𝐎4, 𝐬𝐜𝐡𝐨𝐨𝐥

I never knew somebody like you

Onde você esteve?
Você sabe quando
vai voltar? Porque
desde que você se
foi eu me dei bem,
mas tenho estado
triste. — reflections
the neighbourhood.


Lágrimas eram derramadas, por mais que não fossem de sangue você se via no espelho como se estivesse derramando lágrimas de sangue que faziam todo o seu medo e angústia escorrer pelo rosto.

Durante alguns dias não respondeu às cartas de Kei, achava lindo o nome do mesmo, mas seu coração estava machucado o suficiente para não acreditar nas palavras que estavam impressas nos papéis. Comprou um baú temático com aparência de velha, a chave no colar que abria e podia ver todas as cartas que ele mandava todos os dias, mesmo sabendo que não responderia. Sorriu em ler as primeiras que foram quando o conheceu, guardou todas as trancando em seguida.

Ficava na biblioteca escondida até dar a hora de ir embora, sua mãe gritava com sua avó por algo que nem deveria ter importância, mas, a bebida a fazia ficar extremamente descontrolada. Saiu de casa o mais rápido antes que alguma besteira acontecesse. Vestia uma blusa branca, tênis de coloração mais marrom, saia de um tom claro também na cor marrom e uma blusa xadrez aberta na mesma linha de cor. Foi para fora com uma bolsa, saiu sem dizer nada e apenas foi andando até uma loja de conveniência longe de sua casa, comprou algumas besteiras que amava comer e principalmente o creme que comia com torradas.

Ficou numa praça comendo sozinha prestando atenção no céu se sentindo bem sem ninguém ao seu lado, pensou bastante se iria querer rever as meninas mesmo que se sentisse culpada por isso era algo que não conseguia controlar. Se assustou quando se deparou com Hanma em sua frente, estava com uma bebida na mão e outras em uma sacola que parecia ter mais algo.

O perfume forte do menino deixava sua presença muito bem marcada.

— O que faz aqui? — ele questionou.

— Nada, só não queria ficar em casa.

— Faltou muito tempo, tem muita coisa que perdeu.

— Eu dou conta.

O menino te olhou, sorriu e logo levou a garrafa até a boca dando um gole sentindo a bebida forte queimar sua garganta. Ele aproximou de você o vidro mesmo que negasse ele continuou te entregando.

— Não sou especialista em nada não, mas, toma um gole você parece meio depressiva. — Hanma deu um riso de canto — Novinha tão bonita e depressiva.

Admitiu achar graça no que ouviu, mesmo não expressando.

— Não quero cometer o mesmo erro que a minha mãe.

— Então toma um energético. — o menino pegou uma latinha preta a colocando em sua mão, e, dessa vez você bebeu do líquido fazendo uma careta por não estar acostumada com bebidas fortes.

— Que sabor é esse?

— O original, não gostou?

— Eu não costumo beber nada forte. — sorriu tomando outro gole tentando se acostumar com a bebida.

— Ande mais comigo, aliás, tô indo ali na rotary, quer ir comigo?

— Vai ter muita gente, melhor não, eu já deveria ter voltado pra casa.

— Eu te levo de volta, tu sumiu a semana quase toda. Aliás, me passa seu número gatinha.

Não vou te mandar nudes.

— Não é pra isso, mas se quiser eu aceito.

— Se algum dia isso acontecer pode me internar que eu tô doida. — passou o número se arrependendo em seguida pois provavelmente teria que responder o menino.

Ele segurou sua mão quase te arrastando para o acompanhar, mesmo que o caminho todo estivesse preocupada com a quantidade de pessoas que fossem estar no tal lugar que você nem conhecia. Pensou em correr, mas quando se deu conta já estava na quadra vendo vários meninos jogando basquete.

Quando notaram a presença de Hanma acompanhado, vários deles ficaram em sua volta, de modo assustado sua reação foi apertar a mão do mais alto na esperança que ele entendesse o seu desespero. Foram tantas perguntas que foram respondida pelo alto enquanto sua voz saia baixa.

— É sua namorada? — um menino perguntou.

— Não, estuda na mesma sala que eu.

— Ela quase não fala, é muda? — Kisaki perguntou.

Não, eu só não quero falar com você! – respondeu rude cansada de tantas perguntas.

