☠︎︎0.5
➪não esqueça do seu votinho
- Como é que é? - tirou sua atenção do computador em sua frente.
Namjoon transparecia calmo dando aquela notícia. Suas mãos brincavam uma com a outra falhando em não querer demonstrar seu nervosismo. Engoliu em seco vendo o olhar confuso dos olhos negros, não conseguindo acreditar no que tinha acabado de ouvir, aquilo foi como se estivessem o pegando de porrada em surpresa. Em seu escritório parecia que o ar condicionado já não estava mais funcionando e o calor intenso começou a surgir.
- Que porra você está falando, Namjoon?- disse vagarosamente, querendo mostrar que aquilo - se fosse uma brincadeira - não teria a menor graça. Sabia que sua equipe brincava às vezes, mas não com esse tipo de situação.
Kim sentou em sua frente, demonstrando seu nervosismo.
- Eu não sei, cara! Estava tudo bem, eu estava acompanhando o voo da carga passar pelo o oceano atlântico, entrando no litoral do Canadá quando de repente tudo sumiu. Tentei jogar algum sinal, mas o piloto não respondeu. Entrei em contato com o co-piloto mas não obtive resposta - gesticulava com a mão, tentando explicar da melhor forma possível sem deixar uma única vírgula errada.
Colocando os dois cotovelos na mesa, entrelaçando suas mãos, Jeon ficou encarando o homem em sua frente. Sua mente parecia que estava trabalhando em mil movimentos em um segundo, já podendo sentir as pequenas dores de cabeça nas laterais querendo se expandir para o interior. Respirou fundo, ainda mantendo a postura, mesmo que por dentro estava com vontade de quebrar tudo que via pela frente. Estava dando errado. Fizeram golpe com eles e com isso perderam em torno de cinquenta milhões de dólares, o preço da carga.
Com seu rosto indecifrável, disse:
- Estão invadindo nosso território - o platinado concordou frequentemente. Aquilo estava sendo sua maior dor de cabeça naquela manhã - Chame Johnny e Tuan. Eu os quero aqui imediatamente - Namjoon assentiu, deslocou para fora - Merda! - sussurrou, esquecendo completamente de concluir sua transferência do dinheiro para o orfanato.
Fechou o notebook, tentando controlar o aflito que estava começando a dar sinal. Se a droga foi roubada, não sabia quem poderia ser, mas desconfiava de várias pessoas e se fosse possível colocaria sua equipe contra a parede. Isso era uma traição, Namjoon, Suh e Mark sempre foram seu braço direito, na qual apenas confiava neles para qualquer evento que envolvesse milhões. E agora foi roubado, simplesmente desviado do destino, desligando toda a conexão.
Não querendo se estressar, evitou de olhar a conexão do voo, não queria se alterar ali, não queria perder o controle de toda a situação. Ele tinha que resolver de qualquer maneira e demonstrar sua fúria não seria sua melhor alternativa aos problemas, mesmo que isso o aliviaria um pouco, mas não o suficiente. Respirou fundo, sentindo impaciente com a demora. Tinha que ter alguma explicação, e essa explicação tinha nome e sobrenome.
Alguns minutos passaram e a porta foi aberta por Namjoon que entrou no escritório.
- Liguei para eles e por sorte eles já estavam no meio do caminho vindo para cá. Andei analisando de novo o último recurso deles - foi até a poltrona que tinha no canto do escritório quase do lado da mesa e sentou - Eles fizeram a rota como o combinado. Já estavam armando isso - suspirou, encostando mais sobre a poltrona.
Jungkook se levantou, caminhou até o centro do cômodo, pegando uma cadeira, colocando as costas do objeto à frente, sentou e apoiou seus braços no encosto. Aquilo não poderia estar acontecendo justo agora. Eles tinham outra carga para ser feita em breve e com tudo acontecendo não poderiam arriscar mais nada, visto que agora eles estariam falando de 200 milhões de dólares. Isso já estava começando a dar dores de cabeça.
A porta foi aberta, Johnny e Mark entraram conversando animadamente, mas logo suas alegrias se esvaziaram ao dar de cara com duas pessoas sem emoções, apenas os encarando como se estivessem analisando-os. Tuan foi até a em cima da mesa se sentando, colocando seus pés em cima da cadeira e inclinando seu corpo apoiando seus cotovelos na coxa. Suh se jogou no sofá. Agora eles estavam completos.
