01. 𝘼𝙡𝙡 𝙤𝙣 𝙗𝙤𝙖𝙧𝙙 (i)
❝And I was thinkin' to myself
'This could be heaven or this could be hell
Then she lit up a candle
And she showed me the way❞
━━ 𝘩𝘰𝘵𝘦𝘭 𝘤𝘢𝘭𝘪𝘧𝘰𝘳𝘯𝘪𝘢 𝘣𝘺 𝘦𝘢𝘨𝘭𝘦𝘴
ELECTRA OLHA PARA A PAISAGEM DO LADO DE FORA DO CARRO. Passa tanto tempo na cidade que acaba por se esquecer destes pequenos espaços verdes de Vigo. O vidro está aberto, deixando o vento embater-lhe na cara, enquanto ela fecha os olhos.
"Podes fechar essa merda?" Dominic resmunga, já com as suas mãos no cabelo para que este não saia do sítio.
Mesmo de olhos fechados a rapariga revira os olhos.
"És um desmancha prazeres." Ela murmura, fechando o vidro da janela, olhando agora para ele.
"O prazer e eu estamos intimamente conectados." Dominic diz. A sua mão pousa sobre a coxa de Electra. "Já devias saber isso."
Electra ri-se ligeiramente. O corpo de Dominic desliza pelo cabedal dos assentos, o seu polegar começa a desenhar círculos na pele macia da loira, os seus olhos encontram os dela.
"O que é que estás a fazer, Nicky?" Ela pergunta, num sussurro.
Ele não responde, limita-se a escorregar a sua mão para dentro do vestido de Electra. Lentamente o seu polegar massaja-a por cima da roupa interior. Os olhos de Electra disparam para o motorista. Se ele notou em algo, não o demonstrou. A sua mão procura pelo botão que levantaria o vidro preto e que os separaria do motorista enquanto os seus olhos estão postos em Dominic. Ele está a olhá-la e agora o seu indicador está a arrastar o tecido da sua roupa interior para o lado.
Dominic não é o tipo de rapaz que gosta de esperar ou de estar com rodeios, por isso não demora muito a fazer o que pretende. O seu polegar faz círculos no clítoris de Electra, ao qual ela responde com um suspiro. Dois segundos mais tarde ele tem o indicador dentro dela. As suas costas arqueiam, ela começa a arfar com o aumento da velocidade. Dois dedos. O som da sua pele a arrastar-se no cabedal é ouvido quando ela abre as suas pernas. Electra encosta a cabeça ao assento e fecha os olhos quando Dominic aumenta a velocidade dos seus dedos.
"Merda." Ela balbucia, arqueando as costas.
Sente o orgasmo a aproximar-se, as suas pernas começam a tremer, as suas mãos agarram o melhor que podem o cabedal e Dominic retira os dedos de dentro dela. Repentinamente abre os olhos, levanta a cabeça e olha para ele. Ele tem um sorriso malicioso nos lábios enquanto suga os seus próprios dedos.
"Chegamos." Ele avisa, movendo a cabeça na direção da janela.
Electra repara, finalmente, que o carro está parado. Fecha as pernas e olha lá para fora. Ele tem razão. Um suspiro frustrado sai dos seus lábios enquanto ela ajeita o seu vestido. Dominic sai do carro, não esperando que o motorista abra a porta e dois segundos depois está a abrir a porta da sua namorada. Estende-lhe a mão, a qual ela aceita, saindo, então, do carro.
O cais está cheio de gente, pessoas a embarcar, pessoas a despedirem-se, até pessoas a tentar entrar à socapa. Dominic puxa o corpo de Electra para si quando, o que parece ser um sem abrigo, bem a correr na direção do par, sendo seguido por um polícia. Electra arregala os olhos, sentindo-se com pena do homem. Como poderia haver gente nesta miséria? Como poderia haver gente a não se importar com isso?
Depois de alguns minutos, que para Dominic mais pareceram horas, o par está dentro do navio. Ao contrário da maioria das pessoas no seu interior, nenhum deles se encontra impressionado ou com falta de palavras para a beleza do local. Acompanharam de perto o projeto, ajudaram Sebástian no que foi necessário. De certa forma, Andromeda também lhes pertence.
