𓏲 ָֹ⌗🐦𝐇𝐀𝐖𝕂𝕊 ━ ℜ𝔢𝔡 𝔉𝔢𝔞𝔱𝔥𝔢𝔯𝔰៹✦͘˖

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᭡ ࣪𖠵۰𝂅💋⌯ HAWKS﹆ ָ࣪ ˖

❝ ━ Quicker than a flash, he had me at hello. He took me by the hand, we started dancing slow... Didn't wanna get attached, but now I'm far too close. And he knows just what he's doing!

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🎭ं - - •INFORMATION• - - ं 🎭

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[ :🌷: ]. Nome do personagem: Hawks.

[ :🎡: ]. Anime que se encontra: Boku no Hero.

[ :🌟: ]. Quantidade de palavras: 6.864 palavras.

[ :🍨: ]. Dia postado: 02-03-2025.

[ :🐝: ]. Dedicado a: Pessoa que está lendo. ❤

[ :🌻: ]. Autora: Menina_Otaku_S2.

[ :☔: ]. Pessoas que pediram: Runa_yomozuki365Analuh_onlyChildemalukittyy_, EstrelinhaPinesPpyyduro e Sakayga.

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˖ 🎀 ᝬWARNING 𖦹 ˖࣪،̲Ꮺ !

Todos os direitos desse capítulo são meus. Ele foi criado conforme uma ideia minha, logo, tenho direito de proibir qualquer um que faça cópia de sua escrita ou estilo. Ou seja, NÃO PERMITO INSPIRAÇÕES OU CÓPIAS DELE!

O personagem Hawks pode ter tido sua personalidade alterada por conta de seu comportamento como yandere nesse capítulo.

Contém conteúdo sensível! Se você não gostar desse tipo de coisa ou sentir-se incomodado... Saia imediatamente.

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𓏲 ָֹ⌗🌷.SONG THAT INSPIRED ME.🌷៹✦͘˖


𓄹 ۬﹢Years & Years & MNEK ─ Valentino› ᥫ᭡

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https://youtu.be/62IVsykyYM4

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Caso tiver algo que não gostou no capítulo, eu sinto muito! (^._.^)ノ

E sinto muito caso houver erros de escrita!

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*˖۰ܿ◗۪ 🌹𓏲 ָֹ⌗: RED FEATHERS ˖ ࣪🌹﹅˖࣪ . ๋࣭ 𓂅*
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Nesse exato momento, estava trajando sua roupa de heroína trancada em uma limusine preta junto de outros heróis, e com ele... Seu pai, o sem escrúpulos familiares, nomeado como Enji Todoroki, mais conhecido por seu nome heroico de Endeavor. Em frente sentada com a cabeça para baixo se encontrava sua pessoa, uma filha bastarda de um dos casos de uma noite anteriores de seu progenitor, e atualmente uma mulher que renasceu da solidão e transformou o abandono em estímulo para chegar ao patamar que está, uma heroína simpática e quase independente.

Após a saída de All Might, os holofotes dirigiram-se todos para o herói do fogo, que se tornou o número um na frente de sua filha, a segunda melhor dos dias atuais e sem ser reconhecida por suas raízes biológicas. Por essas razões burocráticas, todos os heróis foram solicitados a se encontrarem em um enorme casarão para atualizarem a população e darem entrevistas para a imprensa.

Deveria estar pensando em seu discurso aos cidadãos, entretanto não conseguia parar de se remoer pela interação anterior no telefone que teve com seu pai. De repente, aquele homem bárbaro virou um santo, querendo construir um laço de amor familiar... Depois de toda negligência e falta de paternidade, não tem como, simplesmente não. Sua mente poderia tentar, mas sua alma ferida o repudiava naturalmente pelas frequentes marteladas da ideia de "filha bastarda".

Continuou olhando para baixo até o automóvel estacionar e o motorista indicar que poderiam descer. Se levantou e foi para a rua respirando fundo aquele novo ar, o local sempre bem iluminado com luzes de holofotes que abriam faixas de clarões naquela vasta noite. Voltou sua atenção para frente até se deparar com algo que retirou seu fôlego. Aquelas penas...

Enfiou a mão em sua bolsa e, desajeitadamente, retirou um plástico que cobria uma pena vermelha, rasgou para segurá-la e trocou olhares entre aquele homem de asas avermelhadas e a tal pena.

─ Será que...? Sussurrou para si.

Estava tão concentrada que não reparou a presença próxima de seu pai até que tivesse a mão dele em seu ombro com peso.

─ O que foi? Estão nos indicando para segui-los. Apesar da força desequilibrada, o tom saiu suave com real preocupação.

─ Hm, não é nada. Preferiu desconversar, colocando a pena sem proteção na bolsa e dando passos largos para alcançar os outros heróis.

O homem fica alguns segundos parado encarando suas costas, tendo que dar um longo suspiro pesado em frustração para ir atrás de ti.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」1 hora depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

No estabelecimento, os gritos de animação do povo e os cliques das câmeras dos repórteres enchiam chegaram a ecoar por todos os lados. Terminava de se organizar em seu camarim até esticar o braço para alcançar sua escova na bolsa, agarrando a bendita pena e trazendo para perto do rosto.

Aquela não foi a primeira pena que surgia em sua vida. Nos últimos meses, na realidade, muitas entraram no seu caminho em momentos inesperados. Elas te incomodavam porque sempre apareciam no canto de seus olhos, como assombrações. E o mais desconfortável é que se arrepiava por experimentar uma onda de angústia todas às vezes, como se elas tivessem olhos e te perseguissem. Tentava desfocar esses pensamentos no início e se força a continuar para não cogitar ter enlouquecido.

