𝟬𝟱. A TORRE DE SEUL
APÓS VOLTAREM PARA O GEUMGA PLAZA e deixarem a espada de são jorge no apartamento de Junho, os advogados e os mafiosos foram até a Jipuragi para trabalhar. Eles estavam focados em desenvolver ideias e planos mirabolantes que pudessem, além de atrasar os julgamentos, destruir a Babel aos poucos.
Enquanto os demais estavam sentados em uma pequena rodinha no escritório, Hong Chayoung estava em pé na frente de um quadro branco, movendo um acessório utilizado apresentações ─ esse, com um coelho na cabeça, e apontando para o slide que refletia no quadro. Apesar da ideia inicial ter sido de montar uma apresentação simples e minimalista, Nam Juseong resolveu colocar o mais colorido possível. Juntamente com várias setas, símbolos, sons e "adereços" que pudessem enfeitar o máximo o slide. O deixando pouco discreto.
No título do slide estava "Como destruir a Babel Química".
Matteo Cassano até esfregou os olhos para acostuma-los com tanta claridade, mas achou graça de tudo aquilo. Apesar ter nascido na coreia, ele se mudou para Itália com os país quando tinha 2 anos, antes de ser abandonado. Então não sabia tão bem da cultura coreana.
─ Certo, irei começar! ─ Ela disse, vendo que todos estavam em silêncio. Quando passou o slide, ele fez um pequeno efeito sonoro. ─ Ao todo temos quarenta e três vítimas, mas nove delas estão mortas. Todas tiveram doenças consanguíneas e morreram de Leucemia.
─ Como elas morreram tão rápido de Leucemia? Isso não demora um tempo pra acontecer? ─ Junho perguntou. Por mais que Leucemia pudesse ser uma doença grave, era estranho 9 pessoas, de um mesmo local, morrerem tão rapidamente e quase ao mesmo tempo.
─ Mas o relatório deu que a morte deles foi por causa de outra coisa, não? ─ Boo indagou. ─ Mesmo que eles tivessem Leucemia.
─ É, segundo o relatório a morte foi causada pelo uso de BLSD. ─ Vincenzo completou, olhando para os demais. ─ O que é isso?
O senhor Nam passou o slide, mostrando uma página explicando apenas o que era isso. O slide fez barulho quando passou, assustando Chayoung e a fazendo soltando um pequeno grito exagerado. Yeoboo, Junho e Matteo soltando uma risada, juntos.
─ Que isso, em! Porque fez um slide tão brega? ─ A Hong mais velha brigou, apontando para Juseong e depois, para os mais jovens. ─ E vocês, parem de rir!
─ Sinto muito... achei que ficaria legal. ─ Ele baixou a cabeça, arrependido. ─ É que eu gosto de coisas coloridas.
Chayoung bufou, desistindo.
─ Esse BLSD é uma droga por acaso? ─ Matteo perguntou, também curioso. Ele cruzou as pernas, e depois os braços, prestando atenção. ─ Drogas não são tecnicamente proibidas na Coreia?
─ É um produto químico utilizado para revolucionar os painéis de exibição. ─ Chayoung continuou, respondendo ao garoto. ─ E sim, são, mas regras nem sempre são seguidas.
─ A fabricação do BLSD foi proibida nos Estados Unidos porque ele é muito tóxico. Assim como o RDU-90. ─ Yeoboo completou, suspirando. Achava um absurdo como eles sempre se aproveitavam da falta de fiscalização naquela empresa. ─ Por isso que eles são tão ruins. Sabem que é tóxico e mesmo assim usam.
─ Exato. ─ A Hong concordou com a filha. ─ E esse aqui é o advogado que defende as vítimas!
Mais uma vez, quando passou o slide ele fez um sozinho, no entanto, o que assustou Chayoung dessa vez e a fez resmungar, foi o print horrível tirando pelo Nam. Ele pediu desculpas mais uma vez, dizendo que não sabia muito bem tirar prints.
