ㅤㅤ ❛ ˖ ݁ ˓ I. zoo ◞ ❜
⋆ ࣪ ִֶָ01 ❤️🔥 – ZOOLÓGICO ◴ ׁ01 ۪
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬
( capitulo um ) 𖠿 ׂ ぃ ᮫
What doesn't kill you makes you stronger
Stand a little taller
Doesn't mean I'm lonely when I'm alone
What doesn't kill you makes a fighter
Footsteps even lighter
Doesn't mean I'm over 'cause you're gone
KELLY CLARKSON!
AS IMAGENS SOMBRIAS bagunçavam o sono da garota ruiva. Ela suava enquanto continuava pressionando os olhos, não conseguindo acordar. Seu corpo magro tremia enquanto a todo custo tentava acordar.
— Agora é que tudo começa. — uma voz fria e distante falou e após isso a ruiva despertou em um salto, acordando Harry que dormia ao seu lado no armário embaixo da escada. Sua magia estava descontrolada pelo recém ocorrido, fazendo com que ela sentisse toda a casa tremendo, o que já havia descoberto ser comum.
Durante toda a sua vida ela sentia algo diferente em si. Não era burra ao ponto de acreditar não ser nada como seus tios falavam quando algo estranho acontecia. Como na vez em que estava exausta pelo tanto de trabalho em que a davam e simplesmente gritou e todos os copos na casa se quebraram e os móveis começaram a flutuar enquanto os Dursleys a olhavam assustados e em seguida começavam a rezar em proteção aquela aberração na frente deles.
Julie odiava seus tios. Eles conseguiam ser as piores pessoas com quem ela convivia. As vezes pensava que se seus pais não a queriam — como era falado por seus tios —, que a deixassem em um orfanato. Com certeza era melhor que uma prisão em que era forçada a trabalhar para sobreviver.
O único lado bom disso tudo era seu irmão, Harry. Julie olhou para o lado de onde tinha de dividir o espaço pequeno do armário. Ele ainda dormia mesmo com o leve tremor que ocorreu. Mesmo sendo gêmeos, Julie era sempre vista e agia como a irmã mais velha, sendo a responsável.
Ela tinha a mania de ter tudo organizado e planejado em sua vida. Seu cabelo era um exemplo disso. Enquanto Harry tinha o cabelo bagunçado não importa o que acontecia, ela era o oposto. Seus fios vermelhos sempre estavam devidamente penteado, e as vezes até mudava seu estilo no que mais gostava. E o que mais amava era o olhar dos tios ao verem ela arrumada e bonita, o que eles não queriam, óbvio.
Mas óbvio, isso tinha um preço. Não era fácil com as condições que tinha, tal o motivo de ter um trabalho. Sim, com nem onze anos tinha que trabalhar para poder viver basicamente, porém, também era horrível. Sua opção era aceitar a exploração ou então surtar e acabar sendo presa por matar seus tios, uma opção não tão ruim.
Julie aproveitou que os Dursleys não a vieram acordar, ainda, para engatinhar para o canto do armário e pegar um dos livros em que estudava o que poderia ser. Sabendo do que fez e faz, ela começara a estudar pesado na busca por qualquer informações. A biblioteca da escola onde estudava junto ao seu irmão e primo imbecil forneciam uma vasta gama de livros com a qual poderia conseguir o que buscava.
Na pilha, haviam vários livros sobre a habilidade: "telecinesia", o poder de controlar objetos com a mente. Ela o procurou após o descontrole com os móveis da casa, e aparentemente isso fora útil. Conseguia aprender habilidades e como manifestar seu poder para fazer o que ela pretendia.
No livro em questão, dizia que a telecinesia era uma habilidade genética, o que dizia que seus pais também e seu irmão tinham.
Quando os Dursleys saiam para trabalhar e os gêmeos ficavam aos cuidados da Sra. Figgs, Julie tentava usar seu poder. Ela levitava os objetos apenas usando sua mente, e o auxiliar de sua mão, obviamente quando ninguém estava olhando. Uma vez levitou todos os objetos da cozinha apenas com um levantar de suas mãos.
