Vá a festa ao qual foi convidada

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Linguagem imprópria de maneira suave.

Na fanfic o Gyutaro é mais velho do que a Sn
O próximo será o último

Pré revisado, boa leitura 

Vá a festa ao qual foi convidada

Você se olhava no espelho descrente, estava mesmo cogitando a hipótese de ir a uma festa do quarto ano?

Suspirando meio irritada prendeu o cabelo da forma como mais gostava, estava vestida de maneira simples, mas bela e encarou sua gaveta de meias procurando por uma peça que se adequasse ao seu atual look, no fim optou por uma meia preta com a logo das meninas superpoderosas, seu macaquinho preto jeans foi preso em apenas uma alça do contrário esconderia a docinho que ficava localizada em seu seio sobre a camisa branca, pegou o celular passou um batom vermelho-escuro e quatro camadas de máscara de cílios os deixando bem longos e cheios e pronto, estava linda. Antes que pudesse sair do quarto, três batidas soaram na porta, sua mãe estava a seu aguardo:

— Sn querida está linda! Vai aonde que não me avisou? — Você sorriu delicadamente.

— Desculpe mãe, achei que tinha avisado, fui convidada para uma festa de escola, sem álcool e apenas alguns amigos.

Ela te olhou desconfiada, afinal também já foi adolescente, então tinha plena ciência do que e como ocorreria, no entanto, jamais se basearia na própria experiência para lhe impedir de viver as suas.

— E que horas a mocinha está pensando em voltar? — Cruzou os braços além de arquear a sobrancelha, revelando um semblante sério e pouco preocupado, pelo menos é o que você conseguia enxergar.

— Não muito tarde, posso voltar às dez?

— Onze e não passe desse limite. — Você se espantou. Tá que sua mãe é uma pessoa legal e maravilhosa, mas nunca em toda a sua vida te deu tanta liberdade, se bem que você sempre recusava às festas e, no fundo, só queria ajudar, sorrindo você concordou com a pequena ordem antes de se aproximar e deixar um abraço. — Só mais uma coisa. Tem dinheiro na mesinha da sala e por favor não hesite em me ligar se precisar de algo ou até mesmo para te buscar, ficamos assim?

— Claro, mãe, só tenho que ir agora, pois combinei com uma amiga de encontrá-la na frente da escola. — Deu um beijinho nos cabelos da matriarca antes de correr para as escadas, ouvindo um berro por parte dela:

— NÃO ESQUECE O SPRAY DE PIMENTA!

Mesmo que revirasse os olhos, não descumpriria uma ordem vinda da pessoa que mais te ama e te apoia nesse mundo.


[...]


As ruas estavam frias e pouco movimentadas e agora na frente da escola você se agradecia mentalmente por ter posto um cropped com mangas, seu olhar vacilou um pouco, mas não custou ao conferir a mensagem no celular indicando que estava prestes a chegar.

"Estou dentro da escola, já te encontro aí fora." Daki ♡

"Ok. Xoxo" Respondeu.

A prateada levou cerca de três minutos e você notou como ela estava bonita em um vestido preto com uma camisa branca por dentro, além de usar um tênis branco.

— Você caprichou na produção Sn, está linda! — Comentou, te deixando envergonhada.

— Ah isso, vesti a primeira coisa que peguei. — comentou. Uma baita mentira tinha

passado horas decidindo o que vestiria.

— Sei — Ela riu retocando o batom. — Vamos chamei um Uber, Douma resolveu dar uma festa na cabana, aquele idiota. — Revirou os olhos.

E você riu.

— Sabe Daki da forma como fala até parece que vivem brigando.

— Brigando? Douma é um ser cretino que tira a minha paciência com muita facilidade, acredita que ele se envolveu com uma mulher mais velha? Olha... Haja paciência.