"Bom dia. Bem-vindos ao Andromeda." O rapaz atrás do balcão da receção diz. Tem um sorriso rasgado nos lábios, um sorriso um bocado exagerado.
"Bom dia. Viemos buscar a chave para o nosso quarto." Electra diz.
"Sim, claro. Em que nome está a reserva?" O rapaz pergunta.
Dominic, que estava de olhos postos numa das funcionárias que passava ali perto, ao ouvir tais palavras, encara o rapaz.
"Em que nome está a reserva?" Ele pergunta. Questiona-se se o rececionista está a tentar ter piada. Claramente não. Como é que ele podia estar a fazer aquela pergunta. "Não sabe quem somos?"
O rececionista – Samuel, está escrito na name tag, mas ao contrário de Electra, Dominic não se dera ao trabalho de ler – encara o loiro, com uma expressão confusa.
"Não sabe quem é que ela é?"
Electra contem a vontade de revirar os olhos, agarrando gentilmente o braço do seu namorado.
"Nicky. Não importa." Ela diz-lhe.
"Claro que importa. Ela é Electra Cipriano, a filha do seu patrão." Ele elucida o rapaz que, rapidamente, fica atrapalhado.
"Ah! Sim, claro! Peço desculpa. A sua chave... sim..." Ele vira costas, procurando por algo.
Dominic sorri, sentindo-se vitorioso.
"Podes parar um segundo?" Electra sussurra-lhe e ele vira-se para ela.
"Tu adoras quando eu me armo em dono do mundo, цыпленок." Ele sussurra-lhe de volta. Deposita um beijo no maxilar da rapariga e, discretamente coloca a palma da sua mão sobre o local onde ainda há minutos tinha os dedos.
Electra olha para ele, dando-lhe um olhar irritado, mesmo que na realidade sim, adorasse.
O rececionista volta para perto do balcão, entregando ao casal uma chave a cada um e ambos se encaminham para o quarto, com Electra agarrada ao braço de Dominic. Pelo caminho encontram alguns conhecidos, o que apenas irrita a rapariga. Sente a necessidade de esfregar as suas pernas uma contra a outra, sente a necessidade de sentir o seu namorado e as pessoas apenas estão a aumentar a sua espera. Dominic percebe – ele conhece-a melhor que ninguém. Enquanto Electra evita despachar a conversa, não querendo parecer rude, o rapaz não tem qualquer tipo de problema e termina-as, pois, também ele precisa de a sentir.
Quando chegam ao quarto, as suas malas já se encontram pousadas na entrada, mas eles não perdem tempo a olhar para elas ou a olhar para a decoração do quarto. Têm coisas mais importantes em que pensar. Enquanto Dominic fecha a porta atrás de si, Electra dirige-se à cama, onde se deita de barriga para cima e pernas abertas. Apoia-se nos seus cotovelos enquanto observa os olhos famintos dele a aproximarem-se dela. Por sua vez, ele começa a desabotoar a sua camisa enquanto caminha na direção da rapariga deitada na cama. Passa a língua pelos seus lábios e tira a camisa. Electra não se farta, nunca, de o ver a despir-se. É uma ação tão vulgar e Dominic consegue torná-la em algo tão sexual e impuro. O rapaz ajoelha-se em frente das pernas abertas dela, agarra os seus tornozelos e puxa o seu corpo para perto. Em questão de segundos as cuecas dela estão no chão e a parte inferior do seu vestido está puxada para cima, enquanto a cabeça de Dominic está entre as suas pernas.
Margarita não estava à espera de o ver, quanto mais de o ver com o que parecia ser a sua namorada. Ainda em choque, ela vê-se obrigada a seguir o para por entre os milhares de corredores do cruzeiro. Primeira classe, claro. Será que ele a tinha visto? Será que ele a tinha ignorado? Será que a loira era melhor que ela? Estas são algumas das perguntas que lhe passam pela mente durante o percurso todo. Dominc significara tanto para ela, em tantos anos ainda não fora capaz de o esquecer e ele estava com outra. Será que, de facto, ela não tinha significado nada para ele? Será que aquele beijo na casa da árvore era insignificante para o rapaz de cabelos loiros? Toda a raiva que ela tinha enterrado bem fundo, há tantos anos atrás, voltara como um furacão. Como é que ela iria lidar com a situação? Sem conseguir controlar as suas emoções, sente os seus olhos a picar, as lágrimas a querer sair. Porque é que ainda se sente assim? Rápida e furiosamente limpa as lágrimas nas bochechas com a palma da mão.
