oiii, foi aqui que pediram um "pedido de casamento" ?
comentem nos melhores parágrafos, sim? ❤

ㅡ 🎬 ㅡ

DEPARTAMENTO DE IMIGRAÇÃO ㅡ ESCRITÓRIO DE MIN YOONGI.

ㅡ Bom dia. Desculpe a demora, o dia está terrivelmente lotado aqui na central hoje. Eu sou Min Yoongi, em que posso ajudá-los?

O homem recém chegado ao escritório saudou cordialmente aos outros dois presentes, lhe oferecendo os assentos.

ㅡ Bom dia, Sr. Min. Eu agradeço muito a sua generosa atenção em ceder seu tempo para nós, eu percebi o quanto o senhor deve estar atarefado neste prédio hoje.

Taehyung disse enchendo de lisonjeiros elogios ao homem, que aparentemente, parecia ser mais velho do que si - mas ainda sim, muito jovem -, e continuou: ㅡ Sou Kim Taehyung e esse é Jeon Jungkook.

Assim que Taehyung apresentou seus nomes, o sorriso de Min Yoongi em sua face, morreu em uma careta enfadonha.

Olha se o problema que vinha de motoquinha não tinha chegado realmente mesmo!

ㅡ Então, deixe-me ver: Vocês vieram dar entrada na requisição de Validação de Visto? É isto? ㅡ Yoongi perguntou.

ㅡ Exato. ㅡ Kim respondeu, ainda exibindo um sorriso cortês com os lábios fechados.

ㅡ Então, vocês são o motivo da denúncia anônima de mais cedo? ㅡ Min perguntou numa sentença afirmativa.

ㅡ O quê? ㅡ dessa vez, fora Jungkook que exclamou surpreso, fazendo sua voz ser ouvida pela primeira vez na conversa.

ㅡ Que denúncia? Sr. Min, creio que há um engano! ㅡ Taehyung rebateu, mas seu semblante sequer parecia abalado.
De onde aquele homem tirava tanta superioridade e auto controle?

Yoongi iniciou: ㅡ Hoje, mais cedo, houve uma denúncia citando os seus nomes, dizendo que vocês dois... ㅡ apontou para eles com o indicador. ㅡ Estavam armando um relacionamento e falso casamento para impedir que o Sr. Kim fosse demitido e deixasse o país. O que me parece bem óbvio, já que você ㅡ apontou para Jungkook e finalizou: ㅡ É o secretário dele.

ㅡ Assistente. ㅡ Taehyung corrigiu.

ㅡ Executivo. ㅡ Jungkook corrigiu logo após.

Para quê Dignidade quando se tem que corrigir constantemente as pessoas sobre sua função e emprego, né Jungkook?

ㅡ Tsc, tsc. Que seja. Enfim, me dê a pasta com suas documentações. ㅡ Yoongi bufou e desdenhou alguns murmúrios analisando as documentações em mãos após receber a mesma de Taehyung.

ㅡ Blá, Blá, Blá... Eu tenho uma pergunta pra vocês: Vocês dois estão cometendo fraude para evitar que o Sr. Kim seja deportado, e assim possa continuar com o cargo de editor-chefe da Golden Books? Preciso perguntar porque é o procedimento padrão.

ㅡ De novo isso? ㅡ Taehyung perguntou, revirando os olhos em impaciência.

ㅡ Isso é ridículo. ㅡ Jungkook reclamou mostrando um semblante indignado. Já que era pra entrar no personagem, então o faria bem, né.

Taehyung questionou: ㅡ Foi Kim Namjoon, né? É o nome da denúncia anônima? ㅡ lançou a sentença sem um pingo de cerimônia.

ㅡ Kim... Namjoon...? É. Foi ele mesmo. ㅡ Yoongi respondeu, claramente quebrando o protocolo de anonimato, pois se Kim Taehyung havia acertado na mosca o tal nome, significa que a tal história de casamento falso era verdade.

Afinal, em "briga de cachorro grande" tudo se trata em construir um bom jogo de palavras, e a melhor cartada vence o lance da rodada.

Após sua confirmação, Taehyung falou: ㅡ Ah, Kim Namjoon. Coitado do Namjoon, eu sinto muito. Namjoon não passa de um simples ex empregado decepcionado e revoltado. Eu peço mil desculpas Sr. Min, pois eu sei que o senhor está incrivelmente ocupado com uma fila enorme de jardineiros e entregadores mexicanos para atender... Então, se o senhor nos disser qual é o próximo passo, eu e Jungkook iremos rapidamente fazê-lo e não tomaremos mais o seu tempo de trabalho. ㅡ finalizou dando um breve sorriso.

