𝐕𝐈𝐈. 𝐔𝐌 𝐏𝐎𝐔𝐂𝐎 𝐃𝐎 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎
𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐕𝐈𝐈; A escolhida.
🥀
𝐏𝐎𝐑, 𝐎𝐁𝐈𝐓𝐎;
— Nagato. - encarei o ruivo pela abertura da máscara. — Se você não especificou quais eram as regras da organização não devia ter feito isso com Hanni.
— Eu sei, Madara, mas foi muita audácia dela abrir algo que não era do respeito dela. - Nagato tinha argumentos válidos.
Não importa o quanto eu tente argumentar por Hanni, ela realmente errou nesta parte.
Mas de qualquer forma, não concordarei com essa atitude de Nagato pois sei que ele voltará a fazer.
Mas ferir ela, fará com que ela deixe a organização e eu não posso permitir que ela vá embora, sem antes dominar seu kinjutsu e usá-lo para nós, para mim.
— Vamos esquecer este episódio, mas não volte a feri-la por algo que você não especificou, se achar necessário que faça uma reunião com as regras detalhadas.
— Não estamos lidando com crianças, estamos lidando com os maiores assassinos do mundo ninja. - deu de ombros. — Não a trate como criança, Madara.
— Se ela conseguir dominar o kinjutsu do clã, ela conseguirá retirar esses bastões de chakra das suas costas, e restaurara sua própria força.
Nagato se mostrou pensativo. Era inegável que ele acreditava que poderia restaurar sua verdadeira força com a ajuda de Hanni.
— Parece que você se afeiçoou pela força de Hanni que ainda nem está desenvolvida, mas não se esqueça que ela não pode passar por cima de mim.
— Garantirei que ela não fará novamente. - afirmo.
— Garanta também que ela não vá procurar saber porque o jutsu que ela tentou usar em mim não funcionou. Não quero que mais ninguém saiba sobre mim, como Nagato. - Nagato parecia realmente incomodado com Hanni.
— Deixo Hanni sobre as minhas próprias responsabilidades. - Foi a última coisa que disse antes de sair dali com o kamui.
Me sentei sobre uma pedra em uma caverna e logo percebi a presença de Zetsu preto. Ele me encarou desconfiado mas manteve silêncio por longos minutos. Eu já sabia bem sobre o quê e sobre quem ele queria falar, então finalmente ele resolveu falar.
— Sinto que está afeiçoado pela garota do clã Fukkatsu. - Zetsu me encavara. — Tem algo a dizer, Obito?
— Hanni é alguém interessante... - retirei minha máscara. — Ela pode nos ajudar muito com o nosso propósito.
— A garota nem se quer anda nas regras, Obito. Quem garante que ela nos ajudará?
— Eu vigiei ela por anos... - ia dizendo mas Zetsu me interrompeu.
— Eu sei muito bem, mas não se esqueça que ela foi retirada pelos pais da névoa na época que você a controlava, você nem sabe se ela se lembra da época sangrenta... - as palavras de Zetsu me despertou de tudo que eu pensei até agora. — Se ela se lembrar ou souber quem dominou a névoa sangrante, ela vai te odiar por ter sido a primeira pessoa a destruí-la.
— Ela tinha quantos anos mesmo? - questionei.
— Uns sete, e já era a melhor no controle de gelo, uma verdadeira prodígio. Agora um fator importante é que pelo visto a memória dela foi deteriorada, ou realmente apagada por algo ou alguém. Do contrário, teria buscado vingança.
— Certamente foi Akira... - me lembrei do homem que ficou responsável pelo treinamento dela. — Ele deve ter apagado para que ela se esquecesse da mãe e focasse no que realmente era importante, sua força. Mas é estranho, tanta força ocultada dentro dela.
— Mais um motivo para não agir como se tivesse certeza que ela nos ajudará. - Zetsu tinha razão. — Não se esqueça, Obito, ela foi tirada dos pais a força, ela foi forçada a sair do pais da água por sua culpa. E quando ela se lembrar da mãe, toda sua memória deve voltar, e toda essa força pode se voltar contra você.
— Entendo seu ponto. - digo encarando o teto da caverna. — Mas ainda irei arriscar em Hanni.
— Se você não cuidar do seu risco, eu mesmo cuidarei. - Zetsu foi desaparecendo aos poucos enquanto olhava fixamente em meus olhos. — Se Hanni sair do controle, você deve matar ela, Obito.
