⩩ : 𝙨𝙚𝙫𝙚𝙣 , 𝖽𝗈𝗎𝖻𝗍
[ 🍭 playlist bubblegum bitch,
swim - chase atlantic ]
Now, I step on the gas like I'm running
away from the police
Oh what a bogus excuse
You chose to dance with the devil
and you were lucky
The water is getting colder, let me
into your ocean
🍭
As luzes sibilam, faíscam, cortam o silêncio sepulcral.
O ar gélido golpeiam os corpos e se envolve nos objetos. Mayumi treme pelo frio. Passa as mãos pelos braços e volta uma das mesmas para perto da boca, tragando o cigarro que está entre os dedos. Ela sente a nicotina invadir suas entranhas e suspira. As unhas compridas batem contra o vidro da porta da pequena lojinha, bufa impaciente fazendo a lufada de ar se acumular ao redor do rosto pelo clima gélido, enquanto Suna põe a jaqueta bomber sob seus ombros e ri da sua expressão.
ㅡ Será que a gente é preso mesmo se deixar o dinheiro para pagar? ㅡ o questionamento, em um tom completamente inocente, surpreende Rintarou.
ㅡ Você não pode estar realmente cogitando isso.
ㅡ Sim, eu estou ㅡ ela funga, coça o nariz irritado e joga o cigarro no chão.
Fazia quase uma hora e meia que Suna e a rosada haviam saído da festa na Whisper, desde então, rodavam e paravam em qualquer local que estivesse aberto em plena três da manhã para achar, nem mesmo que fosse algumas unidades de chiclete, mas não estavam com nenhum um pouco de sorte esta madrugada. Até então, apesar do fracasso em comprar o que queriam, o moreno não podia negar que era mais do que divertido acompanhar os delírios de Mayumi de que, realmente, seria capaz de invadir o lugar por conta das gominhas de mascar.
Chicletes.
No fundo, mesmo que não conhecesse a garota ao seu lado muito bem, ele tinha a quase certeza que a mesma faria uma besteira como aquela por um motivo idiota qualquer, e isso se confirmou no momento em que a rosada simplesmente caminhou até a lateral da loja e retirou os saltos, entregando-os para Rin e subindo em uma das latas de lixo que tinham ali sem muito esforço. A garota já se preparava para usar um dos canos de aço pregados na parede de concreto para chegar até o terraço quando Suna segurou sua perna.
ㅡ Você não vai fazer isso ㅡ ele repreendeu desacreditado ㅡ Eu achei que você estava brincando.
ㅡ Mas eu vou pagar, gatito ㅡ apontou para cima ㅡ Vou deixar até mais dinero para compensar la invasión.
ㅡ Mayumi, são chiclete. C.H.I.C.L.E.T.E.S ㅡ ele enfatizou pausadamente ㅡ Não é possível que você não consiga ficar sem essas merdas por algumas horas.
ㅡ Você vai me ajudar a subir?
ㅡ Nem fudendo.
ㅡ Así que no te metas en el camino, gatito ㅡ sorriu irônica e deu as costas para o garoto ㅡ Será que isso quebra se eu- Ah!
Mayumi gritou assim que seu corpo foi puxado para baixo e jogado por cima do ombro de Suna, que logo agarrou a parte detrás das pernas da rosada, mesmo ela se debatendo e reclamando para pô-la no chão, e caminhou até o carro que estava parado um na frente da loja de conveniências do posto de gasolina.
O vestido não cobria praticamente nada da bunda da garota na posição em que ela estava, fazendo os olhos do moreno se fixarem na região quase instantaneamente. Ele sorriu ladino e depositou um tapa na nádega esquerda quando Mayumi tentou se desvencilhar das suas mãos, arrancando um grito surpreso da mesma.
ㅡ Mis encías, gatito ㅡ apontou para na direção da loja, enquanto reclamava de maneira dramática ㅡ Você prometeu!
ㅡ Eu até agora estou tentando ter a certeza se você realmente estava cogitando invadir a porcaria desse lugar ou se era blefe ㅡ resmunga desacreditado.
ㅡ Se eu disser que era blefe, você me solta? ㅡ perguntou esperançosa, levantando a cabeça minimamente.
ㅡ Você vai tentar escalar aquele cano?
ㅡ Claro que não!