ㅡ Ok. Deixa eu explicar uma coisa séria pra vocês. ㅡ Yoongi ditou inquisitivo. Deixou a pasta na mesa e encostou seus cotovelos no móvel, juntou as pálidas mãos entrelaçando os longos dedos em pose cética e fitou aos outros dois sentados à frente, dizendo:

ㅡ Primeiro passo. Será uma entrevista marcada onde vocês serão submetidos a perguntinhas básicas que qualquer casal de verdade responderia a elas corretamente. Vocês farão esta entrevista em salas separadas, e eu pessoalmente farei o Questionário.

ㅡ Segundo passo. Eu vou mais fundo na história: Irei investigar os registros telefônicos, falarei com os seus vizinhos, entrevistarei seus colegas de trabalho e amigos. E se, suas respostas não baterem iguais,
Você, ㅡ apontou para Taehyung que apenas mantinha um sorriso cordial e ligeiramente cínico no rosto.
ㅡ Será deportado imediatamente, e você meu jovem secretário ㅡ apontou para Jungkook que tinha o semblante perdido e olhar de peixe morto diante a explanação. ㅡ Vai ter cometido um crime punível com multa de 250.000,00 U$ dólares e cinco anos de detenção numa prisão federal. ㅡ finalizou.

E por incrível que pareça a irônica cena, assim que Yoongi havia fechado a boca, através da janela de vidro do pequeno escritório, surgiram dois policiais levando uma jovem presa que se rebatia nas algemas no corredor ao lado da sala. A cena fez Jungkook engolir a seco.

"Eu to muito lascado."
Pensou internamente o jovem.
"Imagina!"
Respondeu a irônica consciência de Jeon.

É nesses momentos antes da merda ser feita que a crise existêncial bate forte.

Pobre Jungkook.

ㅡ E então, Jungkook?

Yoongi chamou a atenção do mais novo para que voltasse atenção da apreensão policial ao lado para o seu rosto. ㅡ Você quer dizer alguma coisa?

Min tinha um semblante mais brando agora, como um pai que, ternamente, queria que a criança confessasse sua malcriação, arrependida.

Jungkook, ainda com o fitar vidrado e perdido no rosto de Yoongi, deu um leve movimento com o pescoço em negativa, seguido por um exposto biquinho em seus lábios.

ㅡ Não? ㅡ Yoongi indagou.

Jungkook, ainda com o bico demarcando em seu semblante, afirmou com a cabeça.

ㅡ Sim? ㅡ Yoongi realmente tinha muita paciência com o jovem.

ㅡ A verdade... ㅡ Jungkook deu um suspiro e olhou para Taehyung antes de prosseguir. ㅡ Sr. Yoongi. A verdade, é que... Taehyung e eu, somos duas pessoas que não deveriam ter se apaixonado... mas, aconteceu.

Olhou fielmente para as orbes castanhas do Kim à sua frente enquanto dizia suas singelas palavras ensaiadas, e depois, voltou a fitar Yoongi na última frase.

"Por que não escolhi Teatro ao invés disso de ser Assistente Executivo? Mais um pouco, e eu mesmo, me convencia dessa minha própria mentira!"
pensou em secreto o moreno.

Taehyung olhava tão ternamente para Jungkook, com um olhar pidão e supostamente tão apaixonado, que Jungkook poderia jurar que o desgraçado deveria atuar em um filme de Hollywood, pois certamente, o demônio iria ganhar o oscar de melhor atuação no final do ano!

"Como foi que eu cheguei aqui?"
Jungkook teve que segurar uma risada cômica ㅡ o desespero ㅡ, pois Yoongi ainda estava bem ali, esperando qualquer pista para desmascarar a farsa.

"Mas, eu ainda tenho o meu lance, certo?"

Jungkook prosseguiu: ㅡ Mas não podíamos contar pra ninguém no trabalho sobre nós, por causa da minha promoção de cargo que está prestes a acontecer... ㅡ lançou um olhar novamente ao seu chefe e torceu para o golpe dar certo. ㅡ Não é, querido?

"Eca! Eu tive mesmo que dizer isso? Querido? Credo!"

Taehyung fitou-o, surpreso, porém, disfarçando a sua surpresa para que Yoongi não a percebesse. Indagou sutilmente: ㅡ Promoção?

