21. Efeito Mirai-1

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Efeito Mirai -1

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Por Mirai,

Chisaki estava me tirando do sério, depois de me usar como isca estou de molho há três dias. Três dias sem sair dessa casa e conhecendo os hábitos deles como se fossem meus, olhei para a tela do meu celular entediada acessando minhas conversas particulares e uma ideia surgiu em minha mente: em quatro dia eles não perdem por esperar!

Off

A garota andava de um lado para o outro, havia tomado um banho e mexia os pés descontroladamente devido ao tédio, se jogou na cama esquecendo dos pontos e automaticamente reclamou.

- Droga por enquanto só tenho uma opção, vou estudar.

Mirai passou longas seis horas estudando e quando acabou resolveu ler um pouco calhando de escolher algo acima de sua idade se ajeitou na cama absorvendo bem as palavras e se divertindo ao imaginar tais posições estava tão entretida que não notou quando batidas soaram na porta.

- Garota o jovem mestre quer conversar com você.

Bufou ao fechar o livro chateada, se levantou e calçou os chinelos dessa vez vestia um short de tecido mole e um camiseta preta de mangas masculinas claramente afanada do armário de Shigaraki a camisa batia no meio das coxas e o short cobria um palmo a mais sobrando dois até chegar aos joelhos, foi até a porta e a abriu olhando para o mascarado.

- Vocês nunca tiram essas máscaras? - Ele a ignorou e continuar andando. - O que costumam fazer nos dias de folga? - Passaram pela cozinha e ela aproveitou para pegar uma maçã do cesto de frutas sobre a ilha. - Não é possível que vivam no sistema de veneração aqui dentro, tudo gira ao redor das vontades de Kai? E depois vão vigiá-lo dormindo a espera da próxima ordem?

- Você não sabe ficar quieta?

- Não. Você é uma companhia extremamente chata, além de irritante.

A lilás estava afiada e pelo resto do caminho ele se manteve em silêncio enquanto ela só parava de falar para comer.

- Pronto jovem mestre, por mim poderíamos amarra-la num cofre e jogar no fundo do oceano.

Ela riu saltitando.

- Você por acaso tem dez anos?

- Praticamente dezoito, mas já percebi que detestam crianças ou pessoas que pensam de forma diferente de vocês.

Shin respirou fundo, não poderia admitir que ela estava com a razão. Novamente em silêncio seguiram até a sala de Chizaki em silêncio.

- Está dispensado Shin. - O preceito saiu da sala e os olhos de Kai foram de encontro a garota vestida de forma tão casual e sem maquiagem. - Parece que se divertiu tirando-o do sério.

- Você não sabe o quanto. - Se sentou na poltrona. - E aposto que não me chamou até aqui para falar sobre isso, então o que você quer?

Kai continuou a observa-la, os fios coloridos limpos e exalando um cheiro doce e muito bom por sinal, a camiseta maior que seu corpo que aos poucos concluiu ser por conta das roupas apertadas e expostas que costumava usar e até os chinelos que em sua hábil mente possuíam a mesma explicação.

- Quero que faça a contabilidade dos meus negócios. - Ela piscou confusa. - Não é nisso que é boa? Visto que seus tiros foram péssimos. - Ajeitou a máscara e ela sorriu de escárnio, antes de empertiga-se.

- Todos foram extremamente precisos, não acertei um ponto vital. - Rebateu. - E o que você sabe de armas? Até onde sei você é o cara que dar as ordens e não o que põem a mão na massa.

- Garota sou o que os meus objetivos precisarem agora faça as contas, você vai trabalhar bem aqui ao meu lado quero ficar de olho em você.

- Isso eu percebi, você parece o tipo que sabe apreciar uma bela e maravilhosa companhia. Quando eu começo? - Espalmou as mãos no tampo de madeira, nada a deixava mais feliz do que trabalhar com números e ele apenas desviou o olhar para a mesa a esquerda onde uma pilha de registros se encontrava, a garota se levantou e foi até a cadeira se sentando da maneira mais confortável possível antes de iniciar a leitura.

Haviam de passado duas horas desde que ela começou a ler e se sentia extremamente cansada e durante esse tempo Kai só saiu da sala três vezes, na última trouxera consigo dois copos além de comidas em uma bandeja ao qual ela ignorou por estar concentrada.