ㅡ Tá' mentindo?
ㅡ ...Sim ㅡ admitiu.
ㅡ Então não ㅡ buscou a chave do automóvel no bolso da calça e o destravou ㅡ Só vou te soltar dentro do carro.
Alguns passos depois, Suna parou em frente a porta do conversível e a abriu, pondo Mayumi ali, que mantinha a expressão emburrada, com as bochechas inchadas e as sobrancelhas franzidas, fazendo-a parecer uma criança de birra. O moreno gargalhou alto quando a encarou e caminhou em direção ao outro lado, entrando no carro e dando partida no mesmo, manobrando-o para fora do posto de gasolina.
ㅡ Eu não acredito que você ia realmente tentar entrar naquela loja.
ㅡ E eu não acredito que você me carregou no ombro para que não fizesse isso! ㅡ ralhou indignada ㅡ E eu nem trouxe meu cigarro.
ㅡ Você precisa sempre estar com algo na boca?
ㅡ Sim!
ㅡ Ah, docinho ㅡ sorriu ladino ㅡ Quando chegarmos no meu apartamento, você não vai ter que se preocupar com isso.
ㅡ Eres un idiota, gatito ㅡ revirou os olhos e riu suavemente ㅡ Preciso de alguma coisa para relaxar.
ㅡ Uma massagem não resolve?
ㅡ Quem dera que o problema fosse físico ㅡ sussurrou melancólica, antes de elevar o tom de voz e sorrir radiante para o garoto ㅡ Mas se você for bom na massagem, quem sou eu para negar.
Suna olhou de soslaio para Mayumi um pouco surpreso. Apesar da risada fraca, a primeira parte da resposta que a mesma havia lhe dado o surpreendeu de uma maneira inusitada. A rosada transparecia ser, acima de tudo, uma pessoa leve e descontraída. Mas isso era uma visão superficial que Rintarou tinha dela, e ele sabia que não podia dizer ou pensar absolutamente nada porque ele não a conhecia.
Cada pessoa tinha suas próprias preocupações, mesmo que não aparentassem. O garoto era a prova viva disso. Ninguém cogitava a relação conturbada que o mesmo tinha com seu próprio pai. Não é como se os dois vivessem em pé de guerra ou não se amassem. Era, na verdade, o contrário disso.
Seu velho sempre foi o mais atencioso e amoroso possível, conseguindo conciliar a vida profissional com a familiar de uma meneira que poucos conseguiam, mas as coisas começaram a se complicar depois do início do seu estágio na gravadora.
Ren era uma pessoa como pai e outra completamente diferente como empresário. O grande problema é que Suna demorou bastante para aprender isso, o que resultou não só na péssima relação dos dois dentro do ambiente de trabalho, mas também no declínio da relação entre pai e filho tão linda que sempre compartilharam.
ㅡ Gatito! ㅡ a voz estridente de Mayumi o tirou dos seus devaneios ㅡ A polícia!
ㅡ Hã? ㅡ o garoto olhou pelo retrovisor, vendo o as luzes azuis e vermelhas piscando ㅡ Droga, vou parar.
ㅡ Usted está loco? ㅡ ela segurou o volante, impedindo de manobra para o acostamento da avenida ㅡ Você bebeu, Rin. Bebeu. Vão prender a gente.
ㅡ Faz mais de uma hora desde a últi-
ㅡ O bafômetro detecta até a cerveja que você tomou no dia anterior ㅡ o interrompeu ㅡ Es en serio, perdi minha habilitação por um vacilo desses.
ㅡ Tá' me zoando, puta merda ㅡ xingou irritado ㅡ Fudeu.
ㅡ Acelera, a gente consegue despistar eles.
ㅡ Você não está falando sério.
ㅡ Quer ir para a delegacia e perder a carteira? ㅡ ele bufou e negou ㅡ Então, pon tu pie en el acelerador gatito.
Suna olha mais uma vez para o carro da polícia pelo retrovisor. Naga com a cabeça e troca a marcha veículo, acelerando de uma só vez o esportivo preto. Os pneus marcam o asfalto e o som do motor potente preenche a avenida vazia junto com a sirene do outro carro, que também aumenta sua velocidade no intuito de acompanhar o Porsche.
