COLE SPROUSE:

- Quando eu ia imaginar que a gente estaria na festa de noivado do Charles, com alguém que não é a Camila? - ri nasalado e observei Lili se ajeitar na cadeira ao meu lado.

- Pensei que você já tinha se acostumado com o namoro dele com a Vic. - colocou um salgadinho na boca e me olhou de canto de olho.

- Eu já me acostumei, amor. Só que eu achava que ele casaria com a Camila. - dei de ombros.

- É, eu também. - riu fraco e deitou a cabeça em meu ombro.

- Você está bem? Está parecendo cansada, o que foi? - questionei baixo.

- Não sei, acho que só estou desconfortável, e com um pouco de cólica.

- Você quer ir embora?

- Não, amor. Está tudo bem, relaxa.

Assenti e passei o braço por cima do ombro de Lili a puxando pra mais perto, e apoiei a mão em sua barriga fazendo carinho na mesma.

Eu estava cada vez mais ansioso. Pelas nossas contas e pelas consultas com o médico, faltava muito pouco pros nossos bebês nascerem, e eu estava à beira de um ataque por causa disso.

Parecia que a cada dia que passava nossa vida só melhorava, as coisas só andavam para frente.

- E aí, papais? - KJ sentou ao lado de Lili e fez carinho na barriga dela, nos fazendo rir. - Quando é que meus sobrinhos vão nascer?

- Esse mês. - Lili e eu falamos em uníssono.

- Sem data certa?

- Não, parece que a partir dessa semana eles podem nascer a qualquer momento. - expliquei.

- Já sabe, sentiu a primeira contração me liga. - KJ ditou sério nos fazendo gargalhar. - Eu estou falando sério. - assentimos.

- Essa festa está parecendo um encontro de ex. - Rebeca sentou-se à mesa com a gente, de frente para KJ.

- Pior que é verdade. Camila, Nash, Hailey, Nate... - Lili contou nos dedos rindo.

- Sarah. - arregalei os olhos assim que a vi adentrar o jardim do salão de festas em que estávamos.

- Só faltava ela mesmo. - KJ falou. - Imagina se ela aparecesse aqui.

- Cara. - falei ainda olhando na direção dela, e percebi que Gilinsky estava ao seu lado, de mãos dadas. - Quanto tempo eu fiquei fora? - murmurei para mim mesmo.

- Ah, não. - Lili pareceu ter notado a presença dela.

- Fica tranquila, o que passou passou. - disse a olhando nos olhos.

- Sarah? Isso é novidade para mim. - KJ comentou baixo.

Já havia se passado muito tempo, mas eu ainda tinha medo que alguém pudesse fazer algo para poder tirar Lili de mim, e eu já havia tido provas do quão boa Sarah era naquilo. A diferença, era que agora, eu sabia como me defender, e sabia o quanto Lili confiava em mim.

Johnson se aproximou de Gilinsky e Sarah, falou alguma coisa com eles durante alguns segundos e olharam para a mesa em que estávamos.

- Jack deve estar pedindo pra ela não arrumar confusão. - KJ comentou.

- Acho que ela não faria isso, já passou muito tempo. Ela parece estar com o Gilinsky, ja deve ter superado. - Rebeca se pronunciou. - Mas qualquer coisa dou uns tapas nela.

- E aí? - Dylan jogou-se na cadeira ao meu lado. - Acho que vou pedir a Haley em casamento.

- Pensa bem, quando você sair das fraldas ela vai estar indo pra um asilo. - KJ gargalhou de maneira escandalosa.

- Lili, posso falar com você? - a voz de Sarah soou calma atrás de mim, olhei para Lili que assentiu para ela.

- Nós vamos estar na mesa de comidas se precisarem de nós. - Rebeca puxou KJ e Dylan e logo saíram da mesa.

- Querem que eu saia também?

- Não, você pode ficar. Eu vou ser breve. - Sarah sorriu de maneira sincera, pela primeira vez em muitos anos. Franzi o cenho e me ajeitei na cadeira.

- Fala. - Lili a olhava curiosa, assim como eu.

- Você tinha razão em todas as coisas que me disse, e eu só percebi isso quando comecei a gostar de alguém... de verdade. - suspirou e pude notar Lili sorrir. - Eu queria me desculpar com vocês dois por tudo o que eu fiz. Demorou muito, muito mesmo, mas eu me arrependi. Percebi que se eu tivesse deixado essa obsessão de lado, talvez tivesse descoberto o amor a muito tempo. - riu fraco - Enfim, era só isso. Felicidades e obrigada. Vocês me ensinaram uma lição.

- Fico feliz por você, Sarah. E espero que você seja feliz também. - Lili sorriu e eu presenciei uma coisa que eu nunca imaginaria ver em toda minha vida.

Sarah abraçou Lili, e ela retribuiu. Um abraço sem segundas intenções, sem raiva, sem ressentimentos, apenas com perdão.

Assim que se desfizeram do abraço, Sarah pediu permissão com os olhos e após eu assentir ela me abraçou.

- Eu nunca achei que ela mudaria. - Lili riu após Sarah se afastar da gente e ir em direção à Charles junto à Jack.

- Ninguém nunca achou. - virei-me para Lili e selei nossos lábios.

Nós voltamos para casa por volta das onze da noite. Lili estava cansada; e eu precisava começar a arrumar minhas malas, afinal, dali a menos de um mês eu iria voltar para o set de gravações em Nova York.

- Sabe no que eu estava pensando, amor? - questionei assim que Lili sentou na cama ao meu lado, com um pote de sorvete em mãos.

- Não, o que? - sorriu colocando uma colher na boca.

- O que acha de alugarmos um apartamento em Nova York, perto do set? Assim eu não preciso ficar longe de você e dos bebês. - sorri esperançoso.

