°。𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗢𝗡𝗘.
୨୧彡 : presentes, C◆כ › ★
¡! ❞ˏˋ°•*⁀➷+ carpe noctem// 01.
ERA mais um dia normal na vila Kyori, a Ilha Nabohana era uma ilha pequena e remota do South Blue, pouco conhecida e era tão minúscula que quase não aparecia no mapa. Havia um casebre no topo de um morrinho, onde morava uma jovem garota de cabelos negros como corvos, pele pálida como a neve e olhos quase dourados, Amélia era uma garota órfã que vivia naquela vila sozinha desde que a senhora que cuidou dela após a perda dos seus país quando era uma criança de cinco anos, faleceu de uma doença quando Amélia completou treze anos.
A garota passeava pela feira que acontecia todo final de semana no centro da vila, seu casaquinho preto e a calça da mesma cor deixava-a distorcida dos vestidos floridos que as mulheres costumavam usar naquela vila. Não que Amélia fosse uma pessoa amargurada e gostasse de usar só roupas escuras, mas como daqui á algumas horas ela iria começar o seu treino rotineiro de esgrima, a roupa que estava usando era mais confortável para treinar do que vestidos. A Miyazaki treinava esgrima por vontade própria desde os oito anos de idade. Shoko, a senhora que antes cuidava dela, dizia que era uma atividade muito perigosa para Amélia praticar, mas a garota nunca se importou com isso. Não desde que colocou seus olhos em uma espada pela primeira vez, o amor foi á primeira vista.
──── Oh, Amélia! Como vai? ──── Uma mulher de cabelos dourados, estava na frente de uma loja de flores acenando para a morena, Amélia sorriu alegre ao parar para cumprimentar a senhora. ──── Como vai seus treinos, querida?
──── Olá, Kugisaki-san! Estou bem, e os meus treinos estão melhorando a cada dia. ──── Respondeu um pouco convencida, ela se achava ótima com a espada e de fato era uma das melhores espadachins da ilha, já que eram poucos, Amélia se destacava bastante. ──── Você vai ver, um dia eu me tornarei uma grande espadachim e cortarei até raios!
A senhora Kugisaki riu pelo jeito que a jovem se expressou corporalmente, fazendo gestos engraçados com as mãos.
──── Eu acredito no seu potencial, minha querida. ──── Disse carinhosamente, Kugisaki via a garota como uma filha, era ela que levava comida para Amélia depois que sua responsável faleceu. ──── Espero que quando ficar famosa não se esqueça de mim, huh?
──── Óbvio que não, mas se bem que...quem é você mesmo? ──── Brincou, arrancando risadas das duas mulheres. Kugisaki conhecia perfeitamente o humor duvidoso da jovem, Amélia era bastante brincalhona com pessoas que tinha intimidade. ──── Irei mandar diversas cartas quando eu estiver no mar participando de várias aventuras!
──── Vou cobrar, mocinha.
Amélia riu e acenou enquanto se afastava da floricultura, seus passos eram calmos e pacientes enquanto caminhava em direção ao um restaurante conhecido da cidade, ela vinha almoçar todos os dias ali desde que começou a ganhar dinheiro da prefeitura com as capturas que ela fazia de ladrões e piratas novatos que passavam por ali querendo saquear e roubar a vila. Particularmente, Amélia adorava quando aparecia piratas idiotas na ilha, era como um aperfeiçoamento no seu treinamento, cada vez que aparecia um, ela lutava com ele, sempre ganhava e ainda adquiria habilidades novas.
Passou pela portinhola com sinos no alto que anunciaram a sua chegada no restaurante, algumas pessoas que a reconheceram cumprimentavam-a com acenos e sorrisos gentis. Amélia era como uma heroína naquela ilha de população pequena, já que era a única que fazia algo a respeito dos invasores.
Ela se acomodou em uma das mesas no fundo do restaurante, ajeitou sua espada na cintura para poder ficar mais confortável na cadeira. Sua Katana era uma Shirasaya, uma lâmina simples que consistia em uma bainha e punho. Não era nada surpreendente, mas era a melhor que tinha na unica loja de vendas de espadas. Como disse antes, Nabohana era uma ilha minúscula com poucas pessoas, por isso não tinha tantas espadas que melhorassem mais ainda as habilidades de Amélia. Obviamente ela leu um livro sobre todas as informações de espadas que existiam, e haviam muitas melhores que a sua Shirasaya. A sua espada era nada comparada com as Katanas que haviam fora da sua ilha.
Quando saísse para o mar, Amélia pretendia comprar uma espada melhor.
──── O de sempre? ──── O garçom que já era conhecido de Amélia parou em frente a sua mesa com um sorriso. ──── Temaki de entrada, Umeshu para bebida e Manju na sobremesa, estou errado?
Amélia soltou uma risada curta e anasalada, apoiando o queixo na mão.
