𝐓𝐞𝐦𝐚: 𝐝𝐢𝐚𝐬 𝐜𝐢𝐧𝐳𝐚𝐬 𝐞 𝐧𝐨𝐢𝐭𝐞𝐬 𝐟𝐫𝐢𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐭 2

𝐎𝐛𝐬: 𝐞́ 𝐮𝐦𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐨 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞 𝐚𝐧𝐭𝐞𝐫𝐢𝐨𝐫

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𝐊𝐚𝐫𝐢𝐦 𝐩𝐨𝐯’𝐬

𝐃𝐨𝐢𝐬 𝐦𝐞𝐬𝐞𝐬 se passaram, oito meses da S/n em coma, os médicos já deixaram ela de lado. Eu continuava morando no hospital, continuava dormindo e comendo por lá. Acabei de chegar do hospital para tomar um banho e voltar novamente pra lá.

Estava de férias dos jogos, então estava ficando mais tempo com ela. Nesse tempo, eu voltei a ser titular do Real Madrid, queria que S/n sentisse orgulho de mim quando acordasse.

Ouvi os médicos dizerem que provavelmente ela não acordaria mais, eu não quero acreditar nisso. Eu me negava, eu tinha o fio de esperança que veria minha mulher feliz novamente.

Há duas semanas atrás, eu tinha organizado a minha casa, pedi para encherem o jardim das flores preferidas da S/n. Queria pequenas coisas para me lembrar dela todos os dias. Quando vim embora, ela estava dormindo e serena.

O dia tinha amanhecido chuvoso, o dia estava mais escuro e o clima mais frio. O clima que a minha mulher odiava, a chuva caia tão forte quanto as minhas lágrimas. Minha razão dizia para não ter esperança, mas o meu coração se enchia de esperança todos os dias.

Suspiro e ouço meu celular tocar, era o meu advogado avisando que o desgraçado que bateu na minha mulher irá prestar depoimento.

Sinto o ódio me consumir, nunca fui um cara violento, mas a pessoa que eu mais amava estava em coma há oito meses. Tomo meu banho e eu quero acompanhar esse depoimento, quero encarar esse desgraçado.

Era para ele estar no lugar dela, agora estava lutando para que esse desgraçado fosse preso. Ainda não tinha visto ele ou ela, não fazia a mínima ideia de quem causaria tão mal a mulher que eu tanto amo.

Me apronto para ir a delegacia, arrumo uma pequena mala com alguns pertences porque iria passar o dia no hospital. Meu peito estava apertado, uma sensação estranha, quase que a mesma sensação que eu tive naquela maldita madrugada.

Entro no carro, a chuva caia mais forte e me dirijo até a delegacia. Não demoro a chegar, vejo o meu advogado parado na porta e o cumprimento.

— 𝘓𝘪𝘭𝘪𝘢𝘯? 𝘘𝘶𝘦́ 𝘩𝘢𝘤𝘦 𝘦𝘭𝘭𝘦 𝘢𝘲𝘶𝘪́? (𝘓𝘪𝘭𝘪𝘢𝘯? 𝘖 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘭𝘢 𝘧𝘢𝘻 𝘢𝘲𝘶𝘪?) — Pergunto ao meu advogado.

— 𝘏𝘢𝘺 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘯𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘴𝘢𝘴 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘦𝘭 𝘢𝘤𝘤𝘪𝘥𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰 𝘵𝘦 𝘩𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘢𝘥𝘪 (𝘵𝘦𝘮 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘰 𝘢𝘤𝘪𝘥𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘵𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘪) — Doutor Ruiz diz e me puxa para uma sala.

— 𝘈 𝘲𝘶𝘦́ 𝘵𝘦 𝘳𝘦𝘧𝘪𝘳𝘦𝘴? 𝘘𝘶𝘦́ 𝘩𝘢𝘤𝘦 𝘮𝘪 𝘦𝘹 𝘢𝘲𝘶𝘪́? (𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮? 𝘖 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘦𝘹 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘢𝘲𝘶𝘪?) — Pergunto nervoso.

