Oscilações em meio a mentira

In the middle of the night
When the angels scream
I don't want to live a lie, that I believe
Time to do or die

No meio da noite
Quando os anjos gritam
Não quero viver uma mentira, que eu acredito
Hora do agora ou nunca

Possua-me como nunca, mata-me de dentro para fora. - Queen the Vampire


Seu despertar naquela manhã foi mais sutil do que qualquer outro que já teve, sem pesadelos ou o corpo dolorido pelo peso das próprias escolhas ruins, a longa cabeleira castanha estava ornada ao lado do corpo deixando implícito que na posição que dormiu, acordou e assim se espreguiçou sentando na cama, levantando calmamente seguiu para o banheiro e após seu momento pessoal, vestiu um traje comum. Continuava detestando quimonos pela falta de apertos e por isso o vestido Simplista sem sobreposições ficou bem em seu belo corpo.

-- Nossa, eu emagreci demais. -- Sn massageou as têmporas sorrindo e seguindo o caminho até o andar debaixo, até então não tinha visto o demônio com quem se casou e põe outro lado, Douma estava nervoso, estranhando tal sentimento. O demônio resolveu colher algumas flores pra você e preparar um café para desfrutarem juntos, quando você chegou na sala de jantar de sua nova casa viu tudo muito bem organizado e no canto direito de uma poltrona o Lua lia um livro qualquer, ele não diria que velou o seu sono e que soube o momento exato em que despertou.

-- Bom dia. -- Sn respondeu calmamente e ele fechou o livro se aproximando.

-- Bom dia minha washi no miko -- sussurrou levando sua esquerda aos lábios, te observando ficar com vergonha.

O poder da ilusão é realmente maravilhoso.

Aos poucos ele tocou seu rosto antes de roçar os lábios nos seus antes finalmente os tomar e ser correspondido com um carinho fora do comum, até sentir a mão dele deslizar por seu quadril unindo mais ainda os corpos e apertando sua bunda.

-- Douma! -- Você o empurrou de leve, o levando a rir.

-- Não tem ninguém nesse castelo além de nós dois, amor. -- Seus olhos brilharam pelo adjetivo. -- Fora que combinamos de ter uma lua de mel descente não acha?

-- Pra falar a verdade eu não lembro muito de como foi a nossa... -- Você afirmou e ele lhe roubou um selinho entrelaçando seus dedos e te levando para até a mesa, onde puxou a cadeira para que se sentasse, depois beijou o topo dos seus fios e se sentou ao seu lado se servindo e observando você fazer o mesmo.

-- Foi um momento inesquecível, minha dama, está gravado na minha mente, seu semblante e sua voz. -- Afirmou e seu olhar vagou em busca dessa mesma lembrança, se deparando apenas com seu rosto cheio de lágrimas e com isso piscou diversas vezes como se sua mente tentasse te avisar que algo estava errado, mas era o suficiente.

Esse ainda não seria o gatilho para te libertar das mãos dele.

-- Está completamente fugaz hoje marido. -- Você sorriu sentindo o tornozelo doer um pouco e com isso levantou a barra do vestido.

-- Eu cuidei dele ontem para você, até a noite estará recuperada, só precisa se alimentar melhor meu bem, fico preocupado com a sua saúde. -- Você concordou sorrindo.

-- Não quero que se preocupe querido, depois do café vamos passear? Sinto que não tivemos muito contato por esses dias. -- As mentiras oscilavam tão bem dentro de você, seu semblante até estava melhor como se toda a sua vida ao lado do superior dois tivesse sido assim... extremamente calma. Douma sorriu se sentindo extremamente bem, nem ele conseguia justificar a sensação crescente no próprio peito ao te ver sorrir e após aquele café passaram o restante do dia fora.

O demônio te contemplava livremente cavalgando, haviam apostado corrida com os pesadelos pelos vastos hectares de terra, seu sorriso era grandioso e de certa forma Douma deixou que você ganhasse e ao chegar na beira do lago desceu da montaria comemorando.

-- Eu venci! -- Bateu palminhas sorrindo e ele se aproximou, desceu do pesadelo e foi até você.

-- E o que deseja ganhar minha washi. -- O demônio já tinha alguns dos seus fios na mão esquerda, levando até o rosto e respirando intensamente, se entorpecendo com seu perfume.

