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➪não esqueça do seu votinho
- E o engraçado que ele quase morreu por você! - Jeon, no entanto, mantinha sua atenção no percurso.
Aproximadamente a viagem inteira o garoto tentava puxar algum assunto. Era quase repentino as perguntas aleatórias que saíam de seus lábios, fazendo o mais velho responder com poucas palavras, não estando com desejo de respondê-las, mas fazia com antipatia. Seu ânimo não era uma das melhores, e responder aquelas perguntas que considerava medíocre, era um incômodo perturbante.
Iria levá-lo para a boate, visto que seu carro estava lá, mas alegou ter perdido a chaves, fazendo-o dizer no mesmo instante que não o iria ajudar a procurar. Não queria passar mais segundos perdendo seu tempo, já não bastava a madrugada, agora não desejava passar sua manhã também. Apenas o deixaria e partiria para sua casa.
- É assim que funciona. - Expressou passivo diante da perplexidade do garoto.
- Você morreria por eles? - Indagou. Jungkook o encarou brevemente, questionou se aquela pergunta não seria óbvia para ser respondida.
- Eles morreriam por mim. - Disse apenas, como se fosse o suficiente para ser dito.
- Você os considera como sua família?
Parou o carro. A boate estava fechada, com apenas alguns seguranças ao redor, já partindo embora. Desligou o veículo, prontamente examinando o garoto que não parava de fazer perguntas atrás de perguntas, fazendo-o se entediar com tudo aquilo, até com sua presença. O garoto que conheceu pela a primeira vez, não era tão quieto como pensou. Indubitavelmente o irritava.
Ele tinha tudo que Jeon repugnava: teimoso, falatório e filho de Park. Se não fosse irritantemente atraente, já o teria descartado na primeira oportunidade que passa-se. Literalmente ninguém era perfeito e todos tinham seus porém; e era frustrante o homem pensar nos porém do garoto.
- Por que tanta pergunta? - Inquiriu com sua face levemente em confusão.
Park deu de ombro, não se importando com a confusão em seu olhar.
- Eu apenas queria saber, não vejo problema nisso. - Diz abrindo o veículo. - Você sabe por onde posso começar a procurar? - Olhou-o por cima do ombro, já com os pés para fora.
- Pega no balcão. - Ligou o carro.
- Quais balcão?
Jungkook o olhou tão severamente para a feição do garoto despreocupado com seu péssimo mal-humor. Se sentiu que estava sendo testado. Jimin estava o testando, só poderia ser. Voltou a desligar o veículo, arrancando um sorrisinho de canto do cacheado, que não tardou e saiu do carro.
Ouviu a porta ser fechada, tendo que respirar longamente para não xingar o garoto. Sua paciência estava atingindo o limite máximo e ter que aturar tais situações, estava sendo uma sensação de controlador emocional. Pensou seriamente por aqueles longos segundos saindo do veículo, se seria o certo de ir adiante sobre o acordo.
Olhou para o garoto que já o esperava prontamente embaixo do sol, com um olhar tranquilo em sua direção. Ignorou a energia exagerada e cômica do loiro, caminhando na frente, sem ao menos convidá-lo a ir junto, mesmo sabendo que ele o faria. Adentrou no local, vendo apenas algumas mulheres e homens limpando o estabelecimento, cada um em um canto. Deslizou seu olhar para quem vinha em sua direção, com um sorriso radiante, diferente de sua feição que não era nada dos melhores, mas era a emoção que tinha e sua importância para quem se importava eram mínimas.
- Jeon! Que prazer em te ver aqui. - Jorge diz se aproximando, ainda mantendo sua alegria em voz. - Mas o que te trás aqui em pleno domingo de manhã? - Analisa seu rosto, logo locomovendo seu olhar para a figura ao lado do homem, acenando suavemente com a cabeça.
Jorge era o contador da boate. Sempre dava sua presença de manhã, depois de uma longa noite de pura festa, para fazer toda a contagem e observar cada mínimo detalhe. Ele era o cabeça. E eventualmente conhecia Jungkook e todo seu jogo sujo. Poderia dizer que o conhecia, mas não bem o suficiente. Sabia que Jeon era controlador em dizer tudo, apenas falando o que era necessário saber. Então poderia dizer livremente que conhecia seu sobrenome e o peso que carregava, mas não o número total.