— Ah, pelo menos ele sossega. Agora me conta como é essa festa, pois se for rolar drogas, porcarias e put... Eu vou voltar pra casa. — A prateada gargalhou alto ao te ouvir.

— Sn, não é porque a festa é do quarto ano que o povo é degenerado, então quer relaxar? É a sua primeira festa e vai correr tudo bem. — Mesmo que Daki sorrisse se sentia ansiosa e quando entraram no carro tudo o que fez foi contar os minutos para que tudo acabasse.

Se esquecendo de que a ansiedade por muitas vezes impede de viver bons momentos.

A festa estava lotada e a prateada mal entrou te puxando junto quando os conhecidos vieram até ela deixando um abraço caloroso.

"Meu deus, quanta gente." Sn pensou.

— E aí vai ou não apresentar essa gatinha que veio com você? — O garoto em si não era feio, fios pretos e olhos verdes, mas o ar. Esse passava uma arrogância que te fazia revirar os olhos mesmo sem o conhecer.

— Não faz o seu tipo Kaigaku, porque não procura Mugaku aposto que ela deve ter vindo na festa. — Sorriu e olhou em sua direção: — Acho que deveria ir à varanda Sn, o ar de lá é bem mais agradável.

Sua ficha demorou a cair mesmo que a prateada tivesse piscado.

— Sn sua lerda, meu irmão está na varanda. — Sussurrou em seu ouvido.

— É... Eu não...

— Cara só vai.

Seu rosto ficou vermelho e ambas seguiram para a cozinha, onde a mesma te entregou um copo de bebida e pal sua cara ela balançou a cabeça. — É sem álcool, Gyu não me deixa beber, aqueles ali são os barris de cerveja. — Apontou para os barris vermelhos.

— Menos mal, adoro suco. — Bebeu um golinho antes de se afastar e discretamente seguir para a varanda. De fato a cabana possui-a uma bela visão, tendo como tela um lago privativo e muitas árvores e flores, além de uma brisa revigorante e natural causada pelo ar intacto.

Seus olhos se desvirtuaram da paisagem procurando por uma certa cabeleira esverdeada e se surpreendeu ao encontrá-lo sentado em uma namoradeira de madeira envernizada em tom claro com detalhas de ramificações de flores nos braços, com vergonha se aproximou notando o semblante calmo observando o céu, nas mãos um copo vermelho provavelmente com cerveja, logo de cara notou que o semblante dele estava cansado com algumas olheiras.

— Hey Gyutaro! — Por dentro se amaldiçoou por não ter uma forma menos idiota de o cumprimentar.

— Sn, o que faz aqui?

Ignorou completamente a pergunta sorrindo.

— Posso sentar aqui com você?

— Hum? Claro. — Se limitou a olhar para céu, na cabeça dele não entrava o ato de você querer ficar ali ao lado dele com um bando de gente na festa que segundo o próprio fariam o seu tipo.

Ledo engano.

Você se aproximou até que seus braços se tocassem, o seu coberto pela manga da camisa e o dele por um casaco escuro. O silêncio apesar de confortável te deixava inquieta e o cheiro forte de hortelã que vinha dele te deixava ainda mais encabulada, pensou em perguntar se havia comido o chocolate ou terminado o dever e ele como se lesse seu semblante se virou em sua direção.

— O chocolate estava uma delícia, como sabe que eu gosto de hortelã?

Seu rosto enrubesceu um pouco.

— Foi um chute, na verdade, você pinta o cabelo de verde, então eu tentei fazer olhos dessa cor, mas o Hortelã tinge naturalmente. Fico feliz que tenha gostado.— Sorriu olhando para o céu e novamente o silêncio se fez presente, mas você não iria ser invasiva, talvez esse seja o jeito dele.

E então algo te surpreendeu.

— Por que eu?

Sn piscou algumas vezes até olhar seriamente.

— Por que não você?