Rintarou aperta o volante, muda novamente a marcha e entra em uma das ruas principais do centro da cidade. Mayumi volta sua atenção para o retrovisor e acompanha a distância entre os automóveis se tornar cada vez maior. O moreno passa por dois sinais vermelhos, muda a direção do carro para a faixa contrária e desaparece da visão da viatura. Estaciona em um beco, apaga os faróis e espera que o outro carro passe por onde estão sem que os percebam ali.
O garoto ofega e relaxa minimamente sobre o banco. Põe uma das mãos no rosto e esfrega os olhos. Volta sua atenção para Mayumi, que não demora nem meio segundo para gargalhar de uma maneira contagiante, fazendo-o instantaneamente acompanhá-la.
ㅡ Okay, gatito ㅡ ela tenta recuperar o fôlego ㅡ Você conseguiu compensar o fracasso em achar meus chicletes. Estoy más que satisfecho.
Ele ri suavemente, antes de fixar sua atenção no rosto contente da outra e
ㅡ Eu acho incrível como nunca sei o que esperar de você Mayumi. Mas eu ainda não descobri se isso é bom ou ruim.
ㅡ Se fosse do jeito que você esperava, ¿qué gracia tendría? ㅡ a risada incessante o desperta e Suna não consegue evitar o sorriso enquanto solta o ar.
ㅡ Não mude nunca, docinho ㅡ a encarou com um olhar divertido ㅡ Ser surpreendente virou sua marca.
Um sorriso rápido como uma faca perpassa em seu rosto.
ㅡ Claro que no. Por que eu mudaria algo tão perfeito?
Outra gargalhada ecoou entre os dois, até que o moreno manobrasse o carro e finalmente fosse em direção ao seu destino desde o começo: seu apartamento.
( . . . )
Um zumbido ecoa pelos tímpanos de Suna.
O despertar desnorteia.
Os olhos pesados do sono se espreguiçam, forçam as pálpebras para cima e a visão é ofuscada pela luz forte que atravessa as largas paredes de vidro do seu quarto. Ele põe a mão na frente do rosto, tampando os raios de sol e tenta se mover, mas para assim que sente uma cabeça descansando sobre seu peito e uma perna enrolada entre as suas.
Seus dedos apertam a cintura de Mayumi quando a garota se aconchega um pouco mais sobre seu toque. A cabeleireira rosa inconfundível se espalha meramente pelos lençóis escuros e uma das mãos descansa sobre o abdômen malhado de Rintarou.
As lembranças da noite passada invadem sua mente e o fazem sorrir. A procura por mísero lugar que vendesse os tais chicletes que a garota tanto queria durou mais de duas horas e, apesar do tempo completamente desperdiçado, Suna não poderia dizer que não se divertiu horrores com as reclamações e a pequena perseguição policial.
No final das contas, além de escaparem de uma bela multa e uma noite na delegacia, conseguiriam achar os benditos chicletes da rosada quando pararam em outra loja de conveniências aberta para comprar algo que pudessem comer. Mayumi havia pego uma caixa da goma de mascar e três maços de cigarros, além de uma pacote de marshmallows que jurou para o garoto que eram os melhores do mundo.
A noite não foi exatamente o que Rintarou havia pensado que seria quando saiu daquela festa; na verdade, foi muito melhor. A única coisa que saiu como planejado foi o término da mesma, que com uma boa transa, encerrou com chave de ouro o sábado do moreno.
Mayumi se movimentou minimamenre, tirando o garoto de seus pensamentos. Aperta os olhos, esfrega os dedos nas pálpebras tentando dispersar o sono e boceja. As unhas resvalam sob o abdômen descoberto, fazendo-o ter arrrpeios. A rosada ergue o braço, deixando uma frase tatuada em seu pulso esquerdo à mostra.
As letras eram um pouco mais grosseiras do que a se localizava abaixo do seio, assemelhando a fonte de máquinas antigas, e mesmo que conseguisse ser tão minimalista quanto a outra, as frases continham um significado que até para quem desconheciam as histórias por trás de cada uma, traziam um efeito impactante.
"Vis ta vie". Essa era a frases tatuada em seu pulso.
