Cap.36 O grande roubo parte.1

Pré-revisado.

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O grande roubo 

Cassino Meikai

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Os fios lilases balançavam de um lado para o outro por conta do vento enquanto terminava de tomar o suco de manga, Overhaul tamborilava os dedos enluvados na mesa arfando ora ou outra.

- E então vou precisar te torturar para obter as informações? - As palavras saiam como se não fossem nada e ela revirou os olhos enquanto brincava com o canudo, deixando não só o líder como os preceitos impacientes.

- Vamos roubar o Meikai. - Comunicou como se não fosse nada.

- Você por acaso ficou maluca? - Shin comentou. - Nem com um plano elaborado é uma boa ideia roubar o Meikai. - Ela riu.

-Seria impossível se fosse você a elaborar o plano. - Sussurrou provocando-o.

- Garota... - Riu ironicamente. - A minha vontade de te matar cresce cada vez que você abre essa boca.

- Então entra na fila filhão. Agora vamos ao que importa. - Piscou, fazendo com que o preceito  revirasse os olhos. Rapidamente explicou o plano sorrindo orgulhosa de si mesmo enquanto Kai arqueava a sobrancelha.

- Não acho que fará tanta diferença nos nossos cofres, desde que você veio trabalhar pra mim a receita cresceu em quanto... Uns 10%? - O líder desdenhou.

- Na verdade foram 18% em dois meses, isso por que você não quis trabalhar com meus métodos. Se não teríamos garantido uns 30%. - Calculou mentalmente.

- Prossiga com o seu plano garota. Vamos ver se do seu jeito vai dar certo, se não der vou matá-la lentamente. - Ajeitou as luvas, Mirai observou a cena sentindo o corpo se arrepiar, não era bem medo que sentia ao ver Overhaul sentando na poltrona acolchoada com o tornozelo direito apoiado sobre a coxa esquerda. Se sentia problemática por conta disso? Sim, bem provavelmente, mas era a garota que tinha perdido a virgindade com um vilão que julgava ser incapaz de lhe dar algo em troca além de sentir por um longo tempo uma mera ferramenta nas mãos dele e talvez o mundo ao qual fora introduzida desde cedo tenha lhe afetado plenamente, só talvez.

- Adoro quando você reconsidera chefe... - Provocou. - Vamos roubar seis milhões do Meikai. sendo que dois desse seis são meus. Vocês terão quatro milhões livres de impostos. E ai é o suficiente pra você?

- E você acha mesmo que será fácil roubar tanto dinheiro, sendo a porra do cassino do governo? - Chronostasis revirou os olhos estressado.

- Você é muito descrente, já pensei em tudo. Só precisam concordar com a droga dos termos. - Colocou o copo de vidro sobre a mesa se sentando ao lado de Overhaul, o olhar do líder não passou desapercebido por ela que chamou bastante atenção ao jogar os cabelos para o lado e expor o pescoço ostentando um lindo colar de diamantes.

Overhaul tamborilou os dedos no tampo da mesa, ela estava despertando desejos que não deveriam existir dentro de si e por um segundo compreendeu perfeitamente porque o desgraçado do Shigaraki não a queria ali.

- Façam o roubo. - Deu o aval e ela se empolgou. Mirai explicou com detalhes que Hikai abriria o portal no cofre e que o fabricador passou as últimas semanas fornecendo a quantidade do dinheiro necessária para a operação, explicou também que a ronda era feita de cinco e cinco minutos e que entrariam facilmente devido a troca da segurança que também foi feita há praticamente um mês e foi nesse momento que os preceitos perceberam que ela havia preparado esse roubo há bastante tempo.

- Por que não roubamos tudo? - Toya Setsuno perguntou.

- O fabricador tem seus limites. - Piscou. - Vamos fazer lotes de um milhão cada. Toya a sua individualidade será muito bem vinda, eles guardam o dinheiro em lotes de dez mil e teremos cinco minutos para pegar seis milhões.

