Tudo por amor.
Duan andava de um lado para o outro no saguão do aeroporto, totalmente aflita. A morena esperava que Cole e Lili surgissem de uma saída qualquer, sorridentes e de mãos dadas como nos filmes. Mas quando viu Cole vindo em sua direção sozinho, com os olhos vermelhos e rosto molhado por lágrimas, percebeu que não estavam em um filme baseado em um livro de romance qualquer.
- O que aconteceu? Ela não te desculpou? Ela te bateu e foi embora? - Duan perguntou em voz alta, enquanto caminhava em passos largos na direção de Cole na intenção de diminuir o espaço entre ela e o rapaz a sua frente.
- Ela se foi. - Cole chorava de soluçar. - Eu não cheguei a tempo! - Ele abraçou Duan e afundou o rosto no ombro da garota, chorando desesperadamente.
- Cole, calma. Nós vamos dar um jeito. - Duan suspirou pesadamente e afagou as costas de Cole.
- Assim que eu cheguei perto o suficiente pra entrar naquela merda que dá no avião, o avião decolou. - Cole explicou em meio a soluços. - Eu preferia que tivesse conseguido falar com ela, e ela tivesse me mandado pro inferno.
- Eu também preferia que ela tivesse dado uns tapas na sua cara, mas ficado com a gente, Cole. - Duan suspirou e soltou-se do garoto. - Mas precisamos ir pra casa, não faz sentido ficarmos como dois idiotas no meio do aeroporto. - Pegou o pulso de Cole e praticamente o arrastou para fora do aeroporto e até o carro.
- Eu não sei o que eu faço da minha vida agora. - Cole debruçou-se no carro ainda chorando.
- O que você vai fazer eu não sei, mas o que você não vai fazer é dirigir nesse estado. Me dá as chaves do carro. - Esticou a mão na direção do garoto. Cole sem nem ao menos questionar ou relutar, tirou as chaves do bolso de sua calça de moletom e as depositou na mão de Duan, que logo as usou para abrir o carro.
A viagem até a casa de Duan foi feita em um silêncio mortal, as únicas coisas que se ouviam dentro daquele carro eram os soluços de Cole e sua respiração cansada.
Duan resolveu por levar o amigo para sua casa, pois sabia que na casa dele ele não teria nenhum sossego. Conhecia bem KJ, Charles e companhia para saber que questionariam Cole sobre o motivo de Lili ter ido embora até que o garoto ficasse louco de uma vez.
- Por que a gente está na sua casa? - Cole olhou pela janela do carro e depois para Duan enquanto secava seu rosto com o dorso da mão.
- Pra você descansar. - Duan destravou as portas do carro. - Você precisa respirar um pouco, dormir e comer decentemente. Pra amanhã, quando você for ligar para Lili, estar bem, ou pelo menos, melhorando. - Informou calmamente e saiu do carro.
- Ela não vai me atender, eu a conheço muito bem. - Acompanhou Duan, saindo do carro.
- Bom, se ela não atender você, pode ser que a mãe dela atenda, ou talvez ela me atenda. Quem sabe? - Entrou em casa com Cole a tira colo.
- O que aconteceu? - Creig perguntou confuso, levando em conta a cara de enterro de Cole.
- Longa história encurtada, Cole precisa passar um tempo "sozinho" - fez sinal de aspas com as mãos - então ele vai ficar uns dias com a gente, no quarto de hospedes. - Creig assentiu sorrindo de bom grado.
- A casa é sua, irmão. - Fez um sinal de joinha e Cole agradeceu assentindo. - O quarto de hospedes que está livre é o primeiro quarto a esquerda, o da direita é da xerox da Duan. - Cole assentiu rindo.
- Minha irmã tem nome, Creig. - Revirou os olhos. - Cole, você pode subir, tomar um banho, descansar, fazer o que bem entender, ok? Logo logo o Creig leva uma muda de roupas limpas pra você.
