Cap.1 Anulação

Não sei qual é o problema do wattpad, mas ao escrever pelo celular os travessões estão sendo substituídos por hifens quando abro no pc. Em breve corrijo esse erro, no mas, boa leitura.


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Anulação
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O pescoço era apertado com força; o vilão não continha sua individualidade, e na verdade, nem precisava.

-- E então, Mirai, você vai fugir de novo? -- Sussurrou. Ela não tentou se soltar, apenas respirou.

-- Você já cansou? -- Ao ouvi-la, intensificou o aperto. A respiração se tornou difícil, mas não cedeu; continuou vis-à-vis, e ele sorriu.

-- Acho que ela aprendeu a lição. -- Kurogiri tentava acalmá-lo em vão. Mesmo sendo um vilão, achava o relacionamento dos dois impossível. Quando Shigaraki se afastou, Kurogiri notou o pescoço da garota levemente avermelhado, mas sem nenhum dano provocado pela individualidade; ela era surpreendente.

-- Beleza, não tem mais nada pra ver aqui. -- Kurogiri tentou dispersar o climão.

-- Claro que tem, o ciúme do Shigaraki é impressionante! -- Twice riu.

-- Tanto faz, a missão começa em dois minutos, e não estou nem um pouco afim de esperar por vocês. -- Dabi enfiou as mãos nos bolsos e saiu do famigerado esconderijo; olhou para trás, esperando por Toga, que prontamente respondeu que ficaria mais um pouco, já que Mirai estava de volta e com um curto "foda-se", foi embora.

A primeira coisa que fez depois do desequilíbrio de Shigaraki foi tomar um bom banho. Colocou um vestido soltinho na cor lilás e calçou sapatilhas; uma roupa casual, já que não iria a lugar nenhum. Não enquanto Tomura estivesse de olho; sentia-se uma prisioneira, e só de pensar que esse era o efeito causado nele por uma simples batida, imagine se soubesse que, na semana passada, passou duas noites praticando tiros após um roubo bem-sucedido de uma das maiores montadoras de motores do país. Afinal de contas, era incrivelmente habilidosa com armas de fogo, devido ao treinamento intenso que recebeu, e os únicos que sabiam de tais habilidades eram o próprio Shigaraki e Kurogiri. Batidas na porta tiraram-na do pequeno transe:

-- Mi, você está nua? -- A garota de coques loiros perguntou.

-- E desde quando isso te impediu, Toga? Pode entrar. -- A loira abriu a porta e se jogou na cama lilás; Mirai tinha os fios lilases e os olhos que se assemelhavam à neve depois de se misturar com fuligem, além da pele escura e unhas curtas.

-- Nunca. Estou entediada. -- Riu com malícia. -- E nós podíamos nos divertir, não acha? -- Sentou-se propositadamente sobre as panturrilhas antes de pegar algumas cordas na mesa de canto, e a lilás revirou os olhos.

-- Toga, desde quando matar ou esfaquear estranhos é divertido? -- Respirou profundamente.

-- Você prefere ficar aqui o dia todo? Acho que o Shigaraki não está de bom humor... -- Tentou, sabia que a garota logo mudaria de ideia.

-- Ok-ok, você venceu, mas vamos fazer do meu jeito. -- Toga olhou desconfiada para a garota que lhe sorria abertamente.

-- Mirai, você não é confiável. -- Debochou.

-- E desde quando vilões são confiáveis?

-- Justo. Aonde vamos? -- A loira sorriu.

-- É surpresa, mas você vai gostar. Agora, só me segue. -- Piscou, e ambas saíram do quarto. Quando passaram pelo que poderiam considerar como uma sala da liga, Kurogiri repreendeu a garota:

-- Senhorita Mirai, Shigaraki não quer que saia mais hoje. - Informou.

-- Poxa, Kuro, não estarei sozinha; não vou fugir, e sim me divertir. -- Piscou.

-- Além disso, é a tarde das garotas, então relaxa que se ela não vier inteira, voltará em pedaços. -- Gargalhou. Kurogiri apenas ignorou e voltou aos serviços, enquanto Mirai e Toga aproveitaram para sair.

A tarde das garotas estava apenas começando.

Diferente do que Toga imaginou, Mirai sabia se divertir. A garota levou a loira para fazer "compras", e foi, no mínimo, engraçado quando entraram em uma das joalherias mais caras da cidade e saíram com as sacolas carregadas de diamantes e ouro totalmente arrumados e sem gastar um centavo. Depois, pararam para comer, e nesse ponto, Toga já estava a pensar que tudo seria normal. Foi então que Mirai se encontrou com ele, um homem de roupas pretas e óculos escuros; o mesmo abraçou a cintura da morena com gosto antes de beijar-lhe o pescoço.

-- Você trouxe uma amiga? -- A voz rouca fez efeito até mesmo na loira.

-- Acompanhante/participante seria um termo melhor. -- Mirai revelou.