──── Não, está certíssimo. ──── Sorriu gentilmente, vendo o senhor assentir. ──── Mas faça dessa vez duas caixas de Manju pra viagem, não vou comer aqui a sobremesa.
Ele assentiu e atravessou o restaurante em direção a cozinha, deixando Amélia sozinha com seus próprios pensamentos.
Daqui uma hora teria que subir um morro do outro lado da ilha, onde ficava o seu local de treinamento. Lá era calmo e silencioso, sem moradores para distrai-lá. Também era um lugar bem amplo que ajudava nos treinos e Amélia particularmente preferia treinar lá do que perto da vila com chances de ferir alguém acidentalmente. Até dois anos atrás, a Miyazaki começou a dar aulas particulares para quem queria ser espadachim também. Não achava que era uma ótima professora, mas via seus alunos aprenderem bem rápido com ela a cada dia.
Fazia uns meses que nenhum estrangeiro ancorava em Nabohana, deixando a região mais calma e as rotinas mais monótonas que nunca. Amélia nunca gostou de rotinas repetidas, não fazia parte da sua personalidade e muito menos a satisfazia. Lutar fazia seu coração acelerar e seu sangue ganhar mais vida, era como uma melodia que a fazia sorrir sem motivos. Ela amava a adrenalina de uma luta.
Todas as vezes que protegeu sua vila de forasteiros, sentia prazer em ganhar uma luta com eles. Porquê, para ela, significava que a cada luta ganha, estava ficando mais forte.
Porém, algo a dizia que precisava de concorrências mais fortes que os piratas novatos que surgiam por ali. Piratas fortes, quem sabe algum de alto calibre.
Os olhos cor de mel vagaram silenciosamente pelo ambiente movimentado, até que dois pares de olhos violetas chamaram sua atenção. Uma garotinha de cabelos na cor púrpura na altura dos ombros olhava fixamente para sua mesa, ela tinha um sorrisinho ansioso nos lábios. Amélia fechou seus olhos e sorriu para menina, acenando pra ela. Quando viu que foi notada, suas bochechas ficaram rosadas e ela saltou no lugar assustada. A jovem riu, achando fofa a reação da menina.
Amélia se levantou da sua cadeira e caminhou até a garota que estava perto da entrada do restaurante, ela parecia mais impressionada a cada passo que a jovem dava na direção dela. Quando notou, a espadachim estava na sua frente, a menina arregalou suas orbes violetas e fez uma reverência exagerada, suas bochechas ainda estavam coradas de puro constrangimento. Afinal, ela admirava muito a mulher que salvava sua vila de homens maus todos os dias.
──── Oei, qual o seu nome? ──── Perguntou Amélia, abaixando-se um pouco na altura da menina, apoiando suas mãos nos joelhos.
──── M-Me chamo Emi! ──── Respondeu, a garotinha de cabelos roxos, pareceu se atrapalhar com as próprias palavras e Amélia notou a timidez dela.
──── Prazer Emi, eu sou a Amélia.
──── Eu sei...todo mundo sabe, na verdade. Você é muito maneira! ──── Admitiu com entusiasmo e os olhinhos brilhando na direção de Amélia. A jovem espadachim sentiu o coração quentinho em saber que era admirada por uma criança tão adorável.
──── Hum, então é minha fã? ──── Brincou, estreitando os olhos na direção de Emi, que gargalhou de uma maneira tão fofa aos olhos da Miyazaki.
──── Óbvio que sim, quero ser igual a você quando eu crescer! ── Exclamou dando alguns pulinhos no lugar, ela parou por um momento e olhou envergonhada para a Miyazaki. Emi havia saído de casa escondida para ir áquele restaurante, pois sabia que era onde Amélia ia todo dia no horário de almoço. ──── Eu vim aqui para te dar isso, não é muita coisa, sabe...mas é uma forma de mostrar o quanto eu e minha mãe somos gratas a você por proteger a vila.
Amélia notou que Emi tinha as mãos escondidas atrás das costas. Quando a menina revelou o que escondia, era uma pequena caixa decorada com um laço vermelho no topo.
──── Tudo bem! Não precisa me dar presente, não...──── Começou completamente sem graça em estar ganhando algo de alguém, ela não era uma pessoa que costumava ganhar muitos presentes. Mas, se sentiu extremamente mal ao ver os olhinhos da garotinha tremerem por sua recusa. Amélia suspirou, abrindo um imenso sorriso. ──── Pensando bem, essa caixa 'tá muito bem embrulhada e caprichada, então vou aceitar, Huh?
Ela observou Emi corar e os olhos dela cintilarem quando abriu um grande sorriso de ponta á ponta.
Com um sorriso antecipado, a adolescente delicadamente desfaz o papel colorido do presente, seus olhos brilhando de curiosidade enquanto a criança observava ansiosamente. Ao revelar o conteúdo, um misto de surpresa e gratidão ilumina o rosto de Amélia, enquanto a pequena aguarda com expectativa por sua reação.
