Spin-off Fulgor | Kaigaku

Enfim depois de quase um ano terminei de escreve o spin-off com o Kaigaku, espero que gostem e mais uma vez muito obrigada por cada estrelinha, comentário e carinho com a fic, estarei postando esse capítulo separado para quem quiser ler apenas ele.

Another day in this carnival of souls
Another nights sands end as quickly as it goes

The memories are shadows ink on the page
And I can't seem to find my way home

FULGOR

O que realmente aconteceu quando você se ajoelhou no chão intercedendo pela vida de Kaigaku? Será que o demônio recém-criado sobreviveu ou simplesmente se perdeu na tentativa de reencontrá-la?

O que realmente ocorreu quando Kaigaku Kuwajima, ex-membro da família Kaminari, partiu em sua última missão a mando de Nefira? Foi realmente Douma que o destruiu, ou foi uma emboscada que levou o recém-criado à morte?

Essas perguntas pairavam no ar, criando tanta confusão na sua mente antiga que tudo o que precisava era de uma resposta definitiva. Algo que lhe desse um último alento a respeito do moreno de sorriso irresistível. Saiba que foram as escolhas de Kaigaku que o levaram a perecer no fio de uma espada, nas mãos de seu próprio irmão. Douma apenas criou a ocasião para que o acerto de contas ocorresse. Afinal, o recém-criado nunca foi um santo; muito pelo contrário, Kaigaku Kuwajima, ainda em vida mortal, seria aquele que a abandonaria sem pensar duas vezes se precisasse se salvar. No entanto, ao se tornar um demônio, tudo ao seu redor mudou. Ele foi dilacerado de dentro para fora e teve parte de suas emoções afloradas antes de serem trancafiadas, para que servisse eternamente ao rei com perfeição.

Ele te amou profundamente, como se cada respiração dependesse desse sentimento. Porém, nunca pôde demonstrar mais do que você sentiu e, ao perecer pela última vez, foi pelo seu nome que ele clamou.

Nefira, do outro lado do castelo, fazia suas preces pedindo pela vida daquele que havia se tornado seu filho. Para a anja, o passado dele não importava. Era especial simplesmente por seu eu menino e, ainda havia você, Sn, a lady Fubuki, uma nefelim sem conhecimento do que era capaz de fazer.

Quando você se ajoelhou em prece, fazendo um pedido mudo para que a alma dele fosse salva, seu pequeno pedido foi ouvido assim como o de Nefira. Mas como poderiam salvar um ser que não pertencia mais à Terra, não poderia ir para o Céu e estava sentenciado a perecer no Inferno?

É simples... Kaigaku teria que abrir mão da liberdade para obter uma segunda chance. E naquela altura dos acontecimentos, nem mesmo o recém-criado achava que era possível viver novamente, mesmo que tivesse escolhido você.

[...]


Kaigaku ainda a encarava, e o sentimento recíproco que ambos provavam pela primeira vez tornava tudo mais belo e perigoso. No entanto, já estavam acostumados a lidar com isso. Você adorava os passeios ao lado dele nas vastas terras do Limbo. Ele tinha um domínio próprio para os luas e era ali que estava. Às vezes, Sn se perguntava como faria para trazer Nefira até ali para ver o próprio filho ou se haveria espaço para um momento em que ele conheceria a irmã.

— No que está pensando? — A voz dele prendeu sua atenção, enquanto sentia as carícias em suas costas. Seus longos cabelos estavam trançados, mesmo que não fossem mais tão longos; afinal, você os cortou na altura dos seios, se libertando de parte das crenças de sua própria vida.

— Nada demais. — Encarou o moreno que a olhava de forma terna e alisou o rosto dele. Quanto tempo havia passado desde que estavam juntos? Você vivia ambas as vidas, passava mais tempo ali por ser distante o suficiente de Douma, mas gostava de ir ao plano terreno para estar na presença de Nefira, Hanâmi e Kotoa. Participava dos bailes que Daki e Gyutaro davam e havia conhecido todos os Hantegus. Entretanto, sempre voltava a ele.

O recém-criado que realmente conquistou o seu coração e, como dizem, o primeiro amor é algo realmente poderoso. O olhar do superior dois se mantinha atento aos seus passos, mesmo que ainda não tivesse certeza de onde você estava. Aos poucos, Sn balançou a cabeça, deixando os pensamentos a respeito de Douma de lado. Ele já teve tanto de você que não merecia mais nada, nem mesmo um mero lembrar. Assim, apoiou as mãos nos ombros do moreno que a encarou.

— Que tal você me beijar, Kai? — sussurrou.

Kaigaku olhou para você com um pouco de surpresa, mas então seu sorriso retornou. Ele envolveu seus braços em volta de você e a puxou para mais perto, beijando seus lábios com paixão.

O beijo intenso e apaixonado era uma mistura de desejo e um sentimento desconhecido que ele poderia descrever como um impiedoso amor. Kaigaku manteve-a próxima enquanto você se entregava ao momento, o coração batendo rápido.