Mas as coisas iam além disso, principalmente na escola. Pelo seu estado fisico, era alvo de bullying pesado dos seus colegas, e ninguém parecia estar interessado em defendê-la, a não ser seu irmão, entretanto, ele não podia fazer nada para parar isso, visto que também era só uma criança. O outro lado era que Julie sempre retrucava e isso causava brigas em todos os casos, e ela amava poder mexer com o intestino daquelas pessoas com o poder da sua mente. Elas falavam tantas ofensas que poderiam enfrentar as consequências. E logo após via elas correndo para o banheiro e somente saindo quando a ruiva queria.
Era claro, muito inteligente. Passava quase despercebida e por suas estratégias para fazer somente quando não haveria chances de ser descoberta.
Apesar disso, isso não durou para sempre. Ela começou a ser temida. Boatos que era uma bruxa, serva do demônio, começou a ser espalhado pelos pais dos alunos extremamente religiosos. Isso a irritava muito, e ela fazia questão de discutir até mesmo com eles.
Um de seus passatempos preferidos era discutir sobre coisas que gostava, mas principalmente com quem discordava dela, e se pessoa não tivesse muita força de vontade, perderia a discussão. Era muito boa com argumentos e sua criatividade não acabava em hipótese alguma quando estava entretida.
Quando os Dursleys descobriram os feitos na escola e as alegações, tentaram punir Julie, mas ela não permitiu, estando já cansada das humilhações. Na vez em que Valter Dursley tentava a atacar, ela fechou sua mão, o paralisando até que ele parasse com aquelas intenções.
E especialmente dele, ela tinha medo, então não poupou esforço em usar suas habilidades únicas nele.
Eles teriam expulsado os gêmeos se não estivessem sendo obrigados a "cuidar" deles. Mas de qualquer forma, mesmo diante a afronta de Julie em não querer simplesmente seguir as ordens de escrava, foram punidos com dias sem comer, e teria acontecido se Julie não tivesse dinheiro guardado. Sim, Harry que nem fez nada também foi punido, o que fez Julie se sentir culpada. Ela só sentia tal sentimento quando algo acontecia a seu irmão. Ele era o único motivo para ela não explodir aquela casa e sair livre pelo mundo. Era a única pessoa que amava.
Ela não tinha nenhum amigo na escola a não ser seu irmão, mas mesmo assim era extrovertida, somente não queria socializar com tais indivíduos tão inferiores, por seus preconceitos e ideias enojaveis. Julie não se encaixava naquele meio, não parecia ser o lugar para ela.
Apesar disso, Julie já fez amizades, em especial uma. Porém, esse era um assunto proibido de entrar, tanto para seu irmão que sabia tanto para a mesma. Odiava lembrar daquela pessoa pois ainda doia.
Estava concentrada em sua leitura — que falava sobre o controle elemental do fogo com a magia — quando sentiu o armário começar a tremer e poeira cair em seus cabelos, o que ela logo limpou. Revirou os olhos. Seu primo Duda não tinha nada de educação, e essa era a forma de acordar os outros.
— Acordem! — disse Tia Petúnia batendo contra a porta do armário. Harry que estava dormindo, o fez, olhando curioso e perdido para o livro que Julia tentava ler.
— Ainda lendo isso? — perguntou ele e a mesma assentiu com a cabeça. — Achou algo de interessante?
Harry obviamente sabia tudo que Julie lia e sobre seus poderes, e ela também o havia ensinado a fazer o mesmo que ela. O garoto obteve sucesso, mas não tinha tanto controle, por isso ela ensinava apenas as coisas que sabia ser segura e que não destruisse uma casa.
— Vou mostrar. — ela sorriu maliciosa indicando a tia que batia novamente a porta.
Antes de sequer ela abrir a porta, Julie o fez, quase fazendo a tia cair por estar escorada na porta.
— Oops... — ela sorriu e saiu dali, não ligando para o olhar mortal que lhe foi dirigido.