O moreno olhou para todos em volta, confuso e sem saber o que estava acontecendo, Mark não estava diferente.
- O que aconteceu? - indagou curioso.
Jeon se levantou e foi até a sua mesa, pegando o notebook e voltando para o seu lugar. Abrinuna página da conexão do voo e virou o objeto, mostrando para as duas figuras que estavam completamente perdidos com toda a situação. E suas confusões aumentaram.
- Cadê o sinal do voo? - foi a vez de Tuan.
Louis o olhou.
- Boa pergunta, Mark! Cadê o sinal do voo? - arqueou a sobrancelha.
- Alguém pode me explicar o que está acontecendo? Como o sinal sumiu? O que fizeram? Já entraram em contato com eles? Porra, tem mais de 50 milhões de dólares dentro daquela merda, como assim desapareceu? - o moreno voltou avistar o moreno, que agora estava sentado corretamente, alarmado com a situação.
- Alguém armou tudo, que trabalha aqui dentro e sabe de tudo sobre os carregamentos. Armaram para roubar nossa carga, desligando todo o sistema de conexão e talvez criando outro rumo da trajetória da entrega. Caímos em um golpe milionário e não há outra explicação! - Namjoon explicou, mantendo sua voz calma. Todos ali tentavam manter a calmaria.
- Mas isso não tem lógica! Não colocamos ninguém para trabalhar conosco além dos que sempre estiveram com a gente - Tuan diz confuso - Só se estavam armando isso há anos.
- Exatamente! Alguém que esteja por fora ou dentro, andou acompanhando a gente. Talvez seja alguém que tem ligação com outro bando, ele ou ela não iria armar tudo isso sozinho, sem o auxílio de uma pessoa mais experiente.- Johnny raciocinou.
Namjoon concordou.
- Eles fizeram a trajetória correta, mas quando chegou quase no litoral do Canadá sumiu a conexão, isso pode dizer que eles pararam ali perto.
- Mas não perto o suficiente. Eles podem ter trocado de avião, provavelmente um já estava na espera deles - Jeon disse, tomando a atenção de todos - Aonde que eles iriam mandar não fica na América! - garantiu. Eles não seriam espertos em fazer um roubo e ser pousados na América.
- E nem na Ásia, já que a carga saiu daqui -Mark diz um pouco mais pensativo.
- Acho que vamos ter que fazer uma visita para Taichi- Jeon prensa o notebook mais contra a sua coxa.
- Honda Taichi? Ele é um zero-esquerda, não conseguiu nem deixar seu império estável, imagina fazer um roubo milionário - Johnny diz entre risos.
- Vocês não estão achando muito óbvio? - Tuan diz, fazendo todos voltarem a atenção para si - Pensem, qual é o último ou talvez o único lugar que a gente nunca iria imaginar que eles pousariam?
Ficaram alguns segundos quietos, até Jeon se pronunciar.
- Aqui.
- Bingo! - Mark apontou para o moreno, como se estivesse acertado algo.
- Mas isso seria mais óbvio ainda - Suh falou indiferente pelo o raciocínio do garoto.
- Mas ele pode estar certo, Johnny - Namjoon diz pensativo - Por ser tão óbvio, certamente seria a primeira coisa que iríamos descartar pelo o nosso raciocínio. A gente iria procurá-los pelo o mundo inteiro, menos por aqui, por pensar que eles não seriam loucos por voltar na mesma rota.
- Mas ainda sim continuo que eles possam ter ido para o Japão, é o único lugar afastado de nós. Aqui conhecemos todas as gangues e sabem como lidamos com esses tipos de situações, eles não seriam doidos em fazer uma coisa dessa - Johnny insistiu.
- Eu acredito que eles seriam loucos por qualquer coisa. O que vocês sugerem? - Mark perguntou.
Era uma ótima pergunta, não sabiam por onde começar. Não sabiam se esperariam voltar ou rodar o mundo todo atrás da carga. Eles estavam prestes a fazer loucuras, mas dispostos em conseguir o que os pertenciam. A polícia poderia estar no meio de toda essa confusão, mas seria um tanto impossível de isso acontecer, tudo estava planejado e tudo por baixo do tapete de qualquer lei. Se de fato fosse polícia isso iria cair matando na mídia e não demoraria para irem na casa de Jungkook, já que é sempre o primeiro que eles desconfiam.
