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⎯ Qual é [Nome]! Você sempre ganha, é uma merda! -Dabi reclamava por ter perdido pela terceira vez seguida no UNO.

⎯ Não tenho culpa se você nunca presta atenção, minhas estratégias são tão expostas! -rebateu com um sorriso vitorioso, o moreno resmungou.

E lá estavam vocês, novamente no carro dele, no meio do nada. Apenas ouvindo Big City Blues mais uma vez. Após descobrir a tradução, você gostou mais ainda da música e pediu para que ele colocasse em todas as noites nas quais vocês ficavam no carro dele, apenas olhando a cidade através da janela ou jogando alguma coisa.

Para Dabi, você era um refúgio, as únicas vezes nas quais ele se sentia seguro, era quando estava com você e a sensação não era diferente com você. Ambos mal se conheciam, então por quê se sentiam tão seguros ao lado do outro? Por quê ambos se sentiam tão bem?

Se passaram algumas horas, vocês não estavam cansados, nem um pouco, e faziam o mesmo de sempre. Você estava olhando para o lado de fora através da janela, a vista era da cidade que brilhava devido à algumas luzes.

⎯ Dabi. -ele se virou para te olhar. ⎯ Como é a sua família?

O moreno te olhou suspreso por um momento, mas logo respondeu.

⎯ Não nos falamos mais. Eles não me procuraram, então eu também não vou fazer questão. -fez uma pequena pausa antes de continuar. ⎯ Família é uma merda.

As palavras dele fizeram você sentir uma pontada de culpa por ter feito a pergunta. Apenas murmurou um "hum", voltando sua atenção para a cidade mais uma vez.

⎯ Desculpa se te fiz ficar desconfortável, eu só queria saber mais. -se desculpou, apoiando a cabeça na janela do veículo.

⎯ Não tem muito o que saber, sou só um fumante que leva uma garota para passear todas as noites, só isso. -respondeu novamente, soltando um pequeno riso.

⎯ Acho que é o bastante. -rebateu, soltando um riso baixo da mesma forma.
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⎯ Obrigado. -agradeceu, já abrindo a porta da sua moradia.

Ele apenas acenou com a cabeça enquanto te olhava entrar pela porta. Quando você estava prestes a fechar a porta novamente, ele chamou.

⎯ [Nome]. -você o olhou. ⎯ Posso dormir aqui?

⎯ Dormir aqui? -suspirei. ⎯ Tudo bem, mas por quê?

⎯ Não quero voltar para casa... só por hoje.

Sua expressão envergonhada mudou para uma expressão de preocupação, quando o moreno disse aquilo. Você deu espaço para ele entrar e assim o fez, te agradecendo mais uma vez.

Assim que entraram no quarto, fazendo o máximo de silêncio que puderam, ele tirou o tênis que usava e se sentou na beira da cama, enquanto você colocava seu celular que estava em seus últimos cinco por cento, no carregador que estava na tomada desde de manhã, você não se importava muito com isso.

Você se sentou ao lado dele na cama olhando para o chão enquanto suas mãos se mexiam, uma sobre a outra. Você era péssima puxando assunto.

⎯ Eu posso dormir em qualquer lugar. Sabe, não quero que fique desconfortável.

⎯ Não, tudo bem. Você não me deixa desconfortável.

⎯ Certo. Podemos dormir? Ou tentar, pelomenos.

Você assentiu e logo vocês se deitaram. Não estava envergonhada ou desconfortável, não mais. Sabia que o moreno não tentaria nada, ele nunca tentou.

Você virou de costas para ele na cama, onde ele estava deitado observando o teto. Seus olhos se fecharam, mas se abriram novamente ao sentir as mãos geladas dele percorrerem pela sua cintura e a cabeça dele sobre o seu ombro. Sentia um arrepio toda vez que a respiração do mesmo entrava em contato com a sua pele.

⎯ Podemos ficar assim por um momento? -perguntou com uma voz nitidamente baixa.

Você não respondeu, mas também não tentou afastá-lo e ele levou aquilo como uma resposta positiva.

Você sentiu ele apertar a sua cintura fortemente, te levando cada vez mais para perto dele. Hesitou em levar suas mãos até as do moreno que te seguravam, mas logo as colocou sobre as dele.

⎯ Esquece, vamos ficar assim a noite toda.

Ele te puxou com força, fazendo você soltar um pequeno arfar. Sentiu o corpo dele contra o seu e logo fechou os olhos.

⎯ Porque você esta fazendo isso? -sua voz era quase um sussurro.

