𝟎𝟐. 🇵🇹𝐀𝐛𝐞𝐥 𝐅𝐞𝐫𝐫𝐞𝐢𝐫𝐚
Tema: aquele em que você tem problemas com a mamãe
⚠️ALERTA DE MOMMY ISSUES
Pedido de: wdanyz7 espero que goste, flor!
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Abel point of view
Hoje a S/n terá uma apresentação na escolinha, ela estava se preparando há semanas para essa apresentação. Torcia para que a minha esposa fosse, até porque é uma apresentação para a semana da mulher e a S/n havia implorado para que ela fosse.
A pequena estava tão animada, ela queria tanto a participação da mãe nessa apresentação. Vejo minha esposa chegando na cozinha e ela me cumprimenta com um selinho.
― Bom dia amor ― Ela diz e senta.
― Bom dia querida ― Abro um sorriso ― Tudo certo para hoje?
― O que tem hoje? ― Ela pergunta e meu sorriso morre.
― A apresentação da nossa filha, a pequena está falando disso há semanas.
― Ah, eu já tenho compromisso ― Ela dá de ombros.
― Um compromisso é mais importante que a apresentação da nossa pequena? ― Pergunto e ela me olha com tédio.
― Abel, é apenas uma apresentação sem importância. Daqui uns anos a S/n nem vai se lembrar disso.
― Pelo amor de Deus ― Suspiro ― Você mal dá atenção para a menina, é um sacrifício para você passar algumas horas com ela e nem em uma apresentação você tem coragem de ir?
― Eu tenho um compromisso e outra, você pode ir.
― E que compromisso é esse?
― Marquei com algumas amigas de irmos ao salão, você nem imagina como foi difícil conseguir vaga ― Ela diz simplesmente.
― Inacreditável ― Nego com a cabeça.
― Olha, ela nem vai sentir a minha falta.
― Ela já sente a sua falta e você nem se importa ― Me levanto ― Você é muito narcisista e a nossa filha não merece isso.
Saio da cozinha indo em direção ao quarto de S/n, bato na porta e ela libera a minha entrada. Ela estava se arrumando empolgada, me dava dor no coração dó de dizer que a mãe dela não iria.
S/n é uma garota de doze anos muito carinhosa, amorosa e pouco tímida. Ela sentia falta da mãe, a minha mulher vivia no mundinho dela e esquecia que tinha a nossa pequena.
― Bom dia papai ― Ela diz animada.
― Bom dia princesinha ― Sento na cama ― Animada?
― Muito, a mamãe já levantou? ― Ela pergunta.
― Já sim, ela está tomando café.
― Então vou descer para tomar café com ela ― Ela diz e sai correndo.
Torcia mentalmente para que S/n não ficasse magoada, mas era difícil. Ela está há semanas planejando tudo para a mãe dela, desço e vejo que a pequena tentava puxar algum assunto com a mãe.
Minha esposa não era presente na vida dela, mesmo morando na mesma casa.
― Mamãe podemos ir combinando na apresentação ― S/n disse animada.
― Que apresentação? ― Vejo a pequena murchar.
― A apresentação da semana da mulher, lembra?
― Ah, eu tenho salão no mesmo horário ― Os olhos de S/n marejaram ― Mas você vai arrasar ― Minha esposa diz e saí.
Me aproximo dela, via que lágrimas caiam dos olhos da S/n e ela enxuga rapidamente. Abraço a pequena e ela chora novamente, era sempre assim.
― Por que ela não gosta de mim? ― Aquela pergunta destruiu meu coração.
― Ela gosta de você, meu amor ― Falo e enxugo as lágrimas dela.
― Não, ela não gosta ― S/n soluçava ― Ela nunca tem tempo para mim, ela nem vai nas apresentações da escolinha e isso desde quando eu era pequena. Ela não gosta de mim, papai.
