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☞︎︎︎𝐓𝐞𝐦𝐚: 𝐜𝐢𝐮́𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐥𝐞

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𝐒/𝐧 𝐩𝐨𝐯'𝐬

Estou exausta, mas ainda tinha mais uma consulta no dia. Ser psicóloga de jogadores de futebol é cansativo, mas não faria outra coisa. Foi graças a essa profissão que conheci meu namorado, era o único jogador do Palmeiras que não era atendido por mim, seria muito antiético.

Conheci Raphael quando cheguei ao Palmeiras, até então ele era um dos poucos jogadores que faziam terapia. Mas foi na festa de comemoração de título que Veiga disse que queria deixar de ser meu paciente para ser meu namorado.

Sorrio ao lembrar do meu amado. Raphael é um cara maravilhoso, amoroso, fofo, carinhoso e extrovertido. Sou completamente apaixonada por ele. Estava no intervalo da próxima consulta, mando uma mensagem para o meu namorado avisando que queria ir ao shopping com ele comprar algumas coisas. Eu amo esses programas de casal e, por sorte, meu namorado também, fazia muito tempo que não passávamos uma tarde juntos.

Nos víamos todos os dias, mas não tínhamos tempo de sair. Hoje eu queria passar o final da tarde passeando, Raphael me responde de forma seca e eu fico sem entender. Odiava joguinhos de silêncio ou essas grosserias desnecessárias, Veiga sabia disso e as vezes pecava muito nisso. Suspiro triste por ver que meu plano de passar uma tarde tranquila tinha ido para o ralo. Saio da minha sala para pegar mais café.

Estou no refeitório e enquanto pego meu café ouço conversas vindo na direção do refeitório. A voz era de Raphael, Joaco e Murilo. Assim que pego meu café e saio, esbarro com os meninos, quando fui cumprimentar Raphael, ele passou direto e nem olhou para trás. Os meninos me olharam sem entender e eu sorri fraco. Eu também não sabia o que tinha acontecido. Volto para a minha sala.

Ouço baterem na porta e vejo Gabriel Menino, ele é o meu último paciente do dia e logo iria para casa. Gabriel entra e começamos a sessão de terapia. Coloco meu celular no mudo e durante a sessão presto atenção no que Gabriel tem para me contar.

Normalmente a sessão dura 1h e como eu sou psicóloga do Palmeiras, a sessão podia durar até 2h dependendo do caso que o jogador estiver. A sessão se encerra e me despeço de Gabriel, arrumo minhas coisas e tranco a minha sala.

Raphael tinha vindo comigo, então tenho que esperar o bonitão para irmos. Espero no estacionamento e ouço sua conversa com Joaquin e ele vem na direção do carro, desligo a tela do meu celular e vejo meu namorado fechar a cara assim que me vê. Definitivamente ele estava bravo comigo. Me aproximo e ele me olha.

- 𝘈𝘮𝘰𝘳, 𝘫𝘢́ 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘪𝘳? 𝘌𝘶 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘳 𝘯𝘰 𝘴𝘩𝘰𝘱𝘱𝘪𝘯𝘨 𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘳 𝘦𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘭𝘰𝘫𝘢 𝘥𝘦 𝘢𝘶𝘵𝘰𝘮𝘰́𝘷𝘦𝘪𝘴 - Falo sorrindo. Eu quero trocar de carro e Veiga tinha prometido me ajudar.

- 𝘖 𝘑𝘰𝘢𝘤𝘰 𝘷𝘢𝘪 𝘮𝘦 𝘥𝘢𝘳 𝘤𝘢𝘳𝘰𝘯𝘢, 𝘚/𝘯. 𝘝𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰 𝘥𝘪𝘢 - Ele diz ríspido e olho séria para ele.

- 𝘠𝘰 𝘷𝘰𝘺 𝘭𝘦𝘷𝘢𝘳? - Joaquin pergunta. Raphael e eu moramos do outro lado da cidade.