Dessa vez seus olhos procuraram por alguma hesitação antes de aproximar notando cada detalhe dele, as mangas do moletom estava dobrado e notou algumas pintas pelo braço assim com as unhas pintadas em tom verde-escuro e uma pequena tatuagem no pulso com o Kanji do número seis sua memória percorreu rapidamente as lembranças que tinha recordando que Daki tinha uma tatuagem igual além de algumas pintas pelos braços mais sutis que as dele.

— Sn não é legal responder com outra pergunta. — Agora lhe olhava intensamente.

— Gyu...Taro...

— Quer saber, é melhor não responder nêh.

— E, por que não?

Ele sorriu e seu coração bateu mais forte do que devia.

— Sn, a única coisa ao qual estou acostumado não implica em uma garota bonita me dando chocolates no Dia dos Namorados.

Você piscou diversas vezes.

— Então me acha bonita? — Sussurrou.

— É nêh... — Coçou a nuca pelo rumo da conversar que segundo ele estava começando a ficar desconfortável, por dentro seu coração parecia uma passista de escola de samba dançando de maneira afoita e tomando mais coragem do que estava acostumada encostou a cabeça no braço dele.

— Que bom, porque eu também te acho bonito.

Foi a vez dele piscar algumas vezes antes de te olhar confuso, se perguntando mentalmente se você é cega ou se tem algum problema de visão, ele notou os pelos do seu braço se atiçarem e encostou a cabeça sobre a sua.

— Está com frio nêh?

Não era bem frio que sentia, mas enfim preferiu simplesmente deixar passar.

— Não se preocupe.

Ele se afastou minimamente abrindo o zíper do casaco e se aproximando novamente.

— Vem aqui Sn. — Lentamente seu corpo se moveu e o casaco foi colocado sobre seus ombros. O cheiro de hortelã cada vez mais forte e discretamente seu nariz se moveu cheirando a peça e fechando os olhos voltou a encostar a cabeça, dessa vez no peito dele, já que o mesmo se aproveitou da posição para passar o braço pelo encosto da namoradeira e por um bom tempo se limitaram a conversar.

Ali você descobriu que Gyutaro e Daki moravam com Douma e que ele estava cansado por que trabalhava meio período como entregador, mesmo que não precisasse já que o loiro era abastado demais, vocês riram juntos descobrindo ter mais em comum do que imaginavam afinal também não gostava de ficar nas custas de ninguém então tinha em mente que quando completasse a maioridade estaria trabalhando por enquanto só freelas mesmo que sua mãe deixasse claro que não precisava disso já que o que ela ganhava era o suficiente para ambas.

Gyutaro te agradeceu pela ajuda com a matemática já que seu estudo evoluiu e contou que passou a note toda resolvendo as questões que faltavam o que justificava as olheiras já você relembrou de alguns treinos e no fim mudaram de assunto falando sobre filmes, séries e até mesmo a cor que mais gostavam. Se fascinavam facilmente pelas coisas mais simples que descobriam um do outro.

— Bom vou pegar algo pra gente comer e dar uma olhada na Daki. — Ele se levantou e quando saiu você manteve o casaco quentinho em seu corpo olhando a tela do celular.

— E aí Sn já beijou meu irmão? — A voz de Daki se fez presente e você bloqueou a tela de forma desesperada.

— DAKI!

— Ah para passaram quase duas horas a e nada? Francamente. — Ela apoiava o braço no ombro de Douma que estava escorado na porta.

— Já dava até pra ter perdido a virgindade nesse tempo todo. — Douma suspirou e seu rosto ficou completamente vermelho/roxo.

— Escuta Sn ele compraram uns biscoitos de pimenta trouxe pra gente provar e... O que aconteceu aqui?

— Nada maninho. — Daki puxou o braço de Douma para fora da varanda e você os fuzilou com o olhar. O esverdeado deixou a bandeja na mesa a sua frente e foi até a irmã olhando em volta e fazendo perguntas que você deduziu serem para confirmar que ela estava bem, após alguns minutos ele retornou se sentando ao seu lado. Você foi a primeira a morder o biscoito, constatando como estava apimentado e agradecendo mentalmente por Gyutaro ter lembrado das bebidas.