— Se acalma gatinha, ó segura minhas coisas que eu vou jogar e marcar cesta em sua homenagem.

— Isso é muito brega.

Porra, mas é difícil te conquistar. — o menino resmungou entregando os pertences em suas mãos.

— Eu nunca te disse que teria chances comigo. — disse se virando.

Se afastou depressa, sentada em um banco aleatório e em pouco tempo a quadra encheu, Gabbie apareceu acompanhado de alguns meninos e as meninas que te acompanharam no caminho da consulta. Assim que te avistou, Senju se aproximou se sentando ao seu lado alegre por te ver fora de casa.

— Oiê! Não te vejo faz tempo!

"Infelizmente você me achou" pensou.

— Não tenho estado muito bem, foi mal. — respondeu.

— Como você está?

— Melhor, confesso que talvez agitada pelo energético.

— Considera isso bom ou ruim?

— Não sei, aqueles meninos — apontou para os que faziam parte de sua turma — que são da nossa turma, eu sempre esqueço os nomes deles.

— Vou te ajudar, o nanico de cabelo loiro é o Manjiro mas a galera só chama ele de Mikey, o loiro que alto é o Ken que é chamado de Draken. Aquele moreno de cabelo grande é o Baji, o de mechas amarelas é o Kazutora, o de cabelo lilás é o Mitsuya e por fim o gordinho é o Pah!

— Vocês todos são amigos?

— Sim, tem uns anos, bastantes eu diria.

— Deve ser legal ter um grupo assim.

A menina ficou calada, em pouco tempo após os times haviam se dividido, Baji e Hanma eram os capitães de seus devidos times. Confessou que a diferença de altura entre os meninos era engraçada. Prestava bastante atenção nas jogadas de ambos os times sentindo a emoção de assistir a partida, o barulho dos outros adolescentes te incomoda pra caramba mas se esforçou em às vezes esquecer o redor, até a primeira cesta ser marcada pelo Shouji que indicou para você fazendo um coração que sem esforço te fez revirar os olhos desacreditada que o menino realmente havia feito aquilo, sua feição foi tão natural que a grisalha ria sem controle.

— Se você não fosse tão fechada eu acreditaria que estava tendo um caso com o Hanma.

— Sai fora, ele falou que ia marcar ponto e dedicar pra mim, mas eu achei que fosse piada.

— É normal, ele gosta de se achar.

— Imagina se não gostasse.

Sentiu ânsia de vômito, se levantou quando a grisalha pareceu focada para não perceber sua ausência. Se sentou mais afastada quando podia perceber que o barulho estava mais afastado do restante, de início estava tão bom mas a gritaria te deixava fora de controle, sua cabeça doía, olhou para o relógio se dando conta que estava muito tempo fora de casa correu pouco e se cansou se rendendo até andar novamente mesmo que suas pernas tremerem pelo pouco esforço. Quando chegou nem fez nada, o silêncio te agradou e assim deitou na cama em poucos minutos já estava dormindo.

+11 870 6538
gatinha, aqui é o Hanma
você saiu ontem do nada, nem me esperou
fiquei te procurando que nem um mongol
00:56


foi mal eu tava com dor de cabeça
tenho que me arrumar pra escola
até lá
05:40


Desligou o celular se arrependendo amargamente de ter entregado seu número para o Shouji.

— Não tem como voltar atrás.

Saiu de casa quando já eram 06:30Hs o caminho até a escola demorava mas queria chegar a tempo de não ter que falar com ninguém. Sua mãe tentou puxar assunto com você, mas antes que conseguisse apenas saiu o mais rápido possível, colocou o fone no ouvido começando a escutar as músicas no aleatório até o caminho que pareceu mais rápido.

Chegou na porta e já tinha muita gente, reclamou julgando todos mentalmente, quando chegou no porteiro que te olhou arqueando uma sobrancelha.

— Você tem muitas faltas, tem um atestado médico que justifique?

Seu corpo gelou.

— Ela tem.

Imaushi apareceu com um atestado em mãos, o porteiro liberou sua entrada, por um momento se viu salva mas ainda assim não estava entendendo como que ele tinha um atestado seu sem motivo algum.

— Está melhor? — o homem te olhou e forçou sorrir.

— Estou.

— Ótimo, vá para a sala.

