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➪não esqueça do seu votinho
Sua mente assimilava ainda tudo o que acabara de acontecer, não podendo ver com certa clareza os motivos pelos quais Jungkook não explicou. Não conseguia acatar que o homem simplesmente se cansou, aquilo saira tão insignificante de seus lábios que demoraria dias para o garoto claramente acreditar.
As palavras ainda ecoavam em seu subconsciente, trazendo sensações estranhas em seu estômago. Sua inquietação exclamava em seu peito, mãos e pernas. Os olhos ainda focavam na rua, criando uma trajetória diferente de sua casa.
Não podia negar a fúria e o desamparo passar em misto em seu corpo. Lembrar da frieza do homem tirava-o gradualmente do sério. Seu desamparo sem ao menos o que fazer em tal situação. Tão pouco tempo, contudo o suficiente para deixar acomodar com a presença de Jeon e todo seu temperamento indiferentes e cheio de impenetrabilidade.
Sentia um tolo naquele exato e maldito momento.
- E você vai fazer o que com a metade da empresa em sua mão agora? - Taehyung se pronunciara através do telefone.
Com o aparelho conectado no som do carro, em um volume baixo, Park respondeu.
- Eu não quero essa porcaria de empresa! Eu não quero nada que venha de Jeon. Portanto, irei devolver para o meu pai.
- Você vai na empresa ou vai esperar ele chegar? - parecia um tanto distraído mas atento na conversa.
- Irei na empresa, aproveitar que estou no meio do caminho. O que me intriga é que tudo que ele falou não me convenceu, mas saiu tão verdadeiro dos lábios dele que qualquer um poderia acreditar facilmente.
- Eu acredito que você está caidinho por ele e não quer aceitar esse fim de acordo.
Em um pequeno suspiro lentamente, querendo negar para si mesmo, o loiro diz.
- Pode ser. - Querendo enfiar sua cabeça no volante e questionar várias vezes para si mesmo o "por que ele era assim".
- Agora pensa só, você está apaixonado pelo o inimigo do seu pai, fim de acordo e com o coração na puta que pariu...isso pode te ajudar a superar essa loucura.
Park apertou o volante sentindo um amargo em sua língua, tendo que engolir quaisquer sentimentos que ousava passear livremente em suas veias e nervos. Por mais que quisesse negar a lógica de Kim, o mesmo estava certo. Aquilo era uma loucura.
Desejar Jeon Jungkook era uma verdadeira loucura incomum para o seu mundo. Sua mãe nunca o perdoaria, tampouco em seus sonhos.
- Isso está me agonizando, Tae! Eu não planejei tudo isso, ok? Era para ser um simples e fútil acordo, era para eu estar pulando de felicidade por ter concluído isso, por que agora eu não quero aceitar o fim? - Murmurou a última frase cogitando se Kim ouviu.
- Eu não sei o que ele te fez, mas você parece estar extremamente apaixonado por ele. - Comentou o loiro, recebendo um longo bufar de Parm, não desejando ouvir naquele momento tais comentários. Achava estranho pensar naquela forma que Kim falara tão simples. - Eu acho que você deveria superar tudo isso e seguir sua vida adiante. - Finalizou.
- E eu vou! Só quero passar a empresa para o meu pai...eu não quero nada para mim, Tae. - Mordeu seu lábio inferior.
- Sei que hoje não fui para a faculdade, mas como foi a viagem que teve com Jeon?
O loiro no mesmo momento choramingou, tendo recordações dos momentos que tivera com Jeon. Desde os lábios grudados na pele um do outro, até em pequenas atitudes. Foi magicamente perfeita e não podera negar.
- Bom. O pai dele é um ser humano maravilhoso e o evento estava divino.
- Eu não estou falando disso...- Poderia ser notório a malícia nos lábios do garoto do outro lado da linha.
- Eu sei, mas eu não quero falar especificamente disso.
Conduziu o veículo virando na rua que estivera a empresa de seu pai, podendo notar o prédio logo a frente.
- Ok, certo? Não está mais aqui quem falou, sei que seu coraçãozinho está dolorido e irei respeitar esse seu tempo. - A voz sarcástica do acizentado soou.
- Você é um verdadeiro amigo, Tae. - Estacionou o carro em frente ao prédio. - Agora tenho que ir, antes que meu pai entre em qualquer reunião. - Proferiu pegando o celular e colocando em sua orelha.
- Ok. Até daqui a pouco, pois quero saber o que ele falou em relação a isso tudo.