No meio de seus pensamentos, o anúncio de recepção é inaugurado. Larga a pena e tira a escova da bolsa, penteia seus fios na pressa e coloca-a na penteadeira sem tempo, correndo para fora do local até chegar às escadas onde Endeavor já caminhava sobre elas.

─ Me desculpem a demora...! Ofegou fortemente até cravar sua visão naquelas asas.

─ Olha quem chegou!

Ele, aquele mesmo homem com as asas vermelhas, estava em pé com os demais heróis atrás dele te aguardando.

─ Demorou, estávamos pensando onde poderia estar ou o que fazia! O rapaz mantinha um sorriso irônico de canto.

─ Uh, Hawks... Revira os olhos respirando profundamente.

Não o conhecia profundamente, somente de visual e o básico de seus relatos heroicos. A única coisa mais incomum que notava era que, todas às vezes que se encontravam em convenções e lugares públicos, ele aparecia e agia contigo como se te conhecesse há séculos. E por conta disso, não imaginava que aquelas penas eram dele, ou não? Não conseguia impor uma conclusão.

─ Pode passar, senhorita. Não podemos nos atrasar mais do que já estamos, não é?

O tom sarcástico dele te trazia incômodo, mas preferiu não refletir sobre isso nesse momento e apenas ir à frente dele para colocar-se na sua posição e ingressar no palco.

─ Terceiro lugar?

─ Pois é... O viu esticar o corpo para afastar a preguiça.

Em seguida, a ajudante indicou que o herói número um estava em seu lugar e que deveria entrar. Respirou fundo, colocando um sorriso no rosto e subindo as escadinhas.

─ E AGORA, A MULHER QUE, APESAR DAS DIFICULDADES DAS MISSÕES IMPOSTAS A ELA, SEMPRE SUPERA AS EXPECTATIVAS CARREGANDO UM LINDO SORRISO E SENDO UM DOCE COM TODOS OS CIDADÃOS. QUEM JÁ A ENCONTROU PODE CONFIRMAR! COM VOCÊS, NOSSA HEROÍNA, NÚMERO DOIS, [NOME E SOBRENOME]!

No instante em que pisou no território do palco, diversas pessoas das mais variadas idades gritaram e aplaudiram, flashes invadiram suas pupilas e te fizeram piscar repetidas vezes pela claridade. Os gritos infantis e de homens ecoavam até apresentarem Hawks, onde as garotas tentaram superar os seus fãs, uma loucura. E depois os outros heróis entraram com menos gritaria.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」30 minutos depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

Por longos minutos, vieram perguntas dos profissionais e do povo para responderem, até que começou a hora dos discursos, onde todos dariam seus depoimentos de luta e expectativas para o futuro. E quando isso se iniciou, o passarinho não conseguiu mais permanecer impassível, desviando os olhos e bocejando de tédio.

─ Ei, pare de graça... Cutuca o braço dele suavemente com seu cotovelo.

─ Aaah... Que chatice, é um tédio o discurso desses inferiores...

─ Não interessa o que pensa. Franze as sobrancelhas em irritação. ─ Foque sua visão em algo para não se distrair se é tão difícil.

O homem desvia o olhar do seu por poucos segundos, como se pensasse no que disse, colocando a mão no queixo. Você revira os olhos e volta a encarar o nada em sua frente, o que não durou por levar as pupilas para o canto e notar as pupilas dele em ti, acompanhado de um sorrisinho carismático.

─ O quê?

─ O que, o quê? O vê soltar risadas nasais. ─ Estou prestando atenção em algo.

─ Em algo, não em mim.

─ Por quê? É algo agradável aos meus olhos... O final da frase atingiu uma tonalidade melosa.

─ Qualquer outra coisa, joça...! Seu tom quase sobressaiu do aceitável para que os outros não escutem.

Ele claramente estava se divertindo com essas provocações que faziam as bochechas inclinarem em um sorriso maior e ver a sua face esquentar e se tornar bem avermelhada.

─ Na moral... Ele fica sério e encara o herói que estava discursando. ─ Esse seu discurso é muito chocho, é para animar quem?

─ Bom, o povo é claro...

─ Tem certeza? Olha de novo e vê se está conseguindo.

Que ousado, bem ousado e mal-educado. Não compreendia como aceitavam um homem tão imprevisível e intrépido com o microfone falando aquelas coisas sem interrupção, o que colocou uma pulga atrás de sua orelha.

─ Você é bem atrevido para um moleque dessa idade.

─ Fazer o que, é o meu jeitinho... Em passos rápidos, o homem captura o microfone da ajudante. ─ E me empresta rapidinho.

Como mágica, ele utilizou suas asas para ficar sobre todos, onde ninguém o alcançaria facilmente, e de forma cética esbravejou diversos dados de três heróis e muito pouco sobre os demais. Entre os seres que mais tiveram revelações estava o seu nome, o que fez com que suas pálpebras aumentassem de tamanho de tanta surpresa. Como raios tinha esse interesse por sua pessoa?

Ficou-o observando até que voltasse ao chão e viesse ao seu lado.

─ É isso, quer falar alguma coisa? Não respondeu. ─ O que foi? O pássaro bicou sua língua?

─ Uh, não inventa moda. O ditado não é esse! Sacudindo a cabeça por vergonha e desejando afastar os pensamentos de antes, pegou o microfone, mandando um olhar irritadiço ao mesmo.