Dessa vez, até mesmo Vincenzo achou graça da situação.
─ Eles dois são sempre assim? ─ Perguntou para si, achando que ninguém havia escutado. Porém, a Hong mais jovem estava ao lado dele e conseguiu perceber o sorriso ladino do mafioso.
─ São sim. ─ Boo respondeu, soltando outra risada. ─ E eles são tão bons que até te tiraram uma risada!
No mesmo instante, fingindo que não havia feito nada, Vincenzo Cassano juntou os lábios em uma linha reta e ficou sério mais uma vez. Yeoboo não pode deixar de sorrir de volta, achando fofo. Como ela já imaginava, seu novo amigo "Vince" não era tão sério assim.
─ Ok, esse é So Hyeon-u, também conhecido como "So nojento"! ─ Chayoung debochou dele, fazendo menção a "vomitar" só de falar o nome dele. ─ É um advogado sujo.
─ Então a gente precisa acabar com ele. ─ Junho respondeu de imediato.
Todos os outros viraram instantaneamente o rosto para o advogado junior, que se sentiu pressionado com tantas pessoas lhe encarando. O "acabar com ele" foi o que chamou mais atenção, vindo da boca de Yang Junho, que não matava nem uma mosca.
─ O que eu quis dizer foi...
─ Ele tá certo! Esse advogado é um cazzo, ele tem que "pagar. ─ O pagamento que Matto conhecia era outro, mas estava longe de poder falar naquela sala. ─ Não é assim que vocês advogados falam?
─ A gente precisa agir rápido. Ele tá tentando fazer a cabeça das vítimas para entrarem em um acordo. ─ Boo levantou-se, pegando um papel que estava encima de uma pasta e mostrando a eles. ─ A audiência é em cinco dias.
─ Como você conseguiu o acordo? ─ Junho perguntou.
─ Um dos estagiários da Wusang é meu colega da faculdade, então pedi a ele em troca de algo. ─ Achando-se uma detetive, ela sorriu, orgulhosa de si mesma. O rapaz estava estagiando próximo de So Hyeonu, então foi uma chance e tanto.
─ Em troca de que? ─ Matteo, Junho e Vincenzo perguntaram, uníssonos.
Chayoung, Yeoboo e Juseong se entre olharam, achando uma reação esquisita. Os três, ao perceberem o que haviam feito, viraram a cabeça cada um para um lado, disfarçando.
─ Voltando... acordos não são proibidos por lei. ─ Vincenzo falou, mudando rapidamente de assunto.
─ Não, mas e se ele já tiver um acordo com a Wusang... tentando persuadir a família das vítimas? ─ Chayoung, achando que jogou uma bomba na mesa, cruzou os braços. Se achando.
─ E as provas? ─ Indagou Vincenzo.
─ São do meu informante, então eu não posso falar. ─ Ela riu, com o ego lá em cima por também ter um informante.
─ Vocês duas tem informantes e não contam quem é. ─ O Cassano olhou para as próprias mãos, e depois para Chayoung. Falando calmamente as próximas palavras, sem nem pensar muito. ─ Deve ser mentira.
─ Às vezes você me menospreza, sabia? ─ A advogada soltou um riso debochado. Ambos era egocêntricos, então era como olhar seu próprio defeito. ─ Que mau educação em!
─ Ok, ok, não precisamos brigar! ─ Yeoboo rapidamente se pôs na discussão, para apaziguar. ─ Nós precisamos de um plano para ir até ele e também até o diretor Gil Jong-moon, do hospital Haemum.
─ Ele foi o último a assumir o hospital que o pai do Jang Hanseo fundou. ─ Juno já havia visto esse homem diversas vezes quando morava com o pai.─ Ele também é o chefe do departamento de hemato-oncologia.
─ Exato! ─ Chayoung apontou para os dois. ─ E é por isso que ele consegue forjar facilmente o diagnóstico e anular os processos do seguro.
