Cap.2 Punição
Esse capítulo não é saudável estou avisando com antecedência, no mais, boa leitura e não romantizem comportamento obsessivo, abusivo e manipulável.
A imagem da Mirai, corrigida <3
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Capítulo 2 - Punição
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Ela se debatia sobre os ombros isso quando não batia com os punhos levemente nas costas dele, o som ecoou pela sala, mas ninguém se preocupou em olhar.
- É serio Mirai para com isso. - Desferiu mais um tapa na bunda da garota. - Vamos ter uma conversinha. - Subiu as escadas com a garota ainda se debatendo e ao adentrar o quarto jogou-a na própria cama.
- Você é um desgraçado, por que não me deixa em paz? - Ficou de pé.
- Primeiro porque não quero já que você é minha e ainda tenho planos para a sua individualidade. Agora tira essa roupa. - Ordenou, mas ela não obedeceu. - Ou você tira por bem... - Ergueu os dedos da mão esquerda. - Ou eu tiro pra você.
A contra gosto Mirai tirou a peça delicadamente, sabia exatamente o que Tomura faria. Quando ele se aproximou olhando nos olhos esfumaçados sorriu da mesma forma cruel e a analisou por completo.
- Satisfeito? - Mirai perguntou despois de se virar para que ele conferisse todo o corpo apenas com o olhar, não haviam sinais de agressão, mordidas ou seja lá o que se passava pela mente dele.
- Pelo menos dessa vez não foi descuidada. - O dedo puxou o fecho do sutiã deixando-a apreensiva, a mesma segurou a frente dos seios. - Também não há nada escondido aqui. - Sussurrou, ela se assemelhava a uma presa indefesa. Tomura se afastou e sentou na poltrona preta com as pernas abertas e Mirai fechou o sutiã além de catar o vestido no chão na intenção de se vestir e sair da situação ao qual julgou como humilhante. - Não mandei você se vestir.
- Você não manda em mim! - Respirou fundo cheia de raiva.
- Tem certeza? - Sorriu. - Sempre faz o que eu quero. - A garota apertou a peça antes de atirá-la no rosto do azulado. - Ele desceu a peça do rosto desintegrando-a no processo.
- Pelo visto isso não foi o suficiente. - Se levantou na intenção de ir até ela, porém batidas soaram na porta:
- Está na hora Shigaraki.
O homem bufou como se estivesse chateado por não conseguir concluir com suas punições, mesmo assim puxou-a bruscamente ficando vis-à-vis ainda com a individualidade concentrada, com um único dedo acariciou a face morena.
- Pelo bem da sua bela bunda espero que esteja aqui quando voltar e de preferência sóbria. - Se afastou totalmente satisfeito pelo efeito que causou na garota e em silêncio saiu do quarto. Como sempre Mirai ignorou o aviso, abriu o armário do chefe da liga e catou um casaco de moletom preto, pegou as botas de cano extralongo embaixo da própria cama e vestiu além de catar na bolsa de joias um colar simples e um par de brincos de diamante.
Pelo simples fato de ser imune a individualidade dele, não levava as ameaças a sério, mesmo que no fim voltasse a estar com ele. Tendo isso em mente abriu a gaveta dele e tirou de lá dinheiro sabia para onde iria e fez questão de deixar um bilhete avisando que não voltaria antes do amanhecer.
...
Tomura estava puto, se por um lado conseguiram destruir um alto nível de suprimentos daqueles que abasteciam os heróis por outro sentia o sangue ferver, afinal o objetivo daquele roubo não fora totalmente cumprido. Dabi acendeu um cigarro totalmente despreocupado o trabalho que deram era o suficiente para deixar os heróis ocupados.
Toga se jogou em um enorme urso rosa remendado um de seus olhos era um botão e havia uma faca de pelúcia na mão, aterrorizante e fofo ao mesmo tempo. A loira abriu um dos sacos de balinhas açucaradas que havia pego e começou a se deliciar enquanto Dabi a olhava de forma estranha.
- Não que dinheiro seja uma questão, mas lucramos muito. - Twice se jogou sobre a bolsa de dinheiro.