─ Toda certinha, que surpresa... ─ Deu um suspiro longo seguido de uma risada nasal. Suas metamorfoses são interessantes, não pare, borboleta.

Borboleta? Uma nuvem de imaginação sobressaiu sua mente até a varrer para longe. Querendo que ele se calasse, fez o mesmo movimento de zíper que o via reproduzir dezenas de vezes, causando graça e a concordância de dar uma trégua às provocações. Mas, antes de retornar ao seu lugar exato, deu uma breve piscada, o que capturou a atenção de seu pai, que não gostou daquela insinuação indireta.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」1 hora e meia depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

Quando tudo se encerrou, praticamente voou para fora para aguardar os carros saírem do estacionamento afastado para ir buscá-los. Avistou seu pai e o mesmo homem de asas discutindo ao longe, aquelas penas prendendo sua atenção. A puxa de dentro de sua bolsa e ergueu até colocar ao lado dele para comparar, entretanto, nesse mesmo momento, seu alvo desapareceu ao lado do herói de fogo.

─ Ué...?

─ Procurando alguma coisa?

Dá um pulo para trás de susto, levantando a visão até encarar o ser sobrevoando sua cabeça.

─ Que rapidez... Sussurra.

─ Sempre que te vejo, está me olhando, algo em mim te encanta?

─ Ha, não seja convencido.

─ Para sua infelicidade, não consigo. Soltou um sorriso convencido.

Respirou fundo ao vê-lo pousar ao seu lado, com as asas bem próximas, teve a oportunidade de ter sua concentração mais apurada e focar nos detalhes, que pareciam demais.

─ Essa pena é sua?

Sua franqueza pegou-o de surpresa, mas não o deixou abalar.

─ Não, por que a pergunta?

Abriu a boca para confessar e parou ao pensar como seria problemático dar suas informações pessoais para uma pessoa que nem conhece o mínimo.

─ Não é importante, só me fale a verdade. Elas se parecem muito! ─ Levanta a mão para mostrar o item.

O corpo dele se inclinou na direção da pena para verificá-la melhor, um sorriso tranquilo sem fraquejar.

─ Não, nem um pouco. Minhas penas são muito mais bem cuidadas.

─ Quem mais tem asas dessa exata estrutura e cor?

─ Nossa cidade é muito vasta, poderia ser de qualquer um.

─ Ah, é? Farta de sentir-se frustrada, com a mão vaga alcançou o final das asas e puxou uma das penas, colocando do lado da outra. ─ E agora?

─ Uh, que atrevida...! Transpareceu um pouco no exterior dele, que ficou estressado com a atitude da garota, se forçando a ignorar e voltar com a face tranquila. ─ Ainda não se parecem.

─ Mas... Mas...

─ Relaxa, aquieta essa sua cabecinha. Ele pressiona a própria mão em seus cabelos [cor do cabelo] e afaga.

Não aguentou o suspiro em frustração, não ligando para suas bochechas rosadas de vergonha pelo carinho meio bruto e incômodo pela situação sem progresso.

─ Correr atrás de um culpado não adianta, relaxa.

─ Tanto faz, e pare de tocar no meu cabelo! Agarrou o punho dele e o fez parar de mexer em seus fios.

─ Oh, que bravinha.

Nem repararam nos minutos se passando e nas muitas pessoas se dissipando nas imensidões das estradas.

─ Tanto faz, pode falar o quanto quiser, infelizmente não posso ouvir seus papos porque preciso buscar um veículo no estacionamento. Riu sarcasticamente.

─ Ah, sinto te informar, mas não tem nenhum carro lá.

─ O quê?

Sem esperar resposta, corre para o local e confirma o que foi dito. Não podia acreditar, como não notou a movimentação dos carros ou das pessoas, principalmente seu pai?

─ Eles estavam indo embora no meio da nossa discussão.

─ Por que não me avisou se os viu? Se vira de frente para o homem com os punhos fechados.

─ Estava tão envolvida que não quis te interromper.

─ Ah, Deus... E agora? Olhou para os céus como implorasse por um milagre. ─ Vou ter que voltar a pé, que droga...

Suspirou e deu as costas para ele, andando para a direção que lembrava que levaria até sua casa.

─ Vai andar na rua sozinha?

─ Tenho escolha...? Olhou por cima da cabeça, completamente desanimada.

O passarinho aparentava estar raciocinando até que pega impulso para caminhar ao seu lado.

─ O que está fazendo?

─ Ué, te acompanhando.

Iria continuar a discussão, no entanto, preferiu ficar calada para não fomentar mais discórdia e causar problemas estendidos, e, no fundo, sentia-se mais segura por andar ao lado de um homem nas ruas tenebrosas. Dessa vez, andaram na rua calados, escutando apenas o som dos automóveis e das famílias indo para suas casas.

─ Que barulho é esse? De repente, um súbito conjunto de passos.

─ Acho que temos companhia.

Arregalou os olhos ao ver uma massa de pessoas correndo até ambos, crianças, mulheres e homens. Quando conseguiu recobrar a consciência, viu estarem cercados pela aglomeração aos gritos de animação.

─ Fecha a boca, senão entra bicho. Hawks usa a extensão do indicador para tocar seus lábios.

─ Shhh! Sussurrou e abriu um grande sorriso para seus fãs.

Apesar de estar cansada, fez uma força para suprir as necessidades deles junto de seu colega herói, que não se afastava de ti e dava algumas espiadas por cima dos ombros para ver seu comportamento.

