6. Não adianta se esconder

Pré -revisado, boa leitura

🔞🔥

Eu sou muito cachorra mesmo puta que pariu, claro que não planejei transar com o Enji e sim deixá-lo na vontade mas porra, eu chego aqui e ele tá todo gostoso naquela roupa casual e ainda por cima cozinhou pra mim, como é que eu vou resistir? Nem me esforçei na verdade, oh homem gostoso que acaba com a minha sanidade. De fato não esperava pelo jantar feito por ele e muito menos que eu fosse jantada antes da verdadeira refeição e ainda na cozinha. Nunca mais vou passar por aquele lugar sem me lembrar do que fizemos, porém o melhor veio depois de alguns drinks pós refeição onde nossos beijos nos levaram ao quarto dele, minhas roupas ficaram espalhadas pelo chão junto as dele e fui degustada da melhor forma possível com esse homem me levando ao orgasmo repetidas vezes com aquela boca quente e dedos ágeis, quando Enji finalmente me fodeu eu já estava tremendo tanto que duvidei da minha capacidade de ficar de pé e se antes tinha gozado com facilidade agora parecia um rio fluindo pelo meio das minhas pernas, gozei tanto enquanto ele me maltratava com gosto que cheguei a ficar fraca e no momento estou aqui deitada na cama com ele, já acordamos tem uns dez minutos, mas eu não consigo levantar pela moleza, no entanto, uma voz no corredor me deixou em alerta.

-- Velho? -- Batidas soaram na porta. -- Você está com alguma mulher aqui? -- Arregalei meus olhos conforme Enji se levantou e pôs o indicador sobre o lábio me pedindo silêncio.

-- De onde tirou isso Natsuo?

-- Deixa para lá. Vou ficar em casa hoje, espero não ter que conhecê-la. -- E assim se afastou batendo a porta do que sei, ser seu quarto.

Porra, por que minha vida é tão complicada? Eu não podia sei lá, namorar um dos filhos dele? Seria tão normal, mas não. Eu tinha que gostar do pai!

-- Acho melhor irmos. -- Ele comentou.

-- Ok vou tomar um banho e te encontro na garagem. -- Comentei e ele assentiu, Endeavor foi até o armário e eu peguei minhas roupas e segui para o banheiro onde  fiz minhas higienes vesti minha roupa e sai com a calcinha em mãos, notando que Enji já estava vestido e provavelmente usou o outro banheiro.

-- Não vai vestir? -- Tive de sorrir por que raios tenho essas ideias tão pervertidas? Me aproximei puxando a camisa dele chocando nossas bocas quando faltou o fôlego dei um sorriso mínimo enfiei minha mão em seu bolso.

-- Fica de presente. -- Pisquei me virando de costas para pegar a sandália e ele riu dando um tapa na minha bunda. Não dissemos mais nada antes deu sumir e aparecer na garagem ficando parada atrás do carro, Endeavor abriu o veículo e eu adentrei, depois ele abriu a garagem automática e aproveitou que ainda não estava completa para adentrar o carro.

-- Trouxe isso. -- Me entregou a bolsa e assim fechou o vidro do seu lado antes de ligar o carro e dar a partida, por sorte o veículo possui vidros escuros.

-- Obrigada. -- Um silêncio estranho estava entre nós então pedi que ligasse o rádio.

Writing's on the Wall do Sam Smith tinha acabado de começar e sou simplesmente apaixonada por essa música.

-- Precisamos conversar Yuka.

Baixei o volume do rádio.

-- Achei que tivesse dito tudo o que queria ontem.

-- Ele estacionou o carro faltando uma quadra para a minha casa.

-- Não, acabei me deixando levar pelo momento, o jantar era para colocarmos em questão tudo o que ocorreu. Não posso simplesmente continuar fazendo isso, não quando meus filhos começam a desconfiar.

Tive de rir de leve.

-- Enji Todoroki, ninguém está te forçando a nada e até onde eu sei, não passou de uma transa não precisa se preocupar com isso.

-- Yuka para de ser cabeça dura e me deixe falar.

Ele só pode estar brincando com a minha cara!