Suna sorriu ao ler aquelas três palavras e desviou sua atenção para o rosto sonolento de Mayumi, afastando os fios desalinhados de sua pele e passando o polegar pela bochecha, logo descansando sua palma no pescoço da garota. Ela levantou minimamente a cabeça, olhando para o rosto do moreno enquanto murmurava um bom dia, mas antes que o mesmo pudesse respondê-la, a porta do quarto foi aberta abruptamente.
ㅡ Puta que pariu Rin, perdeu a porcaria do celu- ㅡ a reclamação de Oikawa foi cessada no momento em que seus olhos pararam na cama do outro ㅡ Porra, não fode! Me deve dez dólares, seu babaca!
ㅡ Tooru, cai fora daqui agora! ㅡ Suna gritou, sentando na cama e impedindo a visão do acastanhado sob Mayumi ㅡ Como você entrou no meu apartamento?
ㅡ Atsumu ㅡ respondeu, cruzando os braços ㅡ Porra, apostei que você tinha terminado a noite sozinho.
ㅡ Eu disse que ele tinha ido embora com alguém ㅡ a voz monótona de Osamu se fez presente ㅡ Aliás, da próxima que Tsumu te pedir para me avisar algo, faça isso. Vou ter pesadelos com aquela cena deprimente pelo resto da minha vida.
ㅡ Você nunca tinha visto seu irmão transar?
ㅡ Óbvio que não, Oikawa! ㅡ ralhou irritado ㅡ Sinceramente, quem em sã consciência acha normal vê outra pessoa transar?
ㅡ Eu acho! ㅡ a voz de Mayumi chamou a atenção dos três garotos que a encararam perplexos ㅡ Perdóname muchachos, mas é normal sim. Pornô é prova disso.
ㅡ Pornô é diferente ㅡ Osamu argumentou.
ㅡ É um pau em uma vagina ou na bunda do mesmo jeito ㅡ ela deu de ombros, sorrindo landino ㅡ Você deve saber como é.
ㅡ Ele está de promessa por conta da temporada ㅡ Oikawa ironizou ㅡ Deve ter esquecido por causa desse voto de castidade.
ㅡ Já chega, vão discutir isso na sala, porra ㅡ o moreno gritou, se levantando da cama somente de cueca e empurrando os dois amigos para fora.
Suna fecha a porta em um baque alto e a tranca. Apoia as duas mãos na superfície de madeira e abaixa a cabeça, suspirando enquanto sente a cabeça ainda zonza de sono e as pálpebras pesadas. Ele ergue o tronco novamente, movimenta seu pescoço de um lado para o outro, deitando o mesmo em cada ombro, dando leves estalos e se virs na direção da rosada, que o observava com um sorriso de canto.
ㅡ Eu já elogiei sua bunda? Porque si no, estou elogiando agora: Bela bunda.
A risada de Rintarou ecooa pelo cômodo em resposta antes que saísse do campo de visão da garota e adentrasse o banheiro. Poucos segundos depois os chiados dos jatos de água são escutados por Mayumi, que se deita novamente na cama tentando lembrar do lugar em que havia deixado seu celular depois que chegou ao apartamento do moreno. Enquanto a memória não vinha à tona, ela elevou os braços para cima, esticando os músculos e suspirou.
A rosada puxa as cobertas para longe do seu corpo e se aproxima do banheiro, onde a escova de dentes que Suna havia lhe emprestado na noite passada estava, já que depois da longa caçada pelos malditos chicletes e uma breve perseguição policial, acabou resultando nos dois comprando várias besteiras em uma loja qualquer em plena quatro da manhã e somente depois disso, indo para cama. Por isso, ela segue na mesma direção em que o garoto foi e abre a porta após duas batidas. O vapor sopra em seu rosto, em uma névoa que esconde o ocupante do box.
Pouco a pouco a figura nua e robusta de Suna se revela sob luz branca que clareia o cômodo apertado, mas antes que ele pudesse se virar na direção da garota, Mayumi caminha até a pia de mármore francês escuro e encontra a mesma escova de dentes que havia usado. Assim que termina, ela se volta para a saída, mas antes que pudesse, a voz masculina chama sua atenção
ㅡ Você não vem? ㅡ seus olhares se encontram ㅡ Sabe, para economizar água.
ㅡ Solo quieres ver mi cuerpecito mojado, gatito ㅡ sorriu lascivamente, virando o corpo na direção do moreno.