— 𝘒𝘢𝘳𝘪𝘮, 𝘧𝘶𝘦 𝘓𝘪𝘭𝘪𝘢𝘯 𝘲𝘶𝘪𝘦𝘯 𝘨𝘰𝘭𝘱𝘦𝘰́ 𝘦𝘭 𝘤𝘰𝘤𝘩𝘦 𝘥𝘦 𝘚/𝘯. 𝘌𝘴𝘦 𝘥𝘪́𝘢, 𝘦𝘭 𝘤𝘰𝘤𝘩𝘦 𝘯𝘰 𝘱𝘳𝘦𝘴𝘵𝘰́ 𝘢𝘺𝘶𝘥𝘢 𝘺 𝘦𝘭 𝘤𝘰𝘯𝘥𝘶𝘤𝘵𝘰𝘳 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘪𝘰́ (𝘒𝘢𝘳𝘪𝘮, 𝘧𝘰𝘪 𝘓𝘪𝘭𝘪𝘢𝘯 𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘣𝘢𝘵𝘦𝘶 𝘯𝘰 𝘤𝘢𝘳𝘳𝘰 𝘥𝘦 𝘚/𝘯. 𝘕𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘥𝘪𝘢, 𝘰 𝘤𝘢𝘳𝘳𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘱𝘳𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘴𝘰𝘤𝘰𝘳𝘳𝘰 𝘦 𝘰 𝘵𝘢𝘭 𝘮𝘰𝘵𝘰𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦𝘶) — Meu advogado fala e sinto meu mundo desabar.

— 𝘗𝘦𝘳𝘰 𝘭𝘰𝘴 𝘢𝘨𝘦𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘱𝘰𝘭𝘪𝘤𝘪́𝘢 𝘥𝘪𝘫𝘦𝘳𝘰𝘯 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘭 𝘤𝘰𝘯𝘥𝘶𝘤𝘵𝘰𝘳 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢 𝘣𝘰𝘳𝘳𝘢𝘤𝘩𝘰 (𝘮𝘢𝘴 𝘰𝘴 𝘱𝘰𝘭𝘪𝘤𝘪𝘢𝘪𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘮𝘰𝘵𝘰𝘳𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢 𝘣𝘦̂𝘣𝘢𝘥𝘰) — Lágrimas começam a cair e doutor Ruiz me olha com pena.

— 𝘌𝘴𝘰 𝘦𝘴 𝘭𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘦𝘯𝘴𝘢𝘳𝘰𝘯 𝘢𝘭 𝘱𝘳𝘪𝘯𝘤𝘪𝘱𝘪𝘰, 𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘓𝘪𝘭𝘪𝘢𝘯 𝘭𝘰 𝘩𝘪𝘻𝘰 𝘢 𝘱𝘳𝘰𝘱𝘰́𝘴𝘪𝘵𝘰 (𝘧𝘰𝘪 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘤𝘩𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢 𝘱𝘳𝘪𝘯𝘤𝘪́𝘱𝘪𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘢𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦 𝘓𝘪𝘭𝘪𝘢𝘯 𝘧𝘦𝘻 𝘥𝘦 𝘱𝘳𝘰𝘱𝘰́𝘴𝘪𝘵𝘰) — Me sento tentando processar tudo.

— 𝘠 𝘱𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦́ 𝘭𝘰 𝘴𝘦́ 𝘢𝘩𝘰𝘳𝘢? (𝘦 𝘱𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢?) — Pergunto cansado.

— 𝘛𝘦 𝘩𝘢𝘴 𝘤𝘦𝘳𝘳𝘢𝘥𝘰, 𝘒𝘢𝘳𝘪𝘮. 𝘐𝘯𝘵𝘦𝘯𝘵𝘦́ 𝘭𝘭𝘢𝘮𝘢𝘳𝘵𝘦, 𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘯𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘴𝘵𝘢𝘵𝘦, 𝘮𝘦 𝘴𝘰𝘳𝘱𝘳𝘦𝘯𝘥𝘪́ 𝘤𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘮𝘦 𝘥𝘪𝘫𝘪𝘴𝘵𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘦𝘯𝘥𝘳𝘪́𝘢𝘴 𝘩𝘰𝘺 (𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘴𝘦 𝘧𝘦𝘤𝘩𝘰𝘶, 𝘒𝘢𝘳𝘪𝘮. 𝘌𝘶 𝘵𝘦𝘯𝘵𝘦𝘪 𝘵𝘦 𝘭𝘪𝘨𝘢𝘳, 𝘮𝘢𝘴 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘢𝘵𝘦𝘯𝘥𝘪𝘢, 𝘧𝘪𝘲𝘶𝘦𝘪 𝘴𝘶𝘳𝘱𝘳𝘦𝘴𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘮𝘦 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘪𝘳𝘪𝘢 𝘩𝘰𝘫𝘦) — O advogado fala.