-- Não mesmo Enji, você não se importou com isso ontem enquanto a gente transava, então não vai ser hoje que vai estragar o meu dia com um questionamento tão repetitivo. Eu já entendi e acho muito bom você conter essas suas mãos, está sua boca e esse seu pau dentro das calças por que eu não quero mais nada com você!

E assim sumi de seu carro, sou uma idiota mentirosa o que eu mais quero é sentar nele até ficar sem andar, mas essa situação tá me deixando puta, então prefiro passar vontade, adentrei meu quarto me jogando na cama ainda tenho que voltar para a UA.

Dois dias se passaram desde o ocorrido e quando não estamos no 'estágio' eu me dedico aos meus estudos, nesse tempo só temos contato com tecnologia e afins nos dormitórios a noite e Shoto está mais do que encucado, afinal não se fala de outra coisa nas mídias de fofoca a não ser a mulher misteriosa com quem Endeavor foi visto e tudo piorou quando literalmente destrincharam a imagem e perceberam que as mãos sobre os cabelos dele são de uma mulher negra, por mais que aqui não nos classifiquem assim e sim como pardo escuro, enfim, Miruko foi o principal alvo principalmente por estar sempre com ele e Hawks, mas ambos riram tanto que o entrevistador se sentiu um verdadeiro otário. O assunto amornou por um dia até que um dos principais comentaristas de fofoca trouxe a tona, querendo insinuar que Endeavor traia a esposa com a mulher, que no caso sou eu e por isso se separaram. Olha sinceramente esse tipo de jornalismo é tão podre que poderia ser extinguido da face da terra! Ah se soubessem que eu sou a mulher com quem ele está se envolvendo, a garota que em poucas semanas completará dezenove e que na época do divórcio não tinha idade nem para menstruar. Preferi deixar esses pensamentos de lado, uma vez que agora compreendo todos os motivos de Endeavor em me mandar ir embora daquele beco, o impacto negativo que isso teria em nossas vidas é gigantesco e realmente não sei se estou preparada para lidar com uma verdadeira enxurrada de críticas, difamações entre outras coisas, logo no início da minha carreira.

Desviei meu olhar para a janela observando o tempo e ao piscar só pude recordar de como ele sorria pra mim enquanto conversávamos após o jantar. Também não estou preparada para abrir mão dele e sequer deveria pensar nisso já que não estamos juntos, suspirei mais uma vez me dando conta de como estou fora de sintonia com meus amigos, enquanto todos estão extremamente animados com a viagem para Fukuoka principalmente as garotas e o Deku esquad, eu estou me martirizando por ter terminado algo que nem começou e para piorar nesses meio tempo não vi o herói número um já que tenho dias certos para estar na agência.

-- O que você acha Yuka?

A voz de Momo me alcançou.

-- Hum?

-- A docinho está viajando. -- Camie Ironizou.

-- Estamos marcando de ir ao shopping comprar o que está faltando para a viagem. --  Uraraka falou.

-- Por mim tudo bem, preciso de um biquíni pra quando estivermos de folga.

-- É ASSIM QUE SE FALA YUKA! -- A voz de Inasa ecoou, é no mínimo engraçado se pararmos pra pensar que alguns deles estão aqui, a turma se divide entre a 3A, B e C.

-- Não grita gatinho ou a Midnight te castiga. -- Pisquei observando o rubor em suas bochechas e a cara de Shoto que arqueou a sobrancelha pra mim, apenas dei de ombros e virei para frente, o restante da aula foi sobre limite e trigonometria avançada e tudo o que quero é morrer, oh porra de aula chata. Não consigo aprender o básico disso, vou acabar colando na prova.

No fim fomos para a arquibancada assistir a uma apresentação de luta da turma 1A nova e só pela cara de Aizawa sei que vai pena, no fim da apresentação Mina e Camie não paravam de comentar como os poderes dos novatos além de notáveis lembravam há alguns da nossa turma e por fim como as meninas são fofinhas e eu bem só quero comer e dormir visto que estou estupidamente cansada e parando pra pensar na minha última noite com o herói, foi um milagre não está mancando, acho que Enji se segurou pra que eu não tivesse que me explicar nada que se ocorrer novamente, eu não possa mudar. Balancei minha cabeça deixando essas lembranças guardadas enquanto seguimos para o refeitório.