- Valeu Duan, sério. Vocês dois estão me quebrando um puta galho. - Cole sorriu sem graça. - Eu ficaria louco se tivesse que voltar pra casa agora. - Encolheu os ombros e recebeu sorrisos de compaixão como resposta.
Cole subiu as escadas e foi para o quarto de hospedes que o tinham mandado. Abriu a porta do local com cuidado, para caso tivesse errado o quarto, mas quando viu que era o quarto certo, adentrou o local e deitou de bruços na cama, com o rosto enfiado no travesseiro.
Cole tentou falar com Lili por todas as redes sociais que a garota tinha, já que era a única maneira, pois ele estava sem chip no celular, porém não obteve resposta.
Os dias foram se passando e Cole parecia apenas piorar. Duan, Creig e o resto dos amigos tentavam o animar, porém, ele não fazia questão alguma de ser animado.
Lili sumiu das vistas de todos eles, inclusive de seus melhores amigos. KJ, Duan e Camila não faziam ideia de onde ela estava. Até então, acreditavam que ela estava no Brasil, porém, todas as vezes em que ligaram para casa dela, sua mãe dizia que a garota não estava, que não tinha voltado para casa, e só Deus sabe se aquilo era verdade.
Duan conseguiu falar com Lili no dia seguinte que a garota havia ido embora, mas a ligação não durou mais que um minuto, já que Lili ouviu a voz de Cole, e deduziu que Duan estava ligando para ela por causa dele.
- Cole, uma semana! Faz uma semana que você está aqui, enfurnado na casa da Duan, jogado na cama, parecendo um morto. - Charles protestou andando de um lado para o outro no quarto de hospedes da casa de Duan, onde Cole se encontrava desde o dia em que Lili foi embora.
- Eu não tenho vontade de fazer nada, Charles. - Cole respondeu sem ânimo. - Eu não estou assim por causa dela só, e sim por mim, porque eu fui um idiota, e deixei que Sarah me enganasse.
- Eu te entendo. Mas você não pode se entregar dessa forma. - Charles largou os ombros. - Eu, no seu lugar, teria ido para o Brasil atrás dela.
- Ela não está lá, a mãe dela já deixou isso bem claro. Não adiantaria! - Resmungou mal humorado.
- De qualquer forma, Cole. Ela tem um contrato assinado para o filme, no dia primeiro de novembro ela precisa estar dentro do set de gravações. Vai demorar, mas ela vai aparecer. - Falou calmamente, tentando acalmar o amigo, em vão, obviamente.
Cole abriu a boca para responder, porém, foi cortado por uma Duan mal humorada abrindo a porta de supetão.
- A cara de pau da Sarah está lá em baixo. - Falou de má vontade. - Eu vou mandar ela subir e você por favor, a jogue da janela, se não eu mesma farei isso. - Forçou um sorriso fazendo Charles rir.
Cole estava com o maxilar travado e a cara fechada. Seus pulsos estavam cerrados e sua respiração já se desregulava. O motivo daquilo? Raiva.
- Bom, eu vou descer. - Charles bagunçou o cabelo do amigo na intenção de descontrair o clima pesado. - Pensa no que eu te disse, mais cedo ou mais tarde ela volta.
Charles e Duan saíram do quarto, deixando Cole sozinho, encarando a porta. A vontade de Cole era provavelmente enforcar Sarah, como Peeta fez com Katniss no livro, porém, ele se controlaria ao máximo para não chegar a tal ponto.
Sarah deu duas batidas na porta já aberta do quarto onde Cole estava. Ele a encarou e assentiu com a cabeça para que ela entrasse. O rapaz levantou-se vagarosamente e caminhou até a porta a fechando, e logo se encostou na mesma. Sarah forçava um olhar de pena e abraçava os braços. A garota ainda não sabia que Cole já havia descoberto tudo.
- Como você está? - Sarah questionou em uma voz doce e se aproximou de Cole, que logo se prontificou em cruzar os braços e encará-la de forma nada agradável.