"Não vais interferir mais comigo, Dominic Vaughn."
Já do outro lado do corredor, Anastasia avista o casal feliz. Como é que ele pode estar feliz, quando ela não está. É injusto! Dominc não merece qualquer tipo de felicidade, não depois de tudo o que se passou. Anastasia não relembra o rapaz com qualquer tipo de carinho ou paixão, apenas com ódio. Não estava à espera de o ver tão cedo, chama-lhe sorte do destino.
"Oh Dominic, Dominic..." Ela comenta para si mesma, encostada à parede.
* · . . • ★
"AVA, QUERIDA, CHEGAMOS." Daisy Williams, a sua mãe diz, girando o seu corpo em direção aos assentos de trás, onde a sua filha está deitada a ler mais uma banda desenhada.
Ava retira o seu olhar das ilustrações do livro, para admirar o belo barco a poucos metros do carro da sua família. Okay, talvez não tenha sido má ideia ter vindo com os seus pais para o aniversário de casamento deles. A morena deixa um belo sorriso aparecer nos lábios, assim que pousa ambos os pés sobre o cais, ao observar o grandioso barco.
"Vamos?" Henry, pergunta, chamando a atenção da sua filha, pousando as malas – tanto a de Ava como a que partilha com a sua esposa sobre o chão.
Enquanto pai, mãe e filha caminham em direção da entrada do barco, Axel Fox olha atentamente para o mesmo, seguindo atrás deles, captando momentos das conversas que os três partilham. Não se quer intrometer, mas estando tão próximo, é praticamente impossível não ouvir.
O segurança pede os bilhetes à família de três, que rapidamente os cede e Axel perde-os de vista.
"Bilhete?" Agora é a sua vez e, rapidamente entrega o seu bilhete para a segunda classe ao homem.
O rapaz olha a sua volta, assim que adentra o barco, sentindo um sorriso involuntário a nascer, ao ver todos aqueles pequenos detalhes que o estavam a inspirar. Axel coloca a sua mala ao seu lado, retirando da mesma, o seu caderno de arte. Senta-se no chão do convés, acabando por receber olhares estranhos. Mas já habituado com este tipo de situações, ele opta por ignorar. A inspiração não tem tempo ou lugar e, de momento a sua estava ao rubro. Desliga-se de todas as vozes ao seu redor e foca-se no que se encontra à sua volta, até que, belos fios ruivos chamam a sua atenção.
"Que bela." Deixa escapar, ao olhar para a mulher que se encontra no seu raio de visão. Tem uma expressão triste.
De forma natural e algo que mágica, o rapaz desliza o seu lápis sobre o papel branco, desenhando cada detalhe que os seus olhos captam da bela ruiva. Assim que vê o resultado final, deixa que os seus lábios formem um largo sorriso e, assim que volta a olhar na direção da ruiva, repara que ela já não está lá. No entanto, de uma coisa tem a certeza, nunca irá esquecer aqueles cabelos ruivos, nem as pequenas avelãs que decoravam os seus tristes olhos.
Já na receção, a família Williams tem as chaves para os seus respetivos quartos.
"Vais ter o teu próprio quarto, por isso espero que te comportes e não leves ninguém para lá." O homem mais velho avisa, num tom sério.
"Sim, sim pai... Até logo." Ava despacha a conversa, revirando os olhos, antes de pegar no cartão e na sua mala, caminhando em direção do seu futuro quarto que, felizmente é longe do dos seus pais.
Um pequeno grito de excitação é libertado pelos seus lábios, assim que atira a sua mala para o chão do quarto. O quarto é simplesmente magnifico. Um largo sorriso é formado, enquanto Ava coloca o seu cabelo num coque elegante, olhando-se e imaginando-se num belo vestido vermelho, enquanto caminha por entre os diversos bailes que iriam acontecer no barco. Aquela viagem estava a melhorar a cada segundo.
