

— Não não, você disse que ficaria com dois. Então só vai levar isso. — Kai ordenou.

— E como espera pagar ao Peter e ao Hikai, fora os outros contratados? — Overhaul se levantou:

— Dos preceitos cuido eu, já os outros foram pagos no ato. Então Toya separe os dois milhões dela e a reunião está encerrada, aqueles que não forem necessários estão dispensados.

Odiou ouvir aquilo, iria usar Hikai para voltar ao hotel, queria passar o próprio aniversário em um lugar decente. Não que a casa de Kai não fosse, mas não era o seu porto seguro, quando Toya terminou de separar o dinheiro pondo em uma maleta a garota sorriu.

— Ótimo creio que não tenhamos muito o que fazer, nesse caso vou indo. — Comentou.

— Esteja de volta amanhã, daremos o próximo passo. — Com a mala em mãos sorriu.

— Voltarei em breve, mas não será amanhã. — Piscou de  forma travessa, Toya achou estranho o fato de Overhaul não fazer nada pela afronta, mas se preservou afinal queria continuar vivo.

Do lado de fora da mansão Mirai andava o mais rápido possível criticando a escolha dos saltos extremamente finos, alcançar Hikai sorriu gentilmente sendo amparada por ele.

— My baby, fico feliz que esteja ao meu lado. — Por dentro ainda havia a mágoa e a mistura dos sentimentos de carinho que seu pai possuía, mesmo sem saber estava perdoando-o.

— Podemos ir para o Hotel? — Segredou.

— Claro que sim, vamos antes que pegue um  resfriado. — A dupla partiu em direção ao carro e no trajeto Hikai contava como a casa ficou estremecida sem ela, conversavam sobre o ring e em questão dos próprios sentimentos magoados, mesmo que ele escondesse a fundo o que sabia de seu nascimento sema ela sequer imaginasse. Conversaram a respeito dos próximos investimentos e principalmente sobre algo que Hikai não aguentava mais se conter: relacionamentos.
Em toda a sua vida Mirai nunca desejou tanto que Kurogiri abrisse um portal bem no meio da rua e sugasse o carro, ou pular direto dentro da escuridão, Hikai conseguia ser um pai muito chato quando virava um super protetor.

— Ainda bem que chegamos! Não aguento mais você falando sobre doenças sexualmente transmissíveis, filhos, casamentos e jantar de família para apresentar o meu namorado! Pelas sete camadas do inferno eu não tenho um Namorado!

Hikai riu enquanto trancava o carro.

— Claro querida, você não tem um Pinscher de estimação que quase me matou, um ser desidratado que praticamente montou guarda na porta do seu quarto achando que você ia morrer.

— Pai não confunda as coisas ok? E outra eu não vou falar da minha vida particular com você! Isso é estranho. Agora vamos. —  Entraram no hotel e seguiram para os elevadores, não tardando a chegar no sexto andar a porta do quarto foi aberta e Mirai se viu confusa todos tinham sumido? Antes que pudesse reclamar internamente viu Hikai pigarrear e apontar para a mesa onde havia uma folha de caderno presa com o estojo.

Estamos no bar.


Pela letra bem feita concluiu que Mister Compress havia escrito e olhando para o mais velho sabia que ficaria sozinha.

— Bom te trouxe até aqui, agora tenho que gerenciar o ring, afinal se suspeitarem do roubo é óbvio que os vilões serão abordados. — Ela concordou se despediu com um beijinho na bochecha e um abraço. — Sato provavelmente vai querer te ver amanhã, seja carinhosa com ele, o coitado está na pior por achar que você não o quer mais nem como amigo. — Dramatizou.

— Diga a ele que amanhã receberei um beijo de boas vindas. — Sorriu e ambos saíram do quarto retornando para o hall e se separando de vez, agora indo para o bar Mirai não via a hora de tirar o salto. O local era confortável com pouca iluminação e cores escuras Shigaraki não estava no bar então tratou de procurar o canto mais escuro do local se deparando com o azulado sentado sozinho e sem as mãos, eram raras as vezes que ele se permitia ir a público dessa forma e convenhamos que naquele hotel é mais fácil uma desgraça acontecer do que heróis adentrarem. Mirai foi ao bar e sorrindo pediu um suco de limão, não queria beber sem ter a certeza do que ocorreria quando voltassem ao quarto no entanto notou o copo de Whisky sobre mesa do azulado.

— Todos foram embora? — Sussurrou se aproximando deixando o copo mesa, sentiu a mão brusca de Shigaraki puxá-la com força em direção ao colo. — Pelo jeito está estressado. — Indagou observando o sorriso nada usual e os dedos da direita apertando a coxa, o nariz ralhou no pescoço respirando o perfume.