- Você poderia por gentileza procurar a chave do carro...- Olhou para o garoto, esperando dizer a marca do veículo.
- Land Rover. - Voltou a olhar para o homem a frente, com uns papéis em mão.
- Certo. Vou ver se alguém da faxina ou do bar viu alguma chave. Já volto.- Se retira.
Olhou-o, vendo-o quieto mexendo com os anéis de sua mão. Examinou a forma de como ficava em silêncio perto das outras pessoas, não parecendo um garoto tagarela de minutos atrás, querendo irritá-lo de qualquer forma, até em um sorrisinho cínico. Ele realmente era o verdadeiro sinônimo de inusual.
E pela primeira vez pode reparar em seus trajes de roupa que parecia comum, mas, ao mesmo tempo, incomum. Era indubitável a forma de como o garoto parecia cheirar a gostar de moda. Olhou para suas unhas pintadas de preto e pink, curtas, porém demonstrava estar bem feitas. Contudo, tinha uma beleza exótica, fazendo o homem analisá-lo dos pés à cabeça com um olhar agudo de interrogatório.
Observou-o mexer seu corpo incomodado com o olhar analisador que estava recebendo. Voltou a fitar sua face, se perguntando como Jisung conseguiu fazê-lo. No total não tinha nada parecido com o pai, exceto sua mania de achar que têm integridade para certas ocasiões.
- Você está me olhando como se eu fosse estranho.- Argumentou súbito.
- E você é! - Jeon afirmou como se fosse a coisa mais banal.
Olhou para frente ao ouvir uns passos ser aproximados rapidamente. Fitou a mão de Jorge, esticando para Park, entregando a chave.
- Aqui está. - Pegou.
- Obrigado! - Diz com um sorriso no rosto, parecendo estar realmente agradecido pela ajuda.
- Ok! Obrigado, Jorge.- Seu sorriso saira fechado, girando os calcanhares e se retirando dali o mais rápido possível.
- Por que você me deu carona?
Parou antes de adentrar no carro, virando sua cabeça vendo um garoto parecendo ficar zangado. Franziu a sobrancelha pela emoção na qual não entendeu.
- Por que faz perguntas tão abruptas? - suavizou sua expressão, não tendo motivos em ter alguma reação sobre aquilo.
- Você ainda não respondeu minha pergunta! - Insistiu.
Jungkook, no entanto, sorriu nasal. Olhou para frente não querendo dizer sua real intenção, mas não via razões para não dizer, já que o garoto continuava querendo saber. Virou, aproximando do corpo parado que aos poucos foi se encolhendo pela sua aproximação, mas ainda assim, mantinha seu rosto erguido.
- Quando você chegar em sua casa, saberá da resposta. Não esqueça que Jennie irá te ligar.- Seu tom insensível fez Park se questionar em seu olhar o que o homem estava dizendo. Parecia tão passivo na situação que fez o cacheado se afligir.
[...]
O sol estava começando a querer ficar quente. Ainda era manhã cedo, de uma segunda-feira. O verão estava realmente dominando sua estação, deixando o ar calorento afluir em todos os cantos de Seul. Mas mesmo assim, ainda podia sentir uma pitada de frio ao sentir o vento passear no corpo. Podia ouvir as árvores entrando em um agito calmo. Os cantos dos pássaros parecem ficar mais visíveis com a chegada da iluminação da grande estrela.
Parecia calmo estar ali. O silêncio do local parecia deixar tudo mais tranquilizante, mostrando uma verdadeira religião de paz. A cidade estava apenas acordando e novamente podia ver o sol nascer, pela terceira vez. Seu sono tinha se esvaziado ao passar o domingo todo dormindo. Sua mente parecia mais calmo.
O gramado parecia úmido por conta do sereno. Algumas flores expostas pareciam dar ar de murchas e outras extremamente com as cores radiantes. Sentiu a ponta da chave querer perfurar sua pele, pela intensidade do aperto. Fitou novamente em volta, vendo fotos de pessoas desconhecidas, até barrar com a de sua mãe, que tinha um sorriso doce aos seus lábios, trazendo uma energia que Jungkook recusava em sentir.
O túmulo estava vazio, contudo, esse era o único jeito de sentir de perto. Seu semblante era indescritível, enquanto não demonstrava nenhum fracasso emocional. Ele apenas estava ali, olhando uma foto que parecia reserva pelo o pequeno vidro que protegia de qualquer tempo.