- Isso vai ser divertido. -  Setsuno Sussurrou e ela se levantou. 

- Bom se não tiver mais ordens para mim, tenho alguns assuntos a resolver.

- Não tão rápido garota. - Overhaul sussurrou. - Quero que me diga como tirou o fabricador da prisão, acha mesmo que não sei do seu joguinho?

Ele sorriu por debaixo da máscara.

- Eu pedi com jeitinho. - Piscou. - Agora vou indo não quero atrapalhar seu nobre trabalho. - Ironizou saindo a passos largos da sala de reunião, seu aniversário seria em menos de 24hs e estava louca para terminar com os planos. A garota sabia que estava sendo seguida assim que entrou no mercado a procura de sorvete de morango, seu predileto e para disfarçar após a compra entrou em uma farmácia e comprou absorventes, um monte de camisinhas e lubrificante só para deixar o observador constrangido, pagou tudo com dinheiro e saiu tentando segurar a vontade de rir, aparentemente ele não foi o único a ficar rubro, afinal o rosto estava colorido pela vergonha.

Mirai seguiu até o hotel que estava acostumada a ficar quando não queria olhar na cara de Tomura, foi até o quarto 606 e se trancou lá dentro colocou o sorvete no frigobar e suspirou satisfeita sabia fugir daquele lugar como ninguém e pensando assim foi até o banheiro e se esgueirou pelo micro elevador de roupa, desceu com calma sentindo o cheiro de roupa suja em seu corpo e após se jogar dentro de um dos cestos gigantes de roupa suja, vestiu uma das camisas sujas, fez um coque no cabelo e colocou a toca que viu, seguiu pela saída de funcionários achando graça na situação do preceito já que passaria o restante da tarde naquela vigia inútil...

Apesar de detestar a escuridão do esconderijo da liga não negou que sentia falta, estava há mais de um mês fora e a primeira coisa que fez ao entrar no lugar foi respirar fundo enquanto Shigaraki jogava cartas com Kurogiri.

- Mais que cheiro é esse? - Mister Compress sussurrou.

- Há isso? - Ela puxou a camisa. - Tive que improvisar. - Tirou as peças sujas que pegou na lavanderia, ficando com o vestido acinturado branco, saltos e os cabelos levemente bagunçados. - Bem melhor não acham?

- O que você faz aqui Mirai? - A voz de Shigaraki estava distante, como se estivesse com raiva.

- Nossa Shigui é assim que você me recebe? - Ela se aproximou jogando os braços em cima dele rodeando o torso e apoiando a cabeça do lado esquerdo do ombro. A cara de Mister Compress foi impagável, ela não tinha medo da morte? Já Kurogiri só ficou desconfortável pela demonstração, Mirai tinha uma vivacidade louca se comparada com o chefe.

- Você não aprende não é mesmo... - Shigaraki virou mais uma carta ignorando-a por completo.

- As notícias que trouxe vão te deixar de bom humor. - O indicador da mão esquerda circulou o peito fazendo carinhos. - Descobri de onde vem a verba para financiar o projeto Fênix e vou roubá-la amanhã.

- E como planeja fazer isso? - Mister Compress ficou curioso.

- Vou usar os preceitos oras! - Soltou o corpo de Shigaraki sentando na banqueta ao lado dele e não percebeu quando o mesmo sorriu. - Mais ainda não acabei. O que vocês acham de roubarmos o projeto inteiro? - Estava empolgada.

- E como pretende fazer isso senhorita Mirai? - Kurogiri fez sua jogada enquanto Tomura observava concentrado.

- Simples Kuro, eles guardam a cobertura a sete chaves até tentei reservar um quarto e não consegui. Peguei o 19004 que fica logo abaixo então tenho certeza que depois da nossa pequena invasão ao banker eles transferiram o projeto para lá, afinal nada melhor do que esconder algo na cara dos outros. E é ai que nós entramos, Overhaul acha que vou roubar o cassino para aumentar a receita dele e realmente vou fazer isso só que como um disfarce, enquanto estarei lá com eles vocês vão utilizar o Hikai para roubar a cobertura, o fabricador já fez uns 4 milhões a mais para serem substituídos e Peter vai abrir o cofre e pronto. - Shigaraki se virou para ela girando de leve o banco fazendo com que a mesma o olhasse nos olhos.

