Like I'm gonna lose you.
LILI REINHART:
Haviam exatamente oito dias que Cole havia recebido alta do hospital e estava em minha casa. Ele já está bem melhor, os machucados foram ficando menos feios, e alguns já haviam até sumido. Seus exames, graças a Deus, não haviam acusado nada além de umas poucas lesões e coisas do gênero.
Charles, Dylan e KJ já haviam voltado para Los Angeles, e Matthew ainda estava hospedado em um hotel em San Francisco, a pesar de ficar indo e voltando de Los Angeles e da NY para San Francisco diversas vezes.
Eram por volta das sete da noite. Minha mãe havia ido á um bar com umas amigas do trabalho, o que eu sinceramente estranhei. E Cole e eu ficamos em casa, já que ele dizia ainda não se sentir bem para sair.
Eu estava sentada na sala, com o violão no colo e o notebook em minha frente aberto em uma página de cifras. Eu estava tentando pegar o refrão de uma música da Meghan Trainor, enquanto Cole devia estar provavelmente dormindo.
- I found myself dreaming in silver and gold - comecei a dedilhar o violão tranquilamente, no ritmo perfeito e original da música. - Like a scene from a movie that every broken heart knows...
- Senti falta da sua voz assim. - A voz rouca e baixa de Cole me chamou atenção, fazendo com que eu direcionasse meu olhar ao corredor.
Ele estava apenas com uma calça de moletom preta, a cueca cinza estava a mostra. Seu cabelo estava bagunçado, o rosto amaçado e os olhos levemente avermelhados, denunciando que ele havia acabado de acordar. Ele estava com um sorriso bobo nos lábios, provavelmente igual ao que eu estava.
Ri nasalado e sacudi a cabeça em negação, e logo Cole veio em minha direção, empurrando o notebook pro lado e sentando-se na mesinha de centro a minha frente, com as mãos apoiadas em meus joelhos.
- Continua? - Pediu olhando em meus olhos após umedecer os lábios. Ri abaixando a cabeça e neguei com a mesma. Cole levantou meu rosto pelo queixo, me fazendo encarar seus olhos azuis, que sorriam pra mim. - Por favor? - Umedeci os lábios e sorri sem graça, logo assentindo com a cabeça. Voltei a dedilhar o violão, começando a cantar novamente, mas dessa vez um pouco mais baixo.
- I woke up in tears with you by my side, a breath of relief and I realized... - Cantarolei de cabeça baixa, encarando o violão e estendendo um pouco a última palavra. - No, we're not promised tomorrow - Levantei o rosto e Cole sorria abertamente, parecendo prestar atenção em todo e qualquer movimento que eu fazia, o olhei diretamente nos olhos, voltando a cantar. - So I'm gonna love you like I'm gonna lose you. I'm gonna hold you like I'm saying goodbye... - Cole sustentou meu olhar ainda sorrindo, fazendo com que minhas bochechas corassem e eu logo voltasse a encarar o violão. - Wherever we're standing I won't take you for granted 'cause we'll never know when we'll run out of the time - Cole estava com as mãos apoiadas em minhas coxas, fazendo com que vez ou outra eu perdesse a concentração - so I'm gonna- - O toque estridente do meu celular em cima da mesa onde Cole estava sentado fez com que eu parasse de cantar. Ele procurou por meu celular, e assim que encarou a tela brilhando fechou a cara e me entregou o mesmo de má vontade.
- É o Nash. - Levantou-se da mesa. - Eu vou tomar um banho, com licença. - Cole saiu da sala como uma criança emburrada e foi em direção ao quarto. Sacudi a cabeça em negação e atendi ao celular.
- O que tá rolando, Nash? - Questionei me levantando do sofá, recolhendo meu violão e notebook para levar para o quarto.
- Eu tô ligando pra saber quando vamos retomar suas aulas. - Adentrei meu quarto e coloquei as coisas em cima da cama.
- Quando o Cole for embora. Eu não vou desviar a atenção dele enquanto ele estiver aqui, Nash... - Ditei. - Enquanto ele estiver aqui eu só vou dar atenção a ele.
- Você está atrasando suas aulas obrigatórias por causa de um garoto. - Não pude identificar se aquilo havia sido uma pergunta ou acusação.
Bufei e revirei os olhos, mesmo sabendo que ele não poderia ver.
- Não é "um garoto", Nash. É o cara que eu amo e que sofreu a porcaria de um acidente vindo me ver. É o mínimo que eu quero e que eu posso fazer. - Expliquei tentando conter minha irritação.