De repente, um homem que vestia trajes formais se aproximou de ti ao ponto de ficar poucos centímetros longe. Sorriu sem graça enquanto ele gritava animadamente que era o seu fã número um e que revia milhares de vezes os seus clipes. E nisso, pôde reparar que as roupas eram surradas e sujas, igualmente à caneta que estendeu implorado para dar um autógrafo. Não queria encostar naqueles itens sujos, mas não tinha coragem de negar esse agrado ao seu fã.

─ Por favor, senhorita [seu nome de heroína]!

─ Ah, claro... Onde está o papel?

O homem alargou o sorriso e abriu instantaneamente o seu terno, deixando sua camisa em destaque.

─ Você quer que eu autografe sua camisa social?

─ Não, claro que não!

Sem aviso algum, ele continuou a desabotoar a próxima veste e mostrou seu ostentoso físico de barriga saltada e tronco em partes preenchidos de pelos. Sentiu um calafrio percorrer seu corpo inteiro com aquela cena, e o sorriso dele não ajudava em nada.

─ Por favor, me autografe!

─ Você... Tem certeza...? Dessa vez, ria nervosamente, quase deixando escapar o seu descontamento.

─ Sim, por favor!

Podia jurar que ele iria pular em cima de ti, a respiração desequilibrada te fazendo imaginar o que poderia estar passando na cabeça do mesmo.

─ Não se assuste comigo, não irei te morder!

─ Ah, claro... Abaixa levemente a mão e vai até o peito dele.

─ Só se você quiser, claro... Sussurrou.

Congelou na mesma hora ao escutar aquele tom sedutor. Engoliu em seco, não de desejo e sim de náuseas por repulsa. Embora a frase tenha saído como um sussurro, Hawks conseguiu ouvir o comentário, fazendo uma veia na testa se destacar.

Ele normalmente era um homem tranquilo e não iria interferir, no entanto, não conseguia engolir calado aquelas falas desconfortáveis direcionadas a garota e vê-la ainda desencorajada de reagir. Disfarçando os pensamentos internos, o homem vai até ti e com uma mão pega rapidamente a caneta e com a outra te afasta daquele esquisitão.

─ Prontinho. Fala assinando o peito dele com seu autógrafo.

─ Hawks... Sussurrou para si com os olhos fixos nele de costas para ti.

─ O QUÊ? O homem dá vários passos para trás e encara o peitoral, rangendo os dentes de ódio. ─ O QUE FEZ, SEU DESGRAÇADO?

─ Opa, segura a onda aí, mano... Foi mal, achei que tinha pedido o meu. Coçou a nuca como se estivesse envergonhado, o total oposto do que sua cara presunçosa demonstrava.

─ JAMAIS PEDIRIA DE UM HOMEM COM MÃOS ÁSPERAS HORROROSAS COMO AS SUAS! RESERVEI MEU FÍSICO APENAS PARA AS MÃOS SUAVES, FOFAS E MACIAS DA SENHORITA [SEU NOME DE HEROÍNA]! Espumava pela boca sem escrúpulos.

Cobriu sua boca tentando disfarçar sua face de nojo, Hawks percebeu e se virou para te encarar como se mandasse um recado para se tranquilizar.

─ APAGUE, APAGUE JÁ!

─ Desculpa, mas não temos tempo para isso. O rapaz de asas vai ao seu encontro e segura seu pulso com firmeza e delicadeza.

─ O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? Parecia um cão raivoso prestes a perder o controle.

─ Sinto muito pessoal, mas o tempo dos autógrafos acabou!

Em poucas piscadas de olhos seus, foi puxada pelo pulso para bater o corpo com o dele, envolvendo os braços no corpo do mesmo automaticamente.

─ Que rapidinha.

─ Quê?

─ Segura firme.

Em uma ação brusca, ele abre as asas e as estende o máximo possível. O solta pelo susto, querendo dar um passo para trás, o que é impedido por Hawks que se inclina até sua pessoa e se agacha um pouco, prendendo os braços por baixo dos seus joelhos e perto de seus ombros para dar suporte para suas costas. Por instinto, enrola os braços no pescoço dele, causando uma gargalhada espontânea do mais velho.

─ Não solte!

Todo impulso que tem é posto nas pernas para pegar velocidade e usar toda a potência das asas para voar por cima das pessoas e prédios. Deu um grito de desespero se agarrando e apertando mais ao seu companheiro. No fundo, ele estava gostando do seu medo, porque dessa maneira se divertia com suas reações e múrmuros.

Nada se passava na sua cabeça além de que queria logo descer daquela altura, tanto que, quando estavam pousando, nem reparou que foi deixada exatamente na frente de sua casa.

─ Finalmente, solo! Comemorou.

─ Satisfeita?

─ Muito... Se vira de frente para ele, seu peito se enchendo de alívio e dando um doce sorriso. ─ Muito obrigada por aquilo, e pela carona.

As pálpebras dele se arquearam levemente e a boca ficou entreaberta, demorando alguns segundos para que soltasse sua voz novamente.

─ Não tem motivo para agradecer.

─ Não, é sério... Muito obrigada por salvar minha pele. Gosto dos meus fãs, mas tem alguns que... Não dá. Tampa a boca para abafar suas risadas.

Hawks coçou o nariz soltando uma leve risada nasal, sem desviar as pupilas de ti.

─ Amanhã vamos sair, que tal?

─ O quê? Se assustou.

─ Na cidade principal, tem um lugar ótimo cheio de coisas legais.

