Tema: você vai casar?

Obs: esse imagine foi uma ideia que surgiu e decidi fazer, então o tema e o jogador foram escolhas minhas

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Your point of view

Hoje é um dia muito especial para você, afinal iria escolher o seu vestido de casamento e ainda tinha a prova dos docinhos.

Você veio acompanhada da sua mãe e sua sogra, a felicidade irradiava pelo seu rosto, gestos e todos podiam admirar o quão animada você estava.

Casar sempre foi um grande sonho seu, agora você iria realizar ao lado do homem que tanto ama. Douglas sempre foi o amor da sua vida, vocês se conhecem desde pequenos, você esteve ao lado dele na época do Vasco e quando ele foi embora para a Inglaterra.

Você fez sua faculdade de engenharia química, era responsável por um importante setor de uma indústria inglesa. Tinha uma estabilidade financeira sem o Douglas, mas isso não importava para você.

Douglas sempre esteve ao seu lado, ele te apoiou em tudo e as vezes que não conseguiu acompanhar foi por causa dos jogos. Sua mãe sempre teve um pé atrás com ele, mas no fundo você sabia que era implicância, afinal ele nunca fez nada que colocasse o caráter em dúvida.

Douglas sempre foi carinhoso, gentil, amoroso e companheiro. Ele te incentivou em tudo, te apoiou em todos os momentos e se importou em saber como você estava com essa mudança toda.

Você tinha escolhido o cara certo para casar, então com um enorme sorriso no rosto você escolheu o vestido mais lindo que entraria na igreja.

Sua sogra ficou emocionada e sua mãe estava com um olhar indecifrável. Ela estava feliz por você, mas algo não parecia certo para ela.

— Eu amei esse, mãe! — Você abre um sorriso.

— É lindo, filha! — Ela sorri.

— Você está perfeita! Meu filho tem muita sorte — Sua sogra te abraça — Eu vou ver se ele já escolheu o terno — Ela diz e sai.

Você sorriu e também estava ansiosa para ver o terno do seu futuro marido, Sua mãe te ajuda a tirar o vestido, o silêncio dela era incomodo para você.

Ela também tinha o sonho de te ver casar, mas algo não parecia certo para ela. Se questionava se ela não estava feliz por você.

— Mãe, o que está acontecendo? Não está feliz? — Você resolveu questionar e ouviu um suspiro dela.

— Não, eu não estou feliz — Ela disse diretamente.

Você sabia que a sua mãe não poupava palavras quando o assunto era sério.

— Achei que fosse seu sonho também — Seu tom era baixo e melancólico.

— Meu sonho é te ver casando com alguém que te ame, que te apoie e esteja com você a todo momento — Aquelas palavras te deixaram chocada.

— Mãe, o Douglas é esse cara! Como você não consegue enxergar isso? Ele sempre esteve ao meu lado — Você defendeu seu noivo.

— Como você não enxerga o que ele faz com você? — Sua mãe parecia chocada — Filha, eu te amo, mas me dói te ver jogando sua felicidade no lixo — Suas lágrimas começam a cair.

— Você nunca gostou do Douglas, mas ele nunca fez nada para você — Sua mãe abriu um sorriso melancólico.

— Mas para você sim — Ela fez um carinho no seu rosto — Eu não vou apoiar isso, mas você sempre me terá como mãe. Quando resolver colocar fim nesse circo, eu estarei pronta para te acolher, mas eu não posso te poiar nessa situação — Sua mãe deixou um beijo na sua testa.

Ela saiu e você sentiu um vazio atingindo o seu peito. Você nunca entendeu o motivo dela não gostar de Douglas, mas não tinha muito tempo para pensar.

Então tirou o vestido, ainda tinha a prova dos docinhos. Sua sogra voltou com um sorriso no rosto, ela provavelmente viu o terno do filho e gostou.

— E o terno? — Você perguntou animada.

— É lindo, querida! Meu filho tem um ótimo gosto — Ela sorriu.

— Ele já está pronto? Assim podemos ir juntos para ver os docinhos — Você colocou a última peça de roupa.

— Ele disse que ia passar em um lugar para pegar sua surpresa — Aquelas palavras te causaram um sentimento estranho.

— Como assim? Havíamos combinado de ir para a doceria juntos, Leda — Você sentiu seu coração acelerado.

— Calma, ele só saiu e logo estará de volta — As palavras de Leda te fizeram abrir um sorriso sínico.

— Ele não veio, não é? — A pergunta que você desejou não fazer.

— Querida... — Leda tentou.

— Então a história de que a senhora veio com ele é mentira — Você andou de um lado para o outro — Onde ele está? — Você sentiu ódio.

— Ele apenas se atrasou — Leda acobertaria o filho.

— ONDE ELE ESTÁ? — Você não se importou em gritar com a sua sogra.

— Se acalme, olha eu garanto... — Você pega sua bolsa e sai.

Lágrimas escorriam pelos seus olhos, você sentiu a dor. Parecia que a ideia de um Douglas companheiro que te amava estava caindo por terra, parando para pensar você decidiu praticamente tudo do casamento.

Assim como decidiu tudo em relação ao noivado, ao relacionamento de vocês. Você nem notou quando tinha estacionado na frente de um barzinho.