Do papel desdobrado surge um colar delicado, prata reluzente, adornado com um pingente encantador em forma de margarida. Amélia segura a peça com admiração, seus olhos refletindo a beleza simples e significativa do presente, enquanto Emi sorri, esperando por sua reação.
──── Uau...eu não tenho nem palavras, Emi. Foi o melhor presente que eu já ganhei em toda a minha vida! ──── Confessou, ainda observando a delicadeza do colar. Amélia nunca havia ganhado um presente tão significativo quanto àquele, aliás, era de uma criança que a admirava muito. Foi o primeiro presente que Amélia ganhou na sua vida, já que nunca comemorou seus aniversários e nem se importava com isso. ──── Obrigada, eu amei.
Os olhos da criança se iluminaram com alegria ao ver a expressão de surpresa e felicidade no rosto da mulher. Um sorriso contagiante se espalha pelo seu rosto enquanto ela absorve a gratidão e admiração que emanam da mulher.
──── Minha mãe e eu achamos que você iria gostar, já que sempre está comprando margaridas com a florista. ──── Mencionou.
──── E eu realmente adorei, muito obrigada, Emi. ──── Agradeceu novamente, envolvendo o colar no seu pescoço cuidadosamente. Seus dedos seguem o contorno do pingente, enquanto um sorriso suave se forma em seus lábios, refletindo a admiração pela simplicidade e beleza da peça. Seus olhos viajaram para a sua mesa, onde o garçom de antes já colocava seu almoço em cima da mesa. Uma ideia surgiu em sua mente e isso a fez sorrir. ──── Está com fome, Emi?
──── Hum, eu ainda não almocei...──── Contou, e um som estranho foi ouvido pelas duas garotas, vinha do estômago da menina que corou levemente. ──── Desculpa.
Amélia riu, tombando um pouquinho a cabeça para o lado.
──── Tudo bem, vamos almoçar comigo! ──── Apontou para a sua mesa e se levantou, ficando mais alta que a garotinha, agora tendo que olhar pra baixo para poder falar com Emi. ──── Gosta de Manju?
──── Gosto! ──── Exclamou com empolgação na voz.
A Miyazaki foi acompanhada por Emi até sua mesa, as duas almoçaram juntas e a garotinha contou tudo sobre seus amiguinhos de escola e até sobre o trabalho que sua mãe tinha no centro de Kiyori.
Amélia ficou preocupada ao saber que Emi saiu escondida de casa somente para poder entregar seu presente.
A jovem espadachim apoiou o queixo sobre a mão enquanto observava a menina enfiar outro doce na boca enquanto contava mais histórias.
──── Não pode sair de casa sozinha e sem avisar sua mãe, Emi. Ela deve estar preocupadíssima! ──── Avisou, dando uma mini bronca na pequena.
──── Desculpa. ──── Disse com a voz embaralhada por estar mastigando ainda. ──── Mas é que eu queria muito ver você.
Amélia suspirou, abrindo um sorriso delicado.
──── Tudo bem, só me prometa que não irá mais fazer isso! ──── Pediu, enquanto pegava sua garrafa de Umeshu e derrubava um pouco do líquido em uma taça.
──── Claro, eu prometo. ──── Para confirmar sua promessa, Emi se esticou em cima da mesa por ser pequenininha e estendeu seu dedo mindinho.
Amélia riu, ela realmente achava-a muito fofa.
──── Prometo não fugir mais de casa. ──── As duas entrelaçaram seus mindinhos, e riram juntas.
──── Ótimo, agora come aí! ──── Amélia deu mais um sorrisinho antes de levar a taça até a sua boca.
Emi era uma criança adorável, Amélia nunca iria confessar, mas ainda estava emocionada pelo presente que lhe foi concebido. Ela amava crianças e sonhava em ter uma quando fosse a hora, e se por um acaso, que fosse tão adoravelmente meiga e fofa como Emi era.
•||𝗖𝗔𝗡𝗧𝗜𝗡𝗛𝗢 𝗗𝗔 𝗔𝗨𝗧𝗢𝗥𝗔.
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(🏴☠️) Olá! Este primeiro capítulo foi mais para a apresentação e mostrar um pouquinho da personalidade de Amélia. EU TAVA ANSIOSA PRA POSTAR!!!!
(🏴☠️) Usei a Otama como Face claim da Emi, porque ela é uma personagem que vai aparecer só nos primeiros capítulos, e eu também não achei outra face claim para a Emi (🤡)
(🏴☠️) Qualquer erro de escrita, peço desculpas, é algo normal obviamente! Mas peço que comentam se acharem algum.
(🏴☠️) Deixem seus votos,
isso me incentiva muito a escrever!
(🏴☠️) Uma ótima semana a todos!
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