- 𝘕𝘢̃𝘰, 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘷𝘢𝘪 𝘭𝘦𝘷𝘢𝘳. 𝘚𝘦 𝘙𝘢𝘱𝘩𝘢𝘦𝘭 𝘲𝘶𝘪𝘴𝘦𝘳 𝘪𝘳 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘤𝘢𝘴𝘢, 𝘦𝘭𝘦 𝘷𝘢𝘪 𝘢𝘯𝘥𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘰𝘶 𝘥𝘦 𝘶𝘣𝘦𝘳. 𝘕𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘫𝘶𝘴𝘵𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘥𝘦̂ 𝘢 𝘷𝘰𝘭𝘵𝘢 𝘯𝘢 𝘤𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 - Digo e Rafael me olha.

- 𝘑𝘰𝘢𝘤𝘰 𝘦́ 𝘮𝘦𝘶 𝘢𝘮𝘪𝘨𝘰, 𝘢𝘤𝘩𝘢 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘭𝘦 𝘧𝘢𝘳𝘪𝘢 𝘢𝘭𝘨𝘰 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮? 𝘌 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘢, 𝘰 𝘤𝘢𝘳𝘳𝘰 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘦́ 𝘮𝘦𝘶 - Rafael diz e sinto meus olhos lacrimejarem.

- 𝘕𝘰 𝘩𝘢𝘣𝘭𝘢𝘴 𝘢𝘴𝘪́ 𝘙𝘢𝘱𝘩𝘢𝘦𝘭 - Joaco diz. Posso ver Rafael mudando de expressão ao notar o que me disse.

- 𝘌𝘭𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘤𝘦𝘳𝘵𝘰, 𝘑𝘰𝘢𝘲𝘶𝘪𝘯. 𝘖 𝘤𝘢𝘳𝘳𝘰 𝘦́ 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘥𝘦𝘭𝘦 𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦𝘶, 𝘦𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘵𝘰𝘮𝘢 𝘢𝘲𝘶𝘪 𝘢 𝘤𝘩𝘢𝘷𝘦 - Entrego a chave - 𝘈 𝘤𝘢𝘴𝘢 𝘦́ 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢, 𝘦𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘱𝘦𝘨𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘤𝘢𝘳𝘳𝘰 𝘦 𝘤𝘰𝘭𝘰𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢𝘴 𝘢𝘴 𝘴𝘶𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴 𝘯𝘦𝘭𝘦 - Falo e ele me olha surpreso.

- 𝘝𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢𝘳, 𝘚/𝘯 - Ele fala e se aproxima, me afasto e peço um uber.

- 𝘈𝘨𝘰𝘳𝘢 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰. 𝘌𝘴𝘵𝘢́ 𝘢𝘷𝘪𝘴𝘢𝘥𝘰, 𝘦𝘶 𝘵𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘧𝘰𝘳𝘢 𝘥𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘢𝘴𝘢 𝘢𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘩𝘰𝘫𝘦 - Digo e me afasto deles.

Sinto lágrimas caírem e me permito chorar. Cheguei no Palmeiras há seis meses, antes disso eu trabalhava em um consultório popular em SP, o meu salário não era astronômico como é hoje. Psicólogo que não vem de berço sofre para estabelecer seu nome. Vivi de aluguel por um longo tempo, com o primeiro salário do Palmeiras comprei minha casa. Não me preocupava com carro, eu queria um cantinho meu.

Nesse tempo, Raphael havia me emprestado seu carro para que eu usasse até que comprasse outro, iria comprar hoje que teria a tarde livre, mas não é bem isso que vai acontecer. Respiro fundo e vejo o carro de aplicativo de aproximar.

Dou meu endereço e assim que chego no condômino vejo o carro de Raphael na porta. Pago a corrida e abro a porta e vejo ele sentado no sofá de cabeça baixa.

- 𝘗𝘰𝘥𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢𝘳, 𝘢𝘮𝘰𝘳? - Veiga pergunta.