Ele disse esperando que começasse a ir, assim, o homem te acompanhou. Imaginou que ele iria falar algo, o que surpreendentemente não aconteceu. O barulho que era possível escutar apenas era o dos alunos conversando e correndo pela escola, Wakasa permanecia calado sem esboçar nenhuma expressão.

— Você não vai perguntar nada?

— Fora de consultório sou apenas seu professor, quando quiser pode ir na minha sala, no momento não posso. Tenha uma boa aula [Nome].

Wakasa saiu andando demais a frente parando em uma sala no fim do corredor, entrou na sua vendo alguns alunos lá se sentou no seu mesmo lugar de sempre pensando como iria recuperar a matéria perdida, foi assim todos os horários, Gabbie não foi então ficou sem norte de quem pedir. Hanma tentou conversar mesmo você evitando, sua energia social estava péssima.

Já havia se passado apenas três de todos os horários e você só queria ir embora, estava cansada de anotar tanta coisa e ficou ainda mais cansada em ver que as provas já haviam sido marcadas. Estava completamente fodida.

Senju se sentou em sua frente antes do horário acabar esperando que você a olhasse, sabia que ela estava lá, mas pensar em se esforçar apenas para levantar a cabeça que estava apoiada em seus braços cruzados te deixava com sono.

— Se sente melhor?

— Não.

Disse cruzando os braços, dessa vez com a cabeça erguida.

— Tudo bem, mas olha você perdeu muita coisa, a Emma tem tudo quer pegar com ela?

— É, eu preciso mesmo.

— Olha eu até falaria que você podia pegar com o Hanma, mas ele nem tem caderno. Então pega com a Emma.

— Pode pegar o caderno com ela, por favor?

— Não. Levanta e vai.

Akaashi se levantou indo até o grupo de amigas você a xingou tanto mentalmente que poderia ser presa pelo que pensou. Se levantou indo até a direção de Emma vendo tantos adolescentes sentados em grupo, sua voz não saia com tanta gente te olhando.

— Posso tirar foto da matéria que eu perdi?

Finalmente saiu e foi um alívio.

— Pode sim! — a menina sorriu.

Em alguns minutos você tinha tudo e estava cansada só de ver o tanto que teria que copiar. Antes que pudesse sentar, Mikey, se sentou na sua cadeira.

— O que foi agora?

— Saio com duas condições.

— Não tenho dinheiro, muito menos drogas.

— Você vai se sentar com o nosso grupo e vai almoçar com a gente todo dia.

— Que tipo de tortura é essa? Definitivamente não, lanche em grupos me incomodam.

— Anda logo! Você vai mesmo ficar com o Hanma?! Posso ser um merda mas garanto que do lado dele eu viro a pessoa mais legal que possa existir.

Você deu uma risada sincera o olhando, pensou talvez seria sua única oportunidade. Então se rendeu estendendo a mão para o menino.

— Eu sento com vocês.

— Ótimo, te vejo no recreio, gatinha silenciosa.

— Esse apelido é ridículo! — você disse se negando a acreditar no que acabou de escutar.

— Calma princesa, ele pode mudar com o tempo.

Revirou os olhos e se sentou assim que o menino saiu, começou a organizar o caderno se dando conta de que estava ferrada de tanto que teria que copiar. Passou os horários copiando e na hora que o sinal avisando o recreio tocou, nem pode raciocinar direito. Mikey estava em sua frente esperando que se levantasse.

— Você não desiste mesmo.

— Eu sempre vou tentar de tudo para aumentar meu grupo de amigos. Vamos, te garanto que vai gostar.

— Vindo de você eu deveria me preocupar. — sussurrou.

— O que disse?

— Disse para irmos logo!

Se levantou acompanhando o loiro que cumprimentava todos, pensou em esperar uma brecha para sair sem ser notada, porém, os olhos escuros do menino eram muito espertos vendo o quanto ele estava de olho para ter certeza que você não iria sair. Por infeliz chegou na mesa de refeição vendo o grupo de amigos, era bem no canto do refeitório já deixando o som mais baixo.

Acenou para todos ficando no canto, comeu apenas algumas frutas vermelhas prestando atenção em todos. Eles te faziam algumas perguntas nada muito íntimo, conseguiu ficar com eles mesmo que fosse estranho e medonho estar no meio de tanta gente, seu coração acelerava e sua perna não parava quieta. Passou o olho em volta vendo que havia dois de cabeça baixa, provavelmente dormindo, um tinha o cabelo longo e o outro mechas amareladas. Lembrando bem, era Baji e Kazutora.