— Não lembro desse vestido diaba. — Sussurrou em uma ironia que arrepiou a nuca, mas entraria naquele joguinho claramente sabendo do resultado.

— Não conhece todos os meus armários Shigui — cruzou as pernas — Esse por exemplo foi um presente de Kai — mexeu o quadril — Ao que parece ele gosta de me ter ao lado dele bem produzida.

Um aperto firme foi deixado na coxa, tão forte que provavelmente deixaria marca dos dedos e tal ato lhe deu a certeza que tanto queria. Tomura Shigaraki estava enciumado.

— Não me provoque Mirai ou vou estragar o seu aniversário hum. — Ralhou os dedos pelo tecido do vestido subindo até o decote. — Sabe, tem algo que eu exijo saber. — Apertou o seio por cima do tecido ouvindo-a gemer baixinho — Como foi que conseguiu aquela chave?

Ela fechou os olhos intensamente travando as pernas se sentindo quente.

— O líder responsável pelo cassino me entregou. — Respondeu vagamente enquanto a mão de Shigaraki subia até o pescoço o contornando.

— E devo presumir que não precisou de esforços para ter o que queria.

— Hun... — Murmurou sentindo o pescoço ser apertado de leve revirando os olhos.

— Não faça essa carinha diaba eu não vou te foder, só quero obter resultados.

— Então seja mais convincente. —  Ironizou sentindo uma mordida no ombro e gemeu.

— Não consegue se conter não é mesmo? Agora me conte como conseguiu a porra da chave?

— Shigui... Eu pedi com jeitinho. — O aperto começou a dificultar a respiração. — Ok-ok seu cretino. O gerente é um cara que devia favores a Overhaul.

O aperto suavizou.

— Boa garota, gosto assim quando vai direto ao ponto. — O sarcasmo transbordava.

— Não, você gosta de tentar me controlar o que é diferente. — Riu sem vontade sentindo a mão repousar na cintura.

— Estou cuidando do que é meu.

Ela arqueou a sobrancelha, agora vis-à-vis observava os orbes rubis mais belos de seu mundo, era como estar emersa em um mar de sangue, se afogando na mais doce agonia e incertezas do que aquele mar arredio poderia lhe trazer, fosse dor ou alegria estaria disposta a receber, mesmo que no fim tentasse emergir e respirar para não se afogar e ainda assim se deixaria levar ao fundo sentindo cada emoção degenerada ressoar pelos próprios poros as abraçando como se fossem suas.

— Desde quando eu sou sua Shigaraki? — A contestação levou mais tempo do que deveria para ser dita.

Ele riu de escárnio fazendo o coração da lilás bater mais forte, Tomura se aproximou roçando os lábios um no outro sem beijá-la deixando-a cada vez mais necessitada e lutando para manter a dignidade e quando a destra puxou os fios da nuca com leveza, novamente revirou os olhos arrancando um suspiro de satisfação por parte dele.

— A pergunta certa diaba é quando foi que você não me pertenceu. Agora mesmo queria estar na cama gemendo pelo meu nome não é? Se soubesse o que eu preparei não estaria tão à-vontade, pelo contrário vai implorar para que eu pare e vou negar.

Ela deveria sentir receio? Provavelmente, no entanto o que queria era mais. Mais contato,  perversidade e sofrer naquelas mãos brutas que tanto amava.
Shigaraki se afastou recostando na cadeira e apertando a cintura, assim levando o copo até a boca degustando a bebida, a respiração da garota permanecia extasiada. Por um lado estava completamente intrigada e por outro sentia raiva de ser tão vulnerável ao líder e a esse sentimento confuso julgava como paixão, tentou sair do colo e foi impedida:

— Você está aonde deve. — Sentiu a mão descer para a bunda.

— E pelo visto vamos passar um bom tempo aqui. — Desdenhou.

— Vamos apenas relaxar Mirai. Não queria que eu te tratasse como minha mulher? Então aproveite, pois isso não acontecerá novamente.

Os orbes demonstraram espanto, nunca pediu por isso, pelo menos de forma consciente e agora sentia as bochechas aquecer. Balançou a cabeça e preferiu não se desesperar, dessa vez se inclinou em direção a boca do mais velho depositando um selinho.

— Se é isso que você quer vai me levar para tomar café da manhã fora!

Ele riu.

— O que eu quero é te levar para Hinshitsu, preparei uma punição adequada pelos vinte e oito dias de sumiço, mas por hora — derrubou-a no banco acolchoado com cuidado, se levantou se demorando no olhar. — Vamos tomar café.


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Notas finais: Próximo capítulo provavelmente focado nos dois e não, o relacionamento deles só ficará saudável no penúltimo arco da fic.

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