ㅡ Sim, a promoção. Nós dois achamos que seria muito inapropriado eu estar para ser promovido de Assistente à Editor, sendo que estávamos saindo escondidos. ㅡ Jeon dizia fitando alternado entre o Min e o Kim, quando teve que pegar na mão do último, dando-lhe um olhar sugestivo em olhos de corsa.

ㅡ Então, tá. Vocês contaram para os seus pais sobre essa paixão secreta? ㅡ Yoongi perguntou.

ㅡ Ah! Seria impossível pra mim, já que meus pais estão mortos e eu não tenho irmãs ou irmãos também. ㅡ Taehyung respondeu em um tom de irônia e desdém, apesar de ser verdade.

ㅡ Oh, sinto muito. E os seus pais? Estão mortos também? ㅡ Yoongi assentiu e se direcionou a Jungkook.

ㅡ Ah, não, não! Os pais dele 'tão vivinhos da silva! ㅡ Kim respondeu de imediato, meio atropelando as palavras, pois já não estava sentindo controle de si mesmo na situação.

ㅡ Oh, não, não! Estão todos vivos e bem, graças ao bom Deus! ㅡ Jungkook disse tirando o agouro de sua família.

ㅡ Isso! ㅡ Taehyung adicionou: ㅡ Nós vamos contar para eles nesse fim de semana! É o aniversário de 90 anos da vovó e achamos que seria uma boa surpresa para a família. ㅡ o Kim começou a ditar os novos planos com um sorriso angelical no rosto.

Nessa altura, Jungkook olhava embasbacado ao demônio terrorista, se perguntando como o dragão ainda se lembrava do aniversário de sua avó ㅡ que ele próprio o havia proibido de ir! Benefícios de ser um assistente-escravo-executivo-pessoal.

Yoongi realmente estava entretido na conversa, mas ainda assim, com a pulga atrás da orelha, investigava: ㅡ E onde vai ser essa surpresa?

ㅡ Na casa dos pais do Jungkook. ㅡ o Kim falou.

ㅡ E onde fica essa casa? ㅡ Min indagou.

ㅡ Ãn, ela fica... Por que só eu tô falando aqui? ㅡ reclamou à Jeon. ㅡ Os pais são seus, responde também, querido! ㅡ Taehyung disse colocando a mão no ombro do outro.

Seria esse o meu castigo? Ou o meu prêmio?
Jungkook mentalizou, exibindo um sorriso ladino no rosto e respondeu:
ㅡ Sitka.

ㅡ Isso, em Sitka! ㅡ Taehyung repetiu o nome da cidade, alegre, sem ter a mínima ideia de onde raios ficava isso.

ㅡ Alasca. ㅡ complementou Jungkook o Estado de origem com um suave sorriso ao rosto.

ㅡ Alaaaasca?!

Sim, Taehyung repetiu alongando a vogal, sem acreditar no que havia ouvido. Alasca? Se a expressão Vá pra o raio que o parta! Significa algo beeem longe, com certeza, o Estado de Alasca estava na lista do palavreado.
"Eu vou pro Alasca? Onde foi que eu me meti?"

Yoongi, vendo a nítida surpresa do Kim, perguntou: ㅡ E vocês vão para lá esse fim de semana?

ㅡ Vamos. ㅡ Jeon afirmou.

ㅡ Nós vamos pro Alasca, sim! É a cidade natal do meu fofo. ㅡ assentiu Taehyung afagando o ombro do mais novo.

E a lista de apelidos só aumentava... junto com a ânsia de Jungkook.

ㅡ Tá bom. É assim que vai ser, né. ㅡ Yoongi suspirou rendido. ㅡ Compareçam aqui novamente na manhã de segunda-feira, às 11h:30min, nesta mesma sala, para as suas entrevistas. Será o primeiro questionário de vocês para ver se as respostas de vocês batem em todos os sentidos.

Yoongi disse, com o semblante sério, e se levantou da cadeira para finalizar a tal reunião. Não admitia perder um caso nítido desse de farsa e não iria sair como um ludibriado na história.

ㅡ Obrigado. ㅡ Taehyung disse já se colocando de pé, juntamente com Jeon, para irem embora.

ㅡ Eu estou avisando, vou ficar de olho em vocês! ㅡ os olhos estreitos de Yoongi os fitavam severamente e suas palavras eram uma ameaça séria.