- Pelos deuses isso é uma bagunça! Como vocês conseguem viver assim? - E lá estava ela com uma caneta apoiada atrás da orelha e com outra circulava o que achava importante nos papéis. - Vocês gastam mais do que tem há quatro anos! Não me admira que a fama de falidos tenha se espalhado e olha esse números, como vocês suprem isso? - Perguntou visivelmente desacreditada.

- Creio que não seja da sua conta.

Ela parou o que estava fazendo e organizou os papéis.

- Então quando resolver me contar, mande me chamar até lá estarei no quarto estudando. - Mentiu, iria para o quarto terminar a leitura das devassidões de uma certa personagem a respeito do namorado.

- Garota não me desafie.

- Não estou. Só que para executar meu trabalho preciso de informações, informações esta que você não está disposto a dar. Então quando entender que preciso ter acesso ao seus gastos e fonte conversamos até lá minha presença aqui será apenas para abrilhantar seus olhos e sinceramente não estou nem um pouco a fim. - Ironizou. - Volto amanhã quem sabe. - Saiu da sala saltitando, foi até o quarto e se jogou novamente na cama e assim se passaram mais quatro dias onde Mirai os dividia em estudar, ler seu livro do momento e se dedicar a ler a papelada arduamente.

Na sexta feira a noite os olhos pesavam mais do que deveriam e bocejando de arrastou até a cozinha tinha lido a última folha do relatório a cabeça doía de leve e não se incomodou em abrir a geladeira e buscar um pouco de suco, tomou o líquido tranquilamente sentada na banqueta, no entanto o barulho da porta sendo batida deixou-a inquieta.

- Pelo visto não sou o único sem sono. - A voz do líder quebrou o silêncio.

- Não mesmo suas finanças me deram dor de cabeça, foi burrice minha levar trabalho pra cama. - A garota se virou apenas para vê-lo sem a máscara, o típico casaco e gravata além de dois dos botões estarem abertos assim como as mangas dobradas. Chisaki pegou um copo e puxou a jarra a enchendo e não pode deixar de rir do comentário dela, estava a pouco mais de uma semana na casa e simplesmente mantinha sua presença forte e independente.

- E os pontos?

- Bem cicatrizados, devem ser retirados daqui a uma semana. - Estanhou o interesse dele até entender que ele agia de maneira certeira como um robô.

- Com fome?

- Um pouco, mas você não tem doces por aqui. - Olhou ao redor e ele arqueou a sobrancelha ela o observou, tão belo e tranquilo que nem parecia causar medo só por sua presença.

- Doces não vão te ajudar a dormir.

- E o que você sabe sobre isso?

Kai fechou os olhos antes de se afastar olhou para ela de soslaio e proferiu um sussurro: Me acompanhe. - O copo foi deixado sobre a bancada e ela o seguiu andaram até o final do corredor onde uma porta de de madeira se encontrava, Kai abriu rapidamente e a mesma se abriu ao adentrar o local atrás dele a garota notou o salão amplo e um tatame no meio.

- Pra que você me trouxe aqui? - Cruzou os braços notando em como ele dobrava o restante das mangas.

- Não é evidente, viemos gastar energia. - Se posicionou no meio do acolchoado.

- E você acha que isso vai funcionar? - Questionou.

- Ah vai e como vai. - Pela primeira vez ele se divertia claramente com as expressões dela. - A não ser que você não saiba se defender, o que seria uma pena. Uma língua tão afiada como está ser apenas um blefe.

Revirou os olhos prendendo os cabelos num coque.

- Não preciso entender de combate pra me divertir. - Afirmou e observou se posicionar, fez o mesmo repetindo a posição se encararam por alguns minutos até que ele avançasse em direção a lilás travando seus braços, a mesma tentou desbloquear utilizando as pernas e foi em vão: a primeira rasteira levou-a ao chão.

- Não é por que dou ordens que não estive na linha de frente garota. - Ela se apoiou o encarando de cima e sentiu o rosto esquentar ao olha-lo tão diretamente, se levantou e retornou a postura, partindo para o ataque de forma inesperada o que o deixou completamente confuso.

- Não é porque não lido com combate corpo a corpo que não sei me virar. - Piscou porém a pose não durou muito já que no minuto seguinte fora derrubada tendo os braços presos por ele ficando vis-à-vis. - Pensei que detestasse contato Chi-sa-ki. - Sussurrou e com a perna direita fez um movimento traiçoeiro que o desequilibrou e assim se posicionou sobre ele precisamente sentando no quadril - Mas pelo visto eu estava errada.

