Quando eu tinha 10 anos, um homen chamado Andreas de Eraklyon me encontrou sozinha na floresta. Coberta de terra e sangue seco. Confusão e terror estampados no meu rosto.

Quando eu o vi me encolhi atrás de uma arvore, com medo que ele fosse alguém que iria me machucar. Ele não o fez. Se aproximou de mim lentamente, sem movimentos bruscos para não me assustar ainda mais. Chegando perto o suficiente começou a falar comigo. Sua voz era rouca mas suave. Sua postura era rigida, mas seus olhos azuis tinham uma tranquilidade que me fizeram relaxar. Com cuidado ele me pegou em seu colo e me levou até sua casa. O caminho inteiro ele me observou. Tentando entender.

Chegando na sua cabana no meio da floresta, me perguntou se eu conseguiria me lavar sozinha. Concordo sem dizer nada a ele. Depois de terminar vesti uma camisa sua e me encolhi em seu sofá. Tentou me perguntar meu nome. De onde eu vim ou se eu tinha familha. Por algum motivo, eu não sabia. Não conseguia me lembrar. Então mantive meu silêncio. Desviando meus olhos dos seus.

Cinco dias se passaram. Ainda sem dizer uma única palavra. Ele me dava comida e suas roupas, já que ele não tinha nada feminino do meu tamanho. Sempre paciente e cuidadoso comigo.

Tinha um bebê com ele, uma garotinha. Me disse que seu nome era Beatrix. Vendo seu jeito gentil com ela, aos poucos me fez abaixar minha guarda.

No sexto dia, ele me levou a um grande palácio. Lá ele me apresentou a uma mulher com cabelos pretos presos em um coque impecável. Nem sequer um fio fora do lugar. Seus olhos claros como gelo me analisaram minuciosamente me deixando desconfortável. Ele pediu pra olhar em minha mente. Para encontrar respostas. A adivertiu para ser cuidadosa comigo. Pois não queria que eu ficasse com medo deles.

Ela foi. No começo. Com o passar dos minutos começou a ficar frustrada. Impaciente. Pois não conseguia encontrar nada. Então ela chamou outras pessoas para tentar. Fadas da mente. Fortes e cabazes de entrar na cabeça de qualquer pessoa.

Insistiram que Andreas saísse da sala. Ele recusou até que a rainha ordenasse que guardas o tirassem a força. Outros soldados me seguraram quando tentei correr até ele.

Eu me lembro até hoje da dor que me fizeram sentir. Da invasão na minha mente. O choque em cada fibra do meu cérebro. Me lembro dos meus gritos ecoando por cada parede daquele castelo. Mas não me lembro de como me soltei. Só voltei a mim quando as portas foram escancaradas com força. Andreas me viu segurando uma espada. Eu a apertava tanta força que os nós dos meus dedos ficaram brancos. Todos os soldados caídos no chão, as fadas e a rainha de boca aberta pelo espanto. Tentaram usar sua magia para me parar. Não fez efeito em mim.

Impressionada com meu talento com a espada e com minha resistência a magia, a rainha ordenou a Andreas que me treinasse. Infelizmente, eles não foram os únicos a se interessar por mim.

Na noite em que voltamos pra cabana eu tive meu primeiro pesadelo. Andreas me acordou desesperado. E me abraçou quando comecei a chorar. Naquela noite quando ele me consolou, foi a primeira vez que eu senti que ele se importava comigo. Foi naquele momento em que ele me deu o nome Verena. Junto com a promessa de que cuidaria de mim. Que nunca deixaria nada de ruim acontecer comigo. Sempre que eu tinha outros pesadelos dormia comigo, ou apenas me fazia companhia quando eu perdia o sono.

Ele criou a min e a Beatrix como irmãs. Como nosso pai.

Todos os dias ele me treinava, e depois de dois anos comecei a treinar no castelo junto com os soldados. A cada dia me tornando mais forte e mais rápida. Ninguém conseguia me derrotar. Aos quartoze anos me tornei a melhor.

Quanto a meus poderes, depois de me lembrar que eu os tinha, praticava em segredo. Cruzando novos limites, descobrindo ser capaz de coisas sensacionais.

Nunca contando a ninguém. Mantendo segrego absoluto.
Até conhecer meus amigos.

Os conheci durante um treino, Nicolai era filho de uma das fadas da mente que tentou acessar minhas memórias, os outros eram filhos de fadas e especialistas que faziam parte da Guarda de Solária. Treinados desde pequenos. Nos tornamos amigos rapidamente.

Treinavamos juntos, sempre nos entendendo e sendo capazes de nos comunicar sem palavras. Apenas no olhar. Eramos inseparáveis. Implacáveis.

Eramos chamados de sombras. Quando algo deveria ser feito no silêncio, ou quando era preciso um massacre, era nosso trabalho. Caçar. Torturar. Matar. Era nisso que eramos bons em fazer. Mas é claro, certos detalhes escondidos.

Aos dezesseis anos recebi a missão de ir ao primeiro mundo. Gardenia era o nome do lugar. Lá eu deveria vigiar uma garota chamada Bloom. Ela despertou algo dentro de mim. Algo grande. Perigoso.

Nesse dia aconteceu a primeira explosão. E meus amigos viram. Diferente de Andreas eu sentia que poderia contar a eles, não houve julgamento da parte deles. Apenas compreensão e apoio.

Os anos passaram, e em uma noite qualquer que saímos para nos divertir, conheci o homen que mudaria minha vida para sempre.

Saul Silva. O homen que eu vou amar até a última batida do meu coração.

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Voltei!!!!!!!!
E com mais uma capa linda e maravilhosa feita pela mackiavelick

E tenho novidades...... me mudei temporariamente para o Brasil, então sem mais fuso horário kkkkkk

Vocês viram o taser mostrando a Flora????? Falta pouco para a segunda temporada aaaaaaaahhh. E com isso eu e a mackiavelick já vamos nos preparando pra voltar com Mind Soldier e Medusa

Esse capítulo foi apenas uma pequena introdução. E não decidi nenhuma data pro próximo. Mas prometo que não vai demorar. ♡

Estava com saudades de postar♡

Espero que tenham gostado ♡

Até o próximo capítulo.♡
Não se esqueçam de votar e comentar ♡.