Depois de algum tempo, ele separou os lábios dos seus, mas manteve você abraçada.

— Eu te amo, e creio que desde o momento em que tivemos o primeiro contato eu sempre amei. Não quero que nada ou ninguém nos separe novamente. — A voz dele soava com tanta sinceridade que deixava seus ouvidos zumbindo, e no fundo deixou que seu coração falasse por você.

— Eu também te amo, Kai. — Respondeu, beijando-o novamente.

Kaigaku correspondeu ao seu beijo de forma apaixonada, abraçando-a ainda mais forte. Ele continuou intensamente, movendo a língua em sincronia com a sua.

O beijo durou um tempo longo, até que eventualmente ele separou os lábios dos seus, ainda mantendo Sn nos braços.

— Você é minha, sempre será minha. — Ele disse em um sussurro, enquanto olhava profundamente em seus olhos. — Nós ficaremos juntos, não importa o que aconteça.

Era como se sentisse que esse pequeno momento de paz estivesse prestes a acabar.

Sn deu um sorriso por sentir o mesmo. Apesar da doçura do momento, sabia que no fim não teria as mesmas escolhas que Hanâmi e teria que voltar para o lado de Douma antes que as consequências resvalassem nas pessoas que lhe eram importantes. Afastando a sensação cruel, deixou um beijo no pescoço dele.

— Eu dei o meu coração a você, assim como tenho o seu. Então cuide muito bem desse presente. — Kaigaku sorriu, assentindo com a cabeça.

Sn respirou fundo, encarando o céu momentaneamente.

— Em breve eu terei de retornar ao culto. — Para dissipar sua mente, o moreno beijou novamente o canto de seus lábios.

— Mas até lá, temos muito o que fazer juntos. — Ele disse em um tom sedutor, enquanto se inclinava para beijá-la novamente, cada vez mais intenso e impregnado com desejo. O ambiente foi se tornando quente e Kaigaku se aproveitou das emoções que os envolviam e permeavam o ar ao redor de ambos para cravar em sua pele as palavras dele. A unha pontiaguda circulava seu pulso, desenhando em sua pele. Sua paixão por ele crescia cada vez mais, delineando a linha entre amor e desejo. Quando se afastaram, suas pupilas estavam tão dilatadas quanto as dele, e o abraço, junto ao ofego que deixou os lábios dele, foi incontido.

Vocês se beijam apaixonadamente enquanto suas mãos exploram os corpos um do outro. O sentimento de intimidade e conexão aumenta a cada toque e beijo, enchendo o ar com a tensão e a paixão.

Cada beijo e toque aumentam a intensidade até que se tornam uma única entidade em torno daquele momento.

-- Kai – Sussurrou.

-- Eu quero tanto você. -- Ele afirmou em um sussurro sedutor antes de beijá-la novamente explorando o seu corpo com mãos nervosas e sequiosas, te levando a gemer conforme provocava o meio das suas pernas.

Cada vez que arfava mais intenso ele movia os dedos por seu clitóris, alisava a sua entrada e retornava ao seu centro de prazer, quando sentiu os dedos melados além das suas unhas curtas cravando no braço dele, sorriu se afastando e lambendo os dedos.

-- Tem um local ao qual que quero te levar. – Sorriu lhe oferecendo a mão que obviamente foi aceita e foi o suficiente para sumirem estando em frente a uma casa comum de madeira com um lago a frente rodeado por um jardim bonito. Você poderia sentir verdadeira aversão pelo local por ser tão bonito e te lembrar ao jardim que Douma lhe deu, porém, também sentia que o local era completamente diferente em sua essência e com isso o coração disparou de uma forma boa.

-- Então onde estávamos? -- Perguntou de maneira ingênua e maliciosa, antes de sentir ele te abraçar com firmeza por trás sorrindo enquanto se aproximavam do lago. Ele acariciou suavemente suas costas antes de responder com um sorriso malicioso no rosto.

-- Na parte onde eu queria te amar da forma mais intensa possível.

Ele sussurrou no seu ouvido te puxando para mais perto, seus lábios encontrando os seus mais uma vez. A água do lago é morna e reconfortante, envolvendo seus corpos numa sensação refrescante enquanto as roupas vão sendo deixadas na borda

Kaigaku começa a acariciar seus seios delicadamente enquanto beija seu pescoço e ombros. Você pode sentir o arrepio que aquilo causa se perdendo no momento.

-- Você é tão linda, tão perfeita...-- Ele sussurra em seu ouvido novamente descendo os dedos por entre as suas pernas dessa vez os afundando em seu núcleo. -- E eu quero estar dentro de você agora mesmo.

Kaigaku sorri ao sentir suas unhas arranhando seu braço, satisfeito. Ele continua a beijar seu pescoço e ombros enquanto toca seu clitóris agora com delicadeza.

-- É assim que você gosta -- Sussurrou em seu ouvido, a boca brincando com o lóbulo da sua orelha.

