Respeita a minha garota!

COLE SPROUSE:

- Bree, você me dá cinco minutos? Lembrei que preciso resolver uma coisa com o Charles. - Falei mordendo o lábio inferior. Eu precisava arrumar aquela cagada.

- Tudo bem, pode ir lá, eu espero. - Ela falou sorrindo e deitou-se na cama, voltando a mexer no celular.

Respirei fundo e passei a mão pelo cabelo, saindo do quarto quase correndo. Revirei a casa inteira atrás de Charles, mas parecia que estava todo mundo amontoado na sala brincando com Malibu, como um bando de crianças.

- Vocês viram o Melton? - Perguntei impaciente e Johnson apontou na direção da cozinha. - Valeu. - Bufei e caminhei até a cozinha, encontrando Charles agarrado a um prato enorme de comida. O encarei tentando pensar por onde começaria a pedir ajuda.

- Que foi? - Ele perguntou de boca cheia e arqueou a sobrancelha. - O que você fez?

- Ué? Como assim, o que eu fiz? - Arqueei a sobrancelha e arregalei os olhos.

- Eu conheço essa cara, cara de quem fez merda e não sabe como sair dela. - Falou e colocou mais um garfada de comida na boca.

- Tá, você está certo. - Puxei o banco próximo ao balcão e me sentei. - Eu não sei como, nem quando, nem porque, mas parece que eu estou namorando a Bree... E eu não sei como sair dessa.

- Você o que? - Charles falou depois de praticamente cuspir a comida em cima de mim.

- Ah, obrigado, Charles. - Me levantei irritado e comecei a limpar minha roupa. - E é isso mesmo que você ouviu, não vou repetir.

- Conversa com ela cara, é a sua única saída, joga limpo. - Falou limpando a boca.

- Mas eu não quero magoar a garota. - Enfiei as mãos no cabelo e girei o corpo encarando o teto.

- Você prefere perder quem você ama? De vez? - Charles questionou se levantando e colocou o prato vazio na pia.

- Não! Você tá maluco? Claro que não! - Choraminguei.

- Então, para de fazer merda, vai lá conversar com ela, e se resolve com a Lili. - Ditou.

- A primeira parte vai ser fácil, a segunda... Não gosto nem de pensar. - Falei saindo atrás de Charles que já havia saído da cozinha.

- Difícil, mas não impossível, porque é nítido que ela te ama... Agora eu vou dormir, boa noite e boa sorte. - Ele deu dois tapinhas no meu ombro e saiu.

- Vem cá? Vocês não vão embora não? - Falei de mal humorado pro pessoal que estava na sala e ao invés de me responder eles começaram a rir.

Revirei os olhos. Peguei Malibu do meio daquela confusão e subi as escadas em direção ao meu quarto. Entrei em meu quarto e Bree estava aparentemente se arrumando pra ir embora.

- Ah, que bom que você voltou, a Kylie ligou e eu vou precisar passar na casa dela. - Disse guardando algo na bolsa.

- A gente pode conversar antes? É rápido. - Coloquei Malibu no chão e ele começou a fuçar pelo quarto.

- É muito importante? Eu estou come pressa. - Ela falou se aproximando e acariciou meu rosto.

- É, realmente é... Mas vai ser rápido. - Respirei fundo e ela apenas assentiu, como se pedisse para que eu seguisse em frente e continuasse a falar. - Esse negocio de namoro... Bom, isso foi um puta engano. - Cocei minha cabeça e ela se afastou. - Não fica chateada comigo, eu não sei porque fiz isso, eu amo outra pessoa, e eu realmente estou disposto a consertar as merdas que fiz com ela... - Falei me sentindo mais leve.

- Idiota. - Bree falou e sentou a mão na minha cara.

Caralho, que mão pesada!

Levei a mão ao meu rosto pra conter a dor e ela pegou a bolsa saindo do quarto em disparada.

- Esse doeu em mim! - KJ falou colocando a cara na porta que estava aberta e riu. O lancei o dedo no meio e fechei a porta do quarto.