– Vamos sair amanhã por volta das quatorze horas, assim da para comprar tudo e depois ir para o trabalho. – Mina comentou e todos concordaram.

– Tá só estão esquecendo de uma coisa, nem sabemos se teremos folga. – Llida comentou.

– Querido representante relaxa é tudo de caso pensado, vai que acabamos mais cedo? – Comentei e todos concordaram, pelo restante da tarde tivemos aulas teóricas e na última aula resolveram testar nossa prática tudo o que eu não quero e não preciso visto que meu corpo está bem moído.

– Escuta Yuka você tem desodorante o meu acabou? – Camie pediu e apontei para a minha bolsa, enquanto ela pegava eu me escondia das meninas para tirar a roupa e por o macacão, mal tirei meu uniforme e vesti a parte debaixo quando ouvi uma risada.

– A noite foi boa hein. – A voz de Mina ecoou.

– Não sei do que você está falando. – Ela apontou para o meu quadril e eu suspirei.

– É uma tatuagem nova gostou? – Virei minha bunda para que visse melhor, visto que se passaram dois dias e ainda há marcas e tudo isso por que aquele gostoso estava se contendo. Isso me faz questionar como o meu corpo ficaria se ele perdesse momentaneamente a sanidade e como eu adoraria testar isso.

– Yuka, você não tem jeito! Quem foi que fez isso? Olha o tamanho dessa mão. – Senti minhas bochechas quentes, tá que eu não sou nenhuma santa, mas ainda assim comentar a respeito me deixar muito envergonhada, me apressei em vestir e ao virar de frente ela exclamou:

– Uou!

– Mina quer calar a boca por favor? – Sussurrei subindo o zíper do meu traje tapando finalmente as marcas que Enji deixou, aquele armário não poupou minha pele principalmente ao redor dos seios onde há alguns chupões e na bunda onde marcou sua mão com tapas estupidamente grossos, desconfio seriamente que estava com raiva e o prazer foi todinho meu.

– Cara você nem esconde, olha essa cara de satisfação.

Fazer o que se fui muito bem tratada?

– Tá viajando rosinha, vamos logo, antes que as outras venham perguntar.

– Perguntar o quê? – Dito e feito, Uraraka sorriu ao nos ver.

– Nada demais, Mina só estava perguntando o tamanho do meu sutiã pra gente comparar os peitos. – Ok isso foi péssimo e Ochako ficou da cor de um morango e serviu para que ninguém questionasse mais nada, no fim do dia finalmente pudemos retornar para os alojamentos e eu me joguei na minha cama e apaguei sem pensar duas vezes.

Por volta das três da manhã acordei um pouco cansada e após me espreguiçar e pegar meus itens pessoais segui para o andar debaixo indo ao banheiro, fiz minhas higienes deixando a água correr por meu corpo inundando meu cabelos e ao fechar os olhos só me recordo de duas noites atrás, que droga, eu realmente me apaixonei por quem não devia! Depois de estar limpinha e bem cheirosa, não que antes não estivesse, segui para a cozinha peguei um potinho de iogurte e um cereal para complementar e ao ir até a área da mesa onde fazemos nossas refeições encontrei com Shoto lendo algo em seu telefone.

– Sem sono? – Sussurrei.

– Não. Só estou com pensamentos indevidos na cabeça. – Comentou, suspirei antes de por minha mini refeição na mesa e me aproximar.

Abre logo o jogo é sobre o seu pai não é? – Infelizmente parte dessa culpa é minha e porra, ele é meu melhor amigo.

– Yuka eu não ligo que o velhote tenha uma namorada. – O rosto se distorceu em um misto de insatisfação e ânsia. – Só que não concordo que fique levando qualquer uma para nossa casa, merda aquele já foi o lugar da minha mãe e infelizmente eu não desejo o que ela passou para ninguém. – Suspirei sei que ele está com a razão.

