Vislumbre
Conheço-te desde todas as figuras borradas,
Conheço-te de uma quarta-feira de um Maio qualquer.
Conheço-te em cada degrau de meu templo
Através dos restos de húmus na escada.
Conheço-te sobre tudo e qualquer poesia
Mais que todos os sussurros de seus amores ao vento,
Conheço-te banhado de mar, luar;
Muito mais até que teu reflexo no espelho.
Conheço-te banhado de um chaveiro,
De um quarto nunca realmente meu por inteiro.
Conheço-te de tempos chuvosos,
Em momentos que já não éramos nós mesmos.
Conheço-te de todos os gestos, afetos;
Conheço-te ainda melhor nos momentos de erro.
Conheço-te como um caroço encravado no peito, do lado esquerdo,
Conheço-te no tédio e em toda a finitude do êxtase;
Nas noites acordadas
e nos sonhos um dia sonhados..
Conheço-te.
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