A minha cabeça girava com tanta informação. Foi Lilian quem bateu no carro de S/n, a polícia incompetente não se preocupou em achar o responsável. Oito meses esperando alguma justiça, quebro um vaso da sala e sinto um pedaço de vidro rasgar a minha pele.

Pouco me importava a dor, meu coração já estava partido há meses. O advogado me leva até o local do depoimento, eu não iria entrar. Queria apenas perguntar algo para Lilian. Me aproximo dela e vejo ela abrir um sorriso.

  — 𝘗𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦́ 𝘭𝘰 𝘩𝘢𝘴 𝘩𝘦𝘤𝘩𝘰? (𝘱𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘦𝘻 𝘪𝘴𝘴𝘰?) — Pergunto calmo.

— 𝘛𝘦 𝘢𝘥𝘷𝘦𝘳𝘵𝘪́ 𝘲𝘶𝘦 𝘩𝘢𝘳𝘪́𝘢 𝘥𝘦 𝘵𝘶 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘶𝘯 𝘪𝘯𝘧𝘦𝘳𝘯𝘰, 𝘒𝘢𝘳𝘪𝘮. 𝘊𝘰𝘯𝘧𝘪𝘦𝘴𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘭𝘢 𝘱𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘯𝘰 𝘵𝘶𝘷𝘰 𝘭𝘢 𝘤𝘶𝘭𝘱𝘢, 𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘵𝘶́ 𝘴𝘪́. 𝘍𝘶𝘪𝘴𝘵𝘦 𝘵𝘶́ 𝘲𝘶𝘪𝘦𝘯 𝘵𝘳𝘢𝘫𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘤𝘢𝘰𝘴 𝘢 𝘴𝘶 𝘷𝘪𝘥𝘢 (𝘦𝘶 𝘵𝘦 𝘢𝘷𝘪𝘴𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘢𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘶𝘮 𝘪𝘯𝘧𝘦𝘳𝘯𝘰, 𝘒𝘢𝘳𝘪𝘮. 𝘊𝘰𝘯𝘧𝘦𝘴𝘴𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘤𝘰𝘪𝘵𝘢𝘥𝘢 𝘯𝘢̃𝘰 𝘵𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘶𝘭𝘱𝘢, 𝘮𝘢𝘴 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘴𝘪𝘮. 𝘍𝘰𝘪 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘲𝘶𝘦 𝘭𝘦𝘷𝘰𝘶 𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘤𝘢𝘰𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘥𝘦𝘭𝘢) — Suas palavras atingem meu coração. A culpa era minha.

— 𝘌𝘴𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦 𝘱𝘶𝘥𝘳𝘢𝘴 𝘦𝘯 𝘭𝘢 𝘤𝘢́𝘳𝘤𝘦𝘭 (𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘢𝘱𝘰𝘥𝘳𝘦𝘤̧𝘢 𝘯𝘢 𝘤𝘢𝘥𝘦𝘪𝘢) — Respiro fundo.

— 𝘔𝘦𝘫𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘶𝘥𝘳𝘪𝘳𝘴𝘦 𝘦𝘯 𝘭𝘢 𝘤𝘢𝘮𝘢 (𝘮𝘦𝘭𝘩𝘰𝘳 𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘱𝘰𝘥𝘳𝘦𝘤𝘦𝘳 𝘦𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘢𝘮𝘢) — Ela grita.

Saio de lá sem falar mais nada. Entro no caro e bato no volante e sinto o corte sangrar com mais força. As minhas mãos estavam roxas e machucadas. Eu levei o caos para a vida de S/n, eu causei tudo isso. Ela estava naquela cama por culpa minha e eu descontava todo o meu ódio.