ㅡ Ah, docinho... Olhar não é bem o que eu quero fazer.
ㅡ Que bom, gatito ㅡ caminhou na direção de Suna enquanto erguia a blusa que se estendia até metade de suas coxas e retirou por completo, jogando-a no chão ㅡ Porque eu não também não quero que faça só isso.
Rintarou empurra a porta de vidro para o lado, dando abertura para passagem da garota. Seus corpos chocam-se e as gotas de água quente começam a percorrer cada músculo, desenhando-os e os entorpecendo. Ele ergue uma das mãos pelas costas esguias de Mayumi e a segura pela nuca, logo depois circundando seu pescoço com a própria palma. Seus olhos brilham e dançam pelo rosto da rosada por segundos antes de encerrar a distância entre suas bocas.
Os lábios se encaixam delicadamente, ao mesmo tempo que de maneira intensa. Seus corpos pressionam-se suavemente, enquanto os dedos de Mayumi invadem os fios escuros, massageando o couro cabeludo de Suna. As línguas se encontram e resvalam uma contra a outra em um contato gostoso e preguiçoso. Ele desce as mãos até a cintura da garota e afunda seus dedos, empurrando-a até a parede do box sem quebrar o beijo.
Os seios esmagam contra o tórax.
É enervante, provocante e turbulento.
Até que duas batidas os interrompem.
Rintarou pragueja e Mayumi grunhi frustrada.
ㅡ Vocês fuderem a noite toda e ainda tem disposição para mais? ㅡ agora a voz é de Atsumu, que mantém um tom desacreditado ㅡ Pelo menos me fala onde você colocou as cervejas enquanto a gente espera.
ㅡ Tsumu eu juro que vou quebrar a sua cara se você não sair agora ㅡ ele bufa irritado ㅡ E puta merda, estão no mesmo lugar de sempre. Não acredito que você tenha me atrapalhado para isso.
ㅡ Não estão não. Você acha que eu não procurei direito?
ㅡ Você não faz nada direito, isso é a verdade.
ㅡ Vai lá, gatito ㅡ a voz suave de Mayumi chama sua atenção ㅡ A gente continua depois.
Ele se afasta minimamente, passa as palmas pelo rosto irritado e as esfrega com força. Solta grunhido de raiva e tomba a cabeça para trás frustrado, tendo o chiado dos jatos de água e a gargalhada suave da garota como fundo sonoro para seu pequeno ataque de raiva. Suna sorri por fim, junta novamente os lábios com Mayumi em um selar rápido e saí do box, enrolando uma toalha em sua cintura e abrindo a porta.
Ele empurra Atsumu para longe e fecha a entrada enquanto escuta os resmungos vindo do mesmo. Caminha até seu closet e mexe nas gavetas, logo tirando dali um moletom de mangas compridas na cor canelada que possuía como único detalhe a logo da Gucci no centro da peça; buscou também uma calça moletom frouxa preta, que quando vestida, deixava minimamente o tecido acumulado acima do tênis Jupter preto.
Ele sai do espaço apertado e encontra Mayumi, já devidamente vestida e sentada em sua cama. Percorre os olhos pelos braços descobertos e acompanha quando a garota puxa a colcha de cama para cobri-la em uma tentativa falha de afastar o frio. Suna volta e se estica minimamente para buscar uma jaqueta moletom dentro de uma das gavetas e a joga na direção da rosada, que a recebe com um sorriso.
ㅡ Rin, eu vou precisar ir aí te buscar, é sério? ㅡ a voz de Atsumu chama novamente sua atenção ㅡ Me lembre de nunca mais vir aqui.
ㅡ Pode deixar, eu vou lembrar você disso todos os dias ㅡ enfatizou irônico, enquanto saia do quarto.
As solas dos sapatos se arrastaram no chão com os passos irritados até que o moreno atravesse o corredor estreito com paredes que continham a textura grafiato no tom cinza escuro. Ele ultrapassa a passagem que dá acesso à sala de estar, onde estão Osamu, Iwaizumi e Akaashi sentados no sofá breton retrátil preto jogando videogame animadamente, enquanto Oikawa e Atsumu estavam parados na entrada cozinha olhando na direção do garoto.