ㅡ Mal posso esperar. Manda ver! ㅡ debochado. Jungkook afirmou e saiu da sala acompanhando seu chefe.

Saindo do movimentado prédio do departamento de Imigração e sendo recebidos pela forte brisa quente de verão das ruas de Nova York, Taehyung e Jungkook andaram alguns metros para longe do edifício. Contudo, Jeon parou na calçada ignorando as dezenas de pessoas que atravessavam a rua à frente assim que o semáforo abriu verde aos pedestres. Estava obstruindo a passagem dos pedestres e nem percebeu; um momento de pane no sistema ㅡ totalmente compreensível.

Taehyung já buscava o seu tablet em sua pasta executiva a fim de consultar qual seria o próximo compromisso do dia, quando percebeu que Jungkook não o seguia para atravessar a avenida. Error404. Travou.

ㅡ Vamos Jungkook. Destrava!

ㅡ Taehyung? Você não tem juízo? ㅡ Jungkook o questionou, ainda parado no mesmo lugar.

O acastanhado percebendo que este seria mais um possível tilde de Jeon, voltou alguns passos para a calçada e disse:

ㅡ Okay, Jeon. Vamos por partes: Nós vamos para Sitka, vamos fingir que somos namorados e que estamos noivos, e que vamos casar em breve. Nós partiremos amanhã e... ah! Use as milhas do seu plano aéreo, mas acho que vou pagar pra você de primeira classe, mas tenta usar as milhas mesmo Jungkook. E sobre a comida, Jungkook: Se você não conseguir comida vegetariana pra mim na companhia aérea você vai cancelar o meu plano aéreo e vai migrá-lo para outra companhia.

O editor-chefe dizia os planos como se citasse mais um dos seus comandos de reuniões e tarefas para Jeon fazê-los. Até quando Kim Taehyung iria fingir que tudo estava sob controle? Sufocado, o moreno esbravejou:

ㅡ Espera um pouco, Taehyung! Que tantos diabos você fala? Você ainda não percebeu a real situação? Você não estava naquela sala? ㅡ questionou, ácido.

ㅡ O quê? Eu estava lá sim. E cara, eu saquei aquilo que você disse que iria ser promovido! Foi genial Jungkook. Yoongi acreditou mesmo!

ㅡ Eu falei e falo sério: Eu estou encarando uma multa de duzentos e cinquenta mil dólares e cinco anos de prisão, Taehyung! Isso muda totalmente as coisas!

ㅡ Você quer ser promovido a editor? Sem chance, Jeon.

Hora de entrar no jogo.
o moreno pensou.

ㅡ É mesmo? Então beleza, Kim! Eu me demito. Se vira aí com a sua Deportação! Tchau, tchau Tae! Foi muito bom trabalhar com você. Boa sorte, cara!

Jungkook disse transbordando ironia, se permitindo subitamente a criar um apelido amigável ao dragão, e depois, deu às costas como se fosse embora.

ㅡ Não, não! Espera, Jungkook. Okay, você tá certo, tá legal! Eu faço o que você quiser! ㅡ Taehyung pediu aflito, indo atrás de Jungkook e cedendo ao moreno.

Jungkook deu um sorriso vitorioso, ainda de costas, e girou sob seus calcanhares.

Hora de fazer o meu Jogo!
Virou-se de frente ao Kim e mudou seu semblante para a seriedade.

ㅡ Você quer ser promovido? Certo, eu te promovo a Editor, Jungkook. Mas apenas eu posso ser o Editor-Chefe, e você terá o seu cargo almejado. Se você se casar comigo, se formos para Alasca esse fim de semana, e se passarmos por essa barra da deportação, eu te promovo a editor já na segunda-feira.

ㅡ Mas vai ter que ser agora mesmo! ㅡ ordenou Jungkook.

ㅡ Tá bom, eu faço.

ㅡ E vai publicar o meu Texto que eu te dei pra revisar. ㅡ hora de refazer antigas cobranças.

ㅡ Certo. Publicação com 1.000 cópias. ㅡ quantificou, Taehyung.

ㅡ Quero 10.000 cópias. É pegar ou largar, Kim.

Taehyung o fitava incrédulo. De onde tamanho domínio da situação, Jeon estava tirando? Àquele não era sempre o seu subordinado assistente? Mas, obviamente, Taehyung não estava em posição de negociador majoritário da situação, e muito menos, em situação de possuir exigências, sendo que o seu futuro estava nas mãos de Jungkook. Uma deportação, um casamento, uma promoção e uma publicação de livros ㅡ tudo isto estava sendo negociado por convenção entre eles.