Era o carro de Douglas ali, você tinha marcado as provas a noite por causa do seu trabalho e o trabalho de Douglas.

Você suspirou, desceu do carro e se aproximou da mesa. O silêncio recaiu sobre o ambiente e o olhar dele recaiu sobre você.

— Então é aqui que você está? — Você não acreditava.

— Amor, eu vim para a despedida de solteiro — Ele tentou se justificar, mas aquilo te fez rir.

— Sem saber se haverá casamento? — Você viu a expressão de Douglas mudar.

— Como assim? — Ele se levantou.

— Eu que te pergunto: como assim? Douglas, você deixou tudo nas minhas mãos, eu decidi local, decidi decoração, madrinhas, padrinhos e a sua mãe decidiu o seu terno — Nem houve tentativa de controlar as lágrimas.

— Porque é o seu dia, amor — Ele tentou te tocar.

— Não, é o NOSSO dia! — Você aumentou o tom de voz — Que inferno, por que você faz isso? Por que age assim? — Era a pergunta que estava dentro de você desde o segundo mês de relacionamento.

— Tudo você transforma em drama. Eu apenas pedi para a minha mãe escolher o terno — Ele revira os olhos.

— Assim como pediu para ela escolher meus presentes de aniversário? Os presentes de namoro e a nossa aliança de casamento? — Você resolveu jogar tudo.

— Como você soube? — Douglas estava chocado.

— Porque eu te conheço e mesmo te conhecendo eu não quis aceitar o fato de você não se importar comigo. Eu te amo Douglas, para mim é difícil abrir os olhos em relação a você. Ter a certeza que a minha mãe sempre esteve certa, mas eu não conseguia e nem queria enxergar — Você sentiu seu coração quebrando aos poucos.

— Tinha que ser a sua mãe! Ela sempre me odiou — Ele resmunga — Olha, eu apenas não sou bom com essas coisas, mas isso não significa que eu não te ame — Ele se aproxima e você se afasta.

— É sempre assim, você joga a responsabilidade em mim e eu entendo o seu lado — Você abre um sorriso — Você age como se eu fosse a louca, mas o problema é você! Você não me ama, você gosta da ideia de ter alguém que sempre estará lá por você, mas nunca esteve lá por mim — Você esbravejou.

— Isso não é verdade, eu te apoiei em tudo — Ele tenta explicar.

— Não! Você nunca me apoiou em nada. Eu me acostumei, acreditei que esse fosse o seu jeito e mesmo com as falsas mensagens de apoio, eu sempre te defendi. Acreditei que você me amava, de um jeito torto, mas me amava — Você não se importava com os olhares.

— Se eu não te amasse não teria te pedido em casamento — Ele olha diretamente para você.

— Você me pediu em casamento para que? Para me deixar organizar tudo sozinha, você iria me deixar escolher os docinhos sozinha. Douglas, você me pediu em casamento para me prender ainda mais nesse relacionamento — Você enxugou as lágrimas — Você não me ama, nem sei se um dia amou. Esses três anos foram um caos na minha vida, você me culpou, me afastou de todos e fazia o que queria com o meu psicológico. Talvez por isso eu nunca tenha te enxergado como você é — Você apenas despejou seus sentimentos.

— Você é louca — Ele revirou os olhos.

— Não, eu não sou louca — Você respirou fundo — Eu te mandei embora tantas vezes, te aceitei várias vezes com a promessa de que você iria mudar, mas não. Eu poderia ter ouvido a minha mãe e as minhas amigas que tentaram me alertar, mas é difícil. Você sempre me dizia que seriamos nos dois sempre, me jogou a culpa dos seus erros e eu aceitei. Você fez o que quis comigo, Douglas. Me machuca saber o quão dependente eu fui de você, eu te quero longe — Você disse cansada.

— Longe? Se eu aparecer na sua porta amanhã, eu sei que você estará pronta para me receber — Ele abre um sorriso.

— Não dessa vez, eu não faço mais questão de buscar as minhas coisas. Essa será a sua única lembrança minha, eu não quero mais nada de você — Você retirou a aliança — Pode vir atrás de mim o quanto quiser, a minha porta continuará fechada. Mesmo que me doa não abrir para você, eu não posso continuar nisso — Você se afastou.

— Vamos ver se não — Douglas soltou uma risada.

— Eu cansei, Douglas! — Você olhou no fundo dos olhos dele — Eu quero que você se foda muito, eu quero que você pague pela fortuna de um casamento que não vai acontecer. Eu quero te ver no chão — Seu tom era baixo e cortante.

— É? — Algo tinha mudado para Douglas.

— Seja muito infeliz! — Você desejou e deu as costas.

Você sentiu as lágrimas molhando seu rosto, mas ao menos seu coração estava em paz. A imagem que você construiu do Douglas havia rompido, não existia mais a defesa de sempre.

Você apenas dirige até a casa da única pessoa que não te abandonou nesse tempo, então em 30min você estaciona na frente da casa. Sem esconder suas lágrimas, você bate na porta e logo ela te puxa para dentro.

— Você estava certa, mãe — Ela te abraçou apertado.

— Eu não queria estar, querida — Ela te apertou ainda mais.

Você não sabe quantas horas aquilo durou, mas sua mãe estava lá como ela havia prometido desde o começo daquele relacionamento.

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