— Tenho que ir.

Se levantou sem se despedir, apenas saindo da escola aproveitando o horário tendo a sorte de a encontrar aberta saindo sem ao menos constar nada na portaria. Desceu os degraus rapidamente, escutando alguém te chamar, a voz era reconhecível, olhou para trás vendo Wakasa no portão.

— Você sumiu, não tem nada para falar comigo?

O homem desceu os degraus chegando perto de você ficando frente a frente, por sua vez não saiu nenhuma palavra de sua boca o silêncio deixava que os barulhos ao redor se destacasse.

— Podemos marcar um dia que você se sinta melhor para falar.

— Eu não gosto da sua sala. — foi o que falou fazendo o homem parar — Eu não gosto de como ela é, eu não quero entrar lá.

— Podemos fazer em outro lugar, seja como você quiser.

— Pode ser na biblioteca do centro?

— Tudo bem, mas eu só vou poder à tarde.

— Melhor assim, preciso adiantar a matéria que eu perdi.

— Certo, te vejo na biblioteca do centro mais tarde.

Não se via muitas consultas fora das proximidades de um consultório, porém não estar na escola já era suficiente.

Passou algumas horas dentro da biblioteca, o silêncio agradável, a fez repensar se deveria sair, — se não estivesse lá não precisaria fazer — começou a guardar suas coisas depois de boa parte da matéria ter sido copiada no caderno.

— Pretendia ir embora?

— Ah, é você. — olhou para o homem antes de terminar de guardar os pertences — Por um momento eu quase fui, mas só estou guardando meus materiais.

Mentiu.

— Certo, quer me contar como tem sido todos esses dias que nem sequer foi para a escola? Ligamos para todos os alunos que faltavam para anotar as justificativas, sua casa nem sequer tocava o telefone.

— Eu cortei os fios do telefone da casa, e também bloqueei o número da escola para ligar para minha mãe ou vó.

Por um momento tudo ficou um silêncio, dessa vez desconfortável, o olhar do Imaushi incomodava.

— Ainda não me contou como tem sido esses dias longe da escola.

Ele estava ignorando? Não, ele é muito esperto.

— Eu tenho ficado em locais como esse, sem muitos barulhos, eu prefiro assim.

— Então prefere sair de casa com o uniforme, enganar sua mãe e avó, cortar os fios de telefone da sua casa, do que, simplesmente ir para a escola tentar ter um avanço?

— Eu tentei.

— Você não tentou, você esteve em tudo o que fez nos dias que foi presente lá por conta da obrigação de estudante, não como você [Nome] [Sobrenome] é! Seu medo é tão grande que ele te cega.

— Eu tentei.

— Se você vê isso como uma tentativa, infelizmente mude o seu campo de visão. Pense comigo.

— Não.

Disse rápido.

— Vai pensar sim! Se você está numa escola que seu curso ainda não foi concluído, você precisa ir para que depois mostre que você tem essa qualificação como estudante. Certo?

— Sim.

— Mas se você faz isso mas não consegue estar no meio social e mesmo com tudo estampado no rosto da sua família, de uma forma ou de outra você vai precisar conviver com esse meio de pessoas nem que seja mínimo, isso pode ser assustador pra você mas a melhor forma pra você tentar tirar essa sua mancha desse medo é…

— Tentando.

Imaushi respirou fundo, olhou para você, os olhos violetas cansados permaneciam intactos, durante toda a conversa era notório o quão cauteloso ele era. Em alguns momentos ele conseguia te tirar do sério, não só por te rebater de forma fria quebrando todas as suas ideias de cometer suicídio ou até algo parecido. Ele conseguia ser algo que te incomodava e de alguma forma você se expressava muito enquanto falava algo.

— O problema é que não faz sentido eu ir para a escola, eu não gosto de lá — bate na mesa levemente, mas o suficiente para o som ser alto — eu não gosto de estar em casa, mas é lógico que nenhum deles vão se importar, minha mãe sempre vai procurar o acessível para ela e que se foda que ela tem uma filha.

Você bateu na mesa mais uma vez.