Cogitou o que poderia mudar em sua vida se ela estivesse viva. Certamente seguiria seu desejo que sempre ansiava. Se tornar criminoso não era nem perto por causa do seu passado, tampouco pela sua mãe. Ele simplesmente sentia prazer em sentir a adrenalina passear por suas veias. Desafiar a lei era pura diversão. Hipoteticamente sua mãe ficaria uma fera, contudo iria gostar de provocá-la. Ela fazia falta.
- Sua mãe morreu de que? - Ouviu uma voz grossa e um tanto cansada.
Olhou de escanteio para o senhor que tinha o deixado entrar no cemitério, agora ao seu lado, que mirava o túmulo que segundos atrás estava encarando.
- Massacre. - Disse apenas, não tendo humor algum em sua voz.
Seu olhar voltou para o túmulo, permitindo deixar sua mente vazia, não deixando desacomodar das sensações ao redor.
- Você foi na justiça? - O dono dos cabelos grisalhos perguntou novamente, deixando um ar de curiosidade.
- Eu fiz a justiça. - Suas palavras saíram mais friamente como esperava.
Sentiu o homem ficar alguns segundos calado, mas não tardou e logo soltou.
- Eu lamento.
Jeon fitou-o, se permitindo perguntar em sua mente se realmente lamentava, todavia esvaziou sua interrogação, vendo que seria tolice em pensar sobre isso, afinal, ele nem ao menos conhecia aquele ser.
- Eu também lamento. - Sua voz saiu no mesmo tom do posterior, não se sentindo na obrigação em mudá-la.
Ouviu seu celular tocar frequentemente. Apalpou seu bolso a procura do aparelho. Olhou para tela já esperando pela chamada. Voltou a fitar o homem, que continha um semblante tranquilo olhando para frente, exemplificando não se incomodar com o que poderia acontecer logo em seguida. Se afastou colocando o celular perto de seu ouvido.
- Você tem que vir para cá. Acho que encontramos a pessoa. - Namjoon diz sem ao menos esperar Jeon dizer algo.
- Vocês estão com o piloto? - Parou vendo que já estava em uma distância razoável do homem.
- Estamos com o piloto e o co-piloto. - Sua voz parecia calma.
Não querendo precipitar seu alívio, tencionou melhor na situação. Tudo parecia estar indo perfeitamente alinhado, e isso o desconfiava. Eles estavam jogando. As coisas pareciam chegar em uma solução tão ampla, tão facilmente.
- Irei para aí. - Suas palavras saíram duramente ásperas.
- Mark irá com você? - Perguntou casual.
- Na verdade não. Mark irá praticamente se ausentar por um tempo, por conta do tiro que quase o matou.
Explicou. Kim e Suh já estavam ciente com o acontecimento, e de todo ocorrido do dia anterior. Tuan ainda estava no hospital, tendo toda atenção necessária, sem previsão para ir embora. Achou melhor assim, afinal, não iria servir para nada indo junto com ferimento e a chance de ser morto definitivamente seria maior.
- E que hora você virá?
- O mais rápido possível. Não deixem eles sair sequer um segundo de sua vista. E cadê o Johnny?
- Está dormindo um pouco, tivemos que correr atrás das coisas aqui e isso tomou nosso tempo para descansar. - Ouviu-o suspirar.
Olhou para o lado não vendo o homem sentado. Ele não estava mais. O cemitério parecia vazio, sem a presença de ninguém, apenas ouvindo Namjoon falar ao telefone. Sua estranheza foi certeira ao ver o homem sumir abruptamente, todavia cogitou que ele estivesse fazendo outras coisas.
- Ok. Estarei aí hoje mesmo.
- Tudo bem. Irei terminar de tentar pegar alguma outra informação, mas parece que eles não querem falar nada e eu não vou relar a mão neles.
- Aí que está um problema, mas eles vão falar. - Disse convicto.
- Estarei à sua espera.
- Tentarei ir hoje mesmo. Até.
Jeon finaliza a chamada. Agora sua mente passava em outro lugar que iria. Tinha que levar uma pessoa consigo, não o deixaria para trás. Fitou duas chaves em mãos e caminhou para fora, já não se importando mais com a ausência repentina do homem de minutos atrás. Sua mente estava dando a lutar por outras coisas e sentia que estava aos poucos chegando no alvo, mas, ao mesmo tempo, parecia distante.
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