─ Que coisas legais...?

─ Ah, sei lá! Ele deu de ombros como se não se importasse com o ambiente. ─ Amanhã pela tarde, certo?

─ Me desculpa, mas...

─ Te vejo lá!

Sem deixar terminar a frase, o viu erguer as asas e decolar, acenando e se afastando cada vez mais.

─ Espera! EU NÃO VOOOU! Posicionou as mãos em volta da boca em um grito. ─ Uh, espero que tenha escutado...

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」No dia seguinte꒱༉‧₊˚⁺ ˖

Pela manhã, saiu para fazer algumas compras nas barraquinhas singelas da cidade, porém no meio do caminho avistou um homem com grandes asas vindo na sua direção. Surtou internamente e procurou as placas para se localizar e, quando viu, já tinha saído de onde queria e estava na rua principal. Parecia que as constelações não estavam a seu favor.

Tentou dar o fora, o que não ocorreu por conta da insistência dele em te levar ao tal lugar que, na realidade, é um novo restaurante da cidade. Sua ansiedade gritava por estar sendo vista pela segunda ou terceira vez perto de Hawks, porque tinha consciência de como os seus fãs ou admiradores tinham uma cachola afiada para iniciarem uma caça de informações sobre os dois sendo avistados. O que, por outro lado, não tinha aparência de ser algo que o deixava incomodado.

Se sentaram em uma mesa perto da janela na frente um do outro, e quando o garçom trouxe os cardápios, pegou rapidamente para cobrir seu rosto.

─ O que vai pedir?

─ Não penso em nada... Encarava as linhas do cardápio e continuava se escondendo.

─ Peça o que quiser, dessa vez eu pago.

─ Ta...

Minutos se passam e o garçom retorna com o aceno do seu companheiro. O pedido dele praticamente encheu uma folhinha e, depois disso, ambos olharam para ti aguardando.

─ Já escolheu?

─ Hmm... Ainda não.

Hawks bufou disfarçadamente e revirou os olhos. E, sem aviso, o mesmo pegou seu cardápio por cima e puxou para ele.

─ Hawks! Seu grito afinou de surpresa. ─ Me devolve, eu ainda não escolhi!

─ Te acalma. Ele entregou o cardápio para o responsável. ─ Peça uma [comida favorita] e [bebida favorita] para ela.

Parou de argumentar no mesmo instante... Como ele sabia disso? Perguntou internamente até ver o rapaz se mover para a cozinha e deixar vocês a sós.

─ Como sabe disso?

─ Hm? Sei do quê?

─ Das minhas preferências.

─ Sabe, sua vida não é um livro oculto, pelo menos nada que eu não consiga desvendar.

Que convencido... Escora os braços na mesa e fecha os olhos. ─ Tão insistente em sair...

Nesse momento, dois garçons trouxeram todos os pratos empilhados que o mais velho solicitou, acompanhados de um último que trouxe ambas as bebidas.

─ Bom apetite, herói Hawks e heroína [seu nome de heroína].

─ SHHHHHH! Deixa escapar, fazendo com que eles se assustem, se desculpem e deem licença para vocês.

─ Sinto te informar, mas não tenho autocontrole quando quero algo ou alguém. Indicava, dando uma morte mordida no dango.

─ Francamente, deveria te dar as costas e sumir daqui, seria o certo.

─ Heh, diz, mas continua na minha frente, borboleta.

─ Não ouse me chamar disso! Apontou o garfo para ele.

─ Opa, calma aí, garota! Ergueu ambas as mãos como sinalização de paz.

─ Hfmp! Bufou e voltou a comer encarando os talheres. ─ Pardalzinho...

─ Ora, no final, ganhei até um novo apelido, borboletinha.

Segurou a cabeça com sua mão esquerda, perguntando a razão dele conseguir te deixar tão agitada, o que o fez rir de sua reação lastimável.

─ Só fica quieto e come...

─ Que estressada, dá de ver que é filha do seu pai.

─ Hm? Parou de levar o garfo até a boca, o encarando gélida. ─ O que disse...?

─ Falei algo de errado? Você não é filha do nosso famoso herói número um, Endeavor, também conhecido restritamente como Enji Todoroki?

Perdeu o chão, sem completa reação. Como raios ele soube disso? Depois de todo cuidado que manteve para a mídia ou seus seguidores malucos não descobrirem esse único fato sombrio em sua vida, como? O que utilizou para retirar a obstrução desse fato?

Deixou os lábios entreabertos para falar, mas nada saía, até que a velha respiração escapasse com peso, dando espaço para um novo ar.

─ Como...?

─ Hm?

Ficou em silêncio até que, após raciocinar sobre a elucidação de seu segredo, não conseguiu se conter, levantou da cadeira e pegou na mão de Hawks para saírem do local, o que não obteve objeção alguma. Saíram e andaram apressadamente até um beco próximo e isolado no meio da cidade, colocando-o contra a parede. Pela primeira vez, não impediu que seus receios se manifestassem, questionando como descobriu e praticamente implorando para que nada se espalhasse. Em resposta, o homem se descola da parede e explica que tem os seus contatos, e que não era para se preocupar, que nada sairia de sua boquinha, contanto que passassem mais tempo juntos. Aceitou mesmo, no fundo, querendo quebrar a cara dele, sendo infelizmente a condição que é obrigada a seguir para não vazar.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」2  meses depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

Que meses cansativos, a vilania só aumentava nas últimas semanas, o que concretizava suas palavras quando concordou passar mais tempo com o passarinho loiro. Nesse momento, se encontrava na sua casa cozinhando alguns dangos, quando seu celular começou a tocar loucamente.

