01.

CAPÍTULO UM:
Sangue do meu Sangue

Talvez não pare de doer agora, mas, amanhã, sim amanhã, pois você ainda tem um futuro, apesar de achar que nesse exato instante, não. E lembre-se: sentir medo é tão humano quanto sentir amor.❞





















Rhaenyra paralisou naquele instante, seu corpo havia entrado em uma espécie de paralisia, mas foi momentânea, ela forçou seus olhos e se tocou em diversas partes do corpo para ter certeza de que o que via era real e não uma mera ilusão da sua mente confusa.



Quando Lucerys, Lucerys....



Seu Lucerys.



Seu Lucerys estava ali, na sua frente, abraçando-a e chorando feito um bebê.



Ela sentiu as lágrimas descerem mais uma vez, acolheu o menino tão fortemente nos braços que escutou ele choramingar pelo seu braço ferido. Mas o próprio Lucerys não parecia se importar com a dor.



Não quando via sua mãe ali.



Rhaenyra na sua frente.



Sua mãe estava ali, na sua frente.



Bem, linda e viva.



Viva.



Ela estava viva e ele chorou de alívio por aquilo.



Se desfizeram do abraço desengonçado, o príncipe sabia que todos olhavam para eles, provavelmente muito assustados para contestarem algo. O de fios castanhos colocou as mãos no rosto encharcado da mãe e admirou.



— Mãe... mamãe... – Fungou. — Céus, é bom estar nos seus braços de novo.



— Luke...



Ela murmurou com o rosto cada vez ficando mais molhado pelas lágrimas de alegria e tensão.



— C-como? Como?



A mesma segurou em suas bochechas com delicadeza, não queria ao menos passar suas unhas na pele do filho para não arriscar de machucá-lo em hipótese alguma.



O Velaryon, mesmo com receio, levou seu olhar para o lado e contentamente teve a visão de Daemon. Ele não parecia ter alguma reação, estava... chocado?



É, talvez.



Até porque não é todo dia que seu filho de consideração morre e aparece vivo novamente.



Mas o padrasto não precisou falar nada para Lucerys estender o braço, chamando-o indiretamente para abraçá-los também.



Assim, o Príncipe desonesto jogou a sua adaga no chão e abraçou os dois, seus ombros que estavam tensos pareceram cair no momento em que agarrou Lucerys nos braços, não querendo deixá-lo ir.



Não querendo deixá-lo sozinho novamente.


A Rainha Alicent rapidamente pediu para que os demais saíssem do grande salão e ficassem apenas os membros da família. Restando apenas ela, seus filhos, e os apoiadores de Rhaenyra.



Sem guardas.



— Eu amo vocês, mas preciso respirar.



Disse baixinho com dificuldade por estar sendo esmagado pelo corpo de Daemon.



— Não vamos deixar você ir novamente, garoto.



Ele tentou parecer descontraído mas Lucerys sabia que o padrasto estava com a voz quebrada, Rhaenyra se afastou devagar. Não sabendo o que falar ou o que fazer.



Mas ainda tinha aquilo martelando na sua cabeça.



Eles ainda iriam pagar.



— Príncipe Lucerys.



Alicent chamou a atenção dos três, mas não recebeu olhares nada calorosos de nenhum deles.



Principalmente de Lucerys.



Que ainda estava com as memórias frescas, memórias daquela mulher.



Guardando para si, ele apenas deu um passo à frente.



Parou para observar melhor.



Helaena, sua doce tia Helaena. Ele lembrava de quando ela teve um de seus filhos mortos em decorrência do que tinha acontecido consigo, ele não achava certo mas não culpava Daemon, ele entendia todas as circunstâncias e não poderia deixar de estar mais sentido por ter sido vingado.



Mas ele gosta de Helaena.



Ele sabe que ela é uma mulher boa demais para esse mundo cheio de homens que são sempre tão... homens.



Aegon parecia olhar para qualquer lugar menos para o sobrinho, ele suava, não sabia se era pelas roupas quentes ridiculamente verdes ou pela situação.