⎯ Eu quero ficar perto de você. -respondeu, afundando mais ainda a cabeça no seu ombro.

As palavras dele poderiam parecer vagas para qualquer um, mas pra você, eram sinceras. Eram sinceras porque vinham dele.

Os fios do cabelo espetado faziam cócegas no seu pescoço, onde a respiração em contato com a sua pele ainda te deixava com o frio na barriga toda vez que sentirá.
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⎯ Bom dia. Dabi? Tá fazendo o que aqui? -perguntou shizuki já chegando na cozinha.

⎯ Eu dormi aqui ontem. [Nome] ainda tá dormindo. -respondeu, enquanto procurava algo na geladeira.

⎯ Então ta... avisa pra [Nome] que eu vou sair com alguém, vou voltar à noite. -pegou uma torrada que estava em um prato na mesa e saiu apressada.

Dabi deu de ombros e se sentou em alguma cadeira ao redor da mesa, já começando a tomar a água que havia pegado na geladeira. Você chegou na cozinha poucos minutos depois.

⎯ Bom dia... -bocejou ao cumprimentá-lo.

⎯ Bom dia. Puta merda, você dorme muito. -soltou um riso anasalado após ver você revirar os olhos. ⎯ Shizuki saiu com alguém, disse que volta de noite.

⎯ Tudo bem, e vai colocar uma camisa Dabi, por favor. -ele revirou os olhos e você seguiu até a geladeira pegando um pouco do pudim que sua amiga havia preparado, logo em seguida, se sentando ao lado dele na mesa.

⎯ Por quê eu tenho que colocar uma camisa? Eu sou bem gostoso, olha isso aqui. -ele disse convencido, reparando no próprio abdômen.

⎯ As vezes você é estranho. -ele soltou um pequeno riso.

Após alguns minutos vocês terminaram de comer e você foi lavar a louça. Dabi estava usando o banheiro e depois de alguns minutos você ouviu o som da porta do banheiro se abrir, indicando que ele já havia saído.

Segundos depois, você sentiu as mãos dele novamente na sua cintura, o que te fez arrepiar, já que foi pega de surpresa.

⎯ Isso me atrapalha, eu preciso terminar de lavar o resto das coisas aqui... -disse baixo, com as mãos um tanto trêmulas.

⎯ O que foi? Eu gosto disso. -ele respondeu com facilidade, te virando e deixando você frente a frente com ele.

Assim que viu os olhos azuis, que já não estavam vazios como antes, você lentamente levou suas mãos até o rosto do moreno, o aproximando cada vez mais do seu. Era como se os olhos dele te deixassem hipnotizada.

Você sentiu ambos os lábios se tocarem, enquanto as mãos do moreno apertavam sua cintura. Passou suas mãos pela nuca do homem. Assim que ele foi deixando aquele beijo mais agressivo, você o afastou ofegante, não queria que aquilo se tornasse algo a mais, ainda não.

⎯ Porra, [Nome].-ele disse ainda pouco ofegante. ⎯ Deveria ter me dito que beijava tão bem.

⎯ Cale a boca! É constrangedor e pare de me olhar assim.

⎯ Assim como? -ele perguntou soltando um pequeno riso, enquanto olhava nos seus olhos, e vez ou outra para a sua boca. ⎯ Por quê você é tão adorável? -ele subiu uma mão até seu cabelo o colocando atrás da orelha.

Seu coração disparou com o pequeno toque dele.

⎯ Eu vou pegar um moletom, está ficando frio.

Você deu um pequeno empurrão nele o afastando e correndo em direção ao quarto, enquanto ele te observava com um sorriso de canto.

Assim que você se afastou, o celular dele tocou, ele deu uma pequena olhada para ver se você realmente havia ido ao quarto, assim que teve certeza, ele atendeu.

⎯ Oque foi agora porra?

Esse é o meu último aviso, Dabi, precisa pagar o que deve à ele, as drogas são caras. Caso contrário, você sabe o que acontece. -disse o estranho do outro lado da linha.

⎯ Me dá mais um mês, eu tô cuidando de uma coisa importante agora.

Dabi... -suspirou do outro lado da linha. ⎯ Tudo bem, um mês. Vou dizer à ele que você não atendeu.

O moreno suspirou guardando o celular novamente assim que a chamada foi desligada. Ele tinha medo do que poderia acontecer se não pagasse logo, principalmente o que aconteceria com você, com vocês.

Não importa quantas pessoas ele ainda teria que roubar pra pagar aquela merda, contanto que você não se machucasse, tudo estaria bem.

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