─ Alô? Atendeu, deixando o aparelho escorado em seu ombro e sendo segurado por sua face.

─ Filha, é você?

─ Sim... Suspirou disfarçadamente. ─ O que quer?

─ Está pronta para a conferência?

─ Quase, estou terminando umas coisas.

─ Vai demorar? Faltam apenas trinta minutos.

─ Certo, e por que me ligou? Creio que não seja só para bancar o preocupado.

─ Filha... Uma curta pausa foi dada enquanto ouvia um delicado suspiro do outro lado da linha. ─ Quer que eu passe para te buscar?

─ Você sabe que nem em sonhos quero ser vista do seu lado... E agradeço, mas já tenho uma carona, tchau.

Ouviu um chiado do outro lado e desligou antes que pudesse ouvir reclamações dele. Entendia que ele queria consertar as memórias, no entanto, seu coração abatido não permitia se abrir e mostrar sua vulnerabilidade depois de tantas sacanagens produzidas por anos. Tratar a própria filha mal por sua infância e, em um belo dia, de repente, querer mudar toda essa dinâmica não funciona.

Deixou o celular em cima da bancada e terminou de produzir os dangos, colocando-os em um pratinho e indo até a sala de estar, deixando o utensílio na mesinha de centro.

─ São os últimos, seu morto de fome.

─ Aí sim! Hawks bateu uma palma e se sentou educadamente para devorar aquelas delícias.

Aguarda o mais velho terminar de comer e depois vão para o lado de fora. Tranca a casa enquanto ele abria as asas e as espreguiçava. Queria ir de carro, o que desistiu quando ele começou a insistir que conseguiria te levar. Aceitando sua sina, não impediu quando foi pega nos braços por ele, desviando a cabeça para não olhá-lo nos olhos.

─ Não ouse me deixar cair...

─ Relaxa, você está em minhas mãos.

─ Isso que me preocupa.

Já no local, a maioria dos heróis aguardava as portas abrirem para adentrarem e se prepararem, estavam relaxados e dando entrevistas, menos Endeavor que batia o pé no chão ansiosamente aguardando sua filha. Minutos e mais minutos se passam, mais cidadãos comuns aglomerando em volta do estabelecimento.

─ Olhem lá! É o Hawks! Uma garota berra apontando para o céu.

─ Aah, Hawks! Muitas mulheres e garotas vibravam ao ver aquelas asas vermelhas balançando com o vento.

Endeavor revirava os olhos por toda aquela manifestação desnecessária, só desejando que acabasse logo. No entanto, seu pensamento foi interrompido com os gritos que cessaram tão de repente. Curioso, levantou a cabeça para encontrar a visão deles, a boca se tornando entreaberta e as pálpebras elevadas. Simplesmente, o maldito homem pássaro que vivia o incomodando estava pousando no local com a sua filha nos braços, extremamente colados mesmo após estarem com o pé no chão.

Irado deixou escapar sua razão e andou a passos pesados e largos, usando os braços para tirar as pessoas da frente e parando ao chegar na frente dos dois.

─ O que...? O maior iria questionar quando [Nome] levantou a mão esquerda e estendeu o dedo indicador diante dos lábios, franzindo as sobrancelhas, mandando-o se calar silenciosamente.

─ Estamos em público, não se descontrole. Sussurra e vira o rosto para seu companheiro no terceiro lugar. ─ Vamos, Hawks.

O loiro troca olhares entre ambos e concorda suavemente com a cabeça. A garota dá uma última visualizada em seu pai e segura na mão do outro para que saíssem rapidamente. A plateia tentou alcançá-los e o herói de fogo permaneceu paralisado, perplexo. 

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」3 horas depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

No fim da conferência, o patriarca da jovem teve uma discussão acalorada com Keigo sobre ela. Durante essa conversa, muitas coisas se esclareceram, como o incômodo e a frustração de Enji pelo distanciamento que sempre teve com ela, algo tão difícil para ele superar... Mas, com o alado, aparentava ser como uma brincadeira de criança, tanto que, em pouquíssimas semanas, teve o infortúnio de ver sua pequena nos braços de um desconhecido, uma proximidade que tinha noção que jamais teriam.

Enji quis deixar explícito seus receios e ordenou que ficasse longe dela, e Hawks, como sempre carregando uma face despreocupada e entediante se comunicou afirmando entender essa visão tão protetora vindo do pai da garota, só que, para a infelicidade dele, gostava de ter a Todoroki debaixo de suas asas. Aquela frase deixou o homem de cabelos vermelhos catatônicos por um longo período, não conseguindo processar com facilidade. "Como sabe?" foram as únicas palavras que saíram em um sussurro.

Takami não podia deixar essa oportunidade ceder por algo tão simples como o moralismo naquele momento, então aproveitou o estado do companheiro para favorecer o seu lado. Informou que ela, em um momento de fragilidade, quis se confessar como filha bastarda dele, e que precisou acolhê-la. De primeira, aquilo não desceu por não crer que sua filha seria tão expressiva sobre, entretanto, não podia colocar sua credibilidade em jogo sobre a convivência tão nebulosa deles.

No fim, ele insistiu que ficasse longe, mas o loiro proferiu, assegurando que jamais faria mal para a sua borboleta, tão sério que chegava a causar arrepios. Após isso, o mais velho foi deixado de lado porque o rapaz deixou o lugar e foi na direção da garota, que ficou de braços cruzados o esperando. Não sabia o que sentia, raiva, agonia, medo ou tristeza... Seus sentimentos são uma completa bagunça, igualmente conforme o cenário atual.