Talvez fosse os dois.



Lucerys nunca esqueceria, nunca.



Nunca esqueceria do seu tio jogando sua mãe como oferenda para seu dragão. De como Sunfyre fora desmerecida por Aegon, de como ela sofreu nas mãos de seu montador que era orgulhoso demais.



Mas saber do destino de Aegon no final o deixava um pouco mais aliviado, saber que ele morreu sendo traído, morreu sem ter uma morte digna o deixava melhor.



Mas ele nunca teria a memória de sua mãe morrendo deletada de sua cabeça.



Nossa mente é a pior das prisões, a pior das torturas, pois nos pegamos imaginando mil e uma possibilidades na quais não somos aptos a realizar. Mas mesmo assim, imaginamos como seria.



Até que seus olhos pararam nele.



Aemond.



Por que tudo tinha que parecer diferente com ele? Por que Lucerys não podia se sentir indiferente com ele também?



Que diferença entre ele e Aegon tinham afinal?



Ele sentia, sentia os olhos pesados pela culpa, mesmo tendo aquele ar de superioridade estampado no rosto, ele sabia que os olhos gritavam por uma redenção.



Porque as pessoas são assim.



Quando se sentem ameaçadas, elas não se importam de fato com seus sentimentos. Elas querem seu perdão apenas para se sentirem mais puras, merecedoras ou gloriosas.

Isso é uma merda.



A mão de sua mãe gentilmente parou nos ombros do filho.



— Vamos nos preparar, Luke. Estaremos indo embora daqui.



— Como assim já vão? Vocês acabaram de chegar.



A ruiva se aproximou, Rhaenyra se pôs na frente do filho e Daemon já segurou na bainha de DarkSister olhando principalmente para seus outros sobrinhos.



— Não sei se lembra, Alicent, mas as circunstâncias na qual nos trouxeram aqui, não foram das melhores.



— Alicent, querida, Rhaenyra quer recuperar seu tempo com o filho dela, deixe-a.



— Mas você pode se irritar, Rhaenyra, o bebê...



— Deixe-a.



O homem mais velho segurou com um pouco de força nos ombros da filha. Rhaenyra suspirou cansada daquele drama, segurou na bainha de seu vestido e desceu dos degraus.



— Vamos, querido.



— Não.



A mais velha se virou, e rapidamente, todos os pares de olhos do salão se viraram para ele.



— Vamos ficar, mãe.



— Luke...



— Mãe. – Ficou de frente a mulher. — O vovô morreu, temos a cerimônia dele, sem contar que futuramente você será a Rainha. Você precisa estar por perto para poder estar apta a prosseguir sua coração sem turbulências.



Ele virou-se para Otto e Alicent.



— Não estou certo, Senhor Hightower? Minha mãe deve estar por perto de seu reino e povo para consolá-los diante a morte de nosso Rei.

— Bom, de fato... Príncipe, mas vocês não precisam se incomodar. O enterro de um Rei há muitas burocracias a serem seguidas. Vocês devem voltar.

Forçou um sorriso e Lucerys segurou sua vontade de revirar os olhos.

— Acho que é um pouco inadequado. Está falando que o enterro de um Rei é cheio de burocracias e esquece que esse Rei era meu avô, pai da minha mãe, e principalmente... era o seu Rei. A família deve estar aqui no momento da sepultura de todos os desejos que meu avô Viserys deixou escrito antes de morrer sobre como gostaria que fosse o progresso da sua vida pós a morte.

A mão do rei estreitou os olhos.

Como Lucerys sabia dos deveres que devem ser feitos após um rei morrer?

Ele era jovem demais pra entender.

— Eu sou um príncipe, Senhor Hightower. Eu tenho de saber o que acontece por dentro da corte.

Daemon sorriu de ladino para o garoto, Lucerys segurou nas mãos de sua mãe e olhou ao redor antes de continuar a falar.

— E eu quero que todos nós jantemos hoje, juntos.

— Claro, meu bem. Podemos sair um pouco e...