– Talvez ela seja especial para o seu pai. Vai que ele mudou? – Foi a vez de Shoto rir sem humor.

– Não seja ingênua Yuka, ele não é mais um garotinho para mudar da água pro vinho, meu pai é um homem com opiniões formadas e espero que ele não faça outra vítima e acima de tudo que respeite os próprios filhos, Natsuo ficou puto e para completar ainda tem a mídia que distorce as coisas e querendo ou não isso nos faz pensar que talvez estejam com a razão, afinal estou falando do meu pai e eu espero absolutamente tudo dele.

Alisei seus fios e o abraçei, sei que deve ser difícil para ele lidar com aquele que um dia foi o seu negligenciador, principalmente por Enji ter mudado justamente pelos filhos, mas é como dizem: Se arrepender depois de ter feito toda a merda é fácil, difícil é tomar coragem para o parar antes ou até mesmo durante e se tratando de Endeavor eu acredito que ele realmente esteja tentando se aproximar dos filhos, só não é muito bom com esse tipo de sentimento, visto que foi ele mesmo quem criou essa barreira quando os tratou de maneira tão dura e parando para pensar um pouco, Shoto está o perdoando aos poucos com pequenas atitudes, mesmo que não acredite ou sequer perceba.

-- Eu acho que seu pai quer ser melhor por vocês, mas não vou me meter. -- Sorri, ele riu de leve antes de abraçar minha cintura.

-- A Bunny sempre está por perto não é? -- Ironizou se referindo ao fato de que eu sempre vejo um lado bom nos outros, fazer o que se nesse mundo maravilhoso há tantas pessoas de merda? Se eu for me ligar apenas na ruindade do ser humano ao meu redor vou enlouquecer então prefiro acreditar que o mesmo ser humano que é capaz de ser mal, também pode ser bom e que tudo é uma questão de escolha.
Larguei Shoto e me sentei ao seu lado comendo meu cereal e depois disso lavei minha louça e a dele e ele secou e guardou.

-- Vamos dormir, amanhã tem passeio e trabalho. -- Suspirei e ele me encarou.

-- Quer dormir no meu quarto? É o que você faz quando está sem sono. -- Neguei com a cabeça e ele achou estranho.

-- Sua namorada Shoto, agora você namora creio que a Liza vá achar estranho o fato de sua amiga estar sempre na sua cama dormindo com você. --  Ok, meu maior problema não é nem a Liza e sim o fato de que estou transando com o pai dele.

-- A Liza não é um problema ou esqueceu que ela realmente não liga pra isso?  Tanto que da última vez que vimos um filme ela te convidou pra dormir com a gente.

As vezes me esqueço que o relacionamento deles é completamente diferente do que eu tenho..Quer dizer tinha, onde tudo era puramente sexual.

-- Nesse caso vamos logo antes que eu mude de ideia. -- Comentei o puxando escada acima, mal entramos em seu quarto e eu já fui me deitando, Shoto fez o mesmo. -- Merda esqueci completamente que você dorme nesse tatami.

-- E qual é o problema?

-- Que esse troço é muito duro, vamos pra minha cama. -- Reclamei.

-- É muito mole Yuka, acordei todo quebrado da última vez que dormi lá. -- Revirei os olhos. -- Tudo bem, tem um futton no armário é só você pegar.

Me levantei e fui até lá, as vezes esqueço que esse moleque e rico, abri o armário dele e puxei o futton na segunda prateleira do armário, estendi do seu lado e deitei, me cobrindo roubando o travesseiro dele, duro feito uma pedra da qual eu nunca dormiria em cima se não houvesse necessidade e ele sabe disso, por isso me deu uma puta de uma travesseirada com um de penas.

-- Toma sua fresca.

-- Obrigada seu sovina, virei de cotas e ele não demorou a virar também, para Shoto me dar uma conchinha só se eu estiver com muita cólica é um acordo nosso, claro que já aconteceu dele acordar grudado em mim, mas não temos problema com isso, pois, não sentimos nada um pelo outro além de amizade.

-- Yuka?

-- Hm?

-- Será que Liza vai continuar com isso? -- Me virei em sua direção.