* · . . • ★
UM LARGO SORRISO É FORMADO SOBRE OS LÁBIOS DO MORENO, enquanto caminha entre os corredores da terceira classe, sentindo a sua tão preciosa câmara a balançar de um lado para o outro. Após deixar os seus pertences dentro do quarto. Caminha, agora, em direção do bar, onde iria passar a maior parte do tempo e, onde, provavelmente, irá conhecer as raparigas mais belas do cruzeiro. Victor lança um leve sorriso para a bela ruiva que passa por ele, enquanto adentra o bar, reparando num rapaz atrás do balcão.
"Então és tu o meu vizinho de quarto!" Victor diz, pousando ambas as mãos sobre o balcão do bar, olhando para o moreno à sua frente. "Eu sou o Victor e tu...?"
Luiz tira os olhos do copo que está a limpar para olhar para a sua frente, dando de caras com um desconhecido.
"Desculpa?" Ele pergunta, pousando o copo ao lado dos restantes.
"Estás no quarto ao lado do meu." Victor repete-se.
"E como é que sabes isso?"
Victor aponta para a name tag de Luiz.
"O teu nome está na porta do quarto."
Luiz assente às palavras do rapaz à sua frente.
"Precisas de ajuda?"
"Sim, claro." O bartender atrás do balcão diz, atirando o pano que usara segundos antes e indo buscar outro.
E, assim, ambos iniciam o seu trabalho.
* · . . • ★
"SIM PAI, ENTENDO." Alexander murmura, caminhando atrás do seu progenitor.
Tinha dado entrada no navio há 2 minutos e já estava cansado de lá estar. O rapaz de cabelo azul sabe que esta é uma viagem super importante. Uma viagem em águas internacionais, e se ele se portasse bem, se o seu pai se portasse bem, talvez os Cipriano lhes dessem um aumento. Esta é a primeira vez que Alex é pago para exercer funções. Sempre vira o seu futuro delineado, sempre seguira o seu pai, mas nunca tinha sido pago para isso. Está entusiasmado, pela primeira vez em muito tempo, sobre o facto de puder vir a tornar-se advogado um dia. O seu pai pensa que este entusiamo o fará estar 100% dentro do que ele tem em mente, mas Alexander sabe melhor que isso. Ele sabe que assim que colocar um pé no Rio do Janeiro tudo isto desaparecerá, sabe que ser advogado não vai ser o seu futuro, não se ele tiver de escolher.
"Oh, peço desculpa!" Ele diz, agarrando com rapidez o objeto a que causara a queda.
Um violino.
O rapaz de cabelos escuros, que quase embatera com a cabeça no chão, recompõe-se, largando-se das mãos do pai de Alexander.
"Tudo bem." Ele apressa-se a dizer, retirando o violino das mãos do coreano.
"Passa-se algo, jovem?" O homem mais velho pergunta, ao vê-lo sem ar.
"Estou atrasado."
Alexander olha para ele, ainda com a parte inferior da caixa do violino. Agarrara-se a ela sem sequer se perceber.
"Ah, podes..."
"Claro, desculpa." Rapidamente larga o objeto. "Sou o Alex." Ele informa e o outro assente.
"Ah, claro... Sou o Scorpius. Obrigado." De forma estranha, ele dá uns passos para trás, desta vez embatendo noutro passageiro.
"Este, com certeza vai precisar de um advogado na viagem." O pai de Alex comenta, num tom baixo, para o filho. Está entretido com a desgraça do rapaz.
Alexander não parece tão contente com a quase queda do rapaz e apressa-se a ir ao encontro dele, que agora deixara cair o violino.
Scorpius deixa um palavrão escapar pelos seus lábios, baixando-se de imediato e sem sequer pedir desculpa ao passageiro atrás dele.
"Não vê por onde anda?" Ele diz, num tom zangado.
"Pedimos imensa desculpa, ele ia distraído, está atrasado." Alex apressa-se a desculpar-se pelas ações do rapaz, baixando-se para verificar se o violino se encontra bem.
"Isso não é desculpa!" O homem volta à carga. Scorpius abre a caixa, rezando. "Está a ouvir-me?"
"Pode acontecer a qualquer um." Os olhos do rapaz de cabelo azul alternam do homem para a caixa a ser aberta. "Por favor, sirva-se no bar e ponha na conta dos Cohen. Aceite como um pedido de desculpas."
