01| special chapter; 𝒂𝒕𝒉𝒂𝒏𝒂𝒔𝒊𝒂'𝒔 𝒑𝒐𝒗
Lee Ji-hye não esperava reencarnar. Na verdade, ela nem imaginou que iria morrer.
Mas bem, ela estava morta.
Ela era uma órfã. Do tipo que mora em um orfanato e só se fode na vida. E justo quando ela finalmente achou um parente vivo que queria conhecê-la... Ela morreu.
Que porra, hein! Sua vida só podia ser uma piada de muito mal gosto.
Ok, talvez ela não devesse ter pensado nisso. Ela estava praticamente jogando uma maldição em si mesma.
Sua babá sorriu gentilmente para ela, e disse numa voz suave. "Você é Sua Alteza, a Princesa Athanasia de Alger Obelia. A única filha do Imperador."
Eu sou a Princesa Athanasia de Alger Obelia.
Meu pai é um tirano que vai me matar.
Sim. Ela poderia se acostumar com isso.
"O que este inseto imundo está fazendo no meu palácio?"
Ou talvez não.
E porque é tão difícil encantar Claude? Aquele homem parece uma nevasca de tão frio!
"Não pense que agindo fofo conseguirá alguma coisa. Eu já caí nisso uma vez, não irei cair novamente."
Apenas espere, papai ~!
"Glória e bençãos ao sol de Obelia."
Ela fez uma reverência educada, sorrindo para si mesma com satisfação quando viu os olhos encantados das empregadas que pareciam como se tivessem visto um anjo. Sim! Vejam como eu sou fofa!
Seu sorriso tremeu quando Claude nem mesmo mudou de expressão, tão indiferente como sempre. Mas ela viu a sugestão de tristeza em seu olhar?
Não. Deveria ser só a luz.
"Você está muito alegre hoje." Foi tudo o que ele disse, antes de voltar a bebericar seu chá.
"Você também está muito bonito, papai!"
Athanasia tentou disfarçar o nervosismo de ter sua atenção toda nela enquanto ria de maneira fofa. Ela encarou Claude, sorrindo o mais brilhantemente que podia.
Mas então, um cheiro doce entrou em suas narinas. Athanasia respirou fundo, já com água na boca. Ela olhou mais atentamente, percebendo que o cheiro irresistível vinha da xícara de chá de Claude. E isso não passou despercebido por Claude, que inclinou a cabeça.
"Você quer?" Ele apontou indiferente para a xícara, os cantos dos lábios levantados.
Claude então encarou o líquido rosa-vermelho uma segunda vez e um olhar estranho surgiu no seu rosto geralmente estóico, como se ele não soubesse o que aquilo estava fazendo ali.
Athanasia ignorou a súbita estranheza do homem e balançou a cabeça com um sorriso ainda maior.
"Sim! Athy quer tomar chá também!"
"Mas... Mas, Majestade", veio a voz preocupada de Felix. "A Princesa é muito jovem! Talvez a faça mal."
Claude apenas estalou a língua. "Se ela quer, por que não dar?"
Para sua surpresa, Claude empurrou gentilmente a xícara na sua direção.
Athanasia a segurou com ambas as mãos. Ela tomou um gole e sem querer fechou os olhos, soltando um suspiro feliz.
"Parece que flores estão desabrochando dentro da boca de Athy!" Gorjeou alegremente.
A atmosfera ficou sombria.
Quando abriu os olhos, ambos Claude e Felix a encaravam chocados. Claude desviou os olhos com uma cara irritada e olhou para a paisagem enquanto Felix tinha um sorriso gentil no rosto.
"Vejo que a Princesa gostou", o ruivo riu baixinho. "Chama-se Chá Lippe. Sua Majestade também gosta. E ela também gostava. Eu costumava acreditar que era porque o chá tinha o mesmo nome que ela, mas não. 'Parece que flores estão desabrochando em minha boca', foi o que ela disse."
Athanasia piscou, sem saber o que dizer. Ela supôs que fosse sua mãe, considerando que em Lovely Princess dizia que Claude era apaixonado pela mulher que a deu à luz.
"Eu disse o mesmo que mamãe?" Ela tentou falar com um sorriso brilhante, mas qualquer um podia ver pela sua expressão ansiosa e confusa que ela não tinha certeza.
"Sim, Princesa." O cavaleiro ruivo abriu um sorriso, balançando a cabeça. "Sua mãe foi a razão pela qual Sua Majestade começou a desfrutar do Chá Lippe. O ingrediente principal do chá Lippe, Sanyu, é cultivado apenas em Siodonna. Sua mãe e sua Majestade costumavam tomar chá juntos nos jardins e-"
"Eu não me lembro disso. Você está surpreendente muito falador hoje. Fique quieto, Felix."
Depois da ordem fria de Claude, um silêncio estranho se estabeleceu.
Claude a olhou.
"Você é jovem demais para o chá, se contente com leite e mel."
"Athy também gosta de leite, papai!"
. . .
Sem se conter de curiosidade sobre sua mãe, Athy se voltou para os três adultos na sala.
"Lily, Helena. Como era a mamãe?" Athanasia perguntou, seus grandes olhos de jóias azuis brilhando curiosos.
Helena acariciou sua cabeça com um sorriso nos lábios.
Sua mente se voltou para as memórias que tanto tentou esquecer. Todas envolviam a mesma mulher, com longos cabelos que pareciam raios de sol e olhos de jóias azuis. Era só olhar para a menininha que a figura daquela mulher se sobressaia na dela.
"Sua mãe gostava de dançar e tinha um sorriso lindo."
E você tem o mesmo sorriso, Helena queria acrescentar mas preferiu não. Aquele Imperador estúpido a mataria se soubesse que estava falando sobre aquela mulher.
Mas ela não podia morrer ainda. Não enquanto não tivesse cumprido sua promessa a Sua Senhora.
A loirinha balançou a cabeça, voltando a desenhar. Mas então, como se lembrasse de algo, olhou para ela novamente.
"A mamãe é parecida com Athy? Athy quer desenhar ela!"
Lily e Felix, que também estavam na sala, visivelmente empalideceram. Helena apertou as laterais da saia do vestido com força, mordendo o lábio inferior.
"Sua mãe era muito bonita e tinha o mesmo cabelo loiro platinado e ondulado da Princesa." Lily voltou a si, respondendo a pergunta com um sorriso estranho no rosto geralmente gentil.
"Seus olhos eram azuis como os da Princesa." Felix disse, tentando aliviar a tensão.
"Ah" a princesinha sorriu para o desenho de palitinhos onde tinha uma família de três; um homem, uma mulher e uma menina. "Mamãe deve ser tão linda... Athy gostaria de conhecer a mamãe."
Uh! Porque ninguém me diz nada?
Nem mesmo o nome dela! NADA!
Bom, eu terei que descobrir sozinha! Athanasia assentiu para si mesma, erguendo o punho no ar.
Aqui vou eu!
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