Chegou em casa com a ajuda dele não muito tempo depois, e nem quis fazer uma coisa, se despediu dele, entrou e tirou a roupa para colocar uma mais leve e para se deitar e descansar.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」No mesmo dia, durante a madrugada꒱༉‧₊˚⁺ ˖

─ Hm...?

Abriu os olhos e piscou lentamente para se acostumar com a luz do abajur ao lado. De primeira, não entendeu o motivo de ter acordado, até que ouviu ruídos vindo do andar debaixo. Esfregou as pálpebras pensando ser um sonho ou ilusão, o que se confirmou ser mentira pelos barulhos continuarem. Se encolheu amedrontada, engolindo em seco e se erguendo lentamente para ir à beirada da cama e encostar os pés no chão.

Seu corpo tremia demasiado, no nível que sua boca secava, algo errado está ocorrendo lá. Respirou profundamente e deu passos lentos até a porta, certificando-se de que a fechadura não estava trancada. Vira a maçaneta e, para espiar pela pequena greta que formou, dava para ver uma modesta quantia de luz vindo do andar debaixo. Com certeza, não havia deixado algum cômodo com a luz acesa.

Teve um susto interno ao ouvir murmúrios de tons diferentes de lá. Não deveria ver, mas, ao mesmo tempo, sabia que seria enfrentada mais cedo ou mais tarde, então continuou abrindo a porta e passou levemente agachada, indo até a beirada das escadas e ficando entre os balaústres e os segurando com ambas as mãos. Chegou a ter um impulso para trás de pavor ao visualizar sua casa invadida e sendo revirada por diversos homens.

─ Ei, cara! Um desconhecido saiu da cozinha com um pedaço de pano na mão. ─ É dela!

─ Me dá isso aqui!

Aquele homem, aquele que reconheceu ser o mesmo que teve problemas há semanas atrás, ele foi até o outro e arrancou aquele pano e cheirou profundamente. Afinando os olhos naquilo, quase gorfou ao perceber que aquele pano era sua roupa íntima retirada da lavanderia. Não podia continuar suportando a cena, então retornou lentamente até o seu quarto e trancou a porta. Correu para a cama e pulou em cima dela, alcançando seu celular e discando a senha atrapalhada de tanto medo. Passou o dedo rispidamente nos contatos, tentava focar sua visão nublada em algum deles com muita dificuldade.

─ Atende... Por favor...

Após segundos com o telefone tocando, o barulho de ser atendida foi realizado.

─ Opa.

─ Keigo...

─ Fala, borboleta, o que quer a essa hora da noite? Ele ficou calado para te ouvir, mas voltou a falar por ouvir apenas sua respiração ofegante e estado de prantos através da chamada. ─ O que foi, [Nome]?

─ Keigo... Me ajuda, preciso de ajuda urgentemente...

─ Fala, o que é? O tom preocupante se instaurou automaticamente, ainda sério para tentar esconder a tensão.

─ Tem uns caras aqui, eles invadiram minha casa...

─ Como isso aconteceu?

─ Não sei, tenho certeza de que tranquei a casa... Agora eles estão aqui dentro e revirando as coisas, todas as minhas coisas... Lágrimas escorreram e te obrigaram a esfregar os olhos para afastá-las.

─ Entendi essa parte, mas por que não vai para cima deles? Não são cidadãos comuns?

─ Devem ser, mas... Mas... Tossiu com dificuldade para falar.

─ Mas?

─ Ah... Prometa que não vai contar para ninguém, prometa.

─ Uhm.

Respirou profundamente para parar de chorar e se permitir contar um de seus piores segredos.

─ Minha individualidade é excelente, mas ela tem uma desvantagem horrorosa...

─ E qual desvantagem seria?

─ Só posso usar minhas chamas durante a atividade da luz solar.

─ É sério?

─ Sim, não estou brincando... De noite, viro uma pessoa comum, só com agilidades físicas, sem poderes.

─ Que desgraça...

─ Então, por favor, preciso que venha aqui... Você é o único em quem confio. Suas bochechas se ruborizaram por admitir algo tão íntimo.

Ele ficou em silêncio por um tempo e depois informou estar a caminho. Para sua surpresa, não levou três minutos para vê-lo em frente à sua janela, batendo no vidro, te fazendo correr até ela e erguendo para abri-la.

─ Hawks...

─ Vem, vamos sair aqui.

Sem responder, o homem te pega pelo pulso e puxa para o lado externo da casa, te segurando com um braço envolvendo seus glúteos e coxas e a outra ao redor dos seus ombros para te manter fortemente presa no corpo dele. Não protestou, dando de ouvir apenas seus soluços de pavor, algo bem incomum para si ao ponto de se envergonhar por parecer uma criança.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」3 horas depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

Ficou na casa dele durante essas longas horas, se acalmando com a ajuda do homem. Depois disso, levaram quinze minutos para chegarem de volta à sua casa, que agora se encontrava completamente silenciosa. Ele foi o primeiro a entrar para fazer a varredura e verificar se as coisas estavam em ordem, o que foi confirmado que suas coisas foram reviradas e outras profanadas e levadas embora, felizmente os responsáveis não estavam mais à vista.

─ Pode me acompanhar até lá em cima, por favor... Continuou encolhida e se abraçando para conter o receio.

