8.Curta manipulação
No hope in sight
Daylight before them dies
Enshrined the horrified
No hope in sight
-- Eu posso te ajudar -- Tais palavras te deixaram muito tensa, você olhou para trás se assustando com a proximidade e o olhar só moreno, pressionou os lábios meio incerta ao dar-se conta de quem era.
-- Não preciso, mas obrigada. -- Desviou o olhar constrangida, ainda se lembrava das palavras de Douma.
-- Deixe-me adivinhar? Douma te ameaçou? -- Você se manteve em silêncio e o moreno sorriu de leve.
-- Sabe aquele lorde é muito sádico e instável, você estava pesquisando sobre nefelins? -- Ele se afastou, não havia como prever, mas, Kaigaku achava que estava cumprindo ordens. Veja bem, só pressupunha que essa fosse a vontade de seu mentor.
-- Na verdade, esse livro tem tudo o que eu preciso. -- Mentiu, só queria se distrair.
-- Ah, nesse caso não irei atrapalhá-la, mas se me permitir eu preciso estudar um pouco sobre algumas técnicas de esgrima. -- Ele comunicou e estranhamente não se sentou tão desconfortável.
-- Não precisa da minha permissão para ficar. -- Kaigaku julgou-a de maneira adorável sorrindo de lado.
-- Parece que ainda não entendeu a sua posição nesse lugar não é mesmo?
Seus olhos brilhantes piscaram lentamente se levantando completamente pela primeira vez desde que o demônio dourada saiu do ambiente, com o livro em mãos observou o 'homem' de cabelos escuros e traje azul-marinho que subia a escada em busca de alguns livros, Kaigaku os amontoou no ombro direito e desceu os degraus como se a pilha tivesse grudada ali, sem algum apoio ou esforço, realmente impressionante para qualquer um que observasse, logo notou que ele é diferente, não faz questão alguma de te forçar a qualquer coisa e, na verdade, até lhe ofereceu ajuda, ajuda está que você começou a avaliar.
-- Escute, ainda não me revelou seu nome. -- Sussurrou, ele terminou de descer e pôs os livros sobre a ampla mesa de madeira escura.
-- Falha minha, sou Kaigaku sétimo superior.
-- Prazer Kaigaku sou Sn, pode me dizer o que era aquele papel ao qual meu dedo foi cortado?
-- Não, isso é função do seu demônio contratado.
Suspirou agora queria respostas, então resolver pôr em xeque todas as perguntas que vinham em sua mente, uma delas ele iria responder:
-- Então você também é um demônio?
-- Sou um recém-criado.
-- E o que é isso?
-- Em breve saberá na pele.-- Você engoliu em seco.
-- Há uma forma de sair daqui?
-- Com vida não. -- Ironizou e sua mente vagou pelas lembranças, ficando subitamente sem graça.
-- Por que me-me beijou? -- Ele riu de sua pergunta sem jeito.
-- E por que não beijá-la? -- O ar em sua face era a mistura perfeita de arrogância e ironia.
-- Olha francamente, não é assim que se conversa! -- Sua paciência aos poucos ia embora e por mais que ele estivesse gostando de sua reação não poderia te estressar, sabia que Douma não estava no castelo e que assim teriam um pouco mais de privacidade.
-- Aquilo não foi um beijo, foi um sopro de vida. -- Respondeu vagamente lhe deixando bem confusa, o moreno de aproximou colocando seus fios para trás e te olhando fixamente.
-- Me permita e eu te mostro o que é um beijo de verdade. -- Sua mão foi ao peito alheio lembrando das palavras de seu demônio e ele percebeu tal reação. -- Não precisa temer, Douma está na corte agora e não lhe fará mal ou sequer saberá do que acontecer aqui, basta que me dê sua permissão.
Sn Nethuns Amarantis nunca em toda a sua vida se viu diante de um dilema tão supérfluo, sempre lidando com questões burocráticas e aprendendo regras de etiqueta, nunca teve tempo para circunstâncias dadas como levianas ou sequer contatos amorosos, ainda assim sentia que estava cometendo um erro, no entanto, baixou sua mão dando a tal permissão. O demônio sorriu de leve se aproximando mais, colocou alguns de seus fios para trás da orelha direita e se prendeu em seu olhar, seus lábios pareciam tão convidativos e seu semblante doce, um prato cheio para um demônio recém-criado. Kaigaku selou seus lábios utilizando a destra para contornar sua cintura e aprofundar o contato, a língua dele, logo adentrou sua boca e seus olhos se fecharam, o aperto em sua cintura com ambas as mãos deixou tudo mais tenso e nem percebeu quando suas mãos apertavam o tecido do traje sobre o peito dele, porém, aos poucos foi cedendo sentindo relaxar naqueles braços, suas mãos dedilharam o pescoço e se engancharam nos fios curtos aproveitando o momento, sentindo os toques macios que aos poucos se aprofundavam, você arfou quando ele se separou respirando intensamente. Diferente de Douma que gosta de te causar aflição, Kaigaku sabe exatamente como te deixar relaxada, o moreno se afastou pegando os livros notando que estava mais calma e possuía absoluta certeza que em seu olhar residia o brilho da famigerada excitação.