─ Isso tudo pra não pagar a família das vítimas que eles mesmos destruíram? ─ Matteo, indignado, deu um pequeno soco na mesa. ─ Ele é una busta di piscio.
─ E o jornal?
─ Diretor Chun II-su, do jornal Daechang. ─ Cada vez que Chayoung falava, eles percebiam que não teriam a ajuda de ninguém importante nesse meio. Não por livre e espontânea vontade. ─ Ele trabalha com os anunciantes pra puxar o saco da Babel. Tudo em troca de dinheiro.
─ E a promotoria de Namdongbong é o pai do Yang que trabalha... Que ótimo. ─ Tudo que Vincenzo perguntava, parecia ter uma única resposta. O Cassano sorrio levemente. ─ Deveríamos representar as vítimas.
─ Mesmo que façamos isso, eles tem mais coisas para usar do que nós. ─ Chayoung sentou-se em uma das cadeiras de rosinha e deixou as pernas. ─ Seríamos destruídos! E não tem como fazer ele desistir das famílias das vítimas.
─ Pensamos nisso depois.
Vincenzo levantou-se da mesa de madeira em que estava sentado e colocou as mãos nos bolsos.
─ Nós vamos até ele.
Vincenzo, Chayoung e Yeoboo foram até o escritório do advogado So Hyeon-u para tentar fazê-lo desistir das vítimas e a advogada Hong assumir o caso. No entanto, não foi fácil e o advogado trambiqueiro resolveu não desistir. Mesmo sendo ameaçado pelos três, de que ele pagaria pelo que estava fazendo, o homem, ainda que com um pouco de medo, não levou a sério. Ele mandou os três irem embora e disse que não desistiria. Mas... eles já imaginavam que o homem não aceitaria, era óbvio, e foram apenas para avaliar o local e tentar achar alguma pista que possa ajudá-los a destruir o advogado.
E bom, Vincenzo achou algo diferente perto de um dos quadros pendurados na parede, e logo que tivesse a oportunidade, investigaria.
Nesse mesmo dia, os três foram visitar as famílias das vítimas, assim como Junho, que se juntou a eles. Apesar da péssima atuação de Hong Chayoung no começo, tentando os convencer de mudar de ideia e não assinar os papéis, as famílias estavam decididas em fazer o acordo com o advogado corrupto. No entando, após uma breve discussão com eles e escutar o nome do seu pai sair da boca deles como se fosse um lixo, Chayoung mudou suas palavras e foi sincera. Assim como Yeoboo, que nunca deixaria que falassem mal do seu avô, sabendo que ele era um advogado íntegro.
Então, entre as palavras das Hong's, o apoio de Junho com um pequeno discussão positivo e a fala sempre eloquente e de autovalorização de Vincenzo, os advogados viram um pequeno risco de esperança.
As famílias, aparentemente, haviam parado um pouco para pensar, e era esse pequeno tempo que eles tinham para bolar um plano.
Quando Chayoung e Vincenzo saíram para resolver algo e Yeoboo e Junho ficaram com a outra parte do plano, os jovens, após um longo dia de trabalho, resolveram dá um pequeno passeio juntos. Escolhendo a Namsan Seoul Tower, popularmente conhecida como Torre de Seul, para passar o resto de suas poucas horas tranquilas.
O clima estava bom, nem muito frio, nem muito quente, apesar da altitude ─ mas ventava relativamente, por causa da altura. Criada no ano de 1969 como ponto turístico, a torre está no topo de uma montanha. Contando com um enorme terraço no topo da torre, um pequeno observatório, alguns restaurantes ou cafeterias nos andares de baixo, um museu dos ursos no piso subterrâneo e a famosa grade dos cadeados no terraço. Onde os casais e amores juntaram seu amor eterno e compartilham grandes momentos juntos.
A noite estava estrelada e com pouquíssimas nuvens. Naquele momento havia pouquíssimas pessoas, apenas mais dois casais e uma criança.
