𓏽𓏽̶ ֪ 𖥻 a dança com o diabo ! ! ! ݁ ݂ ✶

꒦꒷ ˖ ࣪ 📣 𝅄 ₍ ੭ᐢ..ᐢ)੭ ¡ 𝐇𝐏 𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍 ... ! ݁ 𝅄  ♡𝚁𝙴𝙼𝚄𝚂 𝚇 𝙵𝙴𝙼!𝙾𝙲(っ '-' c) ៸៸ ֪
ᐢ..ᐢ ᰍ 𝐎𝐍𝙴. 𓈀 ♥︎ オ. ⋒ 𝐎𝐍𝙴.

O sol estava se pondo sobre os terrenos de Hogwarts, tingindo o céu de laranja e púrpura, enquanto os últimos alunos corriam pelos corredores em direção às suas salas comunais. Morrigan Atwood, no entanto, não tinha pressa. Ela se movia com graça letal, um olhar calculado nos olhos penetrantes, completamente ciente do impacto que sua mera presença causava. Ela era uma força da natureza, a exceção de sua família, a ovelha negra por ter sido selecionada para a Corvinal em vez da tradicional Sonserina dos Atwood, uma linhagem de puro-sangue conhecida por seu orgulho e elitismo.

Morrigan, no entanto, havia encontrado poder na diferença. Gostava de ser vista como uma anomalia. A exceção que todos temiam, a que controlava os fracos com o simples arquear de uma sobrancelha, o sussurro de uma promessa sedutora. “O Diabo em pessoa”, alguns a chamavam. E ela gostava disso. Não era literalmente o Diabo, é claro, mas gostava da comparação. Ser o objeto de medo e fascínio ao mesmo tempo era o que a alimentava. E, hoje, o alvo de seu interesse estava prestes a mudar drasticamente.

Enquanto caminhava pelos corredores da escola, seus passos ecoando com uma cadência hipnótica, Morrigan avistou Remus Lupin no final do corredor. Ele estava sozinho, com uma pilha de livros nos braços, provavelmente voltando da biblioteca, já que o ano dos N.O.M.s estava à porta e ele, como os outros alunos, começava a sentir a pressão. Lupin era diferente dos outros Marotos. Ele possuía uma aura de autocontrole e inteligência que o tornava mais difícil de manipular. A maioria caía diante do carisma dela sem resistência, mas Remus sempre mantinha uma distância segura, como se soubesse que ela era perigosa demais para se aproximar. Isso, é claro, apenas aumentava o interesse dela.

Com um sorriso enigmático curvando seus lábios, Morrigan começou a se aproximar dele. Não foi por acaso que eles cruzaram o caminho naquele momento, no corredor quase deserto perto da biblioteca. Nada com Morrigan era por acaso.

— Sr. Lupin, — ela murmurou suavemente, sua voz doce como veneno destilado. Remus parou abruptamente, erguendo o olhar para ela, surpreso pela aproximação. — Tão dedicado aos estudos. Sempre tão aplicado.

— Morrigan, — ele respondeu, com uma formalidade contida. — Apenas tentando me preparar para os N.O.M.s. Você sabe como é.

Ela riu suavemente, o som reverberando pelo corredor. Não era uma risada que trazia alegria, mas sim algo que gelava a espinha.

— Claro, claro, — disse ela, aproximando-se mais um passo. — Você sempre faz o que se espera de você, não é?

Remus franziu a testa, não gostando do tom insidioso por trás das palavras dela. Havia algo em Morrigan que sempre o colocava em alerta. Ele a conhecia apenas de vista, mas os rumores sobre ela eram suficientes para manter uma distância. O que ele não podia negar, porém, era que algo nela era fascinante, quase irresistível. Morrigan tinha uma presença que atraía as pessoas como mariposas para uma chama, e era difícil se afastar. Mesmo para ele.

— Suponho que você não seja muito diferente nesse aspecto, — respondeu ele, com um ligeiro sorriso. — Você parece sempre estar um passo à frente dos outros, não é?

Morrigan sorriu, mas seus olhos permaneceram frios, calculadores. Ela deu mais um passo em sua direção, seus movimentos suaves como os de um predador se aproximando de sua presa.

— Talvez, — disse ela em um tom sedutor, mas havia algo mais profundo em sua voz, algo perigoso. — Ou talvez eu apenas saiba exatamente o que quero e como conseguir.

Remus se manteve firme, embora uma parte dele quisesse recuar. Havia algo em Morrigan que o fazia sentir que estava à beira de um abismo, como se estivesse prestes a ser arrastado para algo que não compreendia completamente. Ele podia ver o brilho malicioso nos olhos dela, a inteligência sombria que sempre parecia dois passos à frente de qualquer um que a cercava.