Encosto no banco e deixo as minhas lágrimas caírem, eu chorava como uma criança. A chuva caia mais forte e meu peito ainda mais apertado. Aquele sofrimento não tinha fim, respiro fundo e beijo a foto de S/n que estava no carro.

Tento me controlar, devagar vou até o hospital. Dessa vez mais quebrado do que nunca. Estaciono, pego as flores que sempre tenho trazido e vou até o quarto.

Entro, S/n continuava dormindo e minhas lágrimas caiam intensamente. Arrumo as flores e sento no banquinho segurando as suas mãos. Eu não conseguia te encarar, estava com vergonha, culpa, medo e angustia.

— 𝘗𝘦𝘳𝘥𝘰́𝘯𝘢𝘮𝘦, 𝘢𝘮𝘰𝘳! 𝘛𝘳𝘢𝘫𝘦 𝘦𝘭 𝘤𝘢𝘰𝘴 𝘢 𝘵𝘶 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘺 𝘦𝘴 𝘮𝘪 𝘤𝘶𝘭𝘱𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘦́𝘴 𝘢𝘲𝘶𝘪́ (𝘔𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘰𝘢, 𝘢𝘮𝘰𝘳. 𝘌𝘶 𝘵𝘳𝘰𝘶𝘹𝘦 𝘰 𝘤𝘢𝘰𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘦 𝘱𝘰𝘳 𝘤𝘶𝘭𝘱𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘢𝘲𝘶𝘪) — Minhas lágrimas caiam — 𝘘𝘶𝘦𝘳𝘪́𝘢 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘤𝘢𝘮𝘣𝘪𝘢𝘳 𝘭𝘶𝘨𝘢𝘳𝘦𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘪𝘨𝘰. 𝘘𝘶𝘦𝘳𝘪́𝘢 𝘰𝘪́𝘳𝘵𝘦 𝘩𝘢𝘣𝘭𝘢𝘳 𝘥𝘦 𝘵𝘶𝘴 𝘱𝘭𝘢𝘯𝘦𝘴, 𝘥𝘦 𝘵𝘶𝘴 𝘴𝘶𝘦𝘯̃𝘰𝘴 𝘺 𝘥𝘦𝘤𝘪𝘳𝘵𝘦 𝘤𝘶𝘢́𝘯𝘵𝘰 𝘵𝘦 𝘢𝘮𝘰 (𝘦𝘶 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘵𝘳𝘰𝘤𝘢𝘳 𝘥𝘦 𝘭𝘶𝘨𝘢𝘳 𝘤𝘰𝘮 𝘷𝘰𝘤𝘦̂. 𝘘𝘶𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘵𝘦 𝘰𝘶𝘷𝘪𝘳 𝘧𝘢𝘭𝘢𝘣𝘥𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘱𝘭𝘢𝘯𝘰𝘴, 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘴𝘰𝘯𝘩𝘰𝘴 𝘦 𝘥𝘪𝘻𝘦𝘳 𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘦𝘶 𝘵𝘦 𝘢𝘮𝘰) — Meus soluços ecoavam pelo quarto — 𝘝𝘶𝘦𝘭𝘷𝘦 𝘢 𝘮𝘪́, 𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳 (𝘷𝘰𝘭𝘵𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘮𝘪𝘮, 𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳) — Sussurro.

As palavras se perdem no silêncio do quarto. As enfermeiras me olhavam com pena, já ouvi elas dizerem que eu não deveria ter esperança. Minhas pálpebras pesam, acabo adormecendo naquela posição.

Há oito meses eu não sonho e nem tenho dormido direto, sentia meu corpo relaxar. Acabo tendo o primeiro sonho em oito meses, sentia minha mulher fazendo um carinho na minha cabeça, abro um sorriso e desejaria não acordar mais.

Sentia seus carinhos com mais intensidade, meu coração estava acelerado e acordo com uma enorme vontade de chorar. Olho para o rosto de S/n e ela estava com os olhos abertos.