─ Aqui continua bonito. ─ Junho comentou, caminhando entre o terraço. Suas mãos estavam confortavelmente nos bolsos do fino paletó azul marinho. Os botões estavam abertos, mostrando o colete. A gravata mais frouxa e despojada. ─ E calmo.
─ Devíamos vir aqui mais vezes. ─ Yeoboo respondeu, olhando ao redor. Seu terninho também estava mais despojado. E como de costume, acompanho de um de seus tênis mais estilosos... Já que essa Hong não era muito fã de salto. ─ É um dos nossos lugares especiais!
O Yang concordou balançando a cabeça.
─ Devíamos mesmo, é lugar muito importante pra mim.
Contando com a torre, eles tinham o acampamento onde se conheceram, a sala abandonada 303 do seu antigo colégio e o Lotte World, no qual vão até hoje. Todos muito especiais. Mas de todos, o terraço da torre de Seul sempre foi o mais frequentado. Tanto que o segurança da torre, que está há anos trabalhando neste mesmo local, os conhece muito bem.
─ Juno, achei! ─ Boo gritou, batendo palmas.
Ela correu até a grade onde haviam deixado o cadeado deles, no ensino médio, e agachou-se para segura-lo. Tinham muitos outros ao redor, mais novos, que ficavam grudados em outros cadeados para poder caber no local. Junho também se aproximou e agachou, ficando na mesma altura que ela e o cadeado. O que eles colocaram tinham a cor azul claro, em formato formato de coração. Tinha uma pequena mensagem atrás, o ano e a assinatura dos dois.
─ "Ligados pelo coração e pelo amor entre amigos. Você é um amigo de verdade, e eu te amo. Hong Yeoboo e Yang Junho, 2016." ─ Ela leu, sorrindo quase a cada palavra que saia de sua boca. A tinta da caneta ainda estava muito boa. ─ Acho que ninguém imaginaria que amigos colocariam um cadeado aqui.
Na época eles acharam um absurdo não ter algo assim para amigos, então resolveram colocar o deles mesmo assim. Para ser uma recordação, já que amor é amor, seja ele entre um casal, entre família ou entre amigos.
Junho esticou sua mão direita para tocar o cadeado, e pousou seu polegar quase em cima do de Yeoboo. Suas mãos se tocaram naquele momento, porém nenhum deles se afastou. Um arrepio tomou conta de todo braço da Hong, que sentiu chegar até seus cabelos ruivos. O novo estagiário da Jipuragi soltou um pequeno suspiro entre os lábios sorridentes e ignorou seu coração, que batia tão forte que nem se fosse possível, ele conseguiria controlar. Estava disposto a avançar mais uma casa, não desistir.
─ No fundo, eles também eram amigos, não? Ou deveriam ser. ─ Junho questionou. Para ele, um casal também deveria se considerar melhor amigo um do outro. Ter uma amizade verdadeira dentro de um amor verdadeiro. ─ Então não estamos totalmente errados.
Em uma mensagem implícita, isso não significava que eles nunca seriam um casal. Quer dizer que poderiam ser amigos, e quem sabe, algo mais.
Sem tirar seu polegar de cima do dela, ele virou a cabeça levemente para a esquerda e encarou firmemente os olhos castanhos escuros de Hong Yeoboo. O pequeno sorriso gentil ainda não havia sumido, junto com a expressão carinhosa e os grandes olhos marcantes de Junho. Sendo ainda mais ousado, o suficiente para passar da linha de "apenas" amizade, usou se polegar direito para fazer um carinho no dela. Yeoboo não conseguiu fugir de olhar de volta para ele, e também virou seu rosto. Extasiada por todo contato íntimo.
─ O que você quer dizer com isso? ─ Ela perguntou, torcendo para que a resposta fosse o que ela tanto queria. Poderia ser implícito, mas era uma esperança. ─ Bem, se eles eram amigos e viraram um casal... Que colocaram seus cadeados aqui... Quer dizer que...
