epilogue²
Felix tentou pará-lo, mas o Imperador o encarou tão friamente que o fez cambalear. Ele avançou, a loucura brilhando nos seus olhos enquanto ele olhava para o bebê.
"Me dê."
Sua voz era baixa e enganosa, mas era claramente uma ameaça. Lily segurou o pequeno embrulho contra o peito como se sua vida dependesse disso, ajoelhada no chão sujo de sangue.
A linda garota cantarolou baixinho, acariciando a barriga enquanto olhava para a vista da janela. Lily não pode deixar de observá-la com admiração, o que já era uma ocorrência comum desde que começou a trabalhar como
sua criada particular.
Ela era a moça mais bela de todo o Império, com um sorriso tão puro e feliz e lindos olhos azuis que brilhavam como jóias. Sua beleza era tanta que diversos homens pediram sua mão em casamento, mas ela sempre os rejeitou. Sua personalidade também não deixava a desejar, pois ela tinha o espírito independente e livre como um pássaro.
"Princesa, aconteceu
alguma coisa?"
Vendo sua expressão serena
de repente mudar para uma triste
que fez seu coração doer, Lily
rapidamente foi até ela. A castanha
se surpreendeu quando ela segurou
suas mãos, as apertando com
um olhar gentil no rosto.
"Lily, eu preciso que você me
prometa que independente do
que acontecer, você cuidará
de Athy para mim."
"Eu... Eu prometo, princesa." Ao
ver seu olhar esperançoso, Lily
concordou sem nem pensar. Quando percebeu o que tinha feito, ela tentou disfarçar seu embaraço com um pigarro. "Mas isso não será necessário. Dará tudo certo!"
A princesa riu, seus olhos
contendo uma diversão inegável
como se ela soubesse de algo
que Lily não sabia.
"Claro que sim, Lily."
Ela sabia que isso iria acontecer, Lily percebeu quando uma onda de desespero a atingiu com força. Ela sabia.
Os passos dele soaram cada vez mais perto. Seu coração martelou contra o peito, um soluço lhe escapando.
"Eu ordeno que você me dê essa criança, Lilian York." Não, não! Eu não posso! Eu prometi- "ME DÊ!"
Seu rugido a fez erguer os olhos.
Lá estava ele, sujo da cabeça aos pés e com a espada banhada de sangue. Seus olhos eram assassinos. Era um contraste gritante com o homem amoroso, calmo e suave que ele era quando estava com ela.
Ela está morta! Lily se repreendeu, não querendo pensar na garota que via como uma irmã mais nova. Ela ignorou a dor, respirando fundo e tomando coragem.
Eu prometo que irei protegê-la com a minha própria vida, princesa!
"ATHANASIA!" Sua voz saiu alta e estridente, soando quase tão histérica quanto seu choro. "A princesa Lippe a nomeou de Athanasia!"
"Precisamos pensar em nomes.
O que acha de Athanasia,
Vossa Majestade?"
Ele estalou a língua no céu
da boca, ignorando seu gritinho
surpreso quando a puxou para
sentar no seu colo.
"Não me chame assim."
"Mas eu gosto." Ela fez beicinho, se virando e passando os braços em volta do seu pescoço. "Não seja um valentão, Claude! Esse título caí bem em você."
"Porque você a chamaria de
Athanasia?" Ele a ignorou, olhando-a com a sobrancelha arqueada. "Pensei que você achasse estúpida a tradição de nomear os herdeiros do trono com o nome tendo 'imortalidade' como significado."
"E eu acho!" Ela revirou os olhos e falou num tom óbvio como se estivesse explicando algo muito simples para uma criança estúpida. Ele conteve a vontade de fazer beicinho. "Mas é um nome muito especial para mim."
"Porque?"
Ela abriu um sorriso, seus olhos
suavizando enquanto o encarava
calorosamente. Ele engoliu em
seco, de repente se sentindo
pequeno perto dela.
"Athanasia significa 'para sempre'
e 'vida eterna'. É um símbolo
do nosso amor."
"Athanasia..." Ele parou no meio do caminho, se lembrando da sua voz doce e melódica. Ele então olhou para o bebê, parecendo calmo pela primeira vez na noite. Mas logo se tornou frio e ele saiu andando sem olhar para trás. "Vamos ver por quanto tempo você irá sobreviver com esse nome."
....
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