{•••}

Meu celular despertou avisando que eu já devia estar mais que atrasado para o almoço com o cast do novo filme. Me levantei da cama jogando as cobertas pra longe e acabei acordando Malibu que dormia ao meu lado, fiz carinho nele e o coloquei no chão, abrindo a porta do quarto em seguida, para que ele pudesse sair.

Escovei os dentes e tomei um banho rápido. Vesti uma calça jeans escura e uma blusa de manga cumprida cinza. Calcei meus coturnos, passei um pouco de perfume, desodorante e peguei minhas coisas, saindo do quarto e indo em direção a cozinha.

- Bom dia. - Charles e KJ falaram em uníssono assim que entrei na cozinha.

- Boa tarde, já passa de meio dia. - Ri e peguei uma maçã, me forçando a comer a mesma pra não sair de estômago vazio.

- Tá indo aonde? - KJ que estava apoiado no balcão, com o rosto apoiado na mão e os olhos que quase não se abriam, perguntou.

- Vou pro almoço de apresentação, ou sei lá como se chama aquilo, do filme. - Dei de ombros. - Bom, vou lá, bom dia pra vocês.

Por conta do trânsito irritante, cheguei faltando apenas cinco minutos pro horário marcado. Avistei alguns rostos conhecidos, pessoas que estavam quando eu fui convidado a fazer o teste, como Aghata e Robert, algumas pessoas que fizeram o teste no mesmo dia que eu e alguns rostos desconhecidos.

- Mas e com relação as pessoas que estudam e essas coisas, você sabe o que eles vão fazer? - Ouvi uma voz conhecida e me virei. Era Lili, conversando com uma menina loira, que tinha mais ou menos a altura dela.

Pera aí, o que ela está fazendo aqui?

- Lil? - Perguntei me aproximando e ela me olhou com a confusão nítida no rosto.

- O que você está fazendo aqui? - Falamos ao mesmo tempo e a menina que estava com ela nos olhou rindo e logo se retirou.

- Ué, eu vim trabalhar, ou melhor, conhecer com quem eu vou trabalhar. - Lili explicou.

- Espera aí, você está no elenco? - Perguntei sorrindo, sem conseguir conter a alegria.

- Sim, eu vou interpretar a Natalie.. - Falou me encarando e ao ouvir aquilo, aí mesmo que eu sorri.

Definitivamente o destino estava conspirando ao meu favor, e talvez eu conseguisse consertar as merdas que eu havia feito.

- Bem, eu vou interpretar o Cole... - Pisquei e sorri, a vendo ficar boquiaberta.

"Tudo o que ela sempre quis" daria o que falar.

{•••}

A semana passou voando, provavelmente porque eu tinha que estudar o script, e dirigir o clipe da Lili junto com Johnson e o resto dos garotos. Foi uma das coisas mais divertidas que eu já havia feito, nós juntamos as amigas dela, alguns de nós, o pessoal da faculdade e em três dias de trabalho extremo conseguimos finalizar a gravação, e hoje de madrugada, no avião vindo para Nova York eu terminei de editar, sendo assim já estava tudo pronto.

Estávamos todos no quarto do hotel e estava rolando uma puta festa, não demoraria muito pra que fossemos expulsos dali como várias outras vezes.

O quarto mesmo sendo enorme, estava amarrotado de gente. Lili, Camila, e Haley, estavam em cima da cama, dançando a música que tocava, que segundo Lili, chamava-se funk - que por sinal, ninguém entendia porcaria nenhuma que a música dizia, porém estavam dançando e rindo feito loucos - ,e eu sinceramente não conseguia tirar o olho da bunda da Lili, que não parava de rebolar um segundo se quer.

KJ estava com Hailey na varanda, Creig e Duan dançavam de forma engraçada, e o resto do pessoal estava dividido em dançar, comer e beber ali dentro.

Lili desceu da cama e tomou um gole da garrafinha de cerveja que estava próxima a televisão. Respirei fundo diversas vezes, controlando-me pra não agarrá-la e tomar o segundo tapa na cara em menos de um mês.

Outra coisa além da possível expulsão do hotel, seria no mínimo o meu pai, ou alguém maior de 21 parar na delegacia, já que todo mundo ali estava bebendo, até o retardado do Dylan.