— Garota insolente... — Petúnia continuou xingando mas Julie já estava no banheiro para fazer duas higienes matinais básicas. Logo após indo para a cozinha e vendo o primo berrar porque havia recebido um presente a menos do que no ano passado.
A Potter já estava ficando irritada pela gritaria, por isso, enquanto preparava o café da manhã ao lado de Harry — somente por ser obrigada —, ela encarou a boca berrante de Duda desejando que ele calasse a boca. E no instante seguinte o garoto estava quase mudo, parecendo que sua lingua tivesse prendido no céu da boca, o impossibilitando de fazer birra.
— O que fez a ele? — tio Válter veio para onde a ruiva estava, espumando de raiva, parecendo saber das habilidades de Julie.
A garota fingiu-se de inocente enquanto colocava o bacon em um prato grande.
— Por que eu teria feito algo? Está falando que tenho super poderes, é? — levantou a sobrancelha, sabendo que isso o venceria, pois não podia acusar ela sem que expusesse o que tanto escondia dela e de Harry.
Julie sorriu com isso.
Ele se acalmou, e a garota voltou ao que estava fazendo com satisfação estampada em seu rosto "angelical".
Quando serviu a todos, obrigatoriamente, Duda continuou berrando, irritando mais ainda Julie — causando até mesmo uma dor aguda de cabeça —, ela não se aguentou:
— Duda, por que você não para de ser uma criança mimada e insuportável? — todos a olharam surpresos pela ação, mesmo assim, o garoto continuava a reclamar pelo presente que faltava. — CHEGA!
A exclamação fez com que a casa tremesse levemente. Isso assustou os Dursleys.
— Tenho certeza que seus pais, idiotas como são, irão dar um jeito de compensar a falta de presentes. Mas se eu ouvir mais um pouquinho sequer de birra, seus gritos de criança mimada ou qualquer ofensa direcionada a mim ou meu irmão, você vai ter sua punição! Não fazem ideia do que sou capaz!
Os Dursleys odiavam Julie com todas as suas forças, mais do que odiavam Harry. Se pudessem, jogariam-na em qualquer lugar que fosse longe dali, o que, obviamente não podia.
Como esperado, eles trataram de aplicar um castigo a Julie, que a essa altura, nem ligava mais. Se Julie tivesse um lugar para ir, com certeza sairia daquela casa levando seu irmão junto.
Decidiram que iriam levar Duda para o zoológico para "compensar" um presente a menos que no ano passado.
"Tão patético", pensou a garota.
Infelizmente, teriam que ir junto, já que a senhora Figgs não poderia cuidar dos gêmeos hoje. Um dia inteiro com gente asquerosa. Ótimo!
Julie gostava de quando seus tios e o primo saiam e a senhora Figgs cuidava dela e de seu irmão. Ela era uma pessoa bem legal, diferente dos Dursleys.
Terminaram o café-da-manhã e se encaminharam para o carro. Tio Válter não perdeu a oportunidade de ser um babaca e ameaçar os gêmeos de maneiras que Julie nem sequer dera atenção.
Depois de uma longa viagem com Duda tratando sempre de forçar Julie a ter pensamentos agressivos, finalmente chegaram no Zoológico, um local que, apesar das péssimas companhia que tinha — tirando é claro, Harry —, Julie se sentia animada a estar. Conhecer novas coisas era um tato de sua personalidade.
Haviam diferentes animais lá, e mesmo muitos sendo assustadores, nenhum dava medo a Julie. Contufo. não se sentia bem em saber que assim como ela, eles estariam condenados a viverem presos, servindo de exposição a desconhecidos, como se ali fosse o seu lugar. E não era.
— Acha que se eles estivessem vivos, nós teríamos uma vida melhor? — Harry questionou a Julie, entendendo que se tratava de seus pais.
Julie podia ter sua coragem e personalidade muito forte, até enfrentar seus tios e qualquer um pela frente se assim fosse preciso, porém, se tinha uma coisa que a desestabilizava era com certeza falar sobre seus pais. Ela sempre tivera vontade de saber histórias sobre eles, coisas que realmente a alegrassem por ser filha deles, mesmo que já não estivessem mais neste mundo. Os Dursleys nunca colaboraram para isso.
