𝕠𝕟𝕖 › fio vermelho


. ✦ . ʟᴀɴᴀ ᴘᴏᴠ's . ✦ .


  Em algum lugar do universo, em meio à sete bilhões de pessoas exite alguém cem por cento compatível comigo. Mas, no entanto eu não tenho tempo para procurá-la.

   Aos dez anos de idade descobri que tinha diabetes. Isso me afetou de uma maneira muito grande que desenvolvi depressão, no entanto a música me ajudou muito a superar isso. Quando eu tinha quinze anos comecei a compor e cantar algumas músicas, eu as postava em uma rede social mas eu sempre era flopada. Hoje em dia eu ainda canto e componho músicas, no entanto não é mais como antes...
Nos finais de semana me apresento no bar onde eu trabalho, ele é bem frequentado e sempre que faço meus shows o mesmo fica bem lotado.

Sábado - 18:00 PM

    Eu estava no metrô a caminho do meu trabalho. No meu fone tocava uma das músicas da Taylor Swift quando me deparo com um piano a frente. Me aproximo, sento no banco do piano e toco algumas notas, no entanto isso me trouxera algumas lembranças ruins.... Quando tinha apenas sete anos fazia aulas de piano, aos dez anos tive minha primeira apresentação na academia mas fui interrompida por uma crise e acabei parando no hospital. Depois disso eu nunca mais toquei.

   Começo a tocar a primeira música que eu tinha aprendido no piano. Era uma das composições do pianista Frédéric Chopin. Algumas pessoas pararam para me olhar tocar, eu sentia a música e flutuava no universo enquanto a tocava, mas infelizmente fui interrompida por um cara que bateu com sua bicicleta no piano.

     Me levanto rapidamente o encarando. Vejo de longe um segurança correndo até nós falando que ele não poderia andar de bicicleta alí.

Lana: Você não olha por onde anda não!?

— Me desculpa, mas é que eu fiquei hipnotizado.

Lana: Hipnotizado?

— Sim, quando você estava tocando. Eu gosto muito de Ed Sheeran!

Lana: É Chopin. — Cruzo os braços o encarando. O segurança cansado se senta no banco do piano.

— Isso, chopin! Eu confundi pois não sou muito fã de música clássica.

— V-você sabe né cara? — Diz o segurança ofegante.

— Sei o quê? — Disse o platinado.

Lana: Que não pode andar de bicicleta aqui seu idiota!

— Ah, desculpa! — Ele coça a nuca. — Mas é que eu estou muito atrasado, eu tenho que voltar pra casa e depois vou sair com uns amigos... Dá um discontinho aí senhor segurança!

— Cara... Ah, quer saber? Vai logo, vai! — O rapaz sorri. Enquanto ele saia dali o mesmo olhou algumas vezes para trás e eu apenas fingi que não o vi.

. ✦ . ɢᴏᴊᴏ ᴘᴏᴠ's . ✦ .

   Hoje o dia no hospital fora muito corrido, no entanto não conseguia tirar a garota do piano da minha mente. Quando eu a vi passei a acreditar no amor à primeira vista.

   No momento eu estava em um bar com meus amigos, estávamos comemorando meu primeiro dia como médico.

Geto: Tá pensando no que aí cara?

Gojo: Em uma garota que conheci mais cedo.

Geto: Qual é o nome da garota?

Gojo: ... Não sei.

Sukuna: Como assim você não sabe o nome da garota que ficou pensando o dia inteiro?

Gojo: É porquê eu trombei com ela hoje cedo no metrô. Ela tava tocando aí eu sem querer bati com a bicicleta no piano que ela estava.

Nanami: Você não olha por onde anda não cara?

Gojo: Ela me disse a mesma coisa!

   Uma música começa a tocar por todo o local do bar, ouço uma doce voz vindo do palco atrás de mim.

    Assim que olho para onde vinha a voz vejo a garota de mais cedo, e, mais uma vez eu estava hipnotizado por ela e sua melodia.

Sukuna: Cara aquela mina alí que está cantando é gata pra porra!

Geto: Vai tentar chegar nela depois?

Sukuna: Óbvio! — Os dois riram.

Megumi: Só não sejam inconvenientes com a moça por favor, ela é minha amiga.

Gojo: Você a conhece Megumi?

Megumi: Sim, por quê?

Gojo: Ela é a garota de mais cedo!

Geto: Você deu sorte então. Sukuna acho que você vai ter que deixar para a próxima. — Sukuna sorri e dá um gole em sua bebida.

Megumi: Mas e aí, está interessado nela gojo?

Gojo: Sim, e muito.

Sukuna: Se você for só pegar ela e depois cair fora, acho melhor deixar para mim, Gojo.

Nanami: Eu também acho isso. Seria um desperdício você brincar com os sentimentos de uma mulher tão bela. O mesmo vale para você Sukuna.

Gojo: Ela não vai ser só mais uma ok? Eu sinto que com ela é diferente.

Itadori: Você disse isso nas ultimas.... Três vezes, talvez? — Reviro os olhos.

Gojo: Faz mais de seis meses que não me interesso por ninguém cara, dá um tempo.