─ Tudo bem, vamos. Hawks aparentava estar entediado e distante, mas ainda, sim, mantinha um tom suave para falar contigo.

Subiram as escadas e deram uma boa olhada no seu quarto. Eles não perdoaram nem o seu armário e gavetas íntimas.

─ Que nojo... Reviraram minha cama inteira. Nem quero imaginar o que aconteceu. Se arrepiou em desgosto.

─ Ajeite as coisas, vou dar uma volta para ver se ainda há perigo.

─ Tudo bem, vai voltar aqui depois?

─ Sim. Ele acena antes de se pendurar na janela e deixar o corpo cair para trás e sair voando, sumindo da sua vista.

Hawks voou por alguns minutos até pousar em um terreno baldio pouco distante da cidade, encolheu as asas e tornou a face repleta de seriedade.

─ E então, seu plano deu certo, chefinho? Lentamente, os homens saem detrás das montanhas de entulho com gigantes sorrisos.

─ Não como queria, mas até que deu para o gasto. Um sorriso de canto apareceu nos lábios do loiro. ─ Mas vocês extrapolaram.

─ Extrapolamos no que, senhor? O cara esquisito retirou uma bolsa plástica repleta de itens atrás de si. ─ Só fizemos o que foi nos autorizado pelo acordo.

Os olhos dele se estreitaram ao ver aqueles objetos femininos, incluindo roupas íntimas de cima e de baixo.

─ Ah, é?

─ Só me arrependo de não a ter encontrado pessoalmente, não é pessoal?

─ É!

─ Com certeza!

Aquela sintonia de caras tendo claros pensamentos impuros sobre ti o irritou profundamente. Coçando o nariz, algumas gargalhadas foram soltas enquanto o herói se aproximava do principal, dando um tapa forte nas costas dele.

─ Vocês são muito irritantes, sabia? As pálpebras se arregalaram para deixar visível seu olhar arrepiante.

O homem se assustou e deu um passo para trás, porém, de repente, todas as penas de Keigo saem de suas costas e adentram o corpo dele, que soltou um grito altíssimo acompanhado de gemidos de dor.

─ Odeio caras arrogantes como vocês... Com seu comando, as penas rastejavam como larvas explorando o corpo e indo para os órgãos vitais.

Após esse ato, as coisas foram confirmadas. Aquela invasão havia sido arquitetada pelo próprio Hawks, tudo. Foi uma aposta ousada, no entanto, funcional para testar como a garota o via e se apoiava nele, o que o deixou muito contente com a resposta. O único lado ruim foi o abuso que eles tomaram nas medidas, estragando uma parte e fazendo-o ser obrigado a eliminar o líder por tal falha.

─ Agradeço pelo trabalho meia boca, mas agora não é necessária sua presença. O loiro atrai uma das penas de volta e a pega com a mão, os passos ecoando aterrorizantemente ao caminhar até a vítima. ─ Está dispensado!

Com um último movimento, o item atravessou o peitoral na região do coração, entrando até sumir suas pontas de penugem. A sacola cai no chão, seguida pelo corpo perecido, causando gritos e expressões de espanto dos colegas. O loiro mexe em suas madeixas e suspira entediado.

─ Sumam daqui, ralé. E nem pensem em levar o que não é de vocês.

Não foi preciso repetir, porque todos retiraram mais objetos dos bolsos e saíram correndo sem prestar apoio ao líder.

─ Que saco... Suspirou, juntando os objetos para colocar na sacola.

Quando terminou, tudo voou de volta para a casa da garota, deixando a bolsa do lado de fora da casa para ela encontrar na manhã seguinte. Pegou impulso para voar e pousar na beirada da janela dela, avistando-a deitada no colchão tremendo.

─ Que foi, borboletinha? Pulou para ficar no lado de dentro.

─ Hawks...? Abriu os olhos vagarosamente, se erguendo para ficar sentada. ─ Está bem...?

─ Eu que pergunto.

O herói caminha até ti e se senta na beirada da sua cama, mantendo distância.

─ Não encontrei meu cobertor... Sem meu poder, acabo enfraquecendo e sinto o clima frio mais intenso...

─ Dá para ver. Quer uma ajudinha?

─ Ajuda...? Que ajuda?

O encarou calmamente até o ver se esgueirando no colchão e se aproximar, fazendo suas bochechas ruborizarem na hora, e apesar disso, ficou quieta sem protestar. Ele aproveitou, se aproximando até colar seus corpos e te deixar com as costas encostadas na parte da frente do corpo dele, enlaçada pelos braços e plumagem dele.

─ Hawks... Sussurrou.

─ Shhh...

Sabia que ele estava se aproveitando, mas não podia julgá-lo por estar fazendo o mesmo com o calor emanado. Suspirou, se aconchegando melhor nos braços dele, fechando as pálpebras para adormecer.

─ Boa noite, Keigo...

─ Boa noite, borboletinha.

❪ ─•°.-ˏˋ ♡ ˊˎ-.°•─ ❫

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Querem continuação?
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Próximo Capítulo: Buda, Shuumatsu no Valkyrie.

Espero que tenham gostado.

Um personagem que gostaria que tivesse mais tempo de tela, chamou atenção desde sua primeira aparição. Bem interessante apesar de seu comportamento questionável. Tomara que eu tenha agradado a maioria!

O próximo capítulo sairá em breve.
Prometo.❤️

Abraços com muito amor para uma pessoa linda, você mesma. 🌹❤️✨

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✨🍃🌹ƒiм!🌹🍃✨

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