— Melhor que os Dursleys, com certeza. — respondeu o garoto, olhando de soslaio para os tios e o primo que compravam sorvetes e outras coisas.
— Odeio os Dursleys. Muito. Por que nossos pais nos deixaram com pessoas tão ruins, Ju?
— Não faço ideia, Hazz.
Cada um dos gêmeos tinha um apelido especial para o outro. Ju e Hazz. Somente eles poderiam usar, qualquer outro falando deixaria tudo horrível e estranho.
Andaram mais um pouco, sozinhos no Zoológico e se depararam com a jaula minúscula de uma cobra, uma Jiboia em um tanque. Rra tão injusto com o pobre animal.
Assim que a serpente os viu, levantou a cabeça, e especialmente a Julie, fez uma forma de balançar com a cabeça, o que ambos acharam estranho. Olharam para o lado para ver se havia outra coisa.
— É...
De repente, Duda apareceu ali. Ele olhou para a Jiboia e exigiu que ela se mexesse ao seu comando. Julie repensou se era possível alguém ser mais babaca e burro que seu primo. Provavelmente não.
Obviamente, a cobra nada fez a não ser abaixar a cabeça e fechar os olhos, como se estivesse entendiada daquilo tudo.
Duda fez mais de seu drama irritante e saiu dali, murmurando coisas pejorativas ao animal, simplesmente por ela não o obedecer. Era tão idiota.
"isso é o que me acontece o tempo todo."
Os gêmeos olharam assustados para o tanque e se depararam que a Jiboia agora olhava fixamente para eles.
— Está falando conosco?
A cobra balançou a cabeça e Julie fez uma anotação mental de pesquisar sobre animais falantes em seus livros — por mais de duvidar que acharia algo disso nos estudos de telecinesia.
— De onde você veio? — Harry perguntou a cobra, e por incrível que pareça, ela o entendeu e apontou a cauda para uma placa que estava escrito que vinha do Brasil. — Era bom lá?
A jiboia balançou a cabeça, negando. Provavelmente, sempre fora mantida em cativeiro e nunca conheceu sua verdadeira natureza.
— PAPAI, MAMÃE, VENHAM VER O QUE ESSES DOIS ESTÃO FAZENDO! — berrou Duda, vindo para cima do vidro. — Cai fora! — o mesmo fala dando um soco na costela de Harry e empurrando Julie.
Julie sentiu muito ódio. Estava cansada de seu primo e de seus tios. Estava cansada de tudo. Só sentia a raiva a dominar, e agora este idiota havia machucado seu irmão simplesmente por capricho.
Ah, mas isso não iria ficar assim!
Ela olhou no vidro, e desejou que não o houvesse. Num momento em que Duda colocava sua mão no objeto transparente, e no outro não havia nada para se apoiar e caiu diretamento no tanque da Jiboia.
A cobra olhou de forma agradecida a Julie enquanto rastejava para fora de sua jaula. Duda estava assustado com a enorme serpente passando a centímetros de onde estava. Não era o suficiente ainda assim. Um pouco de medo não era nada do que ele já fez ela e seu irmão passarem.
— Brasil, aqui vou eu! — disse o animal.
Julie olhou novamente para a Jaula e simplesmente desejou que o vidro novamente estivesse ali. Quando Duda se levantou para sair, seu rosto bateu no vidro, significando que estava preso. A ruiva sorriu, isso sim era uma vingança aceitável.
Os Dursleys correram para o vidro onde estava o filho, não obtendo sucesso em o retirar de lá. Julie resolveu ignorar todos os protestos e ordens de desfazer o que quer que tenham feito e puxou seu irmão para longe dali, a fim de deixarem eles sentirem um gostinho do desespero que ela sentira durante todos os anos de sua vida por causa deles.
Harry riu de toda aquela situação, e Julie não ppde evitar fazer o mesmo.
Estavam ferrados. Mas foi divertido e satisfatório.
não se esqueçam de votar favs!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top