O homem deixa um sorriso crescer nos seus lábios e assente. Tem uma cara satisfeita e abandona o lugar como se nada tivesse acontecido. Tão fácil. Dinheiro faz milagres, claro que desta vez não seria exceção.
Um suspiro de alívio escapa pelos lábios de Scorpius, ao ver o seu precioso violino intacto. Alex sorri levemente, olhando para ele.
"Ah, obrigado." Scorpius diz, fechando a caixa.
"Sem problema, Scorpius." Lentamente ambos se levantam.
O rapaz de cabelos escuros abraça o violino, ficando apenas a olhar o rapaz de cabelos azuis.
"Não... Não estavas atrasado...?" Alex questiona-o.
"Merda." Ele atrapalha-se. "Sim! Obrigado mais uma vez" Mais uma vez, ele desata a correr, em direção ao seu destino.
"Porque deste o nosso apelido, Alex?" O coreano mais velho pergunta, quando o seu filho o alcança.
"O que era suposto fazer? Viste o homem? Tenho a certeza que lhe ia bater." Alex defende-se.
"E isso é problema nosso desde de quando?" A pergunta é retórica. Alex quer responder, mas opta por não fazer. "Vamos, temos muito que fazer antes do navio partir. Se queres cair nas boas graças dos Cipriano tens de perceber uma coisa..."
"Não chegar, vestir-me como ele e não responder." Ele diz, acabando a frase do seu pai.
As vezes que já tinha ouvido esse discurso foram demais para contar. De tantas vezes que o ouvira, já o decorou. Alex tem a certeza que o seu próximo presente serão estas palavras bordadas num quadro.
O seu pai começa a caminhar novamente, não se dando ao trabalho de repreender o filho por o ter interrompido. Alex não tem outro remédio senão segui-lo. Ele sabe que o seu pai já estivera dentro do navio várias vezes, mas ele apenas o tinha acompanhado nas últimas visitas e, por essa razão, mesmo que não quisesse tinha de o seguir. Seria fácil demais perder-se. Durante o resto do caminho não trocam uma palavra, mas ele sabe que assim que a reunião com o Señor Cipriano terminar, ele vai ouvir um sermão. Três batidas são deixadas na porta do escritório do dono do barco e este ainda demora a abri-la.
"Ah, Cohen." Ele diz, estendendo a mão para o pai de Alexander. "Sejam bem-vindos!" Ele move-se para que este possa entrar dentro do escritório, cumprimentando assim o rapaz de cabelo azul.
"Alexander. É um prazer ter-te na equipa. Tenho a certeza que irás aprender muito."
Alexander assente, entrando na divisão. A secretária de Sebástian estava uma confusão, como se ele estivesse à procura de algo. Nestes últimos meses ele nunca vira o homem como alguém desorganizado. Pelo contrário, Sebástian sempre se mostrara como alguém muito responsável e cuidadoso. Talvez o tivessem apanhado em má altura.
"Viemos em má altura?" Alex ouve o seu pai a perguntar, enquanto Sebástian fecha a porta.
"Não, de forma alguma." Ele faz o caminho para trás da sua secretária, apanhando os papéis em cima da mesma de forma aleatória. "Por favor, sentem-se." Ele indica e ambos fazem conforme lhes fora dito.
Após 'arrumar' os papéis senta-se à frente de pai e filho.
"Então, como foi a viagem até aqui?" Ele começa, com a habitual conversa que existe antes de se falar de negócios.
O seu pai responde ao homem, mas ele não se preocupa muito. Já está extremamente aborrecido e mal pode esperar que esta conversa termine e ele possa começar a desfrutar do seu quarto.
Quando, finalmente, pai e filho saem do escritório do seu superior, Anastasia passa por eles. Está agora de bom humor. Sabe onde Dominic dorme. Pensava que teria de se esforçar mais para adquirir essa informação. A chave do seu quarto passa no leitor da fechadura e ela adentra o mesmo. Fora das primeiras a embarcar e, por isso, tem tudo já pronto para os próximos dias. Retirara os quadros da parede e perdera algum tempo a colar as várias folhas e fotos na mesma. No centro está a cara de Dominic, o núcleo dos problemas. Num pos-it escreve o número do seu quarto, colocando-o abaixo da fotografia. Deixa um olhar rápido nas restantes fotos. Dominic não iria ao fundo tão facilmente como ela deseja. Teria de chegar a ele aos poucos, passo a passo. Estaria Electra interessada em raparigas? Pega em mais um post-it, escrevendo 'sexualidade?' no mesmo e colocando-o debaixo da foto da loira. É hora de vingança, Dominic Vaughn.