- Lili, você tem dezoito anos, nem sabe o que é amor. - Disse debochado fazendo com que minha irritação triplicasse. - Você está atrasando sua carreira.
- Quer saber? Eu não tô nem aí pra você. A única pessoa que pode me dar ordens é o diretor, e eu conversei com ele antes de você saber, então, não enche meu saco. - Comecei a falar alto, deixando de conter minha irritação. - Eu não sei o que é amor, e você não sabe o que é profissionalismo, porque você- - Um estrondo vindo do meu banheiro fez com que eu largasse o celular em cima da cama, sem nem ao menos desligá-lo, e saísse correndo em direção ao barulho.
Adentrei o banheiro como um furacão, me deparando com alguns shampoos no chão, e Cole apoiado na parede, como se estivesse se segurando para não cair no chão. Meu coração acelerou como nunca. O medo de acontecer algo de ruim com ele novamente tomou conta de todo meu corpo, fazendo com que meu corpo estremecesse por inteiro. Corri em sua direção e praticamente adentrei o box, sem me preocupar se me molharia ou não.
Cole levantou o rosto e me olhou de relance, ele não estava pálido, nem nada disso, o que eu estranhei. Ele se virou, e eu imaginei que fosse para se apoiar em mim para que eu pudesse ajudá-lo a sair dali, mas me enganei. Cole pegou a borrachinha do chuveiro e começou s me molhar enquanto ria descaradamente.
- O que você está fazendo? - Gritei tentando não rir, enquanto escorregava tentando sair do box.
- Te livrando daquele babaca, que eu tenho certeza que estava te perturbando no telefone. - Disse rindo. Quando eu finalmente consegui me segurar na porta do box para sair, Cole me puxou por trás, fazendo com que eu escorregasse até ele e me abraçou, apoiando seu queixo em meu ombro. - E talvez também esteja me aproveitando um pouco de você.
Fechei os olhos e senti um arrepio percorrer minha espinha. Mordi o lábio inferior na intenção falha de conter um suspiro, e Cole riu contra meu pescoço, logo depositando um beijo no mesmo. Ele me virou lentamente, permaneci de olhos fechados e logo senti os lábios de Cole colados aos meus. Quebrei o selinho alguns segundos depois, soltei um longo suspiro abrindo meus olhos e me afastei. Cole me lançou um sorriso sem graça e umedeceu os lábios com a ponta da língua.
- Eu já sei, eu sei que nós precisamos conversar como adultos. - disse me olhando nos olhos. - Mas você ceder ao que sentimos não vai mudar nada. - o encarei sem saber o que responder.
Cole voltou a envolver meus braços ao redor da minha cintura e me puxou pra perto. Ele agia como se não estivesse completamente nu na minha frente. Respirei fundo tentando não pensar nisso e encarei apenas seus olhos.
- Deixa de ser marrenta, aproveita o momento. Se você continuar com medo de que vá dar tudo errado pra nós dois de novo, nós nunca vamos conseguir ficar juntos. - ditou com os lábios praticante colados aos meus.
- E do que adianta se der tudo errado? - enlacei meus braços ao redor do pescoço dele e acariciei seu cabelo com minha mão direita. - A gente tenta de novo, comete o mesmo erro. Não é assim que a gente faz? - ri nasalado e Cole sorriu abertamente, logo colando nossos lábios, iniciando um beijo intenso e cheio de sorrisos para atrapalhalhá-lo.
Além dos sorrisos, o que nos atrapalhou também, fora a campainha tocando escandalosamente.
- Abre por favor? Eu estou com a roupa toda molhada. - Pedi a Cole dando-lhe um último selinho.
- Melhor você ir de roupa molhada do que eu ir de pau duro. - falou com um sorriso debochado e eu gargalhei com a cara de pau dele.
- Tem razão. A toalha não esconde isso aí não. Eu vou lá. - sai de dentro do box e vesti meu roupão.
Caminhei pela casa a molhando toda e tomando alguns escorregões, perdi alguns minutos procurando pela chave do apartamento e ouvi a pessoa do lado de fora bufar e tocar a campainha mais algumas vezes. Destranquei a porta e levantei o rosto. Por mais um pouco, meu queixo teria saído correndo sozinho de meu rosto.
- O que você está fazendo aqui? - questionei incrédula, praticamente gritando.
- O que está acontecendo aqui? - A assustada voz de Cole fez com que eu desse um pequeno pulo e olhasse por cima do ombro, vendo sua expressão confusa e assustada. - Sarah?
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tava bom demais pra ser verdade né, manas
capítulo que vem cole e lili vão FINALMENTE conversar
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