-- Não tenho nada em mente, me diga você o que planejou para me surpreender. -- Se virou se acabando com o espaço que os separava e tocou os lábios dele antes de ficar na ponta dos pés e roubar um selinho.
Douma se sentia em êxtase, com suas atitudes, nunca imaginou que pudesse ser tratado assim, não que antes não houvesse acontecido, com Kotoa, por exemplo, mas, nem de longe chegou a ressoar em seu peito. O demônio sentia uma vontade imensa de estar contigo, de pertencer a você, de te agradar e acima de tudo obter a sua aprovação, então a vida que tem no momento é mais do que ele sequer almejou.

Os dias foram se passando e você concordou em ficar por mais uma semana no castelo, estava preocupada com o jardim que ganhou do platinado e os pedidos dos adoradores do mesmo, nesse meio tempo vocês fizeram de tudo, aprendeu a cavalgar um pesadelo como ninguém, a pescar, dividiram a cozinha e ele te ensinou alguns pratos, o que te surpreendeu, contrataram um pintor ao qual emoldurou um quadro seu em um vestido vermelho intenso. Douma pediu para que desenhassem asas longas e na cor preta com as pontas brancas em um desbote no meio, criando um degrade transitório entre preto, cinza e branco e na visão do platinado a verdadeira personificação da luxúria que ele tanto carrega.

Depois um quadro familiar foi pintado, ambos trajavam roupas em dois tons, branco e vermelho, você estava sentada em um trono e ele ao seu lado direito, de pé, com a mão apoiada em seu ombro ao qual você tocava, em outra foto ambos dançavam no salão principal e ele amava a experiência de te ver assim.

Na última foto foi a que mais gostou, ambos montados em um alazão negro no meio daquela paisagem vermelha e branca onde flores e o castelo pareciam aquarelável e serviam de fundo. E de acordo com o Lua dois está perfeito e levaria para o palácio.

Seu humor e seu peso estabilizaram por completo, fazia tempos que não se sentia tão revigorada e estava adorando aprender com e sobre você. Uma cena familiar em questão lhe chamou atenção, em uma tarde qualquer você lia um livro quando Douma te abordou na biblioteca, ele fez uma massagem em suas pernas e pediu para que lê-se um pouco, puxando seu corpo para perto, te tendo com a cintura bem em cima dele, apertando suas coxas e alisando sua pele.

A mente de Sn tinha um borrão fixo onde se via em uma situação parecida, beijando a boca do demônio, tendo as roupas arrancadas em cima de uma mesa, sua mente insistindo em dizer que não era ele, que tudo não passava de uma ilusão, mas, ao mesmo tempo, te convencia de que sempre foi ele, de que nunca existiu outro.

Uma confusão que você estava tão emersa que nem notou quando o superior dois fechou os olhos devido às dores em sua cabeça.

"Esta gostando de brincar de casinha?" O cenho franzido de Douma te deixou curiosa, principalmente quando ele apoiou as unhas pontudas na própria têmpora.

"Mestre..."

"Fique quieto e engravide logo essa humana, não é possível que foder seja algo tão difícil para você!" Douma respirou profundamente, ele não saberia como explicar, mas... Não queria te ver morrendo dessa forma, não quando planeja viver eternamente ao seu lado. O Lua sabe muito bem no que isso implica, poderia ser punido como traidor, uma vez que se morta pelas mãos de Muzan, qualquer renascimento ou tentativa de pertencer a corte não existiria mais.

"O corpo dela estava fraco meu senhor, eu só posterguei, do contrário ela abortaria novamente." Não mentiu, entretanto, a culpa era completamente do próprio por sua situação anterior.

"Se continuar a enrolar não verá o amanhã." De repente um aperto forte sufocou a respiração do demônio, assim como o sangue que gotejou e pingou em suas vestes, e ao olhar para cima viu a lágrima vermelha passar pelo belo rosto, seu coração disparou e largou rapidamente o livro tocando o pulso dele e o balançando.

-- Douma! Douma! -- Sua voz ecoou até o momento que ele abriu os olhos lentamente te encarando calmamente.

-- O que foi minha washi?

-- Seu olhos... -- Ele desviou o olhar para a gota carmesim que manchava suas vestes, esfregando o tecido e olhando para você, assistindo a sua preocupação.

-- Não foi nada, me desculpe por preocupá-la. -- Deixou um selar em seus lábios.