- Meu Deus, o que que é isso? - Falei passando as mãos no rosto e tentando controlar a respiração ao ver o que Lili estava fazendo com a bunda, bem ali na minha frente.

- Segundo a Camila, isso se chama quadradinho. - Charles se aproximou explicando.

- Eu nem vou te falar o que já está ficando quadrado. - Falei rindo e peguei o copo de sua mão, tomando um longo gole, do que parecia ser vodka com alguma coisa doce.

- Afinal de contas... E o Justin? Ela está com ele ou com o Nate? - Charles perguntou cruzando os braços.

- Cara, eu não sei... Essa mulher tá me deixando maluco. - Falei finalizando o liquido do copo. - Eu não a vi ficando com o Skate depois do dia na piscina, mas ela vive de papinho com o Justin no telefone, ele liga quase que a cada duas horas. - Revirei os olhos.

- Ah, o cara deve estar querendo marcar presença, já que está longe né. - Charles falou olhando descaradamente pra Camila e eu ri.

- Fecha a boca malandro, tu não precisa disso. - Dei dois tapinhas no ombro dele.

- É, você tem razão. Eu acho que você também não. - Charles riu, apontando com o queixo para Lili que dançava despreocupada, e saiu de perto de mim, puxando a Camila que ficou olhando sem entender nada, sendo arrastada para fora do quarto.

LILI REINHART:

Eu estava um pouco mais animadinha que o normal, por conta da empolgação para o show de amanhã e por conta do álcool que eu havia começado a ingerir a algumas horas. Tomei mais um gole da cerveja em minha mão e voltei a dançar no ritmo da música, enquanto me segurava pra não rir da forma como Dylan olhava descaradamente para Haley.

Senti alguém segurar minha mão que estava livre, e logo começar a me puxar em direção ao banheiro. Eu apertava os olhos tentando identificar a silhueta mas estava difícil, primeiro porque eu estava levemente embriaga e segundo porque o quarto estava completamente escuro.

O barulho da música logo ficou abafado, e ouvi a porta, do que me parecia ser o banheiro, se fechar. A luz ainda estava apagada e eu não sei porque diabos eu ainda não havia perguntado quem estava ali, e porque havia me arrastado para o banheiro daquele jeito. Talvez, porque pelo cheiro e toque da mão, no fundo, eu já soubesse quem era.

- Cole? - Falei depois de respirar fundo, enquanto tateava a parede, a procura do interruptor.

- Como sabe que sou eu? - Ele perguntou se aproximando, e pelo tom da voz dele estava sorrindo.

- O perfume. - Simplifiquei, ainda procurando pelo interruptor.

- Você não vai achar, está na outra parede... - Ele falou, agora com o corpo praticamente colado no meu, o que me fez desequilibrar e me apoiar na parede.

- O que você quer? - Falei irritada. - Eu não tenho mais nada pra conversar com você. - Esbravejei.

- E quem foi que te falou que nós dois vamos conversar? - Cole falou rindo e segurou firmemente minha cintura com as duas mãos, colando ainda mais nossos corpos.

- Cole, você está pensando que é assim? Você faz um monte de porcarias e depois você chega assim e tudo fica bem? - Choraminguei, enquanto meu corpo ia amolecendo nas mãos dele contra minha vontade.

- Fica quietinha... - Ele sussurrou com os lábios colados em meu ouvido e um arrepio subiu por toda a extensão da minha espinha. - Eu não estou aqui pra brigar... - Cole falou e depositou um beijo em meu maxilar.

E lá vamos nós de novo. Ele sendo irresistível e eu sendo otária.

- Então me deixa sair... - Falei com a voz tremula. Mas sinceramente, não queria que ele me deixasse sair.

Porque eu sou tão burra, meu Deus?

- Lili... eu não estou te segurando.. - Ele riu próximo ao meu ouvido.

Eu não conseguia falar nada, apenas respirava o perfume dele, e tentava recuperar minha respiração. Cole prensou-me na parede e levou os lábios até o meu pescoço. Meu coração que já estava completamente acelerado, teve sua situação piorada em no mínimo dez vezes e minha respiração desregulou-se de vez, mas nada disso atrapalhava a sensação maravilhosa que o toque dos lábios dele contra minha pele trazia.