- Ótimo preciso de mais facas, minha coleção é tão pequena e quero voltar naquela rinha com a Mi. - Toga sorriu despertando a curiosidade de Dabi. - Pelo seu olhar você não conhece, lutamos dentro de uma jaula foi tão divertido. - Gargalhou.
- Hum. Então essa é a ideia dela de diversão? - Twice perguntou e Toga assentiu.
- Quem diria... Com aquela carinha de santa. - Dabi riu chamando atenção de Shigaraki.
- Eu não vejo a hora dela me levar para outros lugares escondidos. Em pensar que foi só beijar um cara que ele levou a gente lá, ainda assistimos a algumas surras e ganhamos muito! Foi divertido. - Shigaraki precisou controlar a fúria, Dabi no entanto riu novamente e massageou a testa com ambas as mãos simulando um belo par de chifres e ao notar o tampo do bar rachando Kurogiri pigarreou.
- Se o roubo foi excelente deveríamos comemorar. Que tal irmos nesse lugar que a Toga falou? Seria bom para acalmar os ânimos. - A loira se empolgou com as palavras do "portal".
- Tenho outros planos, mas matem bastante por mim. - Twice pulou da pilha de dinheiro. - Vejo vocês mais tarde vadias. Exceto você Toga, está mais para uma princesa. - Munido pela ironia foi embora assim como Dabi que não estava interessado em um clube de luta clandestina.
- Pelo visto não vai rolar. - Kurogiri suspirou.
- Enfim vou dar uma volta, quem sabe não encontro uma nova amiga pra brincar. - Sorriu. Shigaraki coçou o pescoço antes de aceitar a bebida oferecida por Kurogiri, ou seja, um refrigerante.
- O mestre deve estar ocupado então vou me retirar, não me incomodem até o amanhecer. - Saiu do espaço comum com a certeza de que Mirai estava dormindo, porém não se surpreendeu ao encontrá-lo vazio e um bilhete em cima da cama:
"Não me espere acordado."
A sobrancelha chegou a arquear com o semblante sisudo, dessa vez não iria atrás dela pelo contrário, tomaria um bom banho e a esperaria pronta para uma punição.
Mirai esperava pela bebida no bar, era no mínimo engraçado que ninguém soubesse de sua existência, mas a achasse atraente o suficiente para ser seduzido. A jovem de fios lilases aproveitara a madrugada para visitar a prisão, tinha bons contatos que lhe permitiam visitar alguns criminosos que faziam parte do mesmo grupo de Hikai e Sato aqueles que julgavam ser boas pessoas e após descobrir o que tanto queria seguiu para a boate mais frequentada pelos vilões a famosa Red Velvet. Logo na porta fora impedida de entrar pelo segurança, molhando a mão do mesmo com algumas notas altas, colocou o capuz do moletom preto e sorriu, poderia ser normal por enquanto...
- Me vê mais um gim! - Pediu para o barman que não demorou a trazer a bebida, mais um show de strip estava prestes a começar e se virou na cadeira observando em como as mulheres se despiam e dançavam, as acrobacias no mastro do pole eram incríveis e por um minuto desejou estar ali. Pediu mais uma bebida degustando com calma e por horas apreciou um show atrás do outro antes de se sentir observada, cruzou as pernas deixando a mostra parte das coxas.
- Você gosta de dar trabalho. - A voz rouca costumeira fez com que sorrisse, olhou para o copo de whisky nas mãos dele e delicadamente o tomou, bebendo um gole e se segurando pra não tossir, na verdade a primeira vez que bebeu foi quando estava no clube com Toga e agora só imitou o pedido de uma das strippers que estavam sentadas no balcão, era muito fácil imitar os outros nos trejeitos e postura ao invés de demonstrar a verdadeira personalidade. No final a farsa sempre foi viciante.
- O que posso dizer, uma garota precisa se divertir. - Sorriu ao devolver a bebida dele. - E pelo visto você também. - Indicou o banco ao lado para que ele se sentasse o mesmo aceitou. - O segundo andar dessa boate tem uma pista de dança incrível e o terceiro uma ala privativa. Qual é o seu favorito? - Pediu mais uma bebida.