— E o que você quer agora? — perguntou ele, tentando manter a compostura.

Ela inclinou a cabeça ligeiramente, seu sorriso crescendo enquanto seus olhos avaliavam cada detalhe dele. Morrigan sabia exatamente como jogar seus jogos, e aquele momento de hesitação de Remus era tudo o que ela precisava.

— Ah, Remus, — sussurrou ela, sua voz um fio de tentação. — Não se preocupe. Eu sempre consigo o que quero.

Antes que ele pudesse responder, Morrigan se afastou, deixando um perfume delicado no ar e uma sensação de inquietação no peito de Remus. Ele permaneceu parado no corredor por alguns segundos, os pensamentos ainda girando em sua mente, tentando entender o que acabara de acontecer. Morrigan Atwood era enigmática, perigosa e, de certa forma, completamente irresistível. E, pela primeira vez, Remus sentiu que talvez tivesse se aproximado demais do fogo.

Mais tarde, naquela mesma noite, Morrigan estava sentada em uma cadeira de couro macio na sala comunal da Corvinal, observando a paisagem da janela, enquanto seus pensamentos vagavam por suas últimas interações. Ela podia sentir que algo estava prestes a mudar. Os tempos estavam ficando mais sombrios, e a atmosfera em Hogwarts estava carregada de tensão. O rumor de que as Artes das Trevas estavam crescendo e que o nome de Lord Voldemort se tornava mais presente a cada dia preenchia os corredores da escola como um sussurro fantasmagórico.

Regulus Black, seu confidente mais próximo, estava cada vez mais envolvido com o círculo de bruxos que simpatizavam com Voldemort, e Morrigan sabia que não demoraria muito para que ele fizesse sua escolha definitiva. Eles conversavam frequentemente sobre isso, em sussurros cuidadosos nos cantos mais escuros da escola. Regulus era inteligente, talvez o único que conseguia compreender o peso de ser um puro-sangue sem se perder completamente nas ideologias insanas que dominavam sua casa.

Naquela noite, porém, ela não esperava a visita de Regulus, mas ele apareceu de repente, cruzando a sala com seu manto negro balançando atrás de si, sua expressão sombria.

— Morrigan, — ele disse, com a voz baixa e urgente. — Precisamos conversar.

Ela não parecia surpresa. Na verdade, parecia esperar por ele.

— Sobre o que exatamente, Regulus? — ela perguntou, sua voz suave e controlada, enquanto se recostava na cadeira e cruzava as pernas com elegância.

Regulus hesitou por um momento antes de falar, seus olhos refletindo a tensão interna que ele sentia.

— Voldemort está exigindo mais de nós, — começou ele, sua voz grave. — Está se tornando mais claro que não há escolha. Ele quer todos do nosso lado, e quanto mais cedo decidirmos de que lado estamos, melhor.

Morrigan o observou atentamente, seus olhos brilhando com interesse. Ela sabia que aquele momento chegaria, sabia que Regulus seria pressionado a se posicionar. A família Black tinha expectativas claras, e Regulus, sendo quem era, sempre fora visto como um dos melhores candidatos para seguir o legado sombrio.

— E o que você vai fazer? — perguntou ela, sua voz baixa, quase um sussurro, mas havia um peso naquela pergunta.

Regulus desviou o olhar por um breve momento, como se a resposta fosse pesada demais para ser dita.

— Eu não sei, Morrigan, — ele admitiu finalmente. — Mas eu sinto que o tempo está se esgotando.

Morrigan ficou em silêncio por um longo tempo, seus pensamentos rodopiando enquanto olhava para Regulus. Ela o conhecia melhor do que ninguém, sabia que ele estava sendo dilacerado por dentro. Ele carregava o peso das expectativas de sua família, mas também havia um desejo de independência, de liberdade, que Morrigan compreendia intimamente.

Finalmente, ela se levantou, caminhando lentamente até ele, parando a poucos centímetros de distância. Seus olhos se encontraram, e Regulus sentiu a intensidade de seu olhar.

— Você sabe que eu sempre estarei ao seu lado, Regulus, — ela murmurou. — Mas lembre-se de uma coisa: nós escolhemos nosso destino. Ninguém pode fazer isso por nós.

As palavras de Morrigan ficaram no ar entre eles, carregadas de significados que nenhum dos dois ousava discutir completamente. Eles estavam à beira de algo grande, algo que iria moldar o resto de suas vidas. E, de certa forma, Morrigan já sabia que, seja qual fosse a escolha de Regulus, ela estaria ao seu lado. Mas ela também sabia que, ao final de tudo, ela era dona de seu próprio destino.

E isso, acima de tudo, era o que a tornava verdadeiramente poderosa.


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