Aos poucos se afastou do corpo masculino se posicionando mais uma vez pronta para ser derrubada porém ele se manteve inerte.

- Acho que já tivemos o suficiente. - Os orbes âmbar devoraram-na com certa vontade, ao observar as coxas meio roliças e o short que havia enrolado na metade da perna.

- Então nos vemos amanhã Kai. - Piscou, antes de sair do recinto e estaria mentindo se não dissesse que se divertiu. Pelo resto da sexta feira se dedicou exclusivamente a descansar e por a leitura em dia e em certo momento com a mente vazia se sentiu dividida entre os pensamentos a respeito do trabalho e de seus próprios sentimentos, se permitindo compreender profundamente a bola de neve ao qual se encontrava: só de lembrar da discussão com Shigaraki se sentia magoada, mas ao recordar que havia cedido e se entregado de maneira tão ampla se sentiu mal, mal por não ter esclarecido o quanto as palavras brutas a machucaram e por não se impor o suficiente, bagunçou os cabelos dessa vez abraçando os travesseiros e se lembrou das palavras sinceras e calmas:

Primeiro lhe percorreu a mente o carinho na bochecha além do sorriso e por último as palavras: apenas esqueça minhas palavras, você é bem mais do que uma ferramenta e me importo com você.

Respirou fundo desviando o olhar enquanto tentava esclarecer para si mesma:

"Não tem problemas se já estamos bem, não é?"

"Ah droga! Shigui você é muito confuso, você complica a minha vida e ainda me fez gostar de você."

Suspirou

"Será que ele entendeu o que aconteceu ou fui idiota o suficiente por me deixar levar por meus sentimentos?"

Essas eram algumas das perguntas que passavam pela mente confusa da garota que no fim adormeceu profundamente incomodada pela falta de solução.

Pela manhã de sábado Mirai se concentrou em terminar de escrever sobre as finanças da Yakuza e só parou para almoçar, ás quatorze horas retornou para o escritório de Kai dessa vez usava um short de cós alto e camisa social além de scarpin preto e maquiagem leve, estava claramente pronta para sair, porém precisava conversar com o moreno. Ao abrir a porta deu de cara com o líder dos preceitos sentado na cadeira lendo o que pareciam ser relatórios médicos.

- O que você quer garota? - Foi direto.

- Quero que me explique como vocês conseguem fazer isso. - Colocou uma folha detalhada de cálculo sobre a mesa do moreno.

- E o que seria isso?

- Eu estou desde ontem dando voltas e mais voltas nos mesmos arquivos Kai, você não tem uma renda fixa, uma empresa para lavar dinheiro ou algo do tipo que conste nos seus relatórios pessoais mais ainda assim mantém um padrão absurdamente alto de gastos o que deixa todos os seus inimigos crente de que estão zerados, mas pelo visto não é bem assim.

Ele respirou profundamente e indicou que a mesma deveria se sentar e assim o fez.

- O elemento surpresa é a melhor maneira de conter qualquer um que queira nos atacar garota e diferente do idiota para o qual você trabalha sou um homem influente. Influente o suficiente para cobrar favores nas horas certas e principalmente ter um patrimônio e um patrocínio com o qual não preciso me preocupar. - Retirou a máscara da peste apenas para se hidratar.

- Então devo presumir que você tem um fundo de garantia, pois com um gasto desse e todos os seus planos meticuloso aposto que tem no mínimo metade da polícia atrás de ti ou nas suas mãos.

- Você é bem esperta, realmente não será um desperdício.

- Só agora que percebeu isso? - Ironizou. - O que me leva a outra questão: o que você quer de mim?

- Que faça o seu trabalho. Até onde sei você conseguiu dobrar o dinheiro de Hikai.

Ela sorriu

- Está sendo modesto Kai. Eu tripliquei, mas pra isso você vai ter que me dar acesso a essas informações.

- Garota isso é impossível. Você vai trabalhar com o que têm e quero o dobro da minhas vendas. Vou te dar um prazo de dois meses para um alcance de ... - Parou para pensar enquanto colocava mais água em um copo limpo oferecendo a lilás - Dez milhões.