- Provavelmente ele deve estar uma fera por ver que agora metade da empresa me pertence, mas vou acabar com isso...até daqui a pouco.
Ouvindo um curto "tchau", Park desligou o celular colocando em seu bolso, atirando sua mão no banco do lado e pegando o envelope na mão. Fechou a porta do veículo olhando em sua frente vendo as palavras grandes e realçadas de "Vehicle Park".
Respirou calmamente e adentrou. Cogitou que poderia estar fazendo uma burrice, contudo sua determinação estivera falando mais alto, tendo as palavras de Jeon rodeando insistentemente em sua mente. Vagou seu olhar para as pessoas que andavam despreocupadamente em volta, admirando os carros importados, esportivos e até mesmo os mais simples.
Observou alguns funcionários cumprimentá-lo, acenando levemente com a cabeça e sorrindo gentilmente em troca. Encaminhou até o elevador indo para a parte principal onde ficavam todos os funcionários resolvendo os problemas em volta da empresa. Olhou para o papel recordando de Jeon lhe entregando e as palavras logo em seguida, que entraram como choque total em seu corpo, lembrando do olhar insignificante do homem em cima de si, mostrando não estar abalado com integralmente nada.
Era tão irritante a forma como escondia suas expressões sem ao menos vacilar um único olhar.
A porta do elevador abriu e com ela deu de cara com a mesa da secretária de Desmond. Fitou em volta vendo alguns funcionários perambular, contudo eram poucos. Caminhou mais preciso até a mesa da mulher que era para estar sentada. Olhou para o lado vendo vazio apenas.
Dando de ombro, firmou seus passos até a sala de seu pai, que, ao colocar a mão maçaneta, começou a ouvir uma conversa tranquila estabelecida na sala. Contudo, quando a segunda palavra soou dos lábios do segundo homem que estivera na sala, fez o garoto negar abrir a porta. Eles estavam falando de Jungkook e parecia tão notório. Avançou mais seu rosto até a porta, desejando ouvir o que poderia ser.
- Vai ser simples como uma pena caindo, Jinsung. Mattia Walker, o sujeito que vai fazer a entrega da exportação. Ele realmente tem todas as fichas que provavelmente aquele infeliz do Kim puxou tem, mas só dessa vez ele vai estar ao meu favor. Ele vai levar metade da carga, e essa carga que levará não vai para o destino que eles pensam e sim para outro lugar, ou melhor, para pessoa que já vai comprar de mim. E o dinheiro não vai ser depositado em nossas contas, mas vai estar em lugares seguros. Eles não irão desconfiar que foi a gente, podemos enganá-los e falar que não fizemos parte dessa vez na carga, pois não seria muito óbvio? E as entregas vão ser nesse final de semana. Espero que você tenha todos os arquivos e os próximos que irei-lhe mandar no celular. - O cara sorriu sarcástico tendo outra risada de Jinsung que parecia animado com a idealização da pessoa. - Eu quero esse Jeon Jungkook morto...nunca desejei matar tanto alguém como quero matá-lo com minhas próprias mãos. - O homem parecia ter ficado furioso em segundos, expondo seu ódio a todo vapor em cada palavra.
Afastou seu corpo da porta, desnorteado pelas palavras que saíram da voz do homem tendo a confirmação de seu pai que parecia entusiasmado com cada ideia posta.
O envelope em sua mão parecia cair a qualquer momento, sentindo sua força se esvaziar por inteiro, agora tendo sua mente invadida pelas coisas que estivera acontecendo pelo outro lado da porta. Que seu pai era um monstro, Park não poderia negar, mas jamais pensou que o homem poderia ser tamanha fera repugnante. Sentia as coisas em volta desaparecer, observando ainda a porta em sua frente, perdendo a última coragem que tinha dentro de si.
Engoliu em seco, voltando a segurar firmemente o papel em sua mão. Não iria entrar, não teria pudor em fazer isso, seja o que for, não iria prosseguir com a discussão da empresa, não naquele momento, pois sabia que a qualquer hora seu pai iria-o interrogar e bombardear de perguntas irradiando seu ódio sem controle. Sua noção naquele exato momento parecia sumir e sua consciência gritando para sair dali e fingir que nada ao menos ouviu ou percebeu alguma coisa e que na hora que seu pai chegasse em casa entregaria o papel para o mesmo.
Park sempre acreditou na mudança de uma pessoa, nas qualidades que um ser humano poderia enxergar da vida e usar elas com bondade e honestidade. Sempre acreditou nas segundas chances e nas oportunidades que a vida lhe deu. Ele sempre acreditou na pura bondade.