- Como eu estou? - Cole questionou ironicamente. - Eu estou ótimo, não está vendo? - Mais irônia. - Eu achei que a garota que eu amo tinha minha traído, a destratei de maneira nojenta por raiva, achei que ela era uma filha da puta, pra no fim descobrir que a única filha da puta aqui é você. - Cole apontou o dedo na cara de Sarah que o olhava de olhos arregalados. - Você me dá nojo, Sarah. Se antes eu já não tinha nenhum sentimento amoroso por você, agora, menos ainda. A única coisa que eu sinto de você agora é pena e vontade de enfiar a mão na sua cara. - falou sem medir as palavras.
- Meu Deus, Cole! O que é isso, do que você está falando? - Falou se fazendo de desentendida e já começando a chorar, Cole nunca havia falado com ela daquela forma.
- Sarah, a sua farsa acabou! - Cole gritou com o rosto extremamente próximo da garota. - Chega de se fingir de santa, de vítima! Acabou! Eu não acredito em mais nada do que você diz. Eu ouvi tudo o que você contou pra Bree e pra Maggie!
- O que? Como? - perguntou abismada e deu dois passos para trás.
- Não interessa! O que interessa é que eu não quero mais te ver. - Cole já estava vermelho de tanta raiva.
- Isso foi invenção da Bree, não é? - Sarah riu fraco, desacreditada. - Eu sabia que ela ia inventar mil coisas por vingança.
- Sarah, chega! Para de continuar mentindo, isso só faz com que eu sinta ainda mais nojo de você. - Cole segurou Sarah pelos braços e deu-lhe uma leve sacudida, olhando diretamente em seus olhos assustados. - A Trinity sem querer gravou sua conversa com suas amigas, não tem mais como você mentir, ou inventar coisas mirabolantes. - Sarah arregalou ainda mais os olhos e Cole a soltou, logo dando as costas para ela.
- Cole... - Sarah tocou as costas do garoto e engoliu o choro. - Me perdoa, por favor. Eu estava desesperada, eu não queria perder você pra Lili, eu agi sem pensar. Eu fiz tudo por amor.
- Eu nunca fui seu pra você me perder, Sarah. - Cole suspirou pesadamente e se afastou da garota, logo, se virando para ela. - Eu sei que fui errado em ficar com você sem te amar, ou sei lá o que que você queria de mim, mas nada justifica o que você fez. Você foi egoísta, mesquinha, você foi ruim, Sarah. - Agora Sarah não segurava mais o choro, a garota era apenas soluços e lágrimas constantes. - E você não me ama, Sarah. Nunca amou. Quando você ama alguém, coloca a felicidade da pessoa na frente da sua, e você, só queria saber do seu próprio umbigo. O que você tem com relação a mim é no máximo, uma doença. E é bom que você a trate, porque eu nunca mais quero ter contato com você. Não até você se arrepender verdadeiramente do que fez comigo, e principalmente, com a Lili.
- Mas, Cole, por favor... Eu-
- Eu não quero ouvir mais nada, Sarah, vai embora. - A interrompeu e abriu a porta do quarto, dando passagem para que Sarah saísse.
Sarah tentou se pronunciar mais uma vez, porém Cole pediu silêncio com seu dedo indicador e mais uma vez indicou a porta para garota.
Assim que Sarah saiu do quarto, Cole bateu a porta com toda força e se jogou na cama, nitidamente mais leve por ter colocado toda sua raiva para fora.
Coisa de um minuto depois que Sarah deixou a casa, Duan, Charles, Creig e Victoria entraram no quarto de Cole sem avisar e começaram a bater palmas para ele, e Cole os encarava em total confusão.
- Olha, eu nunca esperei tanto por um momento como esperei por ver você vendo que essa Sarah é uma doente! - Duan riu abertamente e parou de bater palmas.
- Estou orgulhoso de você! - Creig e Charles falaram em uníssono.