Ela aceitou o copo.

- Não sou milagreira Overhaul. E se não consegui atingir a sua meta ridícula?

- Não gosto de ser desapontado.

Mirai revirou os olhos.

- Homens poderosos e suas crises. - Deixou o copo sobre a mesa. - OK farei o que posso, se não der será problema seu. - Estava completamente irritada e saiu da sala com o celular em mãos tendo plena ciência de que adiantaria o que chama de folga.

...

A garota estava no bar sentada na banqueta suspirando já era o terceiro Mirai que pedia e a cada nova dose se sentia mais tentada a beber.

- Meu deus eu sou gostosa até em forma alcoólica! - Sussurrou levando a taça a boca. - Peter manda mais um!

Se alegrou e o barman preparou da forma mais rápida e ao entregar ela sorriu agradecendo.

- Você não vai para a pista? - A garota deitou a cabeça na superfície do balcão.

- Não vou não. Peter me diz como a sua vida é tão menos complicada? - Sussurrou.

-Menos complicada? Desde quando você fala desse jeito? - Comentou.

- Desde que me cansei de toda essa confusão. - Arrastou a taça com a ponta dos dedos e sorriu ao circular a boca do copo.

- Baby - O barman puxou o copo de volta. - Eu não chamei essa bebida de Mirai atoa, é forte, revigorante e acima de tudo te deixa bem alcoolizado. - Colocou o copo de lado.

- E o que eu faço Peter, volto pra casa do Overchato? Eu já li o meu livro erótico todo e adiantei a matéria. Preciso me divertir! - Puxou a taça de volta e ele travou.

- Mirai você é só uma menina, deveria se divertir com pessoas da sua idade.

- E o que as pessoas da minha idade que são normais fazem? Por que veja bem. - Tirou os dedos dele da taça e levou até a boca bebericando de leve. - Fui criada por bandidos meu quase namorado/ficante/o rolo mais estranho que já tive na minha vida só pensa em criar e imperar o caos, as coisas mais próximas que tenho de amigas são uma psicopata e uma ring girl assassina, então - bebeu novamente - por-favor me explica o que é ser uma adolescente normal?

- Pra começar, nada de álcool. Depois adolescentes gostam de ficar no twitter Tik Tok ou qualquer outra rede social, conversar com os amigos, sair pra comer, assistir filmes, séries animes, jogar e falar de coisas triviais. - Bagunçou os fios lilases tendo que se afastar por conta de mais um pedido, no entanto quando retornou para a garota a mesma já estava de pé.

- Esse é o problema, não há nada de normal na minha vida e está tudo bem. Só preciso extravasar essa confusão. - Apesar de zonza se equilibrou bem até o segundo andar da boate onde dançou, a cada nova música que entrava em sua cabeça ondas de realidade eram liberadas como se flashback's passassem por si. Se lembrava cada vez mais dos momentos em família e das poucas confusões que arrumou no covil, uma no entanto lhe chamava atenção.

Aquele era um dia atípico tinha fugido da liga por tempo demais e por mais que Shigaraki procurasse por ela, não a encontrava. Essa foi a primeira vez que adentrou a boate ainda era de tarde quando se escondeu num canto escuro da sala e observou as dançarinas em seus movimentos durante um ensaio ainda lembrava dos olhos brilhando talvez por desconhecer as razões que levam alguém a profissão de dançarina ou simplesmente por ver sorrisos em pessoas que julgou ser comum no fim permaneceu o quanto pode em anonimato e ao retornar para "casa" não escapou das mãos do temido líder da liga dos vilões, pelo contrário se sentiu extremamente confiante e bem ao provocá-lo mesmo que ele apertasse seu pescoço com força, afinal não fazia parte de seu ser abaixar a cabeça com facilidade.

A garota piscou diversas vezes passando as mãos pelos fios úmidos os colocando para trás se sentindo uma completa idiota e não pode deixar de sorrir, por mais que sua forma de viver não fosse das melhores sempre encontrava uma solução ou uma justificativa para os próprios sentimentos embalados pelas músicas cada vez ais embebias em luxúria daquele lugar, novamente desceu as escadas completamente recuperada e sorriu ao escutar a próxima faixa e sentar-se na banqueta.

- Vai querer outro de você? - Peter ironizou.