-- Sempre que precisar relaxar me chame, agora devo ir. -- Seu semblante aqueceu involuntariamente conforme o observou sair, e agora finalmente sozinha tocou seus lábios formigantes além de andar de um lado para o outro.
Sn cometeu seu primeiro pecado, talvez o demônio dourado tivesse mais próximo de conseguir o que tanto queria.
[...]
Por mais algumas horas você permaneceu em seu mundo munido de raciocínios que se misturavam com o toque e o sabor daqueles que a desbravaram, involuntariamente se viu comparando as atitudes de Douma e as de Kaigaku, a brutalidade de um e a quietude de outro, sem entender o que de fato era realidade, entenda, você se guia por seus instintos e pelos momentos que tem e não está a par de uma rede de mentiras tecidas através do tempo como uma teia de aranha perfeitamente resistente.
Sua cabeça girou e você fechou o livro, não tinha conseguido absorver nada, então, com ele em mãos, seguiu até a porta ao qual deu três batidas com seus dedos e a senhora a abriu.
-- Está com fome? -- Perguntou amavelmente.
-- Estou sim, mas... Será que pode me ajudar a encontrar algo para calçar? Meus pés estão muito frios.
Sua voz nunca se elevava e ela demonstrou o espanto.
-- Oh senhorita perdão, não estive atenta as suas necessidades. -- Você sorriu de leve.
-- Não precisa me tratar desse jeito, por favor. Eu não sou melhor do que ninguém aqui. -- A idosa sorriu, por todas as mulheres que passaram pelo palácio em acordos ou forçadas, foram poucas aquelas que apresentaram tanta bondade quanto você.
-- Vou levá-la para a sala de banho e lhe preparar um traje Lim...
O ar ficou mais frio, a idosa engoliu a saliva com dificuldade e você sentiu os mesmos calafrios em sua pele.
-- Pode se retirar Nobuki-chan, eu mesmo levarei minha noiva aos nossos aposentos. -- Você apertou o livro contra o peito. -- Por favor me acompanhe Sn-chan.
Apesar de receosa, você o seguiu.
-- Veja bem Sn a esquerda há os quartos das adoradoras do culto do paraíso eterno, a direita o quarto dos serviçais e no andar de cima está reservado para nós.
Você andava atrás dele olhando na direção em que ele explicava.
-- E o quarto que fiquei quando cheguei aqui?
Ele sorriu.
-- De uma das minhas adoradoras favoritas, mas não se preocupe, agora ficará em um local melhor, bom vamos comer. -- Você se espantou em seu íntimo, tinha certeza de que demônios não comiam... Pelo menos, não comidas comuns.
Em silêncio foi conduzida até o salão da refeição anterior, agora ornado com arandelas acesas e uma bela tapeçaria, fora a decoração de centro, flores frescas e das mais variadas.
-- Você mandou preparar isso? -- Sua voz estava confiante.
-- Sim, fui bem claro quanto ao jantar: algo que agradasse a minha noiva, o restante ficou por conta delas, todas estão ansiosas para lhe conhecer. -- O demônio se apressou em ir até a cadeira direita ao lado da cabeceira e puxar para você, a mudança repentina de humor lhe deixava em alerta, mas não negou, estava com fome e nada lhe impediria de saciá-la.
O menu ofertado pelas moradoras do palácio incluía diversas iguarias que você nunca provou, mesmo que fosse de família abastada, deixando claro que os pratos não eram tradicionais e seus olhos brilharam por uma massa clara com uma casquinha torrada acima em tom dourado, você se serviu sem cerimônias notando como o demônio lhe observava e na primeira garfada se apaixonou. O recheio da massa consistia em molho de camarão com toque de limão siciliano uma verdadeira iguaria.
Ele apoiou o rosto em uma das palmas te observando comer e lhe serviu vinho branco.
-- Beba, vai realçar o sabor. -- E então Douma finalmente se serviu do mesmo prato que você comendo com tanta classe que até parecia imitar seus movimentos, no fim você cedeu ao vinho sentindo o leve ressoar em sua língua antes de pôr a taça de volta, realmente deixava o sabor em evidência, porém, álcool não lhe agrada.
-- Você reclamou de seus pés frios, não é? -- Indagou lhe erguendo nós braços de maneira súbita, seu coração mais uma vez disparou e assim apertou o tecido do vestido.