— Ardido nêh? — Ele riu pegando um dos biscoitos salgados em formato de lua.

— Demais! Como você consegue comer isso?

— Eu gosto de comida apimentada, então esses biscoitos que o Douma pediu são fracos pra mim, já você. — Riu novamente, te entregando mais um copo. — Está quase morrendo.

Aceitou o copo de bom grado, tomando o líquido.

— Hey não ria de mim! — Ironizou se recordando do ocorrido na sala de informática.

— Não estou rindo de você e sim com você. — Então Sn o que você quer fazer agora? O pessoal lá dentro está dançando e outros você sabe nêh, isso é uma festa... — Parecia tão desconfortável quanto você de estar ali, se não fosse pela boa companhia provavelmente estaria entediado.

— Se não curte esse tipo de festa por que veio?

— Sabe — deitou a cabeça no encosto da namoradeira, sendo a mesma é bem larga e espaçada. — Quando se têm uma irmã acaba por satisfazer algumas de suas vontades e sinceramente não faria diferença ficar aqui ou na mansão.

— Então que tão nos movimentarmos um pouco? Olha não estou a fim de dançar, então por que não jogamos algo?

Ele se empolgou.

— Tem um salão foda aqui na cabana, vem comigo. — De pé estendeu a mão para você que aceitou e quando atravessaram a sala, alguns olhares se fixaram em vocês, principalmente o da prateada que cutucava uma mulher de longos fios negros com uma franja tão cumprida que tapava sua visão. Vocês desceram as escadas desaguando no que deveria ser um porão, mas, na verdade, era um salão de jogo bem iluminado.

— E aí quem vai primeiro e o que jogaremos? — Sn perguntou animada.

— Tem boa pontaria? — Concordou. — Então vamos de dardos valendo algo nêh!

— E o que vai valer?

— Deixe-me pensar nêh! — Ponderou encostando o indicador direito no lábio inferior deus algumas batidinhas enquanto pensava e você se encostou no mural, suas mãos suavam enquanto uma ideia mirabolante vinha em sua mente.

— Q-quê tal um b-beijo? — Sussurrou baixinho.

— Hum?

— É um beijo. — Olhou para os próprios pés.

— Por mim tudo bem! — Enfático pegou os dardos e deu em suas mãos. — Primeiro as damas nêh!

— Ok. — Você se posicionou mirando com calma e ao atirar acertou no número oito.

Ele riu e sem olhar para o alvo atirou o dardo alcançando facilmente o número nove, seu semblante ficou sério, não imaginava que ele seria tão bom.

Você atirou de novo acertando no nove e ele bem acertou o meio alcançando os famigerados dez pontos.

— Gyutaro não me disse que sabia jogar tão bem!

— Você não perguntou. 

— Seu cara de pau! — Atirou de novo acertando no nove.

— Não-não Sn, a sua aposta foi muito convincente. — E assim derrubou seu dardo fazendo mais pontos. — Venci e agora?

— Bem... Eu t-te b-beijo e depois jogamos outro jogo.

— Valendo outro beijo?

Dessa vez Sn não conseguiu segurar, deixando a vergonha aparente em seu rosto.

— Pode ser.

— Fechado nêh! Pra cada vitória eu ganho um beijo!

— E quem disse que vai ganhar todas?

Agora o sorriso de Gyutaro exprimia uma malícia que você nunca viu.

— A aposta é muito alta pra perder. Fique a vontade para escolher o próximo jogo, mas antes o meu pagamento — encostou o dedo na bochecha direita e seus pés se moveram com certo receio antes de ficar(ou não) na ponta dos pés e deixar um selar na bochecha dele, tão gracioso e lento que quando se afastou ele ainda sentia o calor que emanava de ti parecendo que a cabeça recebia mais sangue e oxigenação que o normal, seu estado não era muito diferente.