- Eu só estou batendo palma por que mandaram mesmo. - Victoria deu de ombros, fazendo todos rirem de sua sinceridade.
- Vocês são retardados. - Cole riu fraco.
- Olha, nós precisamos trazer a brasileirinha de volta, porque você tá com uma cara tão "bleh". - Victoria encarou Cole e tombou levemente a cabeça pro lado.
- Eu concordo. - Creig falou.
- Ah, ok. E o que vocês vão fazer? Revirar o Brasil do avesso? - Cole revirou os olhos. - Nem pra Duan e pra Camila que ela conta até a cor das calcinhas dela ela disse exatamente onde está. - Falou desanimado.
- Não quero desanimar ninguém, mas o Cole tem razão, nenhuma de nós consegue falar com ela. Ela não visualiza as mensagens, o celular chama chama e ninguém atende, está impossivel. - Duan choramingou.
- Olha, o que tiver que ser, será. Ok? Vocês se amam, isso e óbvio. Mas se for pra ficarem juntos, vocês vão ficar. - Victoria deu um sorriso singelo que foi retribuído por Cole.
- E como eu já disse, e vou repetir, a Lili tem um contrato assinado, Cole. Ela vai ter que voltar, pelo menos pra gravar o filme em novembro. - Charles voltou a bater na mesma tecla, tentando animar o amigo.
- Agora, vocês tratem de parar com esse drama todo, e vamos comigo ao shopping, já que vocês ainda não compraram a roupa de vocês pro meu casamento, e bom, nem eu. - Creig deu de ombros e quando ele ia sair do quarto, Duan o segurou pelo cabelo, fazendo com que os outros no quarto já começassem a rir.
- Você o que Creig? Como assim? Você tá louco? O Casamento é semana que vem! Seu irresponsável. - Duan deu um belo tapa na cabeça do noivo.
- Ai, ai! Desculpa. Eu tô indo resolver isso agora, amor. - Choramingou e Cole soltou uma gargalhada sonora, pela primeira vez, em muitos dias.
- Maninha, sem estresse, né? Olha o Logan! Não vai fazer essa criança nascer antes da hora. - Vic falou segurando os braços da irmã e a afastou de Creig, que logo saiu do quarto.
- Tá maluca, Victoria? Nós estamos no inicio de agosto, essa criança é só pra outubro, vira essa boca pra lá. - Arregalou os olhos e sacudiu a cabeça em negação.
- Bom, nós já vamos. - Charles informou e sorriu de canto, especialmente para Vic, que retribuiu. - Bora, Cole, vai assim mesmo, geral já está acostumado a te ver de pijama mesmo. - Puxou o amigo pelo braço, que o acompanhou sem relutar e pegou apenas sua carteira em cima da mesinha de cabeceira.
- Victoria, Victoria.... - Duan arqueou a sobrancelha em direção a irmã.
- O que foi? Eu não fiz nada. - Deu de ombros.
- Mas está prestes a fazer, eu te conheço.
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e aí, gente, ces acham que a lili vai aparecer logo?
acham que ela vai conseguir perdoar o cole de cara?
gente, como eu havia dito, agora que tsb tá no fim, comecei a postar outra adaptação de uma história minha! nessa vocês não vão passar raiva, prometokkkkkkkk pelo menos, não com o jughead/cole ok? vão lá ler!!
Sinopse:
Elizabeth sabia que o que estava fazendo era errado, mas, naquele momento, nada no mundo parecia tão certo. A consequência daquele momento de fuga, daqueles beijos quentes e carícias a tanto tempo esperadas, duraria para sempre, e faria com que a jovem aprendesse muito sobre todo mundo ao seu redor. Talvez, Brett não fosse o cara com quem se casaria. Talvez, Jughead não fosse seu melhor amigo. Tantos "talvez" em meio de uma única certeza, sua vida viraria de cabeça para baixo. Para sempre.
best friends to lovers.
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