— Cuidado, Zetsu! - apenas disse ativando o sharingan.
— Melhor você ter cuidado, a névoa matou Rin, e você mesmo está prestes a matar Hanni. No fundo acho uma troca justa... - ele desapareceu totalmente.
Eu realmente acredito que posso controlá-la, afinal, o maior medo de Hanni é ficar sozinha, então se eu garantir estar sempre ao seu lado, ela será fiel a mim. Eu comecei implantando isso nela quando apareci em suas missões e agora que parei Pain.
Hanni não é tão difícil assim de manipular.
Voltei para a Akatsuki após anoitecer, todos já tinham ido dormir. Peguei um copo de água e comecei a tomar após apenas colocar a máscara de lado um pouco. Ouço barulhos de passos e logo reconheço a presença de Hanni.
— Tobi... - a voz dela estava sonolenta. Eu continuei de costas.
Me virei mais de lado onde ficou um parte do meu rosto visível enquanto eu terminava de tomar a água.
Senti que o olhar de Hanni estava preso nisso, era nítido que ela queria saber como era meu rosto.
— Está curiosa, Hanni? - questionei.
— Um pouco. - ela disse um pouco sem graça. — Me desculpe, Tobi. Seu rosto não é algo que seja da minha conta, assim como o pergaminho não era.
— Eu confio em você, Hanni. - ajeitei a máscara e me virei de frente para Hanni. — E você, confia em mim? - vejo sua cabeça balançando em negação.
— Me desculpe...
— Não precisa se desculpar, você realmente não tem porque confiar em mim... - levei uma das mãos na máscara e retirei revelando meu verdadeiro rosto para Hanni.
— Tobi... - pronunciou meu nome e se aproximou. Sua mão direita acariciou meu rosto sobre as cicatrizes, me afastei um pouco mas ela se aproximou a cada passo que eu dava. — Você...
— Pareço um monstro? - questionei mas ela me interrompeu.
— É lindo! Você é lindo, Tobi.
Hanni beijou minha bochecha sobre a cicatriz e me abraçou. Manipulada com sucesso.
— Ninguém pode saber que você me viu, Hanni. - digo e ouço sua voz concordando enquanto ela ainda continuava abraçada comigo.
— Eu não vou falar para ninguém. - sua voz saiu fraca porém verdadeira. — Pode confiar em mim.
Era inevitável o sorriso em meus lábios. Agora sim ela estava em minhas mãos.
— Eu sei que não vai... - digo apertando a em meus braços. Mas soltei e ajeitei minha máscara em meu rosto. — Além do mais, ninguém também pode saber que sou um Uchiha. - sorri. — Que lindo, agora temos nosso próprio segredinho.
Hanni me olhava sorrindo. Assim como Kisame, ela era movida por confiança. Então mostrar meu rosto para eles passei a confiança que eles precisavam para se juntar a mim definitivamente.
Mas diferente de Kisame, com Hanni ainda preciso ser mais cauteloso porque ela não imagina quem eu fui na vila da névoa.
— Tobi... - ela me despertou de meus pensamentos. — Posso vê-lo de novo? - pediu e eu concordei retirando a máscara. Um sorriso escapou dos lábios rosados da ninja.
— Obrigada! - agradeceu e segurou minha máscara. — Fica melhor sem ela. Mas eu entendo que precisa usá-la. - ela a colocou novamente em meu rosto.
— Boa noite, Hanni! - digo e ela caminha lentamente indo até seu quarto.
Caminhei até meu quarto também, tranquei a porta e saí do quarto pelo kamui, eu não me arriscava tanto a ponto de ficar vulnerável ali. Já na minha casa, retirei o manto e a máscara, me deitei sobre minha cama observando o teto e me peguei pensando em Hanni, esfreguei meu rosto ferozmente me culpando por sentir qualquer indício de atração por ela.
Ela é somente uma arma, Obito. Repetia isso para mim mesmo na intenção disso enfiar totalmente na minha mente.
Meus pensamentos foram levados até aquela fatídica noite, ver a Rin morrendo por ser jinchuuriki da três caldas me fez lembrar do que realmente eu precisava. E ter empatia por uma ex moradora da névoa não cabia nos meus sentimentos agora.
Todos daquela aldeia merece sofrer igualmente.