— Quando eu finalmente estava conseguindo lidar com tudo, ela volta a beber mais que o normal, me coloca nessa escola, tudo começa a desandar outra vez! Nessa merda eu nem sei quantos dias eu fiquei sem comer, quantos eu chorei, eu estou exausta, eu não quero estar naquele lugar.

— Encosta na cadeira e respira.

— Eu já estou respirando.

— [Nome] não estou falando isso para você simplesmente por eu ser um adulto e você uma adolescente, eu sou seu psicólogo e sei o que é melhor para você! Encosta na cadeira e respira fundo.

Assim você fez.

— Ótimo.

Diversos momentos pensou em sair dali e não olhar mais para o homem, mas algo te prendia, você não conseguia sair. Encostada na cadeira, deixou que lágrimas caíssem de seu rosto em várias vezes, a voz do homem era tão calma e a facilidade em falar o que você precisa ouvir — mesmo sendo doloroso muita das vezes — precisava voltar para a escola e precisava saber quem era o menino que te mandava as cartas, poderia ser apenas uma brincadeira de mau gosto e quanto mais próximo você descobrisse a verdade, melhor seria.

Ele olhou para o relógio vendo a hora lembrando de um compromisso.

— Preciso ir, nossa próxima consulta será na clínica, depois te passo a data ea hora.

— Se eu estiver viva.

— Você vai estar.


 

Passaram-se dias e você continuava recebendo cartas, guardava todas no pequeno baú. Estava exausta o suficiente para não responder.

Os dias se passavam e cada vez mais você criava suspeitas por quem seria, ficava olhando quem saía e entrava do prédio mas nenhum daqueles estudavam na mesma escola que você, estava se tornando difícil descobrir a verdade.

Focou tanto que o tempo passava e estava apenas existindo como se fizesse tudo por fazer, sem motivo ou vontade.

— [Nome]! — Senju gritou.

— Que foi, porra?

Todos prestaram atenção em você como se fosse algo novo.

— Vai dizer que nunca falaram nenhum palavrão? O que foi?

— Estávamos conversando sobre filmes e então cada um estava falando sobre o seu favorito, eu ia perguntar o seu mas você parecia estar longe.

— Harry Potter.

— Credo, tanto filme bom e falou logo o mais chato. — Kazutora disse e alguns outros riram — Assiste vingadores, ou até um filme da Disney.

Não respondeu nada, Hanemiya conseguia ser mais insuportável que o restante dos meninos, além de chato, ele conseguia ser extremamente burro te fazendo questionar como aquele menino chegou no ensino médio tendo uma letra tão feia como a que ele tinha.

— Cada um com seu gosto. Eu mesmo acho os vingadores horrível.

— Por isso que é fã de Harry Potter, vai assistir a saga de vingadores inteira com a gente!

— E o que eu ganho com isso?

— Cultura!

Hanemiya disse e todos riram.

Revirou os olhos para pensar que alguém como ele conseguia tirar sua paciência tão fácil. Não só ele, mas todos daquele grupo adoravam tirar sua paciência como se fosse a única forma de conseguir te fazer falar.

Horas e mais horas se passaram e então estava sozinha na biblioteca da escola com as meninas cada uma com um livro diferente, permanecendo um silêncio agradável mesmo que muitas vezes você notasse os olhares delas em você e as incontáveis vezes em que elas pareciam querer falar algo mas não conseguiam.

Não via elas como uma péssima companhia, só não se sentia confortável o suficiente ou considerava uma amiga do ciclo. Emma era extremamente dócil mas não conseguia se aproximar.

Muitas pessoas passaram na sua vida mas nenhuma realmente ficou, era um ciclo vicioso de se afastar e afastar as pessoas. Não iria demorar para acontecer o mesmo com elas.

Talvez dar uma chance não seria uma má ideia.

— [Nome], você gosta de "as branquelas"? — Emma pareceu ter juntado toda a coragem para falar.

— Gosto.

— Então vamos para a minha casa ter a tarde das meninas!

A loira se levantou animada, colocando o livro na estante, Senju fez o mesmo só que tomando o seu livro.

— Eu não disse se queria ou não.

— Não existe a opção de não querer. — Senju piscou um olho te puxando para levantar.

— Sinceramente.

— Se reclamar mais vai dormir lá em casa! — Emma disse com um sorriso de canto a canto.

— Você é louca?

Sou.



3535 palavras.
IG: halloweeiniie
playlist na bio.
pouco revisado.

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