- 𝘈𝘤𝘩𝘦𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘧𝘪𝘤𝘢𝘥𝘰 𝘤𝘭𝘢𝘳𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘴𝘢𝘪𝘳 𝘥𝘢𝘲𝘶𝘪 - Digo e ele abaixa a cabeça.

- 𝘌𝘶 𝘧𝘶𝘪 𝘶𝘮 𝘪𝘥𝘪𝘰𝘵𝘢 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘤𝘦𝘥𝘰, 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘵𝘦𝘳 𝘫𝘰𝘨𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘢𝘥𝘢 𝘯𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘢. 𝘌𝘶 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘳𝘢𝘪𝘷𝘢 𝘦 𝘫𝘰𝘨𝘶𝘦𝘪 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘦𝘮 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ - Ele diz e suspira.

- 𝘌 𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘳𝘢𝘪𝘷𝘢 𝘵𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘢 𝘷𝘦𝘳 𝘤𝘰𝘮𝘪𝘨𝘰? - Pergunto e ele nega com a cabeça - 𝘌 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘰𝘯𝘵𝘰𝘶 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮 𝘱𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘢𝘭 𝘮𝘰𝘵𝘪𝘷𝘰? 𝘌𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘰𝘶 𝘴𝘦𝘶 𝘴𝘢𝘤𝘰 𝘥𝘦 𝘱𝘢𝘯𝘤𝘢𝘥𝘢𝘴 - Digo e ele olha para mim.

- 𝘌𝘶 𝘴𝘦𝘪, 𝘢𝘮𝘰𝘳. 𝘌𝘶 𝘧𝘪𝘲𝘶𝘦𝘪 𝘤𝘰𝘮 𝘤𝘪𝘶́𝘮𝘦𝘴 𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘳𝘢𝘪𝘷𝘢 - Ele diz e eu fico surpresa. Ciúmes não era algo comum entre nós.

- 𝘊𝘪𝘶́𝘮𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘮? - Pergunto e ele abaixa a cabeça.

- 𝘋𝘰𝘴 𝘮𝘦𝘯𝘪𝘯𝘰𝘴 𝘥𝘢 𝘣𝘢𝘴𝘦. 𝘌𝘭𝘦𝘴 𝘧𝘢𝘭𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘤𝘰𝘳𝘱𝘰 𝘦 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘰𝘶 𝘥𝘦 𝘧𝘦𝘳𝘳𝘰 𝘢𝘮𝘰𝘳, 𝘦𝘶 𝘧𝘪𝘲𝘶𝘦𝘪 𝘤𝘰𝘮 𝘳𝘢𝘪𝘷𝘢 - Ele diz e eu solto um riso incrédulo.

- 𝘦́ 𝘢 𝘱𝘰𝘳𝘳𝘢 𝘥𝘰 𝘮𝘦𝘶 𝘵𝘳𝘢𝘣𝘢𝘭𝘩𝘰, 𝘙𝘢𝘱𝘩𝘢𝘦𝘭. 𝘌𝘶 𝘢𝘵𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘥𝘰 𝘗𝘢𝘭𝘮𝘦𝘪𝘳𝘢𝘴, 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘥𝘦𝘪𝘹𝘢𝘳 𝘥𝘦 𝘢𝘵𝘦𝘯𝘥𝘦𝘳 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘦́𝘮 𝘱𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦𝘶 𝘯𝘢𝘮𝘰𝘳𝘢𝘥𝘰 𝘴𝘦 𝘴𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘪𝘯𝘴𝘦𝘨𝘶𝘳𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘤𝘢𝘶𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘢𝘥𝘰𝘭𝘦𝘴𝘤𝘦𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘥𝘦 16 𝘢𝘯𝘰𝘴 - Falo séria e ele desvia o olhar.

- 𝘌𝘶 𝘴𝘦𝘪, 𝘮𝘢𝘴 𝘴𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ - Ele tenta argumentar.