Fecho meus olhos tentando pegar no sono e assim ele chegou. Só acordei no outro dia com a claridade invadindo meu quarto, lavei meu rosto e me olhei no espelho, as cicatrizes que aquele dia me deixou eram físicas e emocionais. Coloquei minha máscara e voltei para meu quarto na Akatsuki.
Abri a porta do meu quarto e de longe ouvi ouvi a voz de Deirada, suspirei, estava na hora de voltar a ser o Tobi.
— Deidarinha... - digo levemente alto chamando sua atenção. — Dormiu bem senpai?
— Não me enche, Tobi. - disse Deidara em voz alta. — Você é tão irritante que eu tenho vontade de te explodir e te... - a voz dele é interrompida.
— Estão gritando essa hora da manhã? - questionou Hanni. — E onde está o restante do pessoal?
— Pain está no escritório, Konan está em missão sozinha, Kisame e Itachi estão em missão juntos, Kakuzu e Hidan estão de folga, Zetsu eu não sei e Sasori ainda está dormindo sairemos em missão juntos. - respondeu Deidara.
— Falta falar de mim, Deidarinha. - disse o olhando se estressar novamente.
— Você eu não sei nem o que vai fazer. - a voz de Deidara saiu mais irritado. — Só espero que não seja minha dupla nunca mais.
— Entendi... Obrigada Dei. - disse Hanni. — Bom, vou procurar o que fazer já que também estou de folga. - ela se levantou.
Durante o dia a vi de longe, Hanni limpou seu quarto em seguida a casa. Ela estava cantarolando em assobio uma música antiga, que me despertou totalmente. A música invadia meus ouvidos causando calafrios, me fazendo lembrar porque temi esse clã no passado.
— Hanni. - chamei pelo nome da garota que me encarou. — De onde conhece essa música?
— Eu não me lembro... - ela diz um pouco assustada. — Eu só a ouvi em meus sonhos...
— Me conte mais sobre isso. - segurei sua mão a passando confiança.
Fomos para o quarto de Hanni e lá ela começou a me contar sobre um sonho recorrente que tinha. Ela estava em um bosque e ouvia essa música vindo de uma mulher que sempre lhe dizia para se lembrar da flor, e em seguida me mostrou a marcação em seu braço e ainda explicou que ela sempre queimava quando tinha tal sonho. Ali entendi que era na flor que estava sua memória apagada. A princesa era realmente especial.
— É apenas isso que me lembro. - finalizou Hanni.
Agora eu tive certeza, não foi Akira que apagou as memórias do que aconteceu em Kirigakure de Hanni. Ele nem teria poder para tudo isso. Foi sua mãe, Emi Fukkatsu, a princesa e futura rainha do clã Fukkatsu, que também era a escolha perfeita para Mizukage, por isso ataquei seu clã, não conseguiria manipular alguém como ela. Não era de se admirar, ela sempre estava um passo a frente de todos. Não foi atoa que conseguiu esconder a filha por tantos anos em Sunagakure. E se não fosse por Rasa, o quarto Kazekage, nem mesmo eu saberia que Hanni era a descendente da ressurreição.
— Hanni, podemos tentar descobrir mais sobre a marca. - digo tentando ganhar mais sua confiança.
— Pain tinha um pergaminho com a mesma marca. - ela disse extasiada. — Se a gente pudesse decifrar o que tem lá talvez poderia nos ajudar.
— Pegarei o pergaminho. - digo fazendo um sorriso surgir em seus lábios.
Eu menti. Se Hanni tiver conhecimento sobre seu passado em Kirigakure vai descobrir que era um verdadeiro demônio. E o demônio que acham que ela é pelo que fez em Sunagakure não chega perto de seu passado, já que com sete anos ela já estava no auge de sua turma eliminando todos, um a um.
Emi teve um motivo para apagar as memórias da filha, e eu temo reverter isso e criar minha maior inimiga.
Fora que ela me odiará quando descobri que eu fui o responsável do ataque ao seu clã, que resultou na morte de sua mãe. Eu não tenho medo de Hanni, mas é melhor tê-la como aliada do que como inimiga. É o melhor para meus planos.
— Obrigada, Tobi. - ela me abraçou inesperadamente.
— Agora vamos descer. - coloquei minha máscara novamente e descemos até a cozinha.
Hanni voltou ao que estava fazendo e também fez o almoço. Logo Itachi e Kisame chegaram de suas respectivas missões.
— Que cheiro bom. - disse Kisame ao entrar na cozinha enquanto Itachi permanecia sério.