- Qual é o seu jogo hein garota? Pensa que sou burro por acaso? - Dabi terminou a bebida.
"Na verdade te acho um gostoso." Foi o que pensou. - Nenhum, só estou me divertindo um pouco. Meu andar favorito é a pista de dança e no momento estou indo pra lá. - Se levantou séria e seguiu para o corredor estupidamente iluminado o vilão observou o quadril farto coberto com moletom que restringia bastante os movimentos dela, era um pecado, mas tinha um amante tão pavio curto quanto ele.
Mirai se esbaldou na dança levemente embriagada e totalmente aliterada se divertia como um ser humano comum, faltando quinze minutos para as cinco horas da manhã voltou para o bar e dessa vez pediu uma água, a mente estava anestesiada demais e ainda precisava voltar para casa, sorrindo por não sentir nada além do efeito alcoólico saiu da boate e pegou um táxi até o local mais próximo da liga, de resto foi caminhando e deu graças aos instintos por conseguir chegar na porta do covil, mas não conseguiu entrar, bateu na porta várias vezes e ninguém abriu.
- Qual é Shigaraki me deixa entrar. - Bateu com mais força e nada. Continuou batendo, mas ninguém respondia. - Desidratado ou você abre essa porta ou vou começar a gritar aqui fora! Está frio nessa merda! - A garota continuou fazendo escândalo e nem se deu conta de quando a fumaça roxa se formou atrás de si e após isso sentiu o corpo sendo envolvido a última coisa que fez foi dar um gritinho assustado antes de desaparecer por completo. Kurogiri já estava fora do quarto e Shigaraki olhava para a garota seriamente.
- Pelo visto sua noite foi divertida.
- Você não faz ideia. - Olhou em volta a procura da própria cama e não achou. - Cadê a minha cama?
- Ela meio que virou pó. A partir de hoje você dormirá comigo. - Informou se aproximando, puxou o capuz dos fios lilases e encarou o pescoço ainda marcado. - Ainda temos uma pendencia a resolver sua cretina. - Sussurrou, encostando os dedos no moletom desintegrando por completo. - Você sabe o que vou fazer. - Ela revirou os olhos ao sentir o corpo tão próximo do seu, ergueu a mão colocando entre eles apoiando no peito coberto pelo moletom preto. - Sugiro que ative sua individualidade, seria uma pena desintegrar você porque está tão bêbada que não consegue se concentrar. - Sem esperar deu um tapa forte no lado esquerdo da bunda.
- Odeio você...- Sussurrou levando um tapa do lado direito.
- Você pode mentir para os outros, mas pra mim não. - A arrastou até a poltrona, Tomura sentia um misto de raiva, ódio e excitação que se fundiam perfeitamente e Mirai estava prestes a pagar por mais uma de suas escapadas. - Isso é por você me fazer de palhaço. - Com ela deitada com a bunda virada pra cima em suas pernas bateu com força do lado esquerdo. - Esse por me desobedecer mais de uma vez - Bateu do lado direito ouvindo-a choramingar e continuou com isso alternando sem parar e sem desativar a individualidade, Mirai choramingou quando sentiu ambos os lados arderem e teve certeza de que se desconcentrou por um milésimo de segundo, pois sentiu cheiro de sangue. - Ah! Estou satisfeito com a sua rendição. - Arfou pesado jogando os braços para o lado, depois carregou-a até a cama deitando-a gentilmente de lado. - Durma um pouco tenho uma missão especial pra você. Duas coisas se passavam na cabeça de Mirai: a primeira era como estava com muita raiva e ao mesmo tempo sentia o corpo excitado devido a dança, a noite e até mesmo os tapas e a segunda era justamente essa, como podia se sentir assim, tão confusa? Respirou pesado mais uma vez antes de olhá-lo com raiva:
- Ah claro! Depois de açoitar minha bunda acha mesmo que vou conseguir andar? - Reclamou e sentiu a respiração dele no pescoço. Shigaraki não fazia o tipo de cara que era carinhoso ou sabia o que era afeto, afinal nunca recebeu de outra pessoa que não fosse ALL for one, então quando deitou-se do lado dela manteve o contato mínimo, a respiração no entanto aquecia o corpo dela que continuou de lado com as costas virada para ele.
