72.Levemente Idiota

Um capítulo meio fofinho <3

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Levemente Idiota

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A lilás olhava para os lados claramente entediada enquanto Kurogiri lia um revista qualquer ela Suspirou antes o encarar.

-- Escuta Kuro, você pode trazer o Sato até aqui? Quero saber notícias do meu pai e deles também, por-favor. -- Ele se levantou.

-- Farei meu melhor.

-- Você é um anjo Kurogiri e se puder faz aquele Incubus me trazer um cuscuz com chocolate. -- Fez beicinho e assim que o portal saiu encarou a porta.

-- Estou desejando tanto um prato de cuscuz branco com chocolate que nem dez potes de sorvete de morango vão me fazer ficar quieta. -- Sussurrou, a porta foi aberta e por ela o doutor passou, a garota sorriu sem graça crente que era o prateado estressado.
O médico fez todas as perguntas necessárias além de um exame de sangue, logo lhe trouxeram mais uma refeição e a garota sorriu, dessa vez comeu tanto que não tardou a pegar no sono se sentindo um pouco sozinha e enquanto Mirai dormia Shigaraki andava pelo quarto do hotel, estava tão cansado que sentia o corpo pesar, mas tinha tanto a fazer que não dormiria tão cedo, não agora que sua garota estava ali. O vilão seguiu para o banheiro e tomou um banho, comprou roupas novas e se trocou afinal de contas não fazia isso há muito tempo, depois de devidamente arrumado deitou na cama dela para pensar e sem perceber apagou, seria uma tarde tranquila.

...


Mirai suava sobre a cama, o corpo se debatia de um lado para o outro revivendo com clareza tudo o que passou nos últimos meses, seus olhos pareciam presos e a única coisa que ouviu foi um pedido mudo de que deveria acordar, a garota abriu os olhos bagunçado os cabelos e não conseguiu conter as lágrimas em seu rosto, se pondo de pé seguiu até o banheiro e vomitou antes de tirar as roupas e adentrar o chuveiro, lavando bem o corpo. A porta do quarto foi aberta e dessa vez ela não viu afinal estava se lavando, vestiu a roupa de hospital e um roupão, fungou até conseguir se acalmar e saiu do local.

-- Está na hora da janta. O doutor repetiu o cardápio para que não haja problemas. -- Concordou e a enfermeira observou seu semblante abatido. -- Você precisa se acalmar e comer está bem? -- Ela assentiu.

-- Hoje seu acompanhante poderá passar a noite com você se quiser pode avisá-lo. -- Ela concordou e ao ficar sozinha sentou na cama, as lágrimas se formando novamente dessa vez ao imaginar como o seu pai ficará quando souber da novidade e principalmente se ele gostaria de ser avô, se bem que é capaz de Hikai Kazani entupir a criança de mimos antes dela nascer e cada nova ideia que se formava na cabeça da lilás uma lágrima a mais escorria.
O quarto escureceu novamente e ela limpou as lágrimas correndo, Kurogiri apareceu sozinho.

-- Sato não está na mansão. Elena informou que ele foi ao encontro de seu pai.

-- Muito obrigada Kuro, se quiser pode ir descansar eu vou ficar bem aqui. -- Tentou demonstrar confiança.

-- Vou sair, mas Shigaraki irá me substituir. Tomura deve estar trabalhando. -- Comunicou fazendo-a arquear a sobrancelha, jamais cobraria presença dele, mesmo que estivesse precisando de companhia.

-- Tudo bem, só evite de usar a individualidade fora do meu quarto, é meio que proibido. -- O portal assentiu sumindo novamente.

No quarto Shigaraki dormia feito um bebê, sua cabeça em um sonho próximo repousava nas coxas de Mirai, ela desferia carinhos em seus fios de maneira apaixonada e as vezes se abaixava para capturar um beijo lento e repleto de sentimentos e ali ele se sentia em paz, em meio as flores e a companhia de sua garota, uma voz no entanto lhe chamou atenção e o homem despertou seriamente.

-- A senhorita está te esperando.

-- Já irei Kurogiri. -- Se levantou.

-- Espere Tomura. A senhorita Mirai está triste e fragilizada, talvez deva agir com mais cordialidade. -- Shigaraki sorriu de lado.

-- Eu sei como tratar a Diaba, não se preocupe com isso, agora abre. -- Ordenou e assim a escuridão consumiu parte do local, ao sair na claridade do quarto notou a garota sentada e a comida intocada no carrinho.

-- Está sem fome?-- A voz lhe chamou atenção enquanto ela enxugava as lágrimas.

-- Não. Só queria uma comida de verdade, comida de hospital é  terrível! -- Comentou e o prateado se aproximou destampando a bandeja e provando a comida.

-- É muito boa, só é... Saudável. -- Ela arqueou a sobrancelha e o encarou seriamente:

-- Quem é você e o que fez com o Shigaraki?  -- Ele se aproximou colocando os cabelos para trás e beijando o ombro.