— Vamos jogar Sinuca agora! — Você determinou.

— Como quiser — e assim seus fios foram afagados.

Vocês jogaram cerca de seis jogos dos dez que tinha no salão que só venceu o último, ou seja, Gyutaro tinha marcas de beijo em ambas as bochechas, testa, topo do nariz, queixo e pescoço e quando se aproximou a destra segurou em sua cintura os orbes escuros se fixaram em seus lábios convidativos deixando claro que não pretendia beijar-lhe o rosto, porém o destino conspirava contra vocês afinal escutaram um barulho alto nas escadas e mal tiveram tempo de se separar observando um casal qualquer se amassando na parede ao lado da porta.

— Que show nêh! — Gyutaro parecia irritado.

— Oh desculpa, não vimos vocês — A garota parecia ajeitar o decote.

— Beleza só vaza.

Sn tinha certeza de que nunca viu Gyutaro tão constrangido.

— Tá cara, estamos indo.

Ele bagunçou o cabelo e depois te olhou novamente.

— Acho que está na hora de te levar pra casa. — Comentou batendo o indicador na bochecha.

— Também acho. — Você foi à frente, ele atrás observando desde o balançar dos seus cabelos até o fato de casaco ter ficado perfeito em você, ao chegar no térreo notou Daki se aproximar.

— Gyu vou ficar aqui, não estou a fim de voltar para a mansão. — Comentou.

— Tudo bem, vou levar Sn em casa e...

— Não precisa — Interrompeu pegando o celular e mandando uma mensagem para a sua mãe ir te buscar.

— Nesse caso te acompanho até lá fora.

Sn concordou se despedindo da prateada.

— Até segunda cunhada! — Daki riu enquanto sua vergonha ficava cada vez mais evidente e junto a Gyutaro ficaram do lado externo da cabana.

— Hoje foi bem divertido. — Você sorriu fechando os olhos.

— Foi sim — ele bagunçou seus fios.

— Ah o casaco antes que eu me esqueça.

— Não precisa, me devolve depois, sabe Sn... — Coçou a nuca. — Você é uma garota legal.

Gyutaro não tinha muito traquejo social, principalmente com garotas, mas estava tudo bem. De certa forma ele sentia que podia conversar com você sendo ele mesmo e nada mais.

Seu celular tocou e ao olhar a mensagem suspirou.

— Minha mãe já chegou. Obrigada por hoje Gyutaro. — Se aproximou rapidamente deixando um beijo no canto dos lábios dele e ao se afastar ele sorriu sem que pudesse ver, mas foi rápido o suficiente para segurar o seu braço e te puxar para o peito selando seus lábios.

Seu mundo parecia obsoleto enquanto o cheiro de menta tornava-se cada vez mais intenso ao se separar seus olhos ainda estavam fechados e ao piscar finalmente os abrindo encontrou o mesmo sorriso do dia anterior ao receber o chocolate.

— Eu que agradeço por tudo Sn. Espero te ver na segunda NÊH!

— Claro que sim, tchau Gyu. — Se segurou para não saltitar até o carro enquanto passava pelo portão da frente da cabana e ao entrar no carro só viu o sorriso de sua mãe enquanto ajeitava o óculos.

— Então aquele é o seu namorado?

— Mãe!

— Tá bom, meu bem, fico feliz que me ligou. — Ela se limitou a dirigir e enquanto a paisagem da cabana ficava cada vez mais distante seus olhos travavam na janela olhando para Gyutaro que permaneceu do lado de fora até o carro sumir da linha de visão da cabana e seus dedos automaticamente foram nos lábios aos poucos seu nariz ralhou no tecido do casaco sentindo o cheiro doce e ardente.

Hortelã passou a ser a sua fragrância favorita.







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