- Não apenas água. - Respirou tranquilamente conforme cruzava as pernas e observava a stripper se mexer ao som da música, a cada nova peça de roupa que caia do corpo feminino era possível sentir os olhares ferinos e sedentos acompanhando as batidas suaves e o ritmo que deixava tudo mais intenso.

I'm becoming the infamous notorious rule
Niggas couldn't walk a mile in my shoes
Niggas don't possess the heart that I do
And it's a wonder that I'm still here
Thought I was gone but I'm still here
And all you bitches that left me here
It's kinda funny how you right back ther
e


Mirai suspirou mais uma vez constatando o óbvio: sua mente lhe pregava mais uma peça vertendo em sentimentos com o s quais não poderia contar. Sabia desde o começo que não deveria se apegar e apenas seguir aos propósitos, então por que raios insistia em sofre? Em se questionar a respeito de algo com o qual não podia lhe dar, que servia apenas para bagunçar sua cabeça e impregnar o coração com sensações desconfortáveis.

Virou o copo d'água de uma vez respirando de forma intensa.

Se ser a melhor em suas funções significava se tornar um ser humano totalmente frio, então agiria assim pelo menos até se livrar das pendências pelo caminho, mas por enquanto voltaria a beber o drink forte de coloração roxa sem se importar com mais nada.

A garota não fazia a menor ideia de como chegou, mas se sentia aliviada por estar no conforto de sua cama, o peso extra em sua cintura deixava tudo pior aos poucos se levantou esfregando o rosto e se sentando na cama.

"Droga jurei que tinha ido para a mansão!" - Praguejou mentalmente e ao olhar para o próprio corpo notou que estava apenas com o moletom preto e calcinha.

- Já acordou diaba? Volta a dormir. - O braça dele voltou a cintura pressionando.

- Shigui onde...

- Estão suas roupas? Eu desintegrei. Você chegou muito animadinha nessa madrugada. - Dessa vez foi ele a se sentar e sorrindo puxou a camisa só para que ela visse a marca dos lábios no torso.

- Fui eu que fiz isso?

Ele revirou os olhos.

- E quem mais seria?

- Não faço ideia vai que você tem uns casos escondidos por ai. - Desconversou sentindo a vergonha lhe tomar o rosto.

- Não brinque comigo Mirai, por mais você estivesse animada e te ver daquele seja bem interessante não tive tempo pra isso, então volta a dormir ou vou acabar com qualquer resquício de energia desse corpo e vou assistir de camarote você tentando andar até a casa daquele maldito. - Sorriu convencido e ela se levantou. - Onde você pensa que vai?

- Embora idiota não era pra estar aqui. - Procurou pela bolsa e ele riu.

- Diaba vem dormir. Kurogiri vai sair mais tarde e te deixa lá agora deita aqui. - Deu dois tapinhas na cama. Ela avaliou aquele pedido, desde quando Shigaraki era tão educado? O que estava acontecendo?

Foi então que focou nos dedos dele sobre a cama e tudo intacto e resolveu tirar a prova.

- Shigui pega pra mim aquela corda. - Apontou para a cômoda a direita.

- Pra que meu bem?

"Meu bem? Que porra está acontecendo o aqui?" - Pensou.

Assim que ele tocou na corda ela soube que algo estava errado.

- Quem é você? - Sussurrou tentando buscar sanidade e notou a imagem de Shigaraki sobre a cama se retorcer de uma maneira feroz os olhos ganharem um tom de amarelo em um formato não humano, os dentes evoluir e para presas desiguais e o corpo focar estupidamente robusto com espinhos deformados nos braços e chicotes nas costas que mais pareciam cordas trançadas de navio a aparência se tornou repugnante e o riso maquiavélico ecoou enquanto e ela se afastava notando que não havia porta no cômodo, no instante seguinte sentiu o hálito quente e a respiração igualmente em seu pescoço assim como a mecha que foi recolhida pelas garras contorcidas.

- Se acalme garotinha, não farei nada com você. Quero que entregue um recado pra mim. - Aos poucos notou tudo ao redor se desfazer na mais profundo escuridão como se a noite se prolongasse e o único som que podia ouvir era o da voz tão grave que chegava a lhe causar dor: - Diga a eles que quero o que é meu.

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Notas iniciais: música no meio do texto wonderful - Ja Rule (aqui foi só pra contextualizar a música que tocou na boate no momento da stripper)

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