- 𝘔𝘢𝘴 𝘯𝘢𝘥𝘢. 𝘌𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘷𝘰𝘶 𝘱𝘦𝘥𝘪𝘳 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘧𝘦𝘳𝘦̂𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢𝘵𝘦𝘯𝘥𝘦𝘳 𝘴𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘰 𝘵𝘪𝘮𝘦 𝘱𝘳𝘪𝘯𝘤𝘪𝘱𝘢𝘭. 𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘮𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘦𝘶 𝘦 𝘦𝘶 𝘢𝘵𝘦𝘯𝘥𝘪𝘢 𝘰𝘴 𝘫𝘰𝘷𝘦𝘯𝘴, 𝘦𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘰𝘶𝘴𝘦 𝘱𝘦𝘥𝘪𝘳 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘦𝘶 𝘮𝘶𝘥𝘢𝘳. 𝘈𝘵𝘦́ 𝘱𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘴𝘢𝘣𝘦 𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘰𝘴𝘵𝘢 - Falo e ele abaixa a cabeça.

- 𝘔𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘶𝘭𝘱𝘢, 𝘢𝘮𝘰𝘳. 𝘌𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘦𝘪 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘤𝘢𝘣𝘦𝘤̧𝘢 - Ele diz envergonhado.

- 𝘖 𝘱𝘪𝘰𝘳 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘮𝘦 𝘵𝘳𝘢𝘵𝘰𝘶 𝘮𝘢𝘭 𝘴𝘦𝘮 𝘦𝘶 𝘵𝘦𝘳 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘯𝘢𝘥𝘢. 𝘔𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘦𝘶 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰, 𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘰𝘣𝘳𝘪𝘨𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘦𝘳𝘢 𝘮𝘦 𝘧𝘢𝘭𝘢𝘳, 𝘦𝘶 𝘰𝘥𝘦𝘪𝘰 𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘫𝘰𝘨𝘶𝘪𝘯𝘩𝘰 𝘥𝘦 𝘴𝘪𝘭𝘦̂𝘯𝘤𝘪𝘰 𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘴𝘢𝘣𝘦 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘰. 𝘊𝘩𝘦𝘨𝘢 𝘶𝘮𝘢 𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘢𝘯𝘴𝘢, 𝘙𝘢𝘱𝘩𝘢𝘦𝘭. 𝘚𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘩𝘰𝘯𝘦𝘴𝘵𝘢, 𝘦𝘶 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘤𝘢𝘯𝘴𝘢𝘥𝘢 - Falo e ele me olha surpresa.

- 𝘖 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘲𝘶𝘦𝘳 𝘥𝘪𝘻𝘦𝘳 𝘤𝘰𝘮 𝘪𝘴𝘴𝘰? - Ele pergunta.

- 𝘘𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘵𝘰𝘮𝘢𝘳 𝘶𝘮 𝘣𝘢𝘯𝘩𝘰 𝘦 𝘥𝘰𝘳𝘮𝘪𝘳. 𝘌𝘶 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘵𝘰𝘮𝘢𝘳 𝘯𝘦𝘯𝘩𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘦𝘤𝘪𝘴𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘤𝘢𝘣𝘦𝘤̧𝘢 𝘲𝘶𝘦𝘯𝘵𝘦. 𝘌𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘵𝘦 𝘷𝘦𝘳 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘩𝘰𝘫𝘦 𝘙𝘢𝘱𝘩𝘢𝘦𝘭 - Falo e subo para o meu quarto.

Chego no quarto e tranco a porta, eu não queria ninguém me incomodando. Separo uma roupa e vou tomar meu banho, sinto meu corpo relaxar e a tensão sair do corpo. Faço minha rotina de skin care e me arrumo para deitar; havia perdido a fome e o cansaço falava mais alto. Arrumo a cama e me deito. Durmo como se nada tivesse acontecido.

Acordo com os raios de sol entrando pela janela e me espreguiço, o dia seria longo. Ainda tem a questão do meu relacionamento que eu nem sei se vai continuar, mas vou deixar para me preocupar depois. Levanto e vou para o banheiro fazer minhas higienes e me arrumar para o trabalho. Fico pronta e arrumo minha cama. Ouço meu estomago roncar, eu estava morta de fome.