Ele acelera o ritmo de seus dedos estocando firme enquanto o polegar suaviza a sensação em seu clitóris sentindo as pulsações ao redor desejando que o próprio pau estive no lugar, acariciando seus seios com a outra mão. A vontade que os percorre se torna incontrolável, e Kaigaku não espera mais, ele a empurra delicadamente para a borda do lago e começa a penetrá-la lentamente. A sensação da invasão o faz gemer enquanto murmura.

-- Você é tão apertada e molhada. Eu precisei tanto disso.

Kaigaku começa a aumentar o ritmo de suas estocadas, gemendo e respirando pesadamente. Você pode sentir cada movimento, cada toque dele, como se fosse a única razão de sua existência. A água agora está agitada pela paixão dos dois e os sons do prazer ecoam pela área.

-- Ah... você é tão perfeita...

Os corpos se movimentam em um ritmo perfeito, as sensações do prazer aumentando a cada instante. Suas mãos estão espalmadas sobre os ombros dele enquanto ele se inclina para beijá-la. A única coisa que pode ser escutada além dos gemidos de prazer.

Ele para por um momento o movimento e te encara nos olhos piscando algumas vezes como se estivesse recuperando o fôlego antes de começar novamente os movimentos de uma forma ainda mais intensa do que antes.

-- Ah, você é tão gostosa...

A voz rouca arrepiando sua pele quando mudou de posição sentando nele, cada vez mais intenso, cada vez mais gostoso onde passou a não ligar para mais nada, apenas gemendo alto e gostoso com a sensação de cada canto dentro de si ser preenchida de uma maneira tão gloriosa.

-- Kai... -- Seu sussurro ecoou conforme o recém criado te tocou, deslizando os dedos pelo seu corpo apertando sua cintura e te ajudando a movimentar-se.

Agora estava praticamente de quatro se apoiando na bora daquele lago onde Kaigaku continua a se mover dentro de você, sua respiração ofegante enquanto geme em resposta aos seus próprios movimentos indo de encontro ao dele e à sensação de seu corpo quente e úmido ao redor dele. Ele segura seu quadril firmemente para que possa fazer com que suas estocadas sejam ainda mais profundas e deliciosas, em um agarre firme em seus cabelos puxando levemente seu pescoço para que os lábios tivesse ao alcance um do-outro o moreno tomou seus lábios agarrando suas coxas com vontade descendo por seu pescoço e sorrindo cada vez que escutava sua voz. Tudo era tão diferente quando se tratava dele, tudo é tão... bom.


[...]


E lá estava você, mais uma vez vestida em seus trajes sociais, o vestido pesado e a adaga na cinta, a qual nunca faria questão de tirar. Kaigaku olhava para você com certa tristeza; você não queria ir, não queria sair dali, mas era preciso.

O fulgor que se manteve no êxtase daquele lago permaneceu em seus corpos e agora encarava a marca em seu pulso, sorrindo.

— O que é isso? — Ao tocar a própria pele, o selo reagiu, fazendo com que você olhasse para ele. O moreno te abraçou por trás, segurando seu pulso e levando-o até os lábios. Beijou calmamente acima da marca antes de morder.

— É a certeza de que você sempre me encontrará, ou basta chamar por mim e serei todo seu. — Seu coração disparou e sua respiração pesou.

O tipo de ligação que construíram era semelhante ao de Hanâmi e Akaza, porém ainda estava em experiência para que aprendessem a lidar. Você virou para ele e calmamente acariciou a face bonita.

— Eu voltarei assim que possível. — Tocou os lábios com os dele, e ele sentiu todo o seu temor.

Por mais que estivesse livre, ainda pertencia à corte e, mesmo que afirmasse ser livre e que viveria longe do superior dois, algo havia mudado, e ambos podiam sentir que essa afirmação poderia simplesmente não se cumprir.

Ainda assim, após mais um beijo tórrido, você expôs as asas e alçou voo, contemplando os céus que irrompiam em raios e leves traços vermelhos. Quando saiu daquele local e aterrissou no salão principal do culto do Paraíso Eterno, só pôde contemplar o lorde dos olhos mais belos que já existiram sentado em seu posto, a mão direita de Buda. Algo naquele olhar fugaz dizia que ele finalmente dominara o que tanto o confundia. Ao se aproximar de você, foi tão sorrateiro que somente sentiu os lábios nos seus e o aperto em seu pescoço.

O sorriso cruel e o ambiente frio, assim como o toque em sua cintura.

— Seja bem-vinda de volta, minha Washi no miko.

Sua respiração pesou, não por medo, mas pela certeza de que talvez retornar para perto de Kaigaku demorasse mais do que o planejado e que, talvez, em outra vida as coisas fossem mais fáceis.

Nessa, no entanto, ainda teria que relembrar a um certo lua qual é o seu lugar.


"Não importa onde cheguei sinto no ar a rejeição, então só me resta acabar com ele até que não sobre mais nada."


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Música: Far for Home - Five Finger Death Punch

https://youtu.be/4Ao14gXJmE4

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