-- E o que eu faço com essas joias? -- Sussurrou sem desapegar da lilás.

-- São todas nossas; você pode pedir para Hikai deixar em casa? -- Tais palavras deixaram a loira curiosa. -- Hikai possui uma individualidade parecida com a do Kuro, mas só pode ser usada por outros - Podemos deixar as compras em casa, e depois te levo para a diversão de verdade. - O sorriso doce era de fácil convencimento para qualquer um.

-- Você sabe onde ele está, só precisa pagar antes. -- A lilás revirou os olhos antes de tocar os lábios dele num selar seco e sem segundas intenções, mas foi o suficiente para que sua pele empalidecesse por alguns instantes.

-- Qual é a sua individualidade? -- Toga perguntou.

-- Ah. -- Ele sorriu -- Eu devoro energia, loirinha, e a da Mirai é viciante, principalmente quando estou sedento. -- Agora, vamos logo; daqui a pouco, esse lugar vai estar cheio de heróis. -- O trio seguiu até a garagem, onde um homem de cabelos azuis escuros e estatura média fumava escorado num carro conversível, observando um cara ser espancado.
-- Espero que seja a minha comida, Sato. -- Reclamou. No entanto, foi a voz feminina que lhe chamou atenção:

-- Sinto te decepcionar, papi. -- Ironizou. Hikai abriu um sorriso monstruoso, deixando as 60 presas curtas amostra, apagou o cigarro nas costas do homem que era surrado e seguiu até a lilás.

-- Olha pra você, está linda mesmo com essas marcas no pescoço. Pelo visto, arrumou confusão. -- Devolveu a ironia mascarando o ódio que sentiu por vê-la daquele jeito.

-- E é justamente pra isso que preciso dos seus dons. -- Sussurrou acariciando os fios azuis.

-- Babygirl, quando foi que te neguei algo? -- Estalou os dedos duas vezes, e assim a mão sumiu, dando lugar a um vórtice azul. -- Você sabe exatamente o que fazer. -- Mirai pegou as bolsas da mão de Sato e entrou no vórtice; quando retornou, portava apenas uma caixa. Hikai estalou os dedos, e tudo voltou ao normal.

-- Isso é pra você, eu, e minha cara companheira queremos entrar pra competição hoje. - Ele sorriu de forma maníaca.

-- Isso vai ser divertido, e espero que estejam prontas para se divertir de verdade.


[...]


Toga jamais imaginou que Mirai gostasse daquilo. A individualidade da garota não era muito conhecida, mas ao adentrar a mansão, dentro dos elevadores de ferro, só havia as duas.


-- Você é uma caixinha de surpresas. Quando te vi com aqueles caras, achei que Shigaraki fosse um corno. -- Gargalhou, fazendo a lilás revirar os olhos novamente. - Agora estou mais interessada no que vamos fazer.

-- Uma palavra: sangue. E é você quem decide. -- Os olhos de Toga chegaram a brilhar. Os portões de ferro abriram, e as garotas andaram pelo tapete vermelho; as paredes eram escuras como a noite, o que facilitava a confusão entre os horários para quem estava lá dentro. As poltronas do grande estádio ovalado eram macias, e bem no centro havia um ring cercado por uma gaiola de ferro incrivelmente limpa. Ambas se sentaram nas cadeiras especiais ao lado de Sato e Hikai. - Se você quiser matar, não será impedida, mas precisa entrar na gaiola. Se não, podemos apenas nos divertir.

-- Vamos lutar!

-- Tudo bem, mas lembre-se que enfrentará a perversa criação da humanidade. Aqui, os vilões são tratados como civis comuns, e no fim não importa se é mesmo um vilão ou um herói fracassado, e sim os seus atos e o quanto aguenta apanhar. - Mirai sorriu, sendo encarada pela loira que ficou eufórica.


Enquanto isso no covil,

Shigaraki observava seus planos para o grande roubo se concluírem com perfeição, decidiram que a madrugada seria o ideal para o ataque a reserva da presidência.

-- Isso vai ser interessante. -- Coçou o pescoço. -- E já que Mirai foi obediente, vou levá-la para dar uma voltinha. -- Kurogiri sentiu a alma gelar pela garota, Shigaraki saiu da típica sala e subiu os degraus para o segundo andar onde ficavam os quartos, adentrou o próprio e notou a cama vazia e as sacolas da joalheria ao pé da cama. Arregalou os olhos e sorriu embebido em ódio. Mirai não temia pela vida e se o aperto no pescoço não fora o suficiente, estava na hora de castigá-la seriamente.

Voltando para a mansão, as garotas assistiram duas lutas antes de Toga adentrar o ring junto com Mirai. O vestido lilás prestes a ficar sujo.

-- A princesa deveria ficar em casa, se bem que posso cuidar de uma garotinha como você. - Os olhos do adversário brilhavam assim como a boca que salivava ao mudar a visão de uma para a outra. O outro, no entanto, estava virado no Jiraya e só pensava em matar e usufruir dos corpos depois.