Choro me lembrando que quando ela abriu os olhos pela primeira vez, eu achei que aquele tormento tivesse acabado. Mas os médicos disseram que aquilo era normal no estado vegetativo, ela fazia movimentos involuntários e até sons, mas permanecia inconsciente.

Observo seu rosto, seu olhar estava com um brilho diferente. Sinto um aperto na minha mão, eu torcia para que não fosse mais um movimento, que fosse ela recobrando a consciência.

O aperto ficou mais forte, abro o sorriso, se fosse apenas algo falso eu sentiria a tristeza depois. Sinto as lágrimas caírem e meu sorriso aumentar.

— 𝘊𝘢𝘳𝘪𝘯̃𝘰, 𝘱𝘶𝘦𝘥𝘦𝘴 𝘰𝘪́𝘳𝘮𝘦? 𝘚𝘪 𝘭𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘶𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘦𝘴 𝘴𝘪́, 𝘢𝘱𝘳𝘪𝘦𝘵𝘢 𝘮𝘪 𝘮𝘢𝘯𝘰 (𝘲𝘶𝘦𝘳𝘪𝘥𝘢, 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘮𝘦 𝘰𝘶𝘷𝘪𝘯𝘥𝘰? 𝘚𝘦 𝘴𝘪𝘮, 𝘢𝘱𝘦𝘳𝘵𝘢 𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘮𝘢̃𝘰) — Imploro e nada acontece. Era apenas um movimento involuntário e meu mundo desaba. Suspiro e sinto um aperto novamente — 𝘗𝘶𝘭𝘴𝘦 𝘥𝘦 𝘯𝘶𝘦𝘷𝘰, 𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳 (𝘢𝘱𝘦𝘳𝘵𝘢 𝘯𝘰𝘷𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦, 𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳) — Falo e ela aperta.

Abro um sorriso, ela estava de volta. Corro até o corredor e faço um escândalo para que todos os médicos fossem vê-la, eles me olham com pena , mas vão.

Todos entram, vejo que os médicos estão surpresos. Observo cada movimento, cada inspeção que eles fazem. Torcia para não ser um alarme falso e o doutor se aproxima.

  — 𝘌𝘴 𝘴𝘰𝘳𝘱𝘳𝘦𝘯𝘥𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘶𝘦𝘳𝘢 𝘤𝘢𝘱𝘢𝘻 𝘥𝘦 𝘳𝘦𝘤𝘶𝘱𝘦𝘳𝘢𝘳 𝘭𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘤𝘪𝘦𝘯𝘤𝘪𝘢. 𝘠𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘤𝘪𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘺 𝘱𝘳𝘰𝘯𝘵𝘰 𝘳𝘦𝘤𝘶𝘱𝘦𝘳𝘢𝘳𝘢́ 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘶𝘴 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘪𝘥𝘰𝘴 (𝘦́ 𝘴𝘶𝘳𝘱𝘳𝘦𝘦𝘯𝘥𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘭𝘢 𝘵𝘦𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘨𝘶𝘪𝘥𝘰 𝘳𝘦𝘤𝘶𝘱𝘦𝘳𝘢𝘳 𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘤𝘪𝘦̂𝘯𝘤𝘪𝘢. 𝘌𝘭𝘢 𝘫𝘢́ 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘤𝘪𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘦 𝘭𝘰𝘨𝘰 𝘷𝘢𝘪 𝘳𝘦𝘤𝘶𝘱𝘦𝘳𝘢𝘳 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘪𝘥𝘰𝘴) — O médico diz e eu puxo ele para um abraço.

A melhor noticia que eu poderia receber. Eu estava feliz, radiante. A minha mulher estava de volta. Faço um carinho em seu rosto, deixo um beijo em sua testa. O pesadelo tinha acabado.

Me sento e deito minha cabeça agradecendo pelo milagre e ligo para Vini para contar a novidade. Ele vai vir visitá-la amanhã. Durmo em paz pela primeira vez em meses, acordo na madrugada com um barulho.

— 𝘈-𝘢́𝘨𝘶𝘢... — Levanto de supetão e vejo S/n olhando para os lados confusa.

Corro até a jarra de água e ajudo ela a beber com calma. Ela se engasga, mas logo consegue segurar o copo e beber o resto. Ela suspira. Resolvo chamar o médico, ele abre um sorriso vendo que S/n estava bem.