-- Eu posso andar sozinha.
Ele riu de leve
-- Mais não vai, se está com frio irei aquecê-la.
As palavras morreram mediante afirmação e aos poucos o demônio subiu as escadas com você nos braços, mal adentraram um luxuoso quarto, quando de relance você viu uma mulher de longos fios prateados, seu busto demarcado pelo corpete enquanto a saia do vestido fique bem contemplando o visual em tons de verde, branco e dourado, evidentemente que se tratavam de fios de ouro.
-- Daki-chan deveria vir amanhã e não hoje. -- Ela se aproximou se curvando em respeito.
-- Lorde Douma, pelo visto essa garotinha precisa de cuidados olha o estado dos pés dela. -- A voz melodiosa te deixou confusa e por um momento imaginou que fosse a amante ou até mesmo a acompanhante do demônio.
-- Sn-chan Deixe-me te apresentar, essa é Daki-chan, ela é praticamente minha filha. -- Ironizou sem te por no chão.
-- Muito prazer. -- Sua voz saiu baixa devido aos leves apertos que ele lhe dava.
-- Eu já imaginava que era bela, afinal Douma é viciado em lindas mulheres, mas dessa vez se superou, sua beleza se equipara a minha. -- Você não soube como reagir aquilo, parecia uma espécie de elogio e, ao mesmo tempo, descontentamento.
-- Assim vai constranger minha esposa. -- O loiro andou com você até a cama e se sentou te mando no colo como se fosse uma boneca e não lhe dando espaço para sair, a prateada cruzou os braços e você pode notar unhas semelhantes as dele só que em tons diferentes.
-- Eu não preciso fazer o seu trabalho. -- Piscou. -- Bom, eu vim para ajudar com a mulher humana, mas já que está recusando passarei a noite em um dos quartos e Gyu está lá embaixo. Creio que uma das suas seguidoras é cega, pois se apaixonou por meu irmão.
Daki revirou os olhos e você pensou instantaneamente em como alguém poderia tratar um familiar assim, depois lhe ocorreu que talvez fossem distantes ou que não se dessem bem.
-- Dê um oi para Gyu-san e se ele realmente gostar de alguma delas pode ficar, eu não terei muito tempo. -- O loiro esfregou o rosto em seu ombro e a platinada emitiu um "tesc" antes de sair, você pode ouvir o trinco da porta sendo girado e seus olhos vagaram por todo o local.
-- Agora que estamos a sós, que tal você tomar um banho para dormir, creio que esses pés precisem descansar. -- Ele te largou e você ficou de pé.
-- Não tenho roupas para isso.
Ele abriu o leque sorrindo sem que pudesse ser visto e deu alguns passos pelo ambiente.
-- Daki jamais viria aqui à toa, se tinha interesse em passar um tempo com você, pode ter certeza de que ela armou algo, vejamos... Aqui está. -- Douma foi até o armário encontrando alguns trajes femininos e roupas íntimas dobradas. -- Venha ver Sn, tenho certeza de que caíram bem em seu corpo, eu nunca erro uma medida. -- Ele se afastou -- Vou deixá-la sozinha para que se lave e lembre-se...
Ele fechou o leque com força e uma curta rajada de vento foi em sua direção, eriçando seus pelos pelo contato frio.
-- Não fuja.
O ambiente ficou silencioso e suas coxas parecia trêmulas, o efeito aos poucos se estendia por todo o seu corpo, a famigerada sensação de medo que estava de tornando uma amiga e aliada ao qual você desgosta a profundamente.
Você entrou na única porta além daquela que havia vindo, imaginado ser o banheiro e estava com a razão, verificou se não era observada e quando teve a certeza se despiu trançando os fios e dando nós até que ficassem na altura de seus ombros seu pé esquerdo tocou a superfície da água e você gemeu com o contato, estava tão quente e o cheiro de lima fez com que relaxasse instantaneamente a bucha feita de pétalas estava ao lado do sabonete, você demorou bastante no banho lavando seu corpo e pensando em tudo o que ocorreu desde que chegou ao templo, a água com o tempo esfriou e nem assim foi o suficiente para que conseguisse relaxar seus músculos, respirando fundo saiu da banheira e se secou rapidamente, viu os pontes de vidro com o creme viscoso sobre a bancada de mármore da pia e um bilhete na frente:
"Acho que não existe uma mulher que não aprecie o cuidado, use foi caro.
Em breve nos conheceremos melhor.
Daki."