Antes da grade central de proteção descer. Mirai entregou os pertences de Toga explicando que quando entrou no portal foi para se prevenir.

-- E você não quer uma faca? -- Mirai negou. -- Nesse caso eu vou ficar com o que tem mais cicatrizes e espinhos de aço.

-- Tudo bem. -- Mirai juntou as mãos em uma posição de oração, fechou os olhos e aguardou pela grade proteção ser removida. Quando a mesma desceu não deu em outra um dos homens foi como tudo pra cima de Toga soltando espinhos e a mesma desviou provocando-o no processo e tudo piorou quando a loira sem querer fez um movimento que revelou sua linda calcinha de ursinhos. Mirai permaneceu parada enquanto o oponente cheio de ódio socava a parede de ferro ao seu redor.

-- Isso não é hora de pedir ajuda para o teu deus garotinha. -- E assim desferiu um soco no rosto feminino sorrindo alegremente achando que havia ganhado, porém, sentiu os ossos da própria mão quebrarem e o sangue escorrer gritando no processo. Desacreditado, tentou com a outra mão tendo o mesmo resultado. Mirai mirou a face que agora exprimia horror e sorriu desferindo uma sequência de socos, o último virou o pescoço com tanta força que se não quebrou pelo menos deslocou.

Quando olhou para o lado Toga estava completamente emersa em sangue, não era essa a forma como a loira lutava mais estava tão eufórica que se descontrolou e a plateia foi a loucura, vibrando e jogando dinheiro além de deleitar elogios as participantes.

Hikai todo orgulhoso assumiu o microfone apenas para engrandecer aquele momento, o ring abriu e Sato estendeu as mãos para ajudar as damas a sair.

-- E aí se divertiu? -- Mirai sentiu os lábios de Sato na destra.

-- Muito, aquele pervertido era um fraco. -- Toga gargalhou.

-- Fraco para vocês, mas as doze crianças que ele violentou não tiveram chances. Os espinhos dele abrem como você testemunhou, então deve imaginar o que ele fez. -- Os olhos da lilás estavam vazios, o assunto lhe era sensível.

-- Então são essas as escórias que enfrentamos?

-- Sim, baby e foi muito divertido, o meu adversário era um estuprador e necrófilo e fazia tanto tempo que não extravasava desse jeito que me sinto renovada. - Abriu os braços olhando para Sato que não tardou em atender mais um pedido, sentou-se sobre as pernas dele recebendo um afago na cintura.

-- Vamos mais uma? Mais antes me conta como você fez isso. -- Toga deu pulinhos de alegria.

-- Quantas você quiser. E sobre minha luta — Apontou para a direita com a cabeça — Hikai é um pai muito chato tem horas, aqueles lá em cima são Balaor e Skell enquanto Balaor colocou um escudo no meu corpo Skell amplificou o meu soco e se interferirem na luta de novo eu juro que obrigo os dois a fazer um stripper bem no meio da plateia! - Hikai riu de tal reação, confiava na garota com a própria vida, mas não deixaria que se ferisse de forma alguma, mesmo conhecendo a fundo as habilidades dela, afinal fora ele próprio que a treinou.

A dupla passou o restante da tarde assim e por volta das 23:30 ambas se deram por satisfeitas, agora no segundo andar da mansão estavam prestes a degustar um delicioso jantar quando um riso rouco fez com que Mirai sentisse as entranhas se contrair.

-- Espero que tenha se divertido bastante. -- O autocontrole fez com que ela sorrisse, Shigaraki era sua única fraqueza, ela sentou de lado e cruzou as pernas, terminou o segundo copo de vinho tentando ignorar a sensação.

-- Me divertir muito. Você não assistiu? -- Fez uma voz manhosa, Kurogiri se aproximou de Toga que se deliciava com a comida e abriu o portal, a loira pegou mais algumas guloseimas e adentrou a névoa roxa. Mirai, por outro lado, continuou sentada.

-- Essa foi sua última chance de testar a minha paciência. -- Se aproximou e ela não levantou.

-- Você não quer provar a comida? Está uma delícia, senta aí e come comigo. - Desconversou, Tomura já estava no limite do estresse, puxou-a pelo braço olhando-a profundamente.

-- Hei! Eu não quero ir! -- Reclamou, ele pode notar o cheiro alcoólico vindo dos lábios levemente vermelhos.

-- Mirai fica quieta ou vai se pior! -- Ela se debateu. A respiração saiu quente de suas narinas antes de jogá-la no ombro como um saco de batata e ordenar que Kurogiri levasse toda a comida daquela mesa para a casa, quando atravessou o portal notou a presença dos homens na sala, mas não se importou sabia que não era qualquer um que iria contra ele, principalmente quando a individualidade estava completamente disponível.

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Notas finais:  Eu juro que ainda não consegui me decidir, então é comum que durante a fic a cede da liga seja chamada de covil, liga, casa do mal etc...

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