Abraço S/n com mais força, sentia suas lágrimas molhando a minha camisa. Algumas lágrimas também escorrem dos meus olhos, eu não tinha nem argumentos para defender a mãe dela. S/n soluçava, tentava ao menos confortá-la.
― Querida, ainda podemos nos divertir ― Sugiro e ela nega com a cabeça.
― Eu não quero nada, papai ― S/n suspira ― Eu vou para o meu quarto.
Ela sai e eu fico olhando para o nada, suspiro e ligo para a escola avisando que a pequena não iria porque ficou doente.
Resolvo fazer alguma coisa para alegrar a pequena, lembro que ela adora assistir os filmes da Barbie enquanto come pipoca doce.
Sorrio e subo, bato na porta e ouço ela liberar a entrada. A pequena estava debruçada na cama enquanto chorava.
― Pequena, o que acha de fazermos pipoca doce e assistir Barbie? ― Pergunto e ela resmunga ― E brigadeiro?
― Com morango? ― Ela pergunta abafado pelo travesseiro.
― Sim e depois podemos jogar FIFA ― Falo e ela me olha.
― Eu não te deixar ganhar, papai ― Ela diz me fazendo rir.
― Pois pronto ― Ela se senta na cama ― Vamos?
― Vamos.
Descemos para a cozinha e começamos a preparar as coisas. Ensinei a pequenina a estourar pipoca, ela cortou os morangos e eu fiz o brigadeiro.
Via que o semblante de S/n foi suavizando aos poucos, eu sabia que a tristeza ainda estava lá, mas ao menos ela poderia contar comigo. Terminamos tudo, lavei a louça e ela enxugou.
Fomos para a sala e sentamos no tapete fofinho, ela escolheu o filme da Barbie favorito: moda e magia. Ela me deixou escolher o próximo da Barbie.
― Barbie e as três mosqueteiras, papai? ― S/n levantou uma sobrancelha.
― Eu gosto ― Dei de ombros e ela negou com a cabeça.
O filme começa, eu adorava esse filme da Barbie. Via que a pena sorria, ela comeu a pipoca e o brigadeiro com gosto.
Não havia mais vestígios de tristeza, mas sabia que ela ficaria com uma péssima memoria da mãe.
Até porque ela nunca teve um momento mãe e filha, acredito que mesmo fazendo essas coisas comigo ainda não era suficiente.
― Viu como é legal ― Falo assim que o filme acaba.
― Os outros são melhores ― Ela sorri.
― Então vamos jogar FIFA? ― Pergunto e ela assente.
― Vou te dar uma surra no FIFA.
Ela ri, ligo o videogame e entrego um controle para ela. S/n adorava esportes, inclusive ela jogava nas categorias de base do Palmeiras.
A pequena tem talento para o futebol, além de jogar FIFA muito bem. E agora estou tomando uma surra de uma pré-adolescente de doze anos.
― Sabia que é pecado humilhar o pai no FIFA? ― falo e Sn ri.
― Você é muito ruim papai ― Ela ri mais ainda.
― E falando nisso, os seus tios estão perguntando quando você vai visita-los no CT ― Falo e ela sorri. Raphael, Piquerez, Roni, Murilo e outros jogadores adoravam a S/n.
― Vai ter um jogo da escolinha na semana que vem, então eles podem ir ― S/n disse e eu sorrio ― Só não quero que a mamãe vá ― Ela diz baixinho.
― Querida... ― S/n nega com a cabeça.
― Ela não vai de qualquer forma, papai ― Ela diz triste ― Então é melhor nem chamar. Eu vou ficar feliz com você, tio Rapha, tio Joaco e o tio Roni lá.
― E estaremos lá ― Garanto e fazemos nosso toquinho ― E GOL MEU ― Comemoro e ela me olha séria.
― Você me distraiu ― Ela diz brava e marca um gol ― VIU SÓ ― Ela comemora.
Passamos a tarde jogado e brincando, sentia muito pela minha esposa não aproveitar os momentos com a nossa filha.
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Até a próxima
Beijinhos
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