- Eu acho ótimo! Porém, eu só poderia ir depois que eles nascessem, e também teria que ver com o médico quando eles poderiam viajar, e em quais condições. - explicou.

- Quanto a isso, não tem problema. Nós podemos resolver isso com calma, ainda falta um pouco pra eu ter que voltar. - Lili assentiu e voltou a comer. Ela ligou a TV e começou a fazer cafuné em meu cabelo, e não demorou muito para que eu pegasse no sono.

Acordei ao sentir meu corpo ser sacudido. Abri os olhos assustado, me sentei na cama e olhei em direção à Lili, que segurava minha mão com força e me olhava assustada.

- O que foi, amor? - questionei preocupado e procurei por meu celular na mesinha de cabeceira. O desbloqueei assim que o encontrei. Eram quatro e vinte da manhã.

- Eu estou com contrações. - Falou com dificuldade e respirou fundo. - Acho melhor irmos pro hospital.

- Ok. - selei nossos lábios brevemente e levantei da cama em um pulo.

Corri pro quarto dos bebês e peguei a mala que Lili havia deixado pronta, a deixando ao lado da porta. Voltei para o quarto e ajudei Lili a trocar de roupa. Vesti minha camisa, peguei minha carteira e as chaves do carro, e saí de casa ajudando Lili, já que ela não havia me deixado pegá-lo no colo. Coloquei a mala no banco de trás do carro e saí em disparada em direção ao hospital.

Por estar tão tarde, não havia trânsito, e aquilo facilitou bastante. Faltavam menos de dez minutos pra chegarmos no hospital.

- Cole, eu não quero te assustar, mas - Lili se interrompeu soltando um gemido de dor. A olhei brevemente e segurei sua mão entrelaçando nossos dedos.

- Já estamos chegando, fica calma. - pedi baixo e fiz carinho no dorso da mão dela com o polegar.

- A bolsa estourou. - falou ofegante. Senti meu coração quase pular do peito, e acabei por acelerar o carro.

Estacionei o carro de qualquer jeito assim que chegamos ao hospital. Peguei Lili nos braços e fui em direção a entrada do hospital, e por sorte, a médica que cuidou de Lili desde o início da gravidez estava na recepção, conversando com uma enfermeira.

Não demorou muito para que fossemos direcionados ao andar da maternidade.

Como o parto de Lili não seria normal, eu não pude ficar na sala de cirurgia com ela, então me contentei em sentar-me na sala de espera, enquanto avisava a todas as pessoas que passavam por minha cabeça.

Eu tremia e suava como nunca na vida. A ansiedade era grande demais. Só de imaginar como seria o rosto deles, de vê-los pela primeira vez, eu já começava a querer chorar feito um banana.

Em menos de meia hora, a sala de espera da maternidade do hospital estava cheia. KJ, Rebeca, a mãe de Lili, Camila, Duan, Creig, Charles, todos estavam ali. E de pijamas, assim como eu. Dylan chegou um pouco mais tarde com meu pai, e até Justin apareceu no hospital, causando mais alvoroço do que já estava.

- Cole, se você não parar de tremer vai acabar quebrando os dentes. - meu pai deu dois tapinhas no meu ombro nos fazendo rir.

- Vai ficar tudo bem, Sprouse. Relaxa. - Duan riu e cruzou os braços. - Se fizerem algo de errado com a minha amiga, eu mato todo mundo. - disse em voz alta.

- Acho que é você quem precisa relaxar, Duan. - Charles comentou rindo.

Eram quase sete da manhã, estavam todos dormindo, exceto por mim que estava mais acordado que nunca. A médica de Lili veio em minha direção e eu dei um pulo da poltrona.

- Como está, papai? - questionou sorrindo e acabei por sorrir involuntariamente.

- Eu estou ótimo. Como eles estão? - perguntei ansioso.

- Estão ótimos, saudáveis, e provavelmente com saudades de você. Vamos lá dentro? - assenti freneticamente e acompanhei a médica.

Precisei praticamente me esterilizar inteiro, antes que a médica me direcionasse ao quarto.

A doutora abriu a porta do quarto onde Lili estava, e estranhei ao vê-la sozinha. Caminhei em sua direção e acariciei seu rosto. Ela estava sonolenta, e parecia estar cansada. Selei nossos lábios de maneira desesperada e a abracei com cuidado.

- Posso trazê-los? Está na hora de mamarem. - a enfermeira, que eu nem havia notado ali até então, se pronunciou.

- Claro. - Lili disse com um sorriso que poderia rasgar seu rosto.

Notei a mala de Lili ao lado dela na cama, e imaginei que meu pai quem havia trazido pra ela, pois eu tinha certeza que havia esquecido.

- Como está se sentindo? - questionei baixo.

- Com um pouco de dor, mas estou mais feliz que nunca. - sorriu.

Ficamos em silêncio por um longo tempo, afinal, ela não podia ficar falando. Quando a porta se abriu, e eu vi aquele carrinho estranho, com duas coisinhas pequenas dentro, meu coração apertou de tanta felicidade.

Me aproximei do carrinho - que mais parecia uma encubadora ambulante - com calma e me abaixei para ficar com o rosto da altura dele. Os dois estavam acordados, e olhavam tudo em volta. Os olhos verdes claros, exatamente como os de Lili. Os cabelos claros, também como os dela. Mas as bochechas, essas eram minhas.

Nick e Noah. Os dois novos amores da minha vida.

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sarah foi ungida, gente, socorroKKKKKKKK

OS SURTOS DA DUAN >>>>>>>

os gêmeos 🥺🥺🥺🥺🥺

comentem até cair os dedos pq quero postar o último capítulo hoje!!!!