— Não, não mãe... todos, eu quero todos. – Direcionou seu olhar para a Rainha e logo depois seus tios. — Quero que seja no salão real, para comemorar minha volta e o homem que meu avô foi. A senhora sabe mais do que ninguém que o ele mais queria era ser lembrado de maneira boa e não triste. Não se preocupe, eu quero isso.

A Targaryen torceu os lábios mas não conseguia negar.

Não com aqueles olhos tão puros a olhando de maneira adorável.

Apesar de sentir uma mudança na áurea de Lucerys.

Não para algo ruim, e sim algo que remetia confiança.

— Tudo bem.

— Mas é bom deixar todos informados que se tentarem algo com Lucerys, creio eu que terão o mesmo destino de Vaemond.

— Poderia apenas olhar no meu rosto e falar isso.

Lucerys se enrijeceu no seu lugar, Aemond havia falado algo depois de todo aquele tempo. Suas palavras eram frias e ele sentia um arrepio na espinha.

Tinha medo.

Apesar de tudo, ele ainda sentia muito medo.

Daemon sorriu.

Subiu alguns degraus e parou na frente do sobrinho.

— Tente algo contra Lucerys de novo e eu terei sua cabeça na minha prateleira. Ou melhor, farei questão de empendurá-la em uma das sete pontas daquela estrela ridícula que sua mãe tanto adora.

— Tente.

— Eu adoraria.

— Parem.

Lucerys tentou e suspirou por mais que tenha sido em vão.

— Mais uma palavra contra meu filho e eu juro que quem terá a cabeça fora aqui é você, Daemon Targaryen.

Alicent se pôs na frente de Aemond que por fim, se calou.

— Lembre-se de apenas uma coisa, Alicent. Quem tentou matar um príncipe foi seu filho, então, quem sabe ele seja decapitado de qualquer forma afinal?

— Foi um acidente.

Ele ousou dizer, Daemon virou seu olhar para ele mais uma vez, Lucerys respirou fundo buscando alguma paz impossível de se obter.

Rhaenyra ficou furiosa.

Alicent não disse nada, apenas o olhou com ódio pelo sorriso zombeteiro em seu rosto.

— Nos vemos no jantar, sobrinho.

Essa foi a última coisa dita por algum deles antes de todos saírem do grande salão do trono de ferro. Lucerys deu uma última olhada antes de fazer o mesmo.

Com a saída dos demais, Alicent conseguia soltar os murmúrios que estavam entalados na sua garganta, se aproximou de Aemond e tocou em seu rosto.

— Não vou deixar que nada aconteça com você.

Ele não disse nada, apenas balançou a cabeça para a mulher e tocou em seu braço levemente.

— É, mãe. Você clamou tanto pelos Sete ontem que eu acho que eles a atenderam. – Aegon disse rindo apesar da sua consciência pesar. — Boa sorte, seus planos vão falhar, pelo visto.

O mais velho disse especificamente para o avô, se retirou sem se preocupar com Helaena, mas não é como se ela ligasse para o marido. A mesma suspirou aliviada e não evitou o sorriso.

Lucerys estava vivo.

E isso importava.

— Com sua licença, mãe.

A Rainha assentiu e Helaena saiu, pretendendo bordar mais um pouco e ficar com seus filhos.

— Não. Nosso planos não acabaram. Rhaenyra não vai aguentar os deveres da coroa e vai fugir, como sempre.

O Hightower caminhou e sentou no trono de ferro.

Seu orgulho e blasfêmia com aqueles que criaram o lugar onde ele senta eram inabaláveis.

Era tão desrespeitoso, até mesmo para Aemond.

— Mas... de fato, estaremos mais ameaçados com a volta de Lucerys. Principalmente seu filho, Alicent.

A mulher de fios laranjados crispou os lábios ressecados e massageou as têmporas.

— Eu sei, eu sei.

Aemond sentiu seu âmago quente, a palma das mãos coçavam, ele queria gritar.