-- Por que não abre logo o jogo Shoto? Você não é assim. -- Fui direta e ele se virou.

-- Conversamos amanhã tudo bem? -- Ele me olhou e encarei seu rosto meio constrangido e no momento só preciso dormir.

-- Ok só não enrola muito, sabe que depois da merda feita eu não vou te ajudar!

-- Tudo bem falamos amanhã. -- Fiz carinho nos cabelos dele antes de retornar para meu lado da cama e assim adormeci.

...


As meninas estavam empolgadas provando biquíni e uma ajudando a outra eu bem preferi me abster visto que ao redor dos meus seios ainda tem marcas da boca de Enji por conta dos chupões, me limitei a provar um maiô de frente única e me apaixonei ele é todo preto com detalhes trançados pelo tecido e cavado, não curto muito, mas é por uma boa causa ou seja, pegar uma marquinha bem generosa. Depois das compras encontramos os meninos na praça central do shopping, notei que os casaizinhos formados tentavam não transparecer o que era impossível apesar de não haver muitos toques, os olhares e sorrisos diziam tudo e tirando Midoriya e Katsuki, Jirou e Kaminari, Kirishima e Mina, ninguém mais assumiu.

-- Ah gente vamos rachar algumas pizzas? -- Momo perguntou e sinceramente não estou muito afim, tenho comido muita massa nesse três últimos dias.

-- Não, preciso de algo mais saudável, estou meio sedentária para os padrões -- eles riram, se bem que todo o exercício que fiz com aquele gostoso não me deixou tão parada.

-- Qual é Yuka, vamos logo comer uma pizza, deixa de ser crítica consigo mesmo. Se o caso é o ganho de peso eu treino com você! -- Mina sugeriu e aceitei, mal paramos em frente a uma das pizzarias da praça quando vimos Inasa acenando e falando alto achando que não tínhamos visto, ao nos aproximarmos fiquei feliz com a presença deles e Camie estava mais afastada com Liza.

-- E ai loira! -- A abracei, fiz o mesmo com a morena que estava envergonhada. -- Atrapalhei algo?

-- Nop. Agora vamos comer, eu ainda quero fazer compras. -- Camie sorriu.

-- Fizemos agora pouco.

-- E-eu sei. Acabamos nos atrasando por conta de um problema com a roupa e Inasa que não sabia o que fazer para te impressionar. -- A loira falou como se não fosse nada.

-- Camie, ele pediu para não contar! -- Liza sussurrou.

-- Ops. Assim Inasa toma coragem, enfim, vamos Liza seu príncipe está bem ali e Yuka da um oi pro meu amigo. -- Piscou e de maneira discreta saiu arrastando todo mundo me deixando sozinha com castanho.

-- Me desculpa pela Camie, ela tem um espírito e tanto!  -- Coloquei a mão na frente dos lábios dele sem o tocar.

-- Gatinho para de gritar estou na sua frente, relaxa -- pisquei -- Por que não vamos tomar um sorvete hein? 

As bochechas dele estão tão vermelha que chega a ser uma gracinha.

-- A-acho que sim. -- Socou o próprio rosto -- Vamos por favor!

Se ele não fosse tão divertido já tinha ido embora, esperei que ele andasse mais para conferir suas costas bem delineadas e seu bumbum que parece ser durinho. Eu faço a mesma coisa com Enji, mas aquele container nunca me deixou sequer apertar.

-- Espera onde vão? O pessoal está para lá. -- O garoto com individualidade de carne falou e respirei fundo nessas horas tenho que bancar a chata.

-- Então vá com eles se não percebeu está atrapalhando algo... -- Ok, ele não está atrapalhando nada, mas agora eu quero tomar um sorvete.

-- Então em um encontro? Bem que a Camie falou que não ia deixar passar.

-- SEIJI!

Dei uma risadinha leve.

-- Bom encontro para vocês. -- E assim se afastou.

-- Me desculpa por ele.

-- Sem problemas e aí que tal começarmos pela sorveteria do centro de Kamino? Uma perto da agência do herói número dois famosíssima por seus sabores extravagantes?