- E pra que precisamos desse dinheiro Mirai? - Foi enfático e ela se aproximou.

- Ora Shigui, vamos trabalhar com vilões e temos que pagar fora que milagrosamente o dinheiro da liga sumiu e e também estou sem reservas, prometi ao Kai quatro milhões e vou embolsar seis para cobrir as despesas dessa louca diversão. — Não fazia a menor ideia que metade do dinheiro foi usado para comprar a ilha.

- Por que não usamos o Kurogiri? - Mister Compress perguntou.

- Todos os heróis estão caçando a liga, a ideia desse plano é não ligar o roubo a nós e como ninguém me conhece a fundo fica mais fácil atuar fora das sombras. - Sorriu confiante.

- Para mim parece justo. - Kuroguiri comentou e Mister Compress concordou. - O que acha disso tudo Shigaraki?

- Quando vai ser?

- Nessa madrugada. O que me lembra que preciso falar com a Toga, então eu volto amanhã. - Se levantou e teve a destra segurada por ele.

- Onde você pensa que vai? Ainda não terminamos. - Revirou os olhos.

- E o que está faltando? - Cruzou os braços, queria tomar um banho e trocar de roupa.

- Mirai, não se faça de idiota.

- Ele fez experimentos com o meu sangue, mas ficou nervoso. Acho que os resultados não foram dos melhores. - Observou o sorriso no rosto do azulado e sentiu o coração disparar perigosamente. - Deseja mais alguma coisa chefe? - Sussurrou.

- Só continue enrolando ele, você está lá para colher informações. - Soltou o braço dela.

- Tudo bem. Agora se me derem licença preciso de um banho, não posso chegar na mansão fedendo. - Com um sorriso deixou o salão e subiu para tomar uma ducha rápida onde hidratou o corpo perfunando-o e depois de se secar vestiu uma calça jeans de lavagem escura e cós alto e blusa social branca, colocou um meia pata preta e o mesmo colar de antes, penteou os cabelos e aplicou o gloss na cor caramelo ressaltando os lábios carnudos. Sabia muito bem que suas funções dependiam de sua boa aparência, desceu as escadas contente por ter a certeza de que estava maravilhosa.

- Você tem certeza de que está no trabalho certo? - Mister Compress comentou.

- Só por que sou a calculadora humana da liga tenho que andar mal vestida e não tomar banho? Vocês tomam banho, não? - Se referiu a Kurogiri e Mr.Compress, esse último assentiu. - Sabem que higiene é o básico né? Não é possível que só eu e o Tomura tomemos banho nessa casa! - Estava se divertindo.

- Pera o Shigaraki toma banho desde quando? - A voz veio do canto escuro deixando-a arrepiada pelo susto.

- Você também Twice? Por todos os infernos, como foi que chegamos a essa conversa? - Estapeou a testa.

- É serio Shigaraki estou surpreso! - Twice gargalhou se divertindo e o azulado revirou os olhos.

- Vocês não cansam dessas idiotices? - Virou mais uma carta terminando o jogo e sentiu a lilás se debruçar em suas costas novamente e acabou ficando em alerta, Mirai não era assim por acaso estava carente ou qualquer outra coisa?

- Já posso ir chefe? - O perfume invadiu as vias nasais uma mistura de bergamota e jasmim além do toque de baunilha e morango se surpreendeu por lembrar de tantas notas olfativas de um perfume sendo que nunca usou um. Os fios lilases escorregaram pelo ombro, ele se levantou e segurou no pulso feminino olhando-a com raiva e sem dizer uma palavra começou a arrastá-la para a sala que servia de base para as reuniões e enquanto andavam podiam ouvir a conversa dos outros:

- Essa garota não tem amor a vida. - Mister Compress riu.