Kisame olhava para Hanni de forma respeitosa, e agora entendi o respeito. Não é todo dia que se está perto da princesa do clã Fukkatsu. O que me incomoda é ele ter percebido quem era ela mais rápido que eu.
Todos pegaram seus pratos para almoçarem e eu peguei o meu para comer no quarto, ao terminar me sentei na sala fingindo ser Tobi e Hanni se aproximou se sentando ao meu lado.
A cabeça de Hanni se aproximou de meus ombros e se repousou ali, logo Deidara e Itachi tambem se sentaram perto de nós e nos olharam estranho.
Mas não demorou muito até que Konan chegou lá chamando por ela, Pain queria que ela fosse até seu escritório.
Ela seguiu Konan e entrou lá. Eu já sabia do que se tratava, era uma nova missão. Dessa vez envolvendo morte, do jeito que ela gostava. Fui eu quem designou tal missão para que ela parasse de pensar no passado por enquanto, mas é óbvio que eu não a deixaria ir sozinha, eu iria junto.
Hanni passa por nós indo em direção seu quarto e logo desceu depois de ter tomado banho e vestido seu manto, totalmente preparada para assassinar um ninja de elite. Ela saiu sozinha e eu fui logo atrás.
Cheguei na mesma vila que ela se encontrava, vi quando ela se sentou em um restaurante e eu me sentei à sua frente tirando um sorriso de seu rosto.
— O que faz aqui? - perguntou arqueando uma sobrancelha. — Pain disse que eu faria essa missão sozinha. - resmungou.
— Eu tinha algumas coisas para resolver na aldeia vizinha e resolvi passar a noite aqui. - menti e vi um sorriso se formando em seus lábios.
— Você não é bom em mentir. - disse me olhando.
Ela nem imagina o quanto eu sou ótimo em mentir.
— Tem razão. - levantei as mãos em sinal de rendimento. — Mas não foi Pain que me mandou vir aqui, eu que quis vir por conta própria.
Eu queria ficar perto dela, ver o quanto ela desenvolveu de seu kekkei genkai, afinal, sua genética era muito boa para desperdiçar um poder tão grande. Também quero muito saber se Hanni conseguiu ter algum kekkei genkai exclusivo que não foi somente o herdado de seu clã. Já que ela sempre mostrou um bom potencial.
— Tobi... - disse manhosa. — Tem muito tempo que eu não mato ninguém, não se intrometa.
— Não irei. - sorri por detrás da máscara. — Aliás Hanni, como anda seu treinamento?
— Ainda não tive.
— Te foi prometido um bom treinamento. - a encarei. — Se Pain não está cumprindo com a palavra algo terá que ser mudado. - ela me encarou. — Não é justo ser prometido algo e não ser cumprido, não acha?
Ela sorriu.
Hanni certamente está me vendo como um ótimo amigo e aliado, garantir que ela terá um treinamento altíssimo vai fazê-la me ver ainda mais como seu único amigo ali dentro.
— Acho que já vou dormir. - disse após terminar de comer.
— Já vai dormir? - questionei. — Ainda está cedo.
— Sim, mas amanhã cedo eu pretendo completar essa missão o quanto antes.
— Não aceito. - disse puxando seu braço pela vila.
Segurei seu braço até chegarmos em uma fonte termal. Hanni me olhou receosa e eu apenas continuei, entramos no local e eu já fui logo pagando. Paramos em frente a água quente que parecia estar nos chamando.
— O que você realmente quer aqui, Tobi? - Hanni cruzou os braços.
— Nada demais. - retirei minha máscara a olhando. — Talvez saber sobre seus jutsus. - a encarei e percebi suas bochechas se corando. — Não conseguiu fazer a manipulação de sangue no Pain, não foi?
Sua expressão mudou.
— Eu ia perguntar como você sabe disso. - disse Hanni que sorriu em seguida. — Mas você sabe de tudo que se passa lá dentro.
— Sim. Agora vamos aproveitar a água enquanto você me conta sobre seus jutsus. - digo retirando o manto.
— Tudo bem... - ela se rendeu começando também a tirar seu manto. — Vamos dividir a mesma fonte?
— Algum problema em dividir a fonte comigo?
Hanni não disse nada, apenas comprimiu os lábios e começou a retirar suas roupas em minha frente. Sorte a nossa que não tinha mais ninguém aqui essa hora da noite, apenas nós dois. Sorte a minha estar aqui sozinho com ela.
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