Você cheirou o conteúdo apreciando o aroma cítrico imaginando como seria ter sua pele banhada por ele, mas por instinto e até mesmo cuidado se resguardou aplicando uma curta quantidade nos dedos e espalhando pelas falanges da mão esquerda e dorso massageando, sua pele ficou ainda mais macia além de cheirosa, o tecido dos trajes íntimos cobriram suas partes antes da camisola vir por cima e seus longos cabelos trançados desaguar por suas costas, seu corpo pareceu dar-se conta de toda a pressão que passou ao longo dos dias desse que pisou nesse local, pois, seus olhos pesados praticamente lhe fizeram ir ao chão.
Respirando fundo, você saiu do cômodo, retornando ao quarto onde notou o loiro Trajando um roupão vermelho e nada mais.
"Deus, eu só quero sair daqui." Pensou.
-- Sn-chan, pelo visto está cansada? Não é hoje que lhe mostrarei como pretendo cuidar de você.
-- Não é hoje e nem nunca. -- Estava cansada e qualquer cordialidade falsa lhe faltava, só precisava descansar e o loiro entendeu isso. Indo até você e te puxando sem que oferecesse qualquer tipo de reação.
-- Esse cheiro vindo de você é ótimo. -- Ralhou o nariz por seu braço, lhe deixando completamente envergonhada, no entanto, o contato não cessou. Seu corpo mal jazia deitado na cama quando uma mão fria e esguia alcançou a parte nua de sua coxa, cada toque emitia um rastro preocupante, uma sensação de calor extrema que chegava a marcar a pele em meio a um colosso de gelo, sentia tudo e não portava nada.
Os dedos dele, logo estavam mais acima tocando sua peça íntima, notando o pequeno laço na lateral de seu quadril.
-- Esse será um presente ao qual terei prazer em abrir. -- Sorriu de canto revelando uma das presas e te trazendo de volta a situação, suas mãos foram ao peito alheio e ele deixou que o peso até então inexistente de seu corpo se fizesse presente se respaldando em suas pernas.
Os olhos de Sn piscaram de maneira desacreditada, quando foi que o demônio se prostrou sobre ti?
Uma leve friagem percorreu seu baixo ventre e suas pernas e em meio a um desvio de olhar compreendeu que sua camisola foi completamente levantada, Douma abriu o próprio traje revelando um corpo lindamente trabalhado e altamente interessante, em um movimento rápido sentiu suas pernas serem aberta e algo quente ser esfregado em sua calcinha, o laço aos poucos foi desfeito revelando sua intimidade e o contato quente de pele com pele te fez tencionar os músculos, ele olhava em seus olhos notando o quão alarmada estava enquanto o membro lhe invadia e suas mãos foram eu seus lábios contendo o espanto enquanto uma lágrima escorria.
Sua pureza havia sido arrancada e você nem entendia o que estava de fato acontecendo, até que ouviu um leve gargalhar, precisou piscar os olhos diversas vezes para que sentisse a imagem a sua frente aos poucos se distorcendo até apagar o momento que estava em sua mente e, em mais alguns piscares deu-se conta do que realmente ocorria.
Seu corpo estava suado, sua respiração desregulada e seu quadril sobre o colo dele.
-- Minha dama deve ter mais cuidado. -- As unhas pontiagudas deslizavam por suas costas em um carinho que mais lhe arrepiava enquanto leves arranhões se formavam em sua pele, nada que pudesse lhe machucar.
-- O que...
-- Você desmaiou de cansaço, felizmente tive tempo de lhe amparar. -- Sentiu o macio da cama em seu corpo enquanto lhe deitava.
-- Mas... mas e o que eu vi? -- Ele riu de lado.
-- Posso realizá-lo quando desejar. -- Desviou o olhar não era constrangimento que lhe atingia e sim a incerteza se tal ato foi induzido em sua pobre mente defasada e o maldito demônio sabia exatamente de seus pensamentos.
-- Dispenso. -- Sua boca chegou a se encher quando falou.
Douma se levantou indo de encontro aos seus pés, pegou a ambos pondo sobre o colo e conferindo as solas massageando de leve e te ouvindo respirar profundamente, chegou a um ponto de seus nervos que ele tencionou com perfeição e foi como se seu corpo todo se afundasse nos lençóis macios sentindo relaxar. O demônio continuou cuidando dos seus pés cansados até que praticamente adormecesse, assim, ele contornou a cama se deitando ao seu lado e puxando seu corpo pré-adormecido para si.
-- Você vai dormir aqui? -- Sua voz saiu em um fio do que ainda lhe restava de consciência.
-- Apenas durma minha dama, amanhã começaremos a te preparar para assumir o seu contrato, afinal o tempo é curto quando se vive eternamente. -- Você não compreendeu de fato o sentido de tais palavras e não tinha energia sequer para afastá-lo e pelo seu cansaço, somente por isso o demônio não foi rejeitado.
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Pré revisado
Música: No Hope In Sight - Paradise Lost
https://youtu.be/F7O1z-Vw9Vc
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