-- Não seja tá boba Mirai e come logo isso, faz bem pra vocês. -- Desviou o olhar.

-- Então você simplesmente aceitou o que está acontecendo? 

Shigaraki se deitou na cama encarando o teto:

-- Uma gravidez obviamente não estava nos meus, mas porra eu ia fazer o quê? Fugir? Só vê se não apronta Diaba.

Mirai balançou a cabeça e seguiu até a cama se sentando e comendo em silêncio e tendo as costas afagadas em um carinho mínimo.

-- O matusalém está bem, se preocupe em melhorar esse lugar tem cheiro de morte e fiasco. -- revirou os olhos.

-- Eu também odeio hospitais, principalmente por que eu quero um cuscuz com chocolate e ninguém me dá. -- Fez beicinho.

-- Se sairmos daqui ainda essa semana te dou uma banheira desse troço. -- Ela riu e após meia hora a enfermeira adentrou para retirar o carrinho de comida. -- Ei mulher, quando ela terá alta?

-- Deixa de ser grosso Shigui! Será que o doutor está disponível? -- A enfermeira olhou para ele de cima a baixo antes de responder a lilás.

-- Ele vem lhe ver em quinze minutos, o seu acompanhante deseja alguma coisa? -- As vezes Mirai esquecia que aquele hospital fazia parte do cassino.

-- Sim ele deseja um cuscuz com chocolate belga. -- Shigaraki olhou para ela.

-- Eu... -- Levou um beliscão discreto. -- Com pouco chocolate, na verdade.

-- Vou mandar o pedido para a cozinha do hotel. -- Ambos assentiram e quando a enfermeira saiu o azulado olhou para ela.  -- Então é assim, vai me usar para conseguir o que quer? -- Ele sorriu de lado.

-- Achei que gostasse de ser usado por mim. -- Desviou o olhar e isso fez com que as mãos dele fossem nas coxas, além de apoiar a cabeça no ombro observando o corpo.

-- Seus seios estão maiores... -- A mão subiu pelo abdômen fazendo um carinho mínimo por cima da roupa sobre as mamas com o polegar e ela sorriu de leve, apesar do olhar o toque era tão reconfortante.

-- Você é um tarado Shigui...

-- Ainda nem conferir sem essa roupa, ai sim vai ter motivos pra me chamar de tarado. -- Ela sorriu, gostava dessa paz mesmo sabendo que não duraria muito afinal quando estivessem bem voltariam para  o centro de todo aquele caos. Batidas a porta soaram e o casal se ajeitou antes do médico adentrar.

-- Pelo visto está bem melhor senhorita Kazani. -- Ela sorriu. -- Se não tiver mais problemas estará livre amanhã pelo horário do almoço.

-- E posso comer de tudo não é?  -- Estava eufórica.

-- Evite fígado quando estiver próximo do parto e alimentos que causem efeito de estufamento no estômago. -- Ela assentiu.

-- Tem mais perguntas?

-- Ela pode trabalhar normalmente ou deve ficar em repouso? 

-- Moderadamente se for sem estresse ou muito peso, mas acredito que a senhorita não precise. -- Shigaraki revirou os olhos de leve deixando claro que não gostava daquele tratamento.

-- Eu posso comer sorvete de morango sem moderação?

-- Ele tende a engordar muito então tome cuidado, pois, quanto mais pesada a criança mais difícil o parto e isso serve para todas as comidas. -- Novamente assentiu.

-- E sexo? -- A cara da garota praticamente congelou antes de dar uma cotovelada nada suave no prateado fazendo o médico rir.

-- Comprovando que está cem por cento não há problema. Bom agora vou deixá-los.

Mirai agradeceu e assim que a porta se fechou ela encarou o mais velho.

-- É sério que você perguntou para o médico se a gente podia transar? -- Ele riu da leve irritação.

-- Diaba se ele falasse que não, eu não encostaria em você pelo resto da gravidez. -- Mirai estava revoltada e Tomura segurando a vontade de gargalhar, porém, batidas a porta a fizeram recuar e ao abrir e dar de cara com o carrinho de comida o humor se transformou. O carrinho mal entrou e já estava desesperada quando viu o cuscuz sorriu abertamente antes de comer um pedaço e suspirar, passar no chocolate e praticamente fazer uma declaração de amor para o prato.

"E eu que fui obrigado a pedir essa porcaria não ganho um pedaço nem um mínimo obrigado." Shigaraki pensou enquanto observava a lilás comer toda contente.

-- Shigui você não quer provar? Está muito bom, mas o da June é melhor. -- comentou.

-- E aquele demônio ring sabe fazer comida? -- Mirai riu sem mostrar os dentes.

-- Ficaria surpreso com o que ela sabe fazer, até um bolo já ganhei agora abre a boca. -- Se aproximou com um pedaço ao qual ele não recusou.

-- É muito doce.