─ Yeoboo. ─ A chamou com a voz baixa e um pouco rouca. ─ Sei que esse caso é muito importante para você, mas... não consigo deixar de me preocupar. ─ Junho emendou com outro assunto. Não tão distante de onde ele queria chegar. ─ Por isso vou fazer de tudo pra te proteger. Não quero que você se machuque.
─ Também não quero que você se machuque. ─ E agora que o pai dele sabia que Junho estava junto com a Jipuragi, contra a Wusang, a promotoria e todos que estivessem defendendo a Babel, tentaria descontar no filho. O considerando mais uma vez como um inútil, assim como a mãe do Yang. ─ Seu pai é perigoso.
─ Não ligo pra ele, você é a pessoa mais importante pra mim. ─ Disse Junho instantaneamente. Sabendo que não se arrependeria do que acontecesse, contanto que ela ficasse bem.
De repente, o corpo de Yeoboo chocou-se contra o de Junho, quando ele a puxou para um abraço. As mãos do rapaz entrelaçaram ao redor do corpo da ruiva, e ele apoiou sua cabeça próximo a curva do pescoço da Hong. O pequeno sorriso animado de Junho surgiu entre a preocupação, deixando o clima muito menos pesado do que poderia se tornar. Olhando pelas costas de Junho, o olhar de Yeoboo pairou ao redor do cadeado azul do ano de 2016. Sendo muito mais do que uma boa recordação, mas sim a chance compartilhada de um futuro.
─ Além do mais eu tenho você pra me defender. ─ Ele soltou uma gargalhada, aconchegando-se ainda mais naquele abraço. ─ Já se esqueceu que somos imbatíveis? Eu te protejo e você me protege.
Por mais triste que pudesse parecer o destino de Yang Junho, com uma família repleta de corruptos e um pai assassino, que acabou com a vida de sua querida mãe, Go Namkyu, ele tinha Yeoboo. Tinha Chayoung, o senhor Nam e teve o senhor Hong Yuchan. Pessoas que tornaram-se sua família e que o acolheram... o fazendo se sentir menos solitário de "o garoto rico filho do promotor" ou algo como "o futuro advogado brilhantes da Wusang". Não tinha pressão ou falso amor. Era tudo verdadeiro.
E Hong Yeoboo também se sentia, porque sabia que havia encontrado seu melhor amigo. Se um dia ficariam juntos ou não, ela não tinha ideia, mas Junho nunca deixaria de ser sua alma gêmea. Sua dupla imbatível, a pessoa com quem contar, ou seu primeiro amor. Perde-lo seria a mesma coisa que perder parte de sua alma. Parte de algo impossível de esquecer.
─ Junho. ─ Ela o chamou.
─ Sim? ─ Indagou.
─ Eu nunca vou perder você. ─ Ela não poderia prometer nada ou dizer com todas as letras que nada aconteceria, mas estava disposta a tentar mante-los seguros. ─ Você é muito importante pra mim.
Quando finalmente separaram-se do abraço, eles olharam novamente um para o outro. Não estavam constrangidos. Pareciam até acostumados com essa intimidade... felizes por poderem demonstrar tamanha gratidão um pelo outro. Mesmo que ambos ainda não soubessem de seus sentimentos mais profundos, ou que ignorassem aquele dezesseis de Junho, de 2016, na sala 303, qualquer ato mais sentimental ou íntimo, era um fio de esperança.
Se eles saíssem dessa, estariam prontos para a próxima jornada.
─ Juntos? ─ Yang Junho estendeu sua mão direita, pondo na altura dos olhos deles. Esperando que ela apertasse e firmasse o acordo já implícito na conversa.
─ Juntos. ─ Boo respondeu, segurando sua mão de volta. Como se fosse a última vez que, confiantemente antes do massacre, que eles fariam isso.
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