- Você quer ir embora? - Cole falou colocando meu cabelo para o lado e beijou demoradamente a parte de trás de minha orelha.

- Eu... é... - Respirei fundo sem conseguir dizer o que eu precisava dizer e ele riu.

- Porque quando você bebe cede tão fácil pra mim? - Cole perguntou num tom debochado, levantou a parte de trás do meu vestido acariciando minhas costas.

- Porque o álcool me dá coragem de fazer o que eu não consigo fazer sóbria. - Respondi no mesmo tom e ele levou a mão a minha bunda apertando a mesma.

Puxei Cole pelo cabelo e juntei nossos lábios, dando inicio a um beijo desesperado e cheio de saudade. O som de nossas respirações descompensadas se misturava à música abafada que tocava do lado de fora do banheiro. O gosto das bebidas que tomamos mais cedo se misturavam enquanto nossas línguas se entrelaçavam em sincronia.

Nos separamos por conta da falta de ar, e logo ele desceu os lábios para o meu pescoço novamente, me fazendo ficar cada vez mais arrepiada. Meu estômago se revirava e meu corpo parecia estar recebendo choques a cada vez que a língua dele entrava em contato com a minha pele.

Levei minhas mãos para as costas dele por dentro da camisa, e o puxei mais para perto mim enquanto arranhava lentamente suas costas. Cole segurou meu cabelo entre os dedos e puxou minha cabeça para trás, dando-lhe melhor acesso ao meu pescoço enquanto apertava minha bunda sem dó nem piedade, me causando certa dor.

Coloquei uma de minhas mãos no rosto dele o virando para mim e juntei nossos lábios novamente, enquanto minha mão livre brincava com o cós da calça dele. Cole levou as mãos até minha cintura, separou nossos lábios e me virou de costas para ele. Puxei meu cabelo para o lado deixando minhas costas livres. Ouvi o barulho do zipper de sua calça se abrindo e meu corpo entrou em alerta, já sabendo o que vinha pela frente, e no momento era o que eu mais queria.

Ele puxou meu cabelo de minhas mãos e enrolou em seus dedos, me prensando ainda mais a parede. A lateral de meu rosto estava colada na parede, meu coração batia tão forte que meu peito doía, e minha intimidade estava a cada segundo mais úmida. Cole levantou meu vestido e eu o segurei na altura de minha cintura, ele abaixou minha calcinha até um pouco a cima de meus joelhos, e colocou o corpo no meu fazendo sua ereção chocar-se contra minha bunda.

- Eu sinto tanto sua falta. - Cole sussurrou roçando os lábios úmidos em minha orelha. Suspirei sem conseguir falar nada, eu estava praticamente anestesiada.

- Cole... por favor... - Foi tudo o que eu conseguir falar, ou melhor, gemer.

Cole soltou meu cabelo e movimentou-se atrás de mim. Ele colou os lábios úmidos em minha nuca, e logo o senti penetrar lentamente em mim, soltei um gemido de aprovação abafado e suspirei.

Cole esperou alguns segundos, como se quisesse que meu corpo se adaptasse a ele, e logo depois começou a fazer movimentos lentos que me deixavam desesperada por mais. Aquela sensação de frio na barriga me habitava por completo, e eu adorava aquilo, adorava as sensações que o toque dele me causava.

Cole aumentou bruscamente a velocidade, o que fez com que eu me assustasse. Eu mordia meu lábio inferior tentando conter os gemidos sem nenhum sucesso, e Cole parecia fazer a mesma coisa. Nossas respirações estavam pesadas, nossos corpos começando a suar, e eu estava cada vez mais próxima de meu orgasmo.

Cole mantinha as duas mãos em minha bunda, a segurando e apertando firmemente, e confesso que estava machucando, mas eu não conseguia prestar atenção em outra coisa a não ser o fato dele ali, dentro de mim. Ele puxava meu corpo de encontro ao dele, dando estocadas cada vez mais profundas, enquanto movimentava seus dedos agilmente em meu clitóris, incentivando ainda mais o meu orgasmo, e eu já não estava nem mais um pouco preocupada em manter-me em silêncio.

