ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ: 𝟏𝟐

P.v S/n Kugisaki.

  Passei pelo portão da escola, junto com outros alunos, enquanto abaixava um pouco a minha saia escolar por conta do frio que se fazia pela manhã, um ato inútil que eu fiz na tentativa de amenizar o frio.

  Dando alguns passos em direção às escadas para o andar de cima, antes mesmo que eu pudesse chegar perto da mesma, fui barrada pelo diretor da escola...que dejavu.

— Senhorita Kugisaki..._ Ele me olhou de cima à baixo.
— Já fazem quase dois meses que te coloquei na detenção por conta de suas vestes inapropriadas..._ Suspirei já sabendo no ponto em que ele queria chegar.

— Eu sei senhor Hayato, mas é que..._ Ele me interrompeu.

— Da última vez você demorou duas semanas, mas agora está me enrolando mais do que o normal._ Ele cruzou os braços.
— Estou de olho em você, senhorita. Se não providenciar o mais rápido possível saias novas, terem que tomar providências sobre você._ Dito isso, ele apenas saiu em direção ao portão em que acabei de passar, com o seu nariz empinado junto com o seu ego, ele com certeza iria parar mais alguns alunos.

  Revirei os olhos e bufei, voltei a andar em direção às escadas já percebendo o quão "ótimo" seria o meu dia, apenas com aquele sermão para começar.

(Quebra Tempo)


Haviam quase dez minutos em que eu havia chego na sala da detenção, eu estava sentada em minha cadeira, na qual eu já estava acostumada à me sentar, enquanto conversava um pouco com o meu pai.

  Eu estava sozinha na sala, deitada de forma espreguiçada sobre a mesa, enquanto lia as curtas respostas do mais velho, deixando claro para mim que ele estava cansado. Após aquela sua última resposta, não demorou muito para que uma foto, que ele me enviou, carregasse em nossa conversa.


Suspirei tentando pensar quantas horas de diferença havia entre Tóquio e Nova York, porém logo em seguida desisti e apenas perguntei à ele que horas eram.

  Fiz uma careta enquanto pensava o quão cansado ele deveria estar se sentindo.

  Me levantei da mesa e apoiei os cotovelos na mesa, apenas para ter mais estabilidade para digitar uma resposta.


  Dei um sorrisinho e desliguei a tela do meu celular, faziam muitos dias desde que meu pai acabou sendo transferido para uma segunda viagem de última hora, indo acabar na gringa. Por conta do fuso horário, infelizmente, não conseguimos nos comunicar por muito tempo, a não ser que um de nós acabassemos passando boa parte da madrugada acordados para isso.

  De repente, cortando todos os meus pensamentos, a porta da sala foi aberta, fazendo com que eu olhasse preguiçosamente em direção à mesma, vendo Keisuke entrar tranquilamente naquele ambiente, porém com os seus cabelos soltos e sem sua jaqueta escolar, na qual estava pendurada em seu braço esquerdo.

— Chegou na hora, não é?_ Falei com ironia enquanto ele fechava a porta atrás de si.

— Cadê o careca?_ Se referiu ao supervisor.

— Ainda não chegou._ Ele veio em minha direção.

— Então nós dois chegamos juntos._ Jogou sua mochila no chão.
— Ele nunca saberá._ Soltei uma risada única, enquanto deitava minha cabeça sobre a mesa.

— Detenção é um saco..._ Olhei para ele que se sentava ao meu lado.

— Eu já 'tô acostumado com essa merda._ Suspirou.
— Mas e aí?_ Ele se virou para mim.
— Por que 'tá com essa cara?_ Ele se sentou de lado, virado em minha direção.

— Que cara?_ Ele molhou brevemente os seus lábios.

— De alguém deprimente._ Dei um sorrisinho fraco, enquanto levantava o meu tronco e me esticava sobre a mesa.

— Eu 'tô bem...só com saudades._ Me virei em sua direção.

— De quem? Namorando?_ Ri negando com a cabeça.

— E quando eu te disse que eu namoro?_ Perguntei enquanto sorria e esperava uma resposta.

— Você nunca falou._ Ele falou com uma expressão um tanto quanto brincalhona.
— E então? Namorado?_ Neguei com a cabeça olhando para baixo.

— Eu não tenho namorado Keisuke, se é isso que queria saber._ Olhei para ele que revirou os olhos.

— Mas o que 'que 'tá pegando?_ Encostei meu cotovelo na minha mesa e na mesa atrás da minha cadeira.

— Meu pai..._ Ele soltou um "Ãhn" compreendendo minha fala.
— Ele viajou à uns dois meses atrás, ele acabou sendo transferido para uma segunda viagem 'pra gringa sabe?_ Ele concordava.
— Ele ainda não sabe quando volta. Quando ele ainda estava na Ásia, ainda era fácil da gente se comunicar, mas como ele 'tá em Nova York, ele acabou de ir se deitar._ Suspirei.

— Entendo._ Ele concordava com a cabeça.
— Minha situação com o meu pai é quase a mesma que a sua..._ Ele olhou para o chão por um momento.
— Acontece que ele saiu um dia de casa dizendo que voltava, mas agora 'tá com a nova família dele desde que eu tinha seis anos._ Soltou uma risada ironizando a situação.

  Apesar de aquilo soar com um tom brincalhão, no fundo parecia que Keisuke estava se importando muito com isso, o que fez com que o meu coração desse uma pontada doída.

— Poxa, sinto muito._ Ele olhou para mim.

— Eu já superei, mas obrigado._ Ele suspirou.
— Pensa pelo lado bom, pelo menos você tem um pai._ Ele falou, em uma tentativa falha de melhorar o meu humor, enquanto me dava um sorrisinho gentil.

— Pare de dizer isso Keisuke, pode não doer em você, mas dói em mim._ Ele estalou a língua.

— Liga 'pra isso não gatinha, ele que se foda com os seus dois gêmeos._ Se virou para frente.
— Ele e aquela vadia que ele chama de esposa._ Riu.

  Suspirei enquanto me levantava, sem dizer nada, apenas dei um passo em sua direção e abracei, com cuidado, sua cabeça contra o meu peito.

— É melhor tentar esquecer isso Keisuke, não compare a sua dor com a minha, isso não tem comparações._ Fiz um breve carinho em seus cabelos, que por sinal eram extremamente macios.

— Eu 'tô bem gatinha, preocupa não._ Ele pegou no meu braço e deslizou delicadamente o seu dedão nele, me causando um breve e curto carinho.

  Ficando apenas alguns segundos daquela mesma forma, abaixei minha cabeça em direção aos seus cabelos e o cheirei.

— O que você usa no cabelo?_ Perguntei passando a mãos sobre eles novamente.

— Sabão._ Me afastei dele.

— Sabão?!_ Ele riu.

— E eu preciso de mais alguma coisa?_ Eu o olhava indignada.

— Vai se foder._ Ele riu.

— Espera aí._ Me virei e me sentei em minha mesa novamente.

— Vai-se-foder._ Falei separadamente.

— Não é minha