Desço e sinto cheiro de café pela casa. Chego na porta da cozinha e vejo Veiga passando o café, seu cabelo molhado denunciava que ele tinha acabado de sair do banho. Olho para trás e vejo que tem um lençol no sofá, ele deve estar quebrado.

Mas isso não é problema meu, em outra ocasião eu iria sorrir com a imagem dele fazendo café. Eu sabia que ele estava tentando se desculpar. Entro na cozinha e Raphael me olha.

- 𝘉𝘰𝘮 𝘥𝘪𝘢, 𝘢𝘮𝘰𝘳, 𝘦𝘶 𝘧𝘪𝘻 𝘰 𝘤𝘢𝘧𝘦́. 𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘶 𝘰𝘯𝘵𝘦𝘮 𝘦 𝘥𝘦𝘷𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘳 𝘤𝘰𝘮 𝘧𝘰𝘮𝘦 - Ele diz e sorri triste.

- 𝘉𝘰𝘮 𝘥𝘪𝘢, 𝘢𝘨𝘳𝘢𝘥𝘦𝘤̧𝘰 𝘢 𝘱𝘳𝘦𝘰𝘤𝘶𝘱𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘴𝘢𝘣𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘢𝘮𝘦𝘯𝘪𝘻𝘢 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘧𝘦𝘻, 𝘯𝘦́ - Falo e ele abaixa a cabeça.

- 𝘌𝘶 𝘴𝘦𝘪, 𝘢𝘮𝘰𝘳. 𝘌𝘶 𝘴𝘰́ 𝘧𝘪𝘲𝘶𝘦𝘪 𝘱𝘳𝘦𝘰𝘤𝘶𝘱𝘢𝘥𝘰, 𝘢𝘧𝘪𝘯𝘢𝘭 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘶 𝘰𝘯𝘵𝘦𝘮 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘤𝘢𝘶𝘴𝘦𝘪 - Ele diz e se aproxima - 𝘗𝘰𝘥𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢𝘳? 𝘖 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘥𝘦𝘤𝘪𝘥𝘪𝘳 𝘦𝘶 𝘷𝘰𝘶 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘦𝘪𝘵𝘢𝘳 - Ele diz e eu assinto.

- 𝘖𝘭𝘩𝘢 𝘙𝘢𝘱𝘩𝘢𝘦𝘭, 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘦𝘪 𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘦𝘶 𝘰𝘯𝘵𝘦𝘮. 𝘖 𝘱𝘳𝘰𝘣𝘭𝘦𝘮𝘢 𝘦́ 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘮𝘦 𝘧𝘢𝘭𝘢 𝘦 𝘢𝘤𝘩𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘷𝘰𝘶 𝘢𝘥𝘪𝘷𝘪𝘯𝘩𝘢𝘳? 𝘚𝘰𝘶 𝘱𝘴𝘪𝘤𝘰́𝘭𝘰𝘨𝘢 𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘢𝘥𝘪𝘷𝘪𝘯𝘩𝘢. 𝘚𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘮𝘦 𝘧𝘢𝘭𝘢 𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘣𝘭𝘦𝘮𝘢, 𝘦𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘦𝘭𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦𝘹𝘪𝘴𝘵𝘦 - Falo calma e Rafael assente.

- 𝘌𝘶 𝘧𝘶𝘪 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰 𝘣𝘶𝘳𝘳𝘰. 𝘌𝘶 𝘴𝘦𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘰𝘥𝘦𝘪𝘢 𝘪𝘴𝘴𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘢𝘳𝘳𝘪𝘴𝘲𝘶𝘦𝘪 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘳𝘦𝘭𝘢𝘤𝘪𝘰𝘯𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰. 𝘔𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘰𝘢, 𝘢𝘮𝘰𝘳? 𝘗𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳, 𝘦𝘶 𝘫𝘶𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘷𝘰𝘶 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘳 𝘮𝘢𝘪𝘴 - Ele diz e pega a minha mão.