E vendo seu pai em tal situação, o despedaçava por inteiro, destruindo-o gradualmente em forma sucedida. Queria acreditar em seu pai "melhor". Queria acreditar loucamente que Park Jinsung tivesse alguma bondade dentro de seu olhar escuro e cheio de sem vidas.
Por mais que Jimin tivesse desavenças com o homem, contudo era o mesmo que morava no mesmo teto que o garoto, que dormia com sua mãe todas as noites, e o mesmo que o criou. Indubitavelmente Park Jinsung provou ser nojento, não se importando em colocar Anne e seu filho em perigo, a ambição gritava escandalosamente mais alto dentro de si, capaz de fazer quaisquer coisas para conseguir o que tanto almejava; dinheiro, luxúria e riqueza.
Ele não tinha compaixão nem pela a mulher que jurara amar por toda eternidade. GoEun estava sendo tão ingênua na mão do homem que chegara enjoar Park, sentindo seu estômago revirar constantemente.
[...]
- Você não conseguiu reconhecer a voz? - olhara para Taehyung através da tela de seu computador.
- Eu acho que era seu pai...- Comentou, não tendo certeza, a voz do homem parecia mais fria do que estivera acostumado ouvir de Baekhyun, apesar que fará um bom tempo que não ouve a voz do homem.
Kim suspirou.
- Eu tenho uma leve certeza de que pode ser ele. - Diz podendo ser notório sua decepção. - Ele está tão empenhado nisso que não há ninguém que o faça parar.
Park suspirou, aprofundando mais suas costas no encosto de sua pequena poltrona. Sua mente ainda vagava em todos os acontecimentos do dia. Parecia que tudo estava desmoronando em uma pancada só, em uma dor grande, porém única.
Fitou para o envelope em sua cama ainda cogitando em cada passo, como se pode-se calcular tudo minimamente, desejando mais que tudo dar um grande basta nisso. Certamente sua mãe não teria coragem suficiente para fazer algo útil entre sua família.
Ela não teria coragem de mandar Jinsung embora, como fizera a mãe do louro a sua frente.
E por mais que ansiava por esse dia chegar, saberia que nunca veria GoEun fazer, já estivera condenada por seu pai e poderia se afundar junto a ele pouco a pouco, até não sobrar vestígio algum. Park Jinsung tinha força o suficiente para acabar com sua própria família e era agonizante o garoto ver e não mover um dedo para fazer absolutamente nada. Cogitava.
- Eu não posso deixar isso acontecer...- Murmurou, ainda submerso em seu pensamento.
- Oi? - Ouviu Kim proferir confuso após a fala do garoto.
- Minha mãe está ficando doente com isso, Tae. Meu pai é um louco que tem uma ambição de dar medo. Eu não posso deixar ele fazer isso com minha mãe...e eu tenho uma dívida para concluir com Jeon.
Isto é, Park estará disposto a fazer algo decente pela primeira vez. Não aceitaria que seu pai arruinasse a única pessoa que o garoto ainda acreditava naquele momento. Anne. Se Park Jinsung estivera disposto para algo, que seja falhamente sozinho com apenas Byun ao seu lado.
E quando tudo terminar, irá embora da cidade, juntamente com sua mãe, sem olhar para trás.
Os planos na sua cabeça pareciam cair como luva na palma de sua mão, sentindo sua mente amplamente clara e severa.
- O que você está pensando, Ji? - indagou desconfiado pelo silêncio repentino do garoto.
- Tudo que eu preciso é de um avião e um piloto...meu pai não vai fazer isso. - alcançou seu dedo indicador aos lábios após dizer, ainda cogitando.
- Se esse for o problema...não sei se você lembra do cara da boate que supostamente sumi quando aconteceu todo o tiroteio. Ele é piloto e tem um jatinho, e não me pergunte como ele tem um jatinho porque eu também não sei, acredito que ele seja um rolista, mas não questionei sobre isso. Enfim, ele parece gostar desse tipo de adrenalina, mas claro, tem que dar alguma coisa em troca, como, por exemplo, dinheiro. - propôs.
- Me passe o email dele...dinheiro eu consigo arrumar. - proferiu após alguns segundos calado.
E pela primeira vez, bateria de frente com seu pai. Se Park Jisung não o odiava antes, Jimin poderia facilmente ter a certeza que depois o que fizer, faria-o odiá-lo pela eternidade.
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