O prazer já havia tomado meu corpo e minha cabeça por completo, eu gemia deliberadamente, enquanto Cole tentava controlar-se. Logo aquele tremor maravilhoso tomou conta de meu corpo e eu relaxei, se Cole não estivesse me segurando com tanta força, talvez eu tivesse caído no chão.

Cole tirou seu membro de dentro de mim lentamente e abraçou-me por trás beijando meu ombro demoradamente. Ficamos um longo tempo assim, abraçados, sem falar absolutamente nada, apenas um ouvindo a respiração e o coração do outro. Suspirei e me soltei dele, virando-me a procura de seus olhos, mesmo sabendo que não enxergaria por conta das luzes apagadas.

Levantei minha calcinha e arrumei meu vestido rapidamente, enquanto tentava controlar minha respiração. Levei minhas mãos até o rosto dele, que estava baixo pois ele estava arrumando a calça, e selei nossos lábios. Me afastei e andei em direção a porta.

- Onde você vai? - Cole falou puxando-me pela mão e colocou nossos corpos novamente.

- Vou pro meu quarto, isso não devia ter acontecido. - Falo me sentindo completamente culpada por aquilo ter acontecido, mas nem sequer um pouco arrependida.

- Lili, para... - Ele falou aproximando nossos rostos e roçou nossos lábios. - A gente se ama, não tem porque ficar separado, me perdoa, por favor. - Ele falou com voz de choro e eu engoli em seco já sentindo aquele nó se formar em minha garganta. - Me perdoa. - Ele sussurrou e juntou nossos lábios, dando inicio a um beijo calmo e lento.

Parece coisa de louco, mas todas as vezes em que estou nos braços dele sinto todos os extremos, eu tenho medo e me sinto segura, me sinto amada e odiada, me sinto a pessoa mais fraca e a mais forte, fico confusa e ao mesmo tempo certa do que quero. Não dá pra entender, a única coisa clara aqui, é que eu provavelmente nunca vou deixar de amá-lo, mas infelizmente a confiança acabou.

Ouvi a porta ser aberta e logo a luz ser acesa de repente, abri os olhos olhando ao redor e me sentindo completamente incomodada com a claridade. Me deparei com Nate, de olhos arregalados nos encarando, e logo meus olhos ficaram como os dele.

- Eu estava completamente enganado com você. - Nate falou passando a mão no rosto e riu sem ânimo. O encarei sem entender, nós havíamos ficado uma única vez, ele não poderia estar com ciúmes.

- Do que você está falando? - Perguntei em completa confusão e só aí me toquei de que ainda estava meio abraçada com Cole e me soltei dele. Cole passou a minha frente e encarou Nate com a sobrancelha arqueada.

Que isso amor, macho alfa?

- Que você não tem um pingo de vergonha na cara! É por isso que ele trai você. Você não se dá ao respeito, age como uma piranha, que fica com ele a hora que ele estala os dedos. - Nate falou tudo de uma vez, com a voz carregada de raiva e eu fiquei estática. Aquilo me atingiu como um soco no estômago, e talvez, ele tivesse razão.

- Ta maluco, caralho? - Cole falou empurrando Nate com as duas mãos pelo peito e Nate devolveu o empurrão. - Respeita ela, caralho! Mesmo que essa merda que você falou fosse verdade, você além de não ter nada com isso, ainda faltou com respeito. - Cole gritou com o rosto quase colado no de Nate.

- Foda-se, eu falei a verdade! Ela merece os chifres que tu dá nela, só age igual puta! - Eu estava estática, não conseguia pensar e muito menos agir.

- Respeita a minha garota! - Cole falou entre os dentes e socou a cara de Nate em cheio.

- Cole! Meu Deus! - Gritei e corri na direção dele, tentando segurá-lo sem sucesso. Cole e Nate se socavam e eu era empurrada a cada porrada que um deles tomava, mas voltava a tentar separar os dois. - Cole! Por favor! Cole, vocês vão se machucar! - Falei começando a chorar por conta do nervoso.

Nate agora estava em cima de Cole, o socando sem dó nem piedade, tentei pular nas costas dele para separá-los mas ele me jogou longe, me fazendo cair sentada no meio do banheiro.