- 𝘌𝘶 𝘵𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘶𝘭𝘱𝘰, 𝘙𝘢𝘱𝘩𝘢𝘦𝘭. 𝘔𝘢𝘴 𝘢𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘤𝘩𝘢𝘵𝘦𝘢𝘥𝘢, 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘦 𝘳𝘦𝘱𝘪𝘵𝘢 𝘱𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘵𝘦𝘳𝘢́ 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘢 𝘤𝘩𝘢𝘯𝘤𝘦 - Digo e ele assente.

- 𝘌𝘶 𝘫𝘶𝘳𝘰, 𝘢𝘮𝘰𝘳. 𝘚𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘢 𝘤𝘩𝘢𝘵𝘦𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰, 𝘦𝘶 𝘷𝘰𝘶 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘳 𝘥𝘦 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘦𝘭𝘢 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘳 - Ele diz e sorri.

Rafael me puxa para um beijo, a língua dele pede passagem e ele aperta a minha cintura com força. Nossas línguas dançavam em sincronia, arranho a nuca dele e encerramos o beijo com selinhos. Descanso a minha cabeça no peito do Raphael. Sinto sua mão descer pela minha bunda e sorrio.

- 𝘗𝘰𝘥𝘦 𝘦𝘴𝘲𝘶𝘦𝘤𝘦𝘳, 𝘫𝘰𝘨𝘢𝘥𝘰𝘳. 𝘌𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘥𝘦 𝘨𝘳𝘦𝘷𝘦 𝘱𝘰𝘳 𝘥𝘰𝘪𝘴 𝘮𝘦𝘴𝘦𝘴 𝘦 𝘴𝘦 𝘳𝘦𝘤𝘭𝘢𝘮𝘢𝘳 𝘢𝘶𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘥𝘰𝘪𝘴 𝘮𝘦𝘴𝘦𝘴 - Digo e ele faz cara de sofrimento.

- 𝘌𝘶 𝘴𝘦𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦𝘳𝘦𝘤̧𝘰 𝘶𝘮 𝘤𝘢𝘴𝘵𝘪𝘨𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘥𝘰𝘪𝘴 𝘮𝘦𝘴𝘦𝘴 𝘦́ 𝘧𝘰𝘥𝘢 - Ele diz e eu desço a minha mão pelo membro dele e aperto. Sinto o pau de Raphael endurecer e sorrio.

- 𝘝𝘰𝘤𝘦̂ 𝘵𝘦𝘮 𝘥𝘶𝘢𝘴 𝘮𝘢̃𝘰𝘴, 𝘱𝘰𝘥𝘦 𝘳𝘦𝘴𝘰𝘭𝘷𝘦𝘳 𝘴𝘰𝘻𝘪𝘯𝘩𝘰. 𝘔𝘦𝘭𝘩𝘰𝘳 𝘪𝘳 𝘯𝘰 𝘣𝘢𝘯𝘩𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘰𝘭𝘷𝘦𝘳 𝘪𝘴𝘴𝘰 - Digo e solto uma risada.

Rafael bufa e ouço ele falar "𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘮𝘢𝘯𝘥𝘢 𝘴𝘦𝘳 𝘣𝘶𝘳𝘳𝘰, 𝘙𝘢𝘱𝘩𝘦𝘭" e solto uma risada. Tomo meu café lindamente.

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𝐏𝐞𝐝𝐢𝐝𝐨 𝐝𝐞: Nany_2320 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐞, 𝐟𝐥𝐨𝐫!

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𝗩𝗼𝘁𝗲𝗺 𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲𝗺, 𝗽𝗼𝗿 𝗳𝗮𝘃𝗼𝗿
𝗔𝘁𝗲́ 𝗮 𝗽𝗿𝗼́𝘅𝗶𝗺𝗮
𝗕𝗲𝗶𝗷𝗶𝗻𝗵𝗼𝘀