Agora ela iria fazer fisioterapia por causa do tempo sem andar. Mas não havia ficado nenhuma sequela do acidente. Volto para o quarto e ela abre um sorriso sereno.

— 𝘌𝘴𝘵𝘢 𝘷𝘦𝘻 𝘯𝘰, 𝘒𝘢𝘳𝘪𝘮 (𝘯𝘢̃𝘰 𝘧𝘰𝘪 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘷𝘦𝘻, 𝘒𝘢𝘳𝘪𝘮) — Ela diz.

— 𝘕𝘪 𝘴𝘪𝘲𝘶𝘪𝘦𝘳𝘢 𝘣𝘳𝘰𝘮𝘦𝘦𝘴 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘦𝘭𝘭𝘰 (𝘯𝘦𝘮 𝘣𝘳𝘪𝘯𝘤𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘪𝘴𝘴𝘰) — Falo sério.

— 𝘘𝘶𝘪𝘦𝘳𝘰 𝘴𝘢𝘭𝘪𝘳 𝘥𝘦 𝘢𝘲𝘶𝘪́ 𝘱𝘳𝘰𝘯𝘵𝘰 (𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘴𝘢𝘪𝘳 𝘥𝘢𝘲𝘶𝘪 𝘭𝘰𝘨𝘰) — Ela diz e emburra.

— 𝘕𝘦𝘤𝘦𝘴𝘪𝘴𝘵𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘤𝘶𝘪𝘥𝘢𝘥𝘰𝘴, 𝘢𝘮𝘰𝘳 (𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘤𝘶𝘪𝘥𝘢𝘥𝘰, 𝘢𝘮𝘰𝘳) — Faço um carinho em seu cabelo.

— 𝘈𝘮𝘰𝘳? — S/n pergunta e eu fico sem graça.

— 𝘚𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘶𝘦𝘴𝘵𝘳𝘢 𝘶́𝘭𝘵𝘪𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢𝘤𝘪𝘰́𝘯 𝘧𝘶𝘦 𝘩𝘰𝘳𝘳𝘪𝘣𝘭𝘦, 𝘴𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦 𝘩𝘪𝘤𝘦 𝘥𝘢𝘯̃𝘰 𝘺 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰 𝘩𝘢 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘥𝘰 𝘶𝘯 𝘥𝘪́𝘢 𝘦𝘯 𝘦𝘭 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘰 𝘮𝘦 𝘢𝘳𝘳𝘦𝘱𝘪𝘦𝘯𝘵𝘢 (𝘦𝘶 𝘴𝘦𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢 𝘶́𝘭𝘵𝘪𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢 𝘧𝘰𝘪 𝘩𝘰𝘳𝘳𝘪́𝘷𝘦𝘭, 𝘦𝘶 𝘴𝘦𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦 𝘮𝘢𝘨𝘰𝘦𝘪 𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘩𝘰𝘶𝘷𝘦 𝘶𝘮 𝘥𝘪𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘮𝘦 𝘢𝘳𝘳𝘦𝘱𝘦𝘯𝘥𝘢 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘰) — Aperto a mão dela — 𝘋𝘪𝘴𝘤𝘶́𝘭𝘱𝘦𝘮𝘦, 𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳. 𝘌𝘯𝘵𝘦𝘯𝘥𝘦𝘳𝘦́ 𝘴𝘪 𝘲𝘶𝘪𝘦𝘳𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦 𝘷𝘢𝘺𝘢, 𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘪𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘰𝘯𝘦𝘴 (𝘮𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘶𝘭𝘱𝘦, 𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳. 𝘌𝘶 𝘷𝘰𝘶 𝘦𝘯𝘵𝘦𝘯𝘥𝘦𝘳 𝘴𝘦 𝘮𝘦 𝘲𝘶𝘪𝘴𝘦𝘳 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘦, 𝘮𝘢𝘴 𝘦𝘶 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘰𝘦) — Falo e S/n mantinha seu sorriso.