- Nate você vai machucar ele! Para por favor! - Falei me levantando do chão aos prantos. Cole revidava os socos, mas já estava muito machucado, o rosto dele que era branquinho de natureza, estava completamente vermelho e sua boca estava suja de sangue.

Assim como Cole, Nate também já estava bem machucado, com sangue próximo ao nariz a na boca. Tentei mais uma vez separá-los e caí de novo no chão, o que me fez desistir e sair do banheiro correndo e pedindo por socorro.

{•••}

KJ havia apartado a briga com a ajuda de Gilinsky e Charles, e agora estávamos no meu quarto de hotel. Cole estava deitado em meu colo enquanto colocava gelo em sua boca, e eu fazia carinho em seu cabelo. KJ estava no quarto conosco, e andava de um lado para o outro em frente a cama, parecendo um pai que pensava no que falaria pros filhos que acabaram de se meter em uma enorme furada.

- Sério? No banheiro, de novo? Vocês nunca ouviram falar em cama e quarto? - Ele falou cruzando os braços e eu senti meu rosto esquentar de vergonha.

- KJ! - O repreendi e escondi meu rosto em minha mão livre.

- KJ, obrigada, mas vai dormir cara. - Cole falou rindo e jogou uma almofada que acertou a cabeça de KJ.

- Você vai ficar aqui? - Ele perguntou apontando para nós dois com um sorriso debochado no rosto.

- Sim, eu vou cuidar dele. - Falei. Era o mínimo que eu poderia fazer, afinal, ele brigou por minha causa.

- Ok, boa noite e usem camisinha. - KJ ditou dando um sorriso exagerado e logo saiu do quarto.

- Boa noite. - Falamos em uníssono. Cole riu olhando pra porta e eu revirei os olhos.

Cole levantou de meu colo, sentando-se na cama e tirou o gelo da boca o colocando de lado. Ele ficou me olhando por um longo tempo, e eu sustentava seu olhar, me perdendo naquela imensidão azul que ele chamava de olhos.

- Eu te amo tanto. - Ele falou respirando fundo e acariciou meu rosto com o polegar, eu abaixei o olhar e respirei fundo. - Eu faço o que você quiser, mas volta pra mim, por favor? - Cole falou segurando meu queixo entre o indicador e o polegar, me fazendo encarar novamente seus olhos.

- Eu não posso. - Falei com os olhos marejados. - Eu não consigo mais confiar em você, Cole, e não existe relação nenhuma que sobreviva a falta de confiança. - Suspirei e ele abaixou a cabeça.

- O que eu posso fazer pra recuperar sua confiança? - Ele levantou a cabeça e seu rosto encontrava-se molhado por lágrimas, o que me cortou o coração.

- Eu não sei, Cole, eu não sei. - Suspirei e encarei o teto, sentindo as lágrimas escorrerem pela lateral de meu rosto. - Acho que a única coisa que posso te ceder agora, sinceramente, é a minha amizade. - Voltei a olhá-lo no momento em que ele soltou minha mão. Cole afundou o rosto nas mãos e começou a chorar.

- Eu sou um idiota. - Ele falava em meio aos soluços e mantinha a mesma posição. - Me perdoa, por favor.

- Eu te desculpo, tudo bem... Calma. - Falei o puxando pra mim e o abraçando apertado, tentando controlar minhas lágrimas.

- Então, você me perdoa? Você vai voltar pra mim? - Ele falou devolvendo o abraço apertado e ainda chorava.

- Não, Cole. Eu te desculpo. Perdoar é esquecer, e eu nunca vou esquecer isso. Eu te desculpo, e te ofereço a minha amizade. - Falei com o rosto enfiado na curvatura do pescoço dele.

- Eu vou reconquistar sua confiança. - Ele sussurrou.

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essa fanfic foi escrita na época que eu amava uma porradaria pqp, não sei como eu tinha paciência pra escrever essas brigas

e aí, acham que o cole vai conseguir se endireitar e conquistar a confiança da lili?

nate mostrou a verdadeira care né 👀

cole pela primeira vez fez algo certo e jogou limpo com a bree, aleluia

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