Megumi: Se você quiser mesmo algo com a Lana acho melhor você não pisar na bola, ela já sofreu demais.

   "Lana"... Então é assim que ela se chama.

   Algum tempo se passou e ela já tinha saído do palco. Eu a procurei com o olhar mas falhei mizeravelmente.

— Boa noite garotos, vão querer algo para beber?

Megumi: Lana! Que bom ver você! — Megumi a cumprimenta com um abraço. — Esses caras aqui são meus amigos. Esse é o Sukuna, Itadori, Geto, Nanami e o Gojo.

Lana: Ah, você...

Gojo: É um prazer rever você, jamais pensaria que tínhamos um amigo em cumum.

Lana: É, eu também não.

Sukuna: E aí gatinha, você não quer se juntar a nós? — Sukuna acaricia a mão de Lana, ela tenta se afastar porém ele a segura pela cintura e a puxa para si, acariciando suas nádegas logo em seguida.

Lana: Quem você pensa que é pra me tocar desse jeito!? — Ela o empurra.

Sukuna: Quem você pensa que é pra falar assim comigo!? Você é apenas uma garçonetezinha que canta, você sabe quem eu sou garota?

Lana: Um grande filho da puta babaca que fica assediando garotas por aí! — Sukuna iria continuar com a discussão mas é interrompido por Megumi.

Megumi: Sukuna já chega. Lana me desculpe por ele.

Lana: Não desculpo Megumi, sinto muito. E se me dão licença a garçonetezinha aqui vai ir atender outros clientes.

Megumi: Porra Sukuna, você é foda ein cara. — Sinto que Megumi poderia ir para cima dele a qualquer momento, e comigo não estava tão diferente.

Gojo: Eu vou ir falar com ela.

Geto: Acho melhor você nem perder seu tempo com ela. Tem um monte de mulher bonita aqui, tenho certeza de que você consegue pegar qualquer uma delas. — O ignoro e vou até Lana. Ela estava escorada no balcão do barman conversando com o mesmo.

Gojo: Desculpa atrapalhar a conversa de vocês, mas será que eu poderia falar com você?

Lana: Hum? — A mesma se vira para mim. — Ah, você de novo. O que você quer? Quer agarrar minha bunda igual amigo fez?

Gojo: Não, eu queria me desculpar pelo Sukuna. Ele é um cara egocêntrico e é acostumado a ter tudo o que quer na hora que quer.

Lana: Tá, mas isso não justifica o jeito que ele me tocou! Isso é desrespeitoso.

Gojo: Eu sei, me sinto muito envergonhado por ele.

Lana: Terminou de falar?

Gojo: É... Sim.

Lana: Bem, então se me dá licença a "garçonetezinha" aqui tem que voltar ao seu serviço. — Ela passa por mim me ignorando completamente.

— Seus amigos são uns tremendos de uns babacas. — Diz o barman.

Gojo: Nem me fale.

— Você conhece a Lana?

Gojo: É, mais o menos isso.

— Entendi... Vai querer algo pra beber?

Gojo: Me vê algo sem álcool por favor. Amanhã eu tenho plantão cedo e não quero ficar de ressaca.

— Você é médico então? — Ele diz enquanto preparava o drink

Gojo: Sim...

. ✦ . ʟᴀɴᴀ ᴘᴏᴠ's . ✦ .

Eu estava no meu carro aplicando minha insulina. Tinha pedido para a Maki me cobrir enquanto eu me medicava.

Lana: Minha insulina já está acabando de novo... Mas que droga. — Guardo a seringa em um potinho para a descartar corretamente depois. Pego um band-aid pequeno o colocando no meu braço. [...]

  No dia seguinte, fui até uma farmácia para tentar pegar mais medicamentos.

— Olha, me desculpe, mas eu não posso liberar o medicamento para você hoje, ele só será liberado na terça-feira. — Diz a atendente.

Lana: Como assim só na terça?

— Você já pegou uma leva de medicamentos essa semana, só está liberado para você pegar a última leva na terça. E outra, seu plano de saúde não foi renovado.

Lana: Eu só tenho mais uma dose da insulina rápida, ficar muito tempo sem medicação é perigoso para mim!

— Bom, ou você renova seu plano de saúde ou compra os medicamentos.

Lana: E quanto está custando?

— Em torno de quinhentos dólares cada uma.

Lana: Eu não tenho esse dinheiro agora!

— Você pode passar no cartão de crédito também.

Lana: Eu não tenho cartão. Mas, muito obrigada farmácia nota dez! Vou tentar sobreviver até terça-feira. — A atendente do caixa exibe um triste face antes de eu sair dali.

   Volto para meu carro e penso em alguma solução para conseguir dinheiro. Enquanto eu caminhava pelo centro da cidade vejo alguns soldados do exército andando pelo local.

Soldados... Exército... Megumi!

Isso, é a solução perfeita! Se eu me casar com um soldado poderei ter um plano de saúde e uma melhor condição financeira. E outra, não precisaria ser casamento de verdade, estaríamos casados mas ao mesmo tempo poderíamos sair e transar com outras pessoas. [...]