Tinha tantas coisas em sua mente, desconfianças de qualquer pessoa que olhava, era como se todos fossem culpados por ter acontecido isso. Foi muito dinheiro, muita droga. Iriam demorar um tempo para conseguir recompor tudo de novo, começar do zero. E pensando de tal forma estava começando irritar-o profundamente.
- Vou ficar atento em todas as entradas de aviões, helicópteros e jatinhos pela a região. Se eles voltarem para cá não será de agora, isso pode demorar um tempo - Kim indagou.
- O que você tem a dizer, Jeon? - Tuan mencionou, fazendo todos olhá-lo.
- Namjoon puxa todos os dados do Kwan. Quero endereço familiar, tudo, cada passo da vida dele. Johnny entra em contato com Taichi. Mark mantém as informações ligadas com Dean e sobre a carga que enviamos para ele e não foi concluída. Namjoon, preciso dessas informações até o final do dia. Não quero que um segurança sequer saia daqui - se levantou.
- Mas o que tem Kwan no meio disso tudo?- colocou seu aparelho na mesa, atrasando o olhar do moreno para si.
- É isso que vamos descobrir.
Tuan se levantou ficando de frente para Jeon. Todos os olhavam curiosos pelo o que estava tramando. Namjoon então criou a iniciativa.
- O que você está tramando, Jungkook?- olhou-o e revirou os olhos..
- Eu coloquei o Kwan para trabalhar junto com eles. Park não foi para a viagem. Ele sabe de alguma coisa!
Pegou o telefone em cima da mesa discando o número do chefe de seu seguranças.
- Estou na escuta! - uma voz grossa soou no telefone.
- Quero Park Kwan no meu escritório, agora! - exigiu, sabendo da resposta.
- Ele ainda não chegou - balançou sua cabeça já adivinhando o que estava acontecendo. Maldito desgraçado, sabia de tudo. Esbravejou mentalmente.
- Ok! Obrigado - desligou a chamada - Namjoon, puxa todos os dados dos aeroportos e do pedágio, eu quero algum rastreio desse filho da puta agora - exigiu, sentando na cadeira.
Respirou fundo tentando se acalmar. Parecia que tudo estava desmoronando de uma vez. Park Jisung não queria pagar seu dinheiro, Lee Chaeyon voltou e sua carga foi roubada. Não tinha como estar pior, e tudo em menos de dois dias. Sua cabeça parecia que iria explodir a qualquer momento. Sua paciência estava se esvaziando aos poucos.
Voltou a olhar para a sala que se encontrava vazia, apenas sozinho. Pegou seu notebook em mãos e começou a finalizar sua doação para o orfanato, pelo menos isso poderia acalmá-lo.
[...]
Ouviu a porta ser batida suavemente, logo o barulho do destranque foi ecoado. Terminou de colocar seu whisky e duas pedras de gelo.
- Jungkook, aqui estão todos os dados de Kwan. Ontem ele pegou uma passagem no aeroporto de Incheon, destino para África - bebeu um pouco de sua bebida e fitou Namjoon.
Já passava mais de três horas no escritório. Quando terminou de fazer a doação, ficou olhando através da janela, esperando Kim aparecer com toda a ficha. Nesse meio-tempo resolveu se acalmar, determinando que iria atrás do cara responsável que ajudou com o roubo. Mas de alguma forma tinha se acalmado, sabia que uma hora tudo iria sair como queria, pois era assim que tinha que ser.
-...o voo dele irá sair às seis da tarde, ou seja, ele ainda está aqui - jogou os papéis na mesa.
- Ok! Então vamos nos despedir dele - Namjoon sorriu pelo pequeno deboche do amigo, observando-o virar seu copo cheio de whisky.
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➪Espero que vocês não estejam confusos. Eu estou tendo que mudar muitas coisas sobre a localização deles, pois a história original se passa em Londres. Como podem ver, essa daqui se passa em Seul, então não desistam de mim. Eu vou tentar ajeitar tudo direitinho.
➪Me avisem qualquer erro, de nome ou gramaticalmente. Quando a fanfic acabar, irei revisar ela toda
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