Ele gostaria de estar compartilhando a angústia que sua mãe, seu pai e seu irmão sentiam ao ver o Velaryon vivo, mas ele sentia um estranho alívio.

Mesmo que não transparecesse.

Mesmo que não devesse.

A culpa nos corrói até virarmos uma carcaça de ossos, ela entra no nosso corpo, nossa mente e faz com que vivemos em lamentos pelo resto de nossa existência.


— ⤬ —



Rhaenyra acariciava os dedos macios do filho com cuidado, de vez em quando passando a mão na protuberância formada no seu vestido. Lucerys suspirou melancólico, reprimindo a vontade de chorar quando lembrou da mãe no parto falho da pequena Visenya, sua irmã, ela estava ali.

Ela ainda estava ali.

Ela podia nascer viva.

Isso deu Lucerys uma força interior, que ele jamais irá se desfazer.

— Você não sabe o tamanho de minha felicidade, Lucerys. Ter você aqui, na minha frente respirando mantém meu coração seguro.

Sua progenitora ainda chorava, o garoto se esquivou da cama e limpou as lágrimas que não paravam de descer.

— Não se esforce muito, mãe. Pelo bem do bebê.

Ela sorriu em concordância.

Mas rapidamente sua expressão foi substituída por uma mais precisa.

— Luke, eu não irei deixar que nada disso tenha sido em vão. Eles vão pagar, vão pagar por terem feito isso por você, eu não vou deixar. – Ela o viu desviar o olhar, mas segurou em seu queixo com carinho fazendo com que Lucerys olhasse para si. — Não vou deixar.

Ele suspirou, concordou com a cabeça mas segurou mais forte nos dedos da futura Rainha.

— Eu estou cansado, mãe.

— Oh, tudo bem, vou sair e deixar você descansando. Mas pelo menos um meistre deve ficar o observando.

— Não... eu estou cansado. Cansado disso tudo, eu não suporto essa dor, eu não consigo. Preciso fazer algo e eu preciso que você me deixe fazer.

— O que quer dizer com isso, querido?

— Eu aprecio sua sede de vingança por mim, minha mãe, mas não posso deixar que isso destrua você. Eu sei que o que você mais quer é que eles sintam a mesma dor que você sentiu, eu sei... – Também acariciou o rosto da mais velha, que sentiu seu coração aquecer. — Mas não posso deixar que a raiva transforme você em cinzas.

Ele negou com a cabeça infinitas vezes.

— Não vou perder você para isso. Esqueça de mim, foque nos seus deveres como futura Rainha dos Sete Reinos, no seu dever como herdeira do trono de ferro.

— Como eu poderia esquecer do que fizeram com você, Lucerys? Não deve me pedir algo assim, eu não posso me conformar.

O de fios castanhos sabia que seria difícil, mas desistir antes de tentar não estava no seu dilema.

— Por um instante. Por favor mãe, você mais do que ninguém sabe que eles vão fazer de tudo para tirar o que é seu de direito. Eles são baixos, não tem escrúpulos e irão dar seu maior esforço para colocar um homem na sua frente. Não deixe que isso aconteça, vamos fixar nossa estadia em Porto Real por um momento, você deve conquistar aliados, deve ter pessoas que acreditam em você, que seguirão você até seu último suspiro. Não pessoas que esperam ouro ou prata em troca, pessoas que sangrariam por você. Assim como eu, Jace, Joffrey, Daemon e toda nossa família. E se me permitisse, majestade, eu conquistaria até os mais tenebrosos exércitos por você. Porque você é a minha mãe, você é meu sangue, e além de tudo, você é minha rainha. A rainha na qual eu acredito. A rainha na qual todos nós acreditamos.

— Oh, Luke... – Rhaenyra o abraçou. — Meu Luke... você já é um homem. – Ela soluçava diante os braços de seu filho, Lucerys acariciou os fios platinados da mãe e ela disse baixo, como se fosse um segredo que apenas eles pudessem saber. — Você será uma ótima mão para Jacaerys daqui uns anos.

Lucerys sorriu com a menção do irmão.