Suna caminhou até o dois que o encaravam com a expressão fechada e rodeou a bancada da cozinha de porcelanato, indo até a segunda geladeira do cômodo e abrindo a mesma, mostrando as diversas cervejas guardadas. Um sorriso irônico nasceu nos seus lábios assim que o moreno percebeu os olhares surpresos dos amigos, logo depois voltando a ficar a sério.
ㅡ Eu disse que estava aqui.
ㅡ Você não olhou nessa geladeira? ㅡ Oikawa perguntou.
ㅡ Será que eu olhei duas vezes na mesma geladeira?
ㅡ Eu não duvidaria disso ㅡ Rin disse, revirando os olhos.
ㅡ Esse mau humor todo é só porque eu atrapalhei a sua foda de bom dia? ㅡ o loiro questionou.
ㅡ Tsumu, você e esse cretino aí ㅡ aponta para Tooru que o olha de maneira dissimulada ㅡ Invadem o meu quarto em um domingo de manhã e quer que eu faça o quê? Solte fogos? Minha cabeça está estourando.
ㅡ Achamos que você estava na fossa depois de ver a Ayla com o cara do time de futebol ㅡ o gêmeo deu de ombros ㅡ Nem cogitei a hipótese de você está com alguém aqui.
ㅡ Às vezes pode parecer que não suporto você é, realmente, em alguns momentos eu tenho vontade de jogar pela janela cada um de vocês ㅡ o moreno diz, enquanto revira os olhos e sorri de canto ㅡ Ainda sim, sempre vão ser as pessoas que eu vou recorrer se estiver mal.
ㅡ Então, se você não falou...?
ㅡ Eu vi e não gostei ㅡ admitiu, dando de ombros em seguida ㅡ Sinceramente, não liguei para o fato dela estar acompanhada e sim, o fato de ver ela. Mas passou e no final, não fez muita diferença na minha noite.
ㅡ Agora que você tocou no assunto da sua noite e afins ㅡ Oikawa olhou para o garoto indignado ㅡ Não é possível que você nunca tenha prestado atenção nela no ensino médio, cara!
ㅡ Vai se foder, Tooru.
ㅡ Ah, fala sério. Vai me dizer que vo-
ㅡ Gatito ㅡ a voz suave de Mayumi interrompe a fala do acastanhado e chama a atenção dos três garotos para a entrada da cozinha ㅡ Perdón por molestarte, mas meu celular descarregou e eu não consegui falar com o táxi. Pode me emprestar o seu ou um carregador?
ㅡ Nem um, nem outro ㅡ Suna fecha a porta da geladeira que ainda estava aberta e até a rosada ㅡ Vou pegar a chave do carro e te deixo onde você quiser.
ㅡ Não precisa, Rin. Tem gente aqui e vo-
ㅡ Não se preocupa com a gente, princesa ㅡ Atsumu a cortou ㅡ Já somos mais de casa que o próprio Rin.
ㅡ E ele já está puto demais com a gente por hoje, então é bom que ele vai e esfria a cabeça ㅡ o outro completou.
ㅡ Só, por favor, não me façam ter outra uma multa catastrófica de novo por quebrar as regras do síndico.
ㅡ Pode deixar, Rin ㅡ Osamu diz enquanto entra na cozinha ㅡ Vou vigiar eles até você voltar.
ㅡ Não sei se isso me alivia ou me deixa mais tenso.
ㅡ Assim você me ofende, caralho.
ㅡ Essa é a intenção ㅡ Suna diz, piscando o olho na direção do acinzentado e puxando Mayumi para longe dos demais.
Ambos passam pela sala de estar em que Akaashi e Iwaizumi ainda jogam e a garota acena em despedida para estes, enquanto Rintarou busca a chave do esportivo preto em cima da mesa de mármore que fica logo ao lado da porta que dá acesso ao apartamento, saindo do lugar com a rosada em seguida. Eles caminham calmamente até o elevador do prédio residencial de luxo e esperam que o mesmo pare no andar da cobertura.
Assim que o tilintar suave preenche seus tímpanos, os dois adentram a caixa metálica e o garoto aperta o botão para o estacionamento subterrâneo. Swim do Chase Atlantic tocava no sistema de som, deixando que o pequeno espaço fosse preenchidos pela melodia gostosa. Mayumi batia as unhas contra o espelho do elevador no ritmo da canção e tentava pentear os fios recém molhados, logo arrumando casaco de Suna em seus braços para que cobrisse até metade das mãos.