-- Você estava chorando sangue e sua face deixou claro que estava sofrendo, o que está acontecendo?

Ele sorriu de maneira angelical pro sua louvável preocupação.

-- Não foi nada, amor, eu só cochilei um pouco e tive um pesadelo.

-- Quer conversar sobre isso? -- Você propôs e ele foi empurrando seu corpo até poder se deitar sobre seus montes e se sufocar ali, te deixando extremamente envergonhada. Vale lembrar que em todo esse tempo ele não tocou em você com fins sexuais, talvez, só talvez... Porque queria evitar uma concebeção antecipada, fora que estava se divertindo demais com as novas emoções e sentimentos adquiridos ao seu lado.

O Lua superior dois estava completamente apaixonado e não fazia a menor ideia de que as palavras de Hanâmi na fatídica tarde em que privou sua mente de toda a dor que ele causou, foram mais do que um aviso.

-- Na verdade, não querida, eu estou a fim de fazer outra coisa... -- Ele mordeu o lábio inferior te olhando com desejo, claro que em todo esse tempo ele quis estar com você, mas tinha prioridades que iam além do carnal, infelizmente agora, por mais que o desejo estivesse latente, faria com que você o sentisse, do contrário morreriam sem motivo.

-- É-é... O que você quer? --Desconversou, algo ainda martelava em sua mente que deveria manter-se longe o suficiente das vontades dele, com isso ia chegando para trás no sofá e ele ia subindo junto de ti, até que travou sua cintura e deixou o peso cair sobre você.

-- Minha washi no miko vai fugir de mim? -- Sorriu maliciosamente roçando o nariz no seu pescoço assim como os lábios que causavam um arrepio em seu corpo, algo entre excitação e medo, ao qual julgou descabido já que estavam casados e não tinha motivo para o sentir uma vez que esteve com ele em outros momentos.

-- N-não. -- Sua voz meio trêmula despertou a curiosidade do demônio.

-- Não quer, é isso? -- Uma certa sombra pairou nos olhos arco-íris.

-- Olha. -- Você desviou o olhar, uma vez que ele estava sendo intenso demais para você. -- Eu não sei o que está acontecendo, só acho que a biblioteca não é um bom lugar. -- Mentiu. Não contaria seus receios, pois, de certa forma, sentia que não devia.

Douma se levantou sorrindo e estendeu a mão para você, que ao aceitar teve o corpo puxado até que estivesse nos braços do superior.

-- Nesse caso vamos para um local adequado. -- Sem esperar pela resposta, saiu da biblioteca caminhando em direção aos quartos do segundo andar. -- Minha Washi está tão calada, beijou o topo dos seus fios, assim que chegaram no quarto ele te colocou na cama com suavidade tirando a parte de cima do traje que usava.

-- Não é nada, só não estou acostumada com você sendo tão intenso. -- Respirou pesado sentindo os lábios dele roçarem acima de seu seio.

-- Isso é impossível meu bem, eu sempre sou intenso com você, só estava esperando que se recuperasse e para ser sincero eu nunca cheguei a fazer o que realmente quero com seu corpo. -- As unhas pontiagudas raspando na sua pele e te arrepiando profundamente.

-- E o que você quer fazer comigo? -- Havia um fio de curiosidade em meio a toda sua temerosidade.

-- Eu quero te mostrar pessoalmente o quanto tenho me segurando querida. -- Ele sorriu antes de morder de leve seu pescoço -- Hoje eu não serei tão carinhoso minha dama, eu realmente quero te foder.

Seu rosto foi mudando de cor conforme o demônio apertava suas coxas, arrancando da sua boca um gemido de prazer.

-- E então me dará a sua permissão? Prometo que não vou te machucar... Muito.

Por alguma razão você lembrava de todas as transas que tiveram, entretanto, nenhuma delas lhe pareceu com aversão e sim momentos íntimos com seu marido.

-- Ainda temos de retornar ao Palácio Douma -- você colocou as mãos envolta do ombro dele fazendo um carinho nos cabelos e em nome do rei dos demônios, ele estava adorando isso.