— Obrigada por acreditar em mim. O maior apoio que eu poderia ter em toda a minha vida, com certeza é o seu apoio e o de seus irmãos.

— Me deixe sempre com você, mãe. Eu quero conquistar para você.

— Então assim seja, meu doce menino.

Lucerys assentiu de leve.

— Jacaerys ainda está no Norte, não é?

— Sim... mas temo que ele voltará voando assim que receber o corvo sobre a notícia. – Ela fungou uma última vez antes de levantar. — Irei chamar um meistre para olhar você e trocar seus curativos.

O castanhado sorriu agradecido, sua mãe parecia relutante de sair ao seu lado, então ele apenas acariciou os dedos da progenitora que ainda estavam enrascados nos seus.

— Vá. Eu estou bem.

Rhaenyra concordou mesmo relutante. Deixou um beijo na sua testa e se desfez dos aposentos.

Por fim, Lucerys soltou um longo suspiro sentindo um alívio, não tanto porque Porto Real era um local que deixava-o com a garganta presa, deixava-o sufocado.

Mas ele aceitaria qualquer sacrifício se fosse para proteger sua mãe.

Se fosse para estar ao lado da sua mãe.

Sua cabeça doía muito e ele estava ansioso, queria saber quando poderia encontrar Vizcays novamente. Ele fechou os olhos por um breve momento, desejando que aquela paz momentânea fosse eterna.

Desejando que aquele silêncio durasse para sempre.

A sensação de estar em casa ainda era distante.

Ele tinha sua mãe, tinha Daemon e logo veria seus irmãos.

Mas não tinha Arrax. Não sentia mais a ligação de seu dragão.

Seu peito doeu e ele reprimiu a lágrima solitária.

— Tudo vai ficar bem.

Suspirou para si. Talvez fosse tentar dormir se não fosse pela porta aberta, revelando a imagem graciosa de Helaena adentrando o quarto, usava um vestido azul com bordados dourados, algumas jóias e seu cabelo perfeitamente feito.

— Tia...

Balbuciou um pouco confuso, mas não necessariamente infeliz. Se ajustou melhor na cama mas recebeu um aceno de negação da mais velha.

— Não se incomode, me desculpe por atrapalhar você. Deve ter passado por muita coisa e que descansar.

Lucerys acenou sorrindo de lado, observou-a sentar perto da cama um pouco relutante.

Ela queria falar mas não sabia por onde começar.

— Pode falar, eu estou bem com isso.

Ela suspirou como se tivesse esperando a confirmação do sobrinho.

— Eu estou feliz que está vivo.

Lucerys não sabia muito o que falar, ele nunca foi próximo de seus tios. E sabia que Helaena também estava se sentindo relutante.

— Eu sei que você está. Pelo menos você.

A mesma apenas sorriu.

— Eu sei que não somos próximos decorrente a nossas situações, mas nunca quis seu mal.

— Eu sei que não.

Foi genuíno.

Helaena agradeceu silenciosamente apenas com o olhar.

— Espero que durante sua estadia aqui, as coisas possam melhorar.

Ele sabia no que ela estava se referindo.

— Eu também espero, tia Helaena. Você não sabe o quanto...

Sem mais o que falarem um para o outro, Helaena levantou e deixou um pequeno bordado na cama alheia, era um cavalo marinho em tecelagem azul.

— Para você.

Lucerys o pegou e passou os dedos delicadamente pela imagem. Seus olhos brilharam.

— É lindo...

— Sim, igual você.

Ambos sorriram um para o outro.

Palavras não eram necessárias, eles apenas se entreolharam com carinho antes da mais velha fazer um gesto e em fim, sair do quarto.

Lucerys continuou admirando aquele pequeno agrado.

Deixou-o ao lado de sua cama com cuidado, fincou seu olhar na grande janela do quarto um pouco aliviado.

Finalmente as lembranças haviam sumido, as lembranças daqueles acontecimentos.

Silenciosamente ele concordou para si mesmo que iria fazer um enterro para seu dragão na praia.

Arrax merecia.

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