-- Deixa de ser careta é claro que é doce, queria que fosse o quê? Salgado? -- Ali percebeu que estava com péssimas oscilações de humor, no fim comeram mais um pouco antes de deitarem na cama.

-- Amanhã vamos para Musutafu.

-- Ah não Shigui eu quero comprar umas coisinhas e aproveitar esse hotel, vamos passar pelo menos a noite e depois vamos embora sim? -- Ele concordou.

-- Acredito que vai querer ir direto para a mansão. -- Ela assentiu. -- Com uma condição, não te quero envolvida em nada perigoso entendeu Diaba? -- A seriedade de seu olhar deixava-a incrédula, estava praticamente impondo que não participasse dos planos e por fim responder após cruzar os dedos atrás das costas.

-- Claro chefe. -- O prateado relaxou completamente na cama e ela deitou a cabeça em seu peito recebendo carinhos nas costas.

-- Shigui vamos comprar algo para o bebê? O que acha de uma toquinha afinal o inverno em Musutafu está próximo. -- Comentou mas não obteve resposta e ao olhar para cima viu Shigaraki dormindo serenamente, apenas passou as mãos pelo rosto dele antes de deixar um beijo no canto da boca e se posicionar melhor assim pegando no sono.

...


Já passava das dez da manhã e Shigaraki continuava dormindo, Mirai fez os exames restantes além de todas as higienes e um café decente agora olhava para estava sentada na poltrona esperando pela liberação enquanto procurava outra roupa para vestir.

-- Bom dia diaba. -- A voz rouca de quem bocejava com os cabelos desalinhados e a cara meio amassada fez a garota sorrir.

-- Bom dia Shigui tem café pra você na bancada, mas primeiro escova os dentes. Seu banheiro é o da esquerda. -- Informou, o bom de se ter um quarto particular num lugar extremamente caro é justamente os benefícios como por exemplo a comida de hotel que pode ser pedida para o acompanhante e entregue por uma das enfermeiras ou serventes designadas, assim como o quarto com duplo banheiro e cama de hóspedes que obviamente não foi usada  ele se levantou passou por ela e sumiu enquanto Mirai jogava na cama as roupas. -- Meu deus Shigaraki esqueceu que eu estou no hospital? -- Sussurrou, olhando as calcinhas e sutiãs, pegou a peça e trancou a porta do quarto aproveitou que ele estava no banheiro para se despir ali mesmo e trocar a roupa de hospital por uma calça jeans que não fechou direito na frente devido a ser uma skinny e o sutiã que ficou um pouco apertado, pegou a camisa e nem notou quando a porta do banheiro foi aberta.

-- Diaba tinha uma cama maior pra gente... -- Parou de falar ao vê-la reclamar da peça mais uma vez.

-- Shigui você está usando uma camisa por baixo do casaco não está? -- Ele assentiu enquanto ela virava em sua direção olhando os seios presos e se aproximou tirando o moletom, ela pegou virou de costas ouvindo-o reclamar e tirou o sutiã antes de por a peça e sorrir aliviada, essa roupa está apertada.

-- Fica nua quando saímos daqui. -- Sorriu de canto e ela revirou os olhos enfiando as roupas na bolsa.

-- Enquanto você toma café vou falar com o médico estou ansiosa demais. -- E assim passou pela porta apressadamente.

Shigaraki encarava o copo de frappuccino sobre a bandeja além de uma fatia de torta de morango e croissant não pode deixar de sorrir sentindo-se bem, o quarto escureceu e logo a presença de Kurogiri preencheu o local:

-- O mestre deseja falar com você... -- Kurogiri informou.

-- Quando?

-- De imediato. -- Tomura estendeu e Kurogiri lhe entregou um telefone.

-- Contou a ele a respeito da diaba?

-- Não. Afinal de contas sou aquele que protege você.

Shigaraki sorriu e adentrou o banheiro enquanto Kurogiri sumiu lentamente.

Mirai estava radiante havia falado com o médico a respeito de sua saúde e agora finalmente poderia sair dali, até adiantou os próprios papéis, mas quando voltou ao quarto notou que Shigaraki estava levemente tenso.

-- Aconteceu algo?

-- Estamos sem tempo pelo visto os heróis definiram seu próximo movimento. -- Ela balançou a cabeça ao notá-lo coçar o pescoço.

-- E eu estou livre. -- Colocou os braços em volta do corpo masculino e roçou os lábios nos dele sentindo as mãos apertarem com firmeza a cintura indicando que está estressado. -- O que aconteceu com o fato de que eu sou sua prioridade por hoje? 

-- Diaba...

-- Shiu! -- Por hoje não importa se você é ou não um vilão e sim o que eu quero. Agora vamos para o quarto trocar de roupa e aproveitar o resto do dia. -- Piscou deixando-o descrente, mas não iria contra, ainda não. Por enquanto seguiria com os planos da mulher para depois arruinar as expectativas daqueles que tentarão ir contra a liga.


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