-- Não se preocupe, minha washi, eu cuido de tudo depois. -- Roçou os lábios nos seus, adentrando sua peça íntima com a esquerda te masturbando com os dedos, a boca dele tomou conta da sua em um beijo extremamente intenso conforme se perdiam no ósculo ele a penetrava com os mesmos dedos. Seu arfar entre os lábios o deixou mais do que satisfeito, principalmente quando apoiou a testa no lado direito do peito dele ainda coberto.

-- Vamos minha dama, qual é a sua resposta? -- Socou com força os dedos dentro de você, ouvindo-a gemer alto, para só então olhar nos olhos dele e assenti. -- Excelente, prometo que não irá se arrepender...

Sua cabeça chegava a girar, se perguntando da onde ele tirou tanta criatividade para te amarrar daquele jeito, onde os seus gritos e gemidos de desespero ecoavam pelo local. Claro que todos eles eram de prazer, um prazer que você nunca tinha sentindo antes;

Suas pernas tremiam muito, seus cabelos completamente hisutos e sua respiração ofegante, tudo porque Douma estava ali, entre suas pernas te satisfazendo mais uma vez. O demônio poderia ser um tanto quanto sádico, mas, adorava levá-la ao ápice noite após noite. Suas auréolas estavam roxas devida a pressão exercida pelos grampos presos em seus bicos, fora todos os chupões que recebeu e para completar as suas costas chegaram a desgrudar da cama em meio a mais um orgasmo.

Um rastro gelado aos poucos marcou suas coxas devido aos lábios levemente macios e você ofegou, os braços estavam presos e ele ria de ti.

-- Pare de tremer minha Washi no Miko. Talvez eu deva esquentá-la. -- E sorrindo afundou levemente as presas na sua carne, a dor lhe fazendo revirar os olhos e então, o frio congelante de sempre, afetando todos os seus sentidos com vontade, marcando sua alma e acima de tudo maculando seu ser. No entanto, gemeu alto quando nem se deu conta de que ele já havia te penetrado, as garras demarcando sua pele e o chicote de tiras em mãos, ao qual ele utilizou para alisar toda a sua pele exposta, causando uma mistura de medo, excitação e ansiedade.
E quando passou a te bater com ele você revirou os olhos, a mão do Lua era pesada, um tanto que você nunca imaginou, cada chicotada deixava sua pele ardida e para piorar ele se mantinha imóvel dentro de você, apenas te sentindo pulsar.

-- Fascinante minha Washi. Você realmente aguenta. Agora -- notou que ao soprar o ar saiu frio assim como o seu interior parecia congelar. -- Isso será divertido.

-- Douma, você vai me matar! -- Você se remexeu e ele riu antes de baixar o corpo em direção ao seu beijando seu pescoço, serpenteando a língua por sua pele quente, úmida e arrepiada, quando chegou em ambos os mamilos, já dormentes pelos grampos os retirou lentamente e foi só o contato da boca fria para você gemer, as mãos voltaram a apertar sua cintura e as investidas entre suas pernas recomeçaram, O Lua passou a alternar entre seus seios conforme foi esquentando novamente até que te ouviu gritar e com isso riu de lado, você estava tão úmida e ainda assim não era o suficiente.

[...]


Seu corpo repousava na cama, Douma havia cuidado muito bem de você, mas o cansaço era eminente, depois de tantas horas nas mãos do demônio agora repousava no peito dele tendo os cabelos alisados com carinho.

-- Retornamos para nossa casa amanhã. -- Ele afirmou.

-- Por mim tudo bem, estou com saudade das outras e quero ver Lady Kotoa e Lady Nefira também. -- Ele sorriu, na mente do Lua algumas ideias a respeito do que faria com você passavam, no entanto, concordou minimamente.

-- Acho uma ótima ideia minha dama, também quero ver Kotoa e gosto do fato de que sejam amigas. -- Beijou o topo de seus fios.

Ambos não faziam a menor ideia de que em breve toda essa calmaria e falsa tranquilidade estava preste a ruir e com ela viria a maré vermelha que rapidamente poderia os afogar e extinguir qualquer traço do que viveram, afinal o falso amor pode ser mais perigoso e mortal do que uma mera ilusão.



And the story goes on
On! On
That's how the story goes
That's how the story goes
You and I will never die
It's a dark embrace

E a história continua
Continua! Continua

É assim que a história continua
É assim que a história continua

Você e eu nunca morreremos
É um abraço obscuro

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Música: Do or die - 30S.T.M

https://youtu.be/VBabN2OuETU

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