* · . . • ★
ALESSANDRA OLHA COM ATENÇÃO PARA AS PESSOAS QUE AINDA ENTRAM PARA O BARCO, OBSERVANDO-AS. Todas elas parecem felizes, exibindo um sorriso alegre enquanto entregam o seu bilhete ao segurança. Não é que ela não esteja feliz, ela está, - mesmo ainda não acreditando que foi aceite neste cruzeiro para trabalhar - mas memórias da sua infância ainda a assombram. Memórias que envolvem as mãos do seu pai sobre o seu corpo, mãos que a magoaram. Um longo suspiro abandona os lábios da loira, enquanto sente o vento a atirar todos os seus cabelos para trás das suas costas. Ela tem que pensar noutra coisa. Com isso, afasta as suas mãos do corrimão, caminhando em direção dos bastidores.
Eunbyeol caminha apressadamente entre os outros passageiros, enquanto tenta, em vão, carregar as suas malas pesadas sem ir contra ninguém, algo que parece impossível. A rapariga atira o seu bilhete para o segurança, já ofegante, enquanto olha ao seu redor. Ainda não acredita que irá trabalhar ali.
"Pode avançar." O homem mais alto diz, após entregar-lhe o bilhete, ao qual ela responde com um largo sorriso, voltando para a sua caminhada.
Poucos minutos após a sua entrada e após ir contra diversas pessoas, Eunbyeol encontra-se, finalmente, no seu quarto, na segunda classe. Pagara uma quantia extra, mas este luxo, que não existe na terceira classe, valia apena. A loira atira-se para cima da cama espaçosa, deixando todas as almofadas que decoram a cama caírem sobre a carpete, enquanto um gritinho de felicidade escapa por entre os seus lábios.
"Andromeda prepara-te, que Eunbyeol Dae chegou!" Ela exclama, divertida, mas logo o sorriso que deixara crescer desaparece.
Os seus olhos pousam sobre o relógio na parede do quarto. Está atrasada.
"Merda!" O palavrão escapa-lhe por entre os lábios, enquanto se levanta da cama, bruscamente, saindo do quarto.
Alessandra ergue uma das suas sobrancelhas, enquando observa a rapariga loira, com o cabelo que, ao contrário do seu, está todo despenteado, a adentrar os bastidores.
"Hm, acho que me atrasei." Eunbyeol diz, ao olhar ao seu redor, parando sobre a esbelta mulher à sua frente, sentindo as suas bochechas a queimarem.
Alessandra deixa uma alta gargalhada abandonar os seus lábios, enquanto uma lágrima de alegria escorre sobre o seu rosto. Acha a rapariga mais nova adorável.
"Alessandra Becker, e tu?" A mulher mais velha pergunto, elevando o seu corpo do sofá vermelho, aproximando-se da mais nova, esticando a sua mão na sua direção.
"Eunbyeol Dae, mas podes me tratar por Star."
3803 PALAVRAS
sem revisão
¸.•*¨ Sabemos que demorou e quem nem é o
capítulo todo, mas esperamos que tenha valido a pena!
¸.•*¨ Se a vossa personagem não está aqui,
estará na parte 2 que sairá na próxima terça!
Pedimos desculpa pela demora, mas tem
sido difícil kkk
¸.•*¨ Como já devem ter percebido alguns personagens
apareceram pouco. Poderão aparecer novamente na
parte 2, ou não. Tudo depende da vossa interação
no prólogo. Quanto mais interagirem, mais as vosssas
personagens aparecem. Não levem a mal, mas é a
forma que temos de reconhecer quem nos incentiva.
¸.•*¨ Esperemos mesmo que esteja do vosso agrado!
¸.•*¨ Assim que a faculdade terminar, tudo indica
que as atualizações serão mais frequentes!
¸.•*¨ Críticas, construtivas, são sempre bem
vindas, então não hesitem! E qualquer dúvida
que tenham, podem chamar-me qualquer uma
no pv.
É isso, beijos para vocês meus lindos!
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