As portas automáticas se abrem e ela segue os passos do garoto até o Porsche Cayman estacionado na mesma vaga que havia sido deixado quando chegaram de madrugada. O moreno destrava o veículo e os dois entram neste, não demorando para dar a partida. Rintarou manobra pelo vasto estacionamento até a saída do prédio vistoso que se destaca no ambiente nublado decorrente da chuva que acontece e segue pelas ruas enevoadas.
ㅡ Pode me deixar no meu apartamento? Não vou para a fraternidade hoje ㅡ Mayumi pede, assim que o carro começa a percorrer o asfaltos e o gotejar violento começa a bater contra o vidro.
ㅡ Achei que não fosse daqui e por isso morava na fraternidade ㅡ ele estende o celular para a garota com o aplicativo de localização aberto ㅡ Deve morar longe, então.
ㅡ Moro aqui aqui em Berkeley mesmo, mas Bokuto não queria me deixar sozinha, então praticamente me obrigou a entrar na Hidden ㅡ sorriu.
ㅡ Seus pais não moram aqui?
ㅡ Não, acho que moram em Nova York ainda.
ㅡ Acha? ㅡ arqueou a sobrancelha incerto.
ㅡ Tem forma de falar sobre algo que você não tem certeza sem usar "acho"? ㅡ perguntou bem humorada, com um pequeno sorriso nos lábios, deixando que Suna seguisse descrito pelo GPS.
ㅡ Não mantém contato com eles?
ㅡ Não, há alguns anos para ser sincera ㅡ ela volta sua atenção para o caminho e aponta para uma das entradas ㅡ É ali.
Rintarou estaciona o esportivo em frente ao PlazaGust, um dos melhores e mais caros condomínios de luxo de Berkeley. O click do cinto de segurança de Mayumi ecoa pelo interior do carro, fazendo o moreno voltar sua atenção para ela, que não espera nenhuma despedida ou iniciativa deste, só deposita um suave selar em seus lábios antes de murmurar sem muito rodeio:
ㅡ Hasta la próxima, gatito ㅡ a rosada sorri ladino e pisca em sua direção, saindo do veículo e caminhando na para entrada do lugar.
O garoto acompanha seus passos calmamente, até que ela passe pela porta giratória e suma dentro da estrutura vistosa, logo dando a partida e saindo dali para voltar ao seu apartamento, onde sabia que não poderia esperar menos do que um caos no lugar depois de ter deixando Atsumu e Oikawa sob a responsabilidade de Osamu.
Enquanto isso, Mayumi saia do elevador e de entrava diretamente no seu apartamento, já que cada um dos moradores do condomínio tinham seu próprio andar. Tudo estava como há duas semanas atrás, quando fôra a última vez que viera aqui; as paredes completamente de vidro deixavam a paisagem tempestuosa da cidade ainda mais bela, fazendo com que a decoração nos tons de branco e cinza claro amenizassem o nublado do dia.
A cozinha estava intacta, dando a entender que o síndico do lugar havia obedecido suas ordens em mandar a limpeza para o apartamento. Porém, algo destoava do que a garota estava habituada; uma bolsa. O couro escuro, com algumas gravuras discretas de cobras em verde musgo e a emblema da Gucci estampado no centro superior davam-lhe um embrulho no estômago por saber exatamente a quem aquilo pertencia.
Merda.
ㅡ Da última vez que eu vi você, ainda parecia ser alguém normal ㅡ o tom argiloso da mãe de Mayumi ecoou pelo vasto lugar, fazendo a garota encará-la com um desgosto visível ㅡ No me mires así querida. Não estava com saudade da mami?
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hi sunshines, gostaram do capítulo??
me perdoem pela demora em atualizar, mas as últimas semanas foram complicadas e eu terminei uma prova nesse instante, corrigi só por cima, então relevem os erros.
bom, momentinhos do sunarin com a mayumi sempre vão ser desse jeito. ela é doidinha da cabeça mesmo e ele ser meio que o freio dela. por fim, no próximo cap a gente vai conhecer a família da may e bom... adianto que vocês vão odiar eles real.
é isso, um beijão pra vocês e até a próxima <3
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