Ele piscou confuso.

-- Estamos muito longe.

-- Gatinho, tendo a mim o destino é só uma questão de opinião e aí vai ou não? -- Meu Buda hoje eu tô demais! Nem parece que estou sofrendo por ter terminado com aquele gostoso.

-- Ah claro. -- O sorriso inocente dele é tão fofo. E assim segurei em sua mão entrelaçando nossos dedos e sumindo do shopping quando paramos estávamos em frente a sorveteria que falei e ele se olhos fechados. 

-- Uma hora você se acostuma, se serve de consolo o herói número um também sentiu tontura na primeira vez.

-- Você já teletransportou o Endeavor? -- assenti -- Sua individualidade é bem forte!

-- Assim como a sua, agora que tal um desafio pra esse sorvete ficar ainda mais gostoso?

Ele me olhou com garra, a carinha de quem estava prestes a aceitar.

-- O que tem em mente?

-- Nada demais, eu escolho o seu sabor e você o meu até provarmos o máximo possível, quem arregar primeiro perde. O vencedor escolhe o castigo que tal?

Ele alisou a nuca.

-- Olha, não sei se conseguiria aplicar uma punição a você.

-- Acha que só por que você é um homem e grande vai vencer? Meu bem, deixa eu te mostrar uma coisa. -- Puxei ele para dentro da sorveteria até uns quadros no canto esquerdo -- Eu sou a tricampeã da casa então boa sorte pra tentar. Agora vamos as forras!

Acho que Inasa só não se assustou por ter Camie como amiga então já sabe o que esperar. Ele começou escolhendo pistache e eu chocolate, na quinta rodada foi morango contra menta, na sétima entraram dois sabores e eu peguei pra ele amendoim com passas e ele escolheu blueberry com banana.

Isso foi intragável, mas eu comi pra manter minha pose e na oitava eu ganhei: mostarda com limão contra mostarda com wasabi.

Sabores péssimos, no fim eu fiz com ele pagasse setenta por cento da conta e em meu nome e de cortesia pedi dois sorvetes de baunilha pra gente. Claro que durante o desafio Inasa me contou sobre ele e eu falei um pouco do meu treino agora estamos andando pela via principal de Kamino tranquilamente, paramos na ponte onde os turistas adoram tirar foto e os casais vem para dar uns beijinhos.

-- Você é uma adversária e tanto.

-- Você também não é de se jogar fora. -- Rimos um pouco e estou me sentindo em um filme de romance adolescente ridículo e para completar o canto do lábio dele estava sujo de sorvete. -- Tem um pouco de sorvete bem aqui. -- Mostrei no meu rosto o local e ele ficou muito envergonhado.

-- Saiu?

Balancei minha cabeça negando e me aproximei.

--  Deixa que eu tiro. -- Fiquei na ponta dos pés limpei com o dedão e depois dei um selinho em sua boca, vai que esse moleque nunca beijou ninguém e eu tô literalmente invadindo seu espaço? Cheguei para trás e ele me olhou meio tenso.

-- Por acaso entendi errado?

-- Não. Eu quero muito te pegar, digo beijar. -- Balancei minha cabeça e peguei a mão dele e coloquei na minha cintura.

-- Manda ver gatinho antes que eu fuja. -- Pisquei para ele que sorriu abaixando o rosto em minha direção e assim tomou meus lábios, nada muito brusco ou desesperado, arranhei a nuca dele de leve antes de tomar conta da situação deixando tudo mais intenso, o fazendo me apertar com vontade sentindo seu corpo rígido pelo simples beijo.
Inasa respirou pesado assim que eu o soltei e depois voltei a me aproximar mordiscando seu lábio inferior e sussurrando em seu ouvido esquerdo: -- Vamos?

Vi de esguelha seu pescoço arrepiado e fiquei satisfeita, mas bastou que eu olhasse para frente para saber que minha vida seria relatada a dedo para Rumi, o óculos dourado e o sorriso faceiro de quem tinha visto algo o denunciava, ele não disse nada apenas voltou a pairar e revirei meus olhos.

Essa galinha fofoqueira!

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