Megumi: Não sei se isso vai funcionar...

Lana: Megumi por favor! A gente se casa, depois de um ano nos divorciamos e voltariamos com nossas vidas!

  A porta da cozinha é aberta e Gojo entra pela mesma. Não acredito que esse cara está aqui.

Gojo: Desculpa mas não consegui evitar de ouvir. Isso que vocês vão fazer é loucura, se forem pegos já era. E outra, vocês estariam roubando o governo.

Lana: Eu roubaria com orgulho o seu governo, assim como eles roubaram os direitos da minha mãe quando ela chegou no seu país e trabalhou por dez anos pagando impostos para eles. E o que eles fizeram? A humilharam e negaram seus direitos.

Gojo: Ah, então sua mãe era refugiada?

Lana: E o que você acha?

Megumi: Gente não vamos brigar por favor! Olha Lana isso ajudaria muito, tanto a você quanto a mim, no entanto minha namorada estranharia se eu aparecesse com uma esposa.

Lana: Ah... Você voltou com a sua namorada do fundamental?

Megumi: Sim. Eu e ela nos reencontramos em uma festa, rolou e voltamos.

Lana: Entendi... Então eu vou embora. Obrigada por me ouvir Megumi.

Megumi: Tudo bem. E desculpa não ter nada de dinheiro guardado, eu realmente estou sem grana esse mês.

Lana: Não se preocupa com isso, eu vou dar algum jeito. — Um pouco triste me retirei da residência dos Fushiguros.

   Não tinha mais esperanças, expectativa ou luz alguma para que eu pudesse sair desse abismo em que eu me encontrava...

. ✦ . ᴀᴜᴛᴏʀᴀ ᴘᴏᴠ's . ✦ .
ㅤㅤ

   Os dois rapazes observavam a garota sair da casa e ir até seu carro antes de ir embora. Gojo sentia que deveria a ajudá-la, no entanto ele não sabia como.

Gojo: Ela não tem a ajuda dos pais?

Megumi: Não, a mãe dela é auxiliar de enfermagem e ganha muito pouco, e pelo que parece seu pai era um cara muito ruim e abandonou sua mãe ainda grávida.

Gojo: Isso é complicado. Será que não tem um jeito de eu ajudá-la?

Megumi: Eu realmente não sei... Mas faça o que seu coração mandar Satoru! — Ele sorri pequeno e toca o ombro do amigo.

  E era exatamente isso que Gojo iria fazer.

  Um pouco mais tarde, mas ainda naquele dia, Gojo pediu o número da garota para Megumi. Ele marcou de se encontrar em uma cafeteria com ela.

Lana: E aí, o que você quer? — Diz a de cabelos negros após se sentar na frente o rapaz.

Gojo: Bem... Eu quero te ajudar.

Lana: Me ajudar? — Ela arqueia as sombrancelhas.

Gojo: Sim. Poderíamos nos casar e você receberia um plano de saúde. Eu sou médico, os mesmos benefícios que você iria receber caso se casasse com o Megumi vai receber comigo. No entanto, a quantia de dinheiro é um pouco mais alta.

Lana: Humm... continua.

Gojo: Você teria que ir me ver no hospital constantemente para não suspeitarem, e depois de alguns meses nós podemos nos divorciar. Você vai continuar sendo beneficiada durante dois anos. Acho que isso é o suficiente para você se estabilizar financeiramente.

Lana: E por quê você quer se casar comigo?

Gojo: Eu quero te ajudar, só isso.

Lana: Não sei não, essa história tá muito estranha pra mim. — A mais nova cruza os braços. — Se eu aceitar sua proposta nós vamos nos casar, não quero que tenhamos segredos.

Gojo: Tá... Eu estou com umas dívidas muito altas. O cara quer que eu pague ele até o final desse mês no entanto meu salário não vai cobrir a dívida. — Satoru inventa a primeira desculpa que vem em sua mente. Ele não estava com dívida nem nada, ele só queria mesmo era ajudá-la.

Lana: Então, se nos casarmos antes disso e receber os benefícios você vai conseguir pagar essa dívida?

Gojo: Sim. O dinheiro que vamos receber é bem alto e dá pra dividir em dois, eu vou conseguir pagar a dívida e você pode ficar com a outra parte, não se preocupe. Mas lembre-se de que você não pode contar isso a ninguém!

Lana: Hum... Eu aceito sua proposta então! — Ela estende o dedo mindinho na direção do platinado. Ele não entende e ela diz para ele ajutar seu mindinho ao dela.

Gojo: Que infantil, não vou fazer isso.

Lana: Isso não é infantil, essa vai ser nossa promessa de que não vamos contar isso a ninguém!

Gojo: Promessa com o dedo mindinho?

Lana: Sim, ué! — A garota deixa escapar um pequeno sorriso. Convencido Gojo leva seu mindinho ao dela.

    Mas...

   O que eles não sabiam, era de que a alma deles aviam acabado de se reencontrar novamente, e agora que o fio vermelho fora ligado nada poderá separá-los.














.-ˏˋ 🪩 ˊˎ-.











Notas da autora:

Revisado!

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