E aquele era o ultimato, aquela era a proposta.

ㅡ Fechado. ㅡ suspirou o Kim em derrota.

Jungkook, em todos os seus três anos de serviços à Golden Books e à Kim Taehyung, nunca o viu com um semblante tão derrotado.
Realmente, por mais que o seu sabor da vitória fosse doce, o lugar de pódio de segundo lugar ao poderoso Kim, não lhe parecia certo.
Não combinava ver Taehyung e Decepção juntos na mesma frase ou semblante.

Contudo, Jeon não podia fechar o acordo sem antes terminar com os detalhes festivos finais:
ㅡ E vamos contar pra minha família sobre o nosso noivado quando eu quiser. Agora, Taehyung, me pede com jeitinho.

ㅡ O quê? ㅡ o acastanhado indagou, confuso.

ㅡ Me pede com jeitinho... pra casar com você. ㅡ piscou zombando.

ㅡ O que mais você quer de mim, Jungkook?

ㅡ Você ouviu, me pede com jeitinho... Do jeito tradicional e de joelhos, pra se casar comigo.

ㅡ Mas Jungkook!

ㅡ De joelhos. ㅡ Jeon nem usava voz grave, mas o comando era claro.

ㅡ Seu peste! Eu não acredito que eu vou fazer isso.

Emburrado, Taehyung iria ceder; com muita reixa e vergonha de quem passava na rua, ele se organizou com sua caríssima pasta de escritório no chão para que não caísse com suas papeladas.

Sim, ele iria fazer aquilo.

Com muito ódio no coração, bufando pelas narinas, o editor-chefe se ajoelhou sob a calçada; sujando sua calça social Armani com poeira do chão. Argh! E, finalmente de frente à Jungkook, ele começou:

ㅡ Jungkook. ㅡ já ajoelhado, pediu a atenção do outro com sussurrada voz rouca e branda, porém, carregada de cinismo, levantando sua destra para tocar o moreno.

ㅡ Oi, Taehyung! ㅡ o assistente respondeu eufórico, enquanto decidia aceitar o gesto de segurar-lhe a mão.

ㅡ Jungkook, amor do meu coração. Meu Kookie!

Afinou a sua voz de timbre grave sentindo a própria humilhação.

ㅡ Sim, TaeTae. Fale.

Respondeu, Jeon, com falso carinho na voz, um novo apelido enquanto admirava seu chefe abaixo de si, ajoelhado na calçada.

A cereja do bolo.

ㅡ Jeon Jungkook, você aceita com mil coraçõezinhos se casar comigo? ㅡ Taehyung juntou as mãos em petição fitando-o com um olhar de "cachorro pidão."

Jeon tomou um longo suspiro, olhando a cena e se segurando para não rir, mas por fim, anunciou sua decisão: ㅡ Olha, eu só não gostei do sarcasmo do Kookie, mas aceito sim. Te vejo amanhã no aeroporto, chefe. ㅡ deu uma piscadela. ㅡ Beijos, docinho!

Ah, o doce sabor da vitória! Jeon sorriu nas palavras exibindo seu melhor sorriso aberto - e dentuço, esbanjando tanta ironia. O moreno saiu soltando subitamente a mão destra de Taehyung o deixando quase despencar no chão sozinho por ainda estar ajoelhado em via pública.

ㅡ Ora seu-!
Taehyung tentou xingar o seu subordinado mas, além de precisar se equilibrar para não "se esborrachar" no chão, o assistente já estava longe demais para ouvir.

ㅡ Ridículo. Parece um coelho dentuço ridículo! ㅡ o xingamento infantil não foi ouvido; ainda bem, Taehyung odiava xingar as pessoas e por isso não sabia xingar muito bem...

Com vergonha de estar largado numa calçada, o Kim se levantou sozinho - fingindo a egípcia -, ignorando os olhares de curiosos na rua direcionados para si. Pegou sua pasta executiva de couro; Prada, e saiu em direção à Editora revisar os últimos documentos, e logo depois, iria para casa.

Iria fazer uma viagem e deveria preparar suas malas.

Uma viagem que, praticamente, iria cruzar o país, para exclusivamente, anunciar um noivado.

Seria uma longa viagem...

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Atenção senhores passageiros com destino à "Treta na casa da mãe joana"; última chamada para o voo!
As linhas aéreas Taekook Airclass agradecem a sua preferência.

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