- Agradeça pelo meu bom humor, se não tivesse fugido teria saído e ganhado um agrado por ser uma boa garota. - Olhou o corpo com atenção, observando os pelos eriçados e concluiu que a mesma estava com frio, afinal estava de lingerie.
- Não sou sua cadela Tomura. - Sentiu a coberta ser posta sobre o corpo.
- Você será o que eu precisar, acho melhor ativar a sua individualidade se não quiser que infeccione. - Tomura fechou os olhos e ela se concentrou, detestava admitir mais seu abusador tinha razão, precisou se concentrar na dor e levou os polegares aos lábios e torceu para dar certo, no fim não sentia mais a dor profunda, mais sabia que ainda estava ferida superficialmente e provavelmente as marcas deixariam leves cicatrizes.
Curtas frestas de sol invadiam por onde as ripas de madeira estavam desgastadas, Mirai se mexeu na cama sentindo o corpo totalmente aquecido, ao abrir os olhos lentamente se deu conta de que havia agarrado o corpo de Tomura, envolvia a cintura do mesmo com o braço direito, a perna sobre as dele e os fios esparramados pelo travesseiro, se afastou com tanta pressa que por pouco não caiu da cama e por sorte Tomura ainda dormia, o semblante era tão calmo que jamais diriam que aquele homem era capaz de tanta maldade, se aproximou novamente dele o rosto ficando a pouco centímetros sentiu uma vontade de fazer carinho na face serena e não se conteve, quando estava prestes a tocar nele o mesmo segurou no pulso com força.
- O que você pensa que está fazendo? - Mirai se assustou e ele elevou o tronco.
- Na-nada.
- Mirai-Mirai não minta pra mim. - Ela desviou o olhar.
- Seus cabelos pareciam tão macios que senti vontade de tocar. - Sussurrou envergonhada e o aperto suavizou por completo. - Você deveria ser mais carinhoso comigo. - Tentou uma abordagem diferente e ele riu.
- Ontem estava bravinha. Quais foram as suas palavras mesmos? Ah sim... "Não sou sua cadela Tomura". É irônico que agora você queira algo tão desnecessário como carinho. - Ela revirou os olhos.
- Esqueci que não sabe o que é isso, só sabe maltratar e ser cínico. - Se afastou, foi até o armário em busca roupas limpas, ainda estava de lingerie e não pretendia ser o centro dos olhares dele por muito tempo. - Shigaraki levantou e caminhou até o local puxando-a para si, o coração da garota acelerou na hora.
- Não preciso ser carinhoso Mirai, conheço os prazeres da carne como qualquer um e você deveria ficar em alerta ao me provocar desse jeito. - Sentiu a ereção encostar na parte superior das nádegas doloridas.
- Sempre achei que você fosse um virjão revoltado e descobrir que você já fez sexo é chocante! - Ironizou, mesmo depois da surra não perderia a ironia e de certa forma ele adorava isso, mexeu o quadril de um lado para o outro se esfregando nele. Não existia limites quando se tratava de se vingar, mesmo que lhe faltasse experiência. Os movimentos que imitou por hora faziam parte daqueles que viu na boate e sentiu Tomura segurar os cabelos lilases num rabo forçando-a ficar com a cabeça erguida e utilizando os dentes mordeu de leve o pescoço, Mirai arfou de leve.
- Você é patética.
- Eu? O mais velho dentre nós é você, então quem realmente está sendo patético aqui? - Tomura soltou os fios lilases e se afastou em seus planos para com a garota sexo ou qualquer outra forma de relação carnal não estavam envolvidos, no entanto estaria mentindo se não dissesse que adorou o som da voz dela.
All of the chaos
And all of the lies
I hate it
I won't change for you
And I can't take the pain
There's nothing you can do
And there's nothing you can say
•ೋ° °ೋ•
Notas finais: Música no fim do capítulo wash it all away - Five finger death punch
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