— 𝘛𝘦 𝘩𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘰𝘯𝘢𝘥𝘰, 𝘒𝘢𝘳𝘪𝘮. 𝘛𝘦 𝘷𝘪 𝘭𝘦𝘦𝘳 𝘭𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘵𝘢 (𝘌𝘶 𝘫𝘢́ 𝘵𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘰𝘦𝘪, 𝘒𝘢𝘳𝘪𝘮. 𝘌𝘶 𝘷𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘭𝘦𝘶 𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘵𝘢) — Ela aponta para o criado mudo onde estava a carta — 𝘓𝘢𝘴 𝘦𝘯𝘧𝘦𝘳𝘮𝘦𝘳𝘢𝘴 𝘮𝘦 𝘩𝘢𝘯 𝘥𝘪𝘤𝘩𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦 𝘩𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘦𝘥𝘢𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘮𝘪𝘨𝘰 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘭𝘰𝘴 𝘥𝘪́𝘢𝘴 𝘥𝘦𝘴𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘢𝘴𝘰́ 𝘵𝘰𝘥𝘰. 𝘌𝘴𝘰 𝘧𝘶𝘦 𝘮𝘶𝘺 𝘩𝘦𝘳𝘮𝘰𝘴𝘰, 𝘨𝘳𝘢𝘤𝘪𝘢𝘴 (𝘢𝘴 𝘦𝘯𝘧𝘦𝘳𝘮𝘦𝘪𝘳𝘢𝘴 𝘮𝘦 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘧𝘪𝘤𝘰𝘶 𝘤𝘰𝘮𝘪𝘨𝘰 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘥𝘪𝘢𝘴 𝘥𝘦𝘴𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘦𝘶. 𝘐𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘰𝘪 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰 𝘭𝘪𝘯𝘥𝘰, 𝘰𝘣𝘳𝘪𝘨𝘢𝘥𝘰) — Ela diz e eu abro um sorriso.

— 𝘗𝘰𝘥𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘦𝘮𝘱𝘦𝘻𝘢𝘳 𝘥𝘦 𝘯𝘶𝘦𝘷𝘰, 𝘤𝘢𝘳𝘪𝘯̃𝘰? (𝘱𝘰𝘥𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘳𝘦𝘤𝘰𝘮𝘦𝘤̧𝘢𝘳, 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘪𝘥𝘢?) — Pergunto apreensivo.

— 𝘗𝘳𝘰𝘮𝘦𝘵𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘥𝘢𝘳𝘴𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘷𝘦𝘻? (𝘱𝘳𝘰𝘮𝘦𝘵𝘦 𝘧𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘥𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘷𝘦𝘻?) — Ela pergunta e eu beijo a mão dela.

— 𝘓𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘦𝘵𝘰 (𝘦𝘶 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘦𝘵𝘰) — Falo e ela abre um sorriso.

— 𝘌𝘯𝘵𝘰𝘯𝘤𝘦𝘴 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘦𝘮𝘱𝘦𝘻𝘢𝘳 𝘥𝘦 𝘯𝘶𝘦𝘷𝘰 (𝘦𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘳𝘦𝘤𝘰𝘮𝘦𝘤̧𝘢𝘳) — Ela diz e eu beijo sua testa.

— 𝘠𝘰 𝘵𝘦 𝘢𝘮𝘰, 𝘤𝘢𝘳𝘪𝘯̃𝘰 (𝘦𝘶 𝘵𝘦 𝘢𝘮𝘰, 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘪𝘥𝘢) — Falo e vejo os olhos de S/n brilharem.

— 𝘠𝘰 𝘵𝘦 𝘢𝘮𝘰, 𝘢𝘮𝘰𝘳 — Ela diz e dou um selinho longo nela.

Ainda tinha muita coisa para conversar e arrumar, mas estaríamos juntos e dessa vez para sempre.

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𝐏𝐞𝐝𝐢𝐝𝐨 𝐝𝐞: as amoras que pediram a part 2 e espero que gostem!

𝗩𝗼𝘁𝗲𝗺 𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲𝗺, 𝗽𝗼𝗿 𝗳𝗮𝘃𝗼𝗿
𝗔𝘁𝗲́ 𝗮 𝗽𝗿𝗼́𝘅𝗶𝗺𝗮
𝗕𝗲𝗶𝗷𝗶𝗻𝗵𝗼𝘀