- Se eu estivesse no lugar dele também não teria. - As palavras de Twice não fizeram sentido - Se bem que é mais fácil ele matar a gente do que ela. - Gargalhou repetindo o trocadilho que segundo o próprio fazia muito sentido.

- Essa conversa não vai nos levar a lugar nenhum. - Kurogiri afirmou.

- Também acho, vamos focar no que realmente importa. Quem aqui sabia que o Shigaraki tomava banho? — Twice.

Na sala com a porta fechada Shigaraki a observava em silêncio era impressionável a vontade que sentia de bagunçar todo aquele corpo e borrar aquele batom deixando o próprio corpo marcado enquanto adentrava os pequenos lábios.

- E então Shigui o que você quer comigo? - Os olhos brilhantes desprovidos de medo o excitavam e muito, mas não era hora pra isso.

- Pare com esse comportamento na frente dos outros! Ou terei que te punir de verdade. - Cruzou os braços e ela revirou os olhos, só estava muito feliz por finalmente alcançar os dezoito anos.

- Você sabe o que tem para amanhã né? - Arqueou a sobrancelha.

- Será só mais um dia. - Ironizou.

- Não seja tão babaca, eu paro de te provocar. - Se aproximou perigosamente envolvendo o pescoço com os braços e fazendo carinho nos fios azuis. - Mas você vai ter que me compensar por tanto trabalho nesses últimos meses, Overhaul tem um senso político estressante. - As mãos de Shigaraki apertaram com força a cintura feminina e por fim sentiu um tapa forte do lado esquerdo da bunda.

- Você está mal acostumada. - Ela ousou mais um pouco apenas para instiga-lo beijando o canto da boca estava gostando demais daquela provocação e vê-la no controle não era algo que estava em seus planos jamais. A mão subiu até a nuca arranhando de leve enquanto o rosto se contorcia em um sorriso pervo, sem aviso prévio puxou os fios embrenhando as mãos nos cabelos. - Mirai-Mirai acho que ficar mancando por um dia não foi o suficiente pra você. - A mão apertou o pescoço com carinho. - Por hora o seu castigo vai ser subir pelas paredes. - Ironizou e foi a vez dela sorrir.

- Só existem dois problemas na sua lógica, o primeiro é que eu tenho dedos excelentes e o segundo que posso me divertir com quem eu quiser já que não sou de ninguém - Ele revirou os olhos intensificando o aperto, depois simplesmente invadiu os lábios dela num beijo bruto e porra, não era de ferro né! Shigaraki roubou todo o ar dela que não era muito devido ao aperto nada suave no pescoço enquanto explorava a boca, deixando mordidas leves no lábio inferior e a invadindo de novo ao se afastar notou as maçãs em tom cereja.

- Sabe de uma coisa depois que estiver fodida venha até mim, sei que não será o suficiente e estará por conta e risco afinal não me responsabilizo pelo que vai ocorrer quando eu tocar em você. - Ironizou e ela sorriu.

- Parece que aos poucos você sede sem perceber Shigui e não se preocupe aparentemente as pessoas acham que sou sua. - Revirou os olhos e ele gostou do que ouviu, Mirai acariciou os fios azulados novamente. - Agora tenho que ir, Overhaul não é idiota. - Shigaraki travou o braço da garota.

- Não ultrapasse os limites Mirai, lembre-se disso. - Sorriu como se não tivesse acabado de proferir uma ameaça e para Mirai seria apenas mais um desafio, após o pequeno conflito a garota retornou a entrada sozinha e sorriu ao encarar Kurogiri.

- Pode me dar uma carona Kuro? - Tamborilou os dedos no balcão.

- E para onde a senhorita quer ir? - Se manteve apto aos deveres.

- O Kai deve estar me esperando na mansão e sim, o Shigui está totalmente de acordo. - Cruzou os braços.

- Ok. Só não apronte senhorita. - Ela assentiu e Kurogiri levou-a ao local determinado.
Kai observava a garota muito bem vestida em suas dependências, já havia se acostumado com a presença feminina no meio dos homens e diferente deles, ela não tinha medo.

- Bom vou preparar a nossa pequena diversão. - Desconversou sem saber que ele havia recebido o relatório do homem que mandou guarda-la.

- Vamos sair ás duas da manhã, até lá irá me acompanhar a um entediante recrutamento. - Ajeitou as luvas.

- Se é tão entediante por que não manda seus subordinados no lugar?

- Esse é o tipo de atividade que me diverte e é uma das poucas. - Se levantou. - Só um aviso, vista uma roupa de cor escura do contrário essa camisa ficará emersa em carmesim. - Um arrepio passou pela coluna de Mirai, não queria presenciar ou passar por ações conflitantes.

...


Apesar dos orbes esfumaçados demonstrarem pela primeira uma repulsa absurda seguiu com as ordens de Overhaul. O líder dos preceitos exigiu que a garota usasse um vestido vermelho pouco parecido com o do jantar onde ele se sentiu extremamente seduzido, ela por outro lado detestou. De fato a peça era linda, mas as escolhas dele a obrigariam ir para o cassino vestida daquele jeito e não foi nenhuma surpresa encarar o lugar cheios de homens poderosos acompanhados de mulheres claramente contratadas para ressaltar o poder e os bens aquisitivos que possuíam (acompanhantes de luxo) por um lado Mirai ficou revoltada estava ali para isso? Por que raios ele não contratou uma acompanhante? Ora raios! Não era uma puta.

Respirou fundo tentando não entregar a vontade de sentar a mão na cara dele.

- Vamos? - Sentiu a mão enluvada na cintura e a coluna arrepiar. - Desde quando Overhaul tinha interesses promíscuos?

- Sem ofensas mas sei andar sozinha. - Sussurrou sentindo os dedos pressionarem a estrutura do vestido com força, provavelmente marcaria a pele de leve.

- Hoje não. - Sussurrou de volta. - Será a minha companhia pelo resto da noite senhorita Kazami. - Ela sentiu o coração disparar com força, nem mesmo Shigaraki pronunciava seu sobrenome. Kai havia feito o dever de casa.

- Devo concluir que dormir em sua cama faça parte desse trabalho? - Ironizou, conhecia a fobia de germes do vilão, sabia que ele jamais sairia com alguém.

- Não chegaremos a tanto querida, só preciso confirmar algumas dúvidas. - Sussurrou enquanto dedilhava a cintura.

- Você é cheio de surpresas Chisaki - Mirai sorriu enquanto cumprimentavam os outros, Overhaul apertou com um pouco mais de força a cintura. - Está tentando nos fundir por acaso? - Sussurrou e ele suavizou o aperto.

- Não brinque comigo garota, até mesmo minha paciência tem limites.

-E você vai fazer o quê, mandar me dar um tiro? - Agora parada de frente a ele fingia ajeitar a gravata quando na verdade os dedos tocavam o peitoral por cima da camisa, antes que Kai  pudesse responder foram interceptados pelo que poderia ser considerado o alvo e naquela conversa Mirai descobriu como o líder dos preceitos era ardiloso e incrivelmente inteligente e acabou notando que não havia motivos para não gostar dele, pois a tratava muito bem diga-se de passagem.

A festa durou consideráveis seis horas para a dupla, pois pelo visto iria rolar a noite inteira, durante o evento além de observá-lo muito bem Mirai descobriu coisas que possivelmente deixariam Shigaraki feliz, além de tirar uma foto ao lado de Kai como se fossem um casal tudo para estampar a edição que seria queimada após uma semana de circulação no meio dos vilões.

- Shigaraki precisa assinar essa revista. - Cruzou as pernas ao se sentar na poltrona acolchoada, a postura reta evidenciava as cochas fartas e os seios medianos, algo que não passou desapercebido por ela.

- Ora-ora Kai não sabia que você gostava desse tipo de coisa. - Mirai passou a mão no torso exposto, precisamente no colar e depois sorriu. - Se você babar mais a máscara não vai comportar. - Realmente não tinha medo.

- Não gosto de ser feito de idiota e se envolver com você claramente está nesta lista. - O Sussurro fez com que a mesma expressasse malícia, Mirai contornou a boca do copo com o indicador pensando em como ele era meticuloso e por fim respondeu:

- Não seria idiotice se envolver comigo querido, no entanto eu daria um toque de cor a essa sua vida cinza. - Ironizou. - Além disso, não sou disponível a qualquer um. - Chisaki arqueou a sobrancelha.

- E devo presumir que você me incluiu nessa sua lista de qualquer um? - Crispou a sobrancelha, de fato não gostava de ser posto no mesmo patamar que os outros.

- Obviamente. - Desdenhou. - Agora sejamos sinceros, não faço o seu tipo e diria até que sou demais pra você e outra pra que viemos aqui? Você me fez vestir isso apenas para desfilar por esse salão? - Sussurrou, a direita de Kai deslizou pela cintura fina apertando-a com gosto.

- Não seja tão descrente, a diversão está prestes a começar. - Foi então que ela notou o silêncio e as luzes tornando-se quentes e densa. Um homem baixo e gordo subiu ao palco usando uma roupa de médico possuía um bigode bem apanhado além dos cabelos aparados, os olhos esfumaçados tornaram-se incrédulos ao ver ali uma demonstração de individualidades sendo controladas e usadas como arma a vontade foi de levar ambas as mãos aos lábios, mas ponderou a situação, estava em um meio político com pessoas poderosas que não poderiam desconfiar do quão desconfortável estava.

- Isso é um leilão sobre-humano... - Sussurrou, a destra de Kai a envolveu mais forçando-a se encostar em seu ombro.

- Não seja tão inocente querida. - Devolveu o trocadilho. - Desse jeito os leões vão te devorar.

O que veio a seguir foi ainda pior, uma coisa era entrar em um ring e lutar por vontade própria, outra coisa era assistir a "seres" sem controle algum se digladiando sobre um palco enquanto sangue de seus corpos voava para todos os lados, por instinto Mirai apertou o tecido do smoking masculino detestava violência desnecessária por mais hipócrita que isso pareça, segundo a mesma desde que você esteja consciente do que faz não há problemas.

Chisaki de certa forma gostou de vê-la com o que julgou ser medo quando na verdade era um profundo incômodo, após algumas apresentações e vendas a dupla saiu do lugar, ao adentrarem o carro o líder dos preceitos se aproximou novamente dessa vez apertando a coxa feminina.

- Não se distraia garota ou o seu roubo irá por água abaixo. - Mirai sentiu a destra que antes apertava a coxa tirar alguns fios do rosto colocando-o atrás da orelha, preferiu balançar a cabeça algumas vezes recuperando a consciência de ontem estava e o que fariam do contrário o plano falharia lindamente.

- Não se preocupe, não estou acostumada a falhar. - Os olhos esfumaçados miraram intensamente os âmbar ela era atrevida e desinibida o suficiente para se mover conforme fosse preciso. Os dedos finos da mão esquerda, precisamente o indicador traçou um carinho mínimo na parte exposta da pele e pode notar o rubor por parte dele, se inclinou mais prensando o corpo no dele e sorriu embebida em luxúria: - Você está se tornando muito interessante senhor Chisaki.

O carro parou e a porta fora aberta, a garota saiu primeiro vislumbrando a "gangue" que executaria seus planos, sorriu abertamente enquanto os pensamentos vagavam livremente:

"Isso vai ser divertido"

...

O roubo ocorreu perfeitamente, ela sorria com malícia pois sabia exatamente que estava acontecendo na sala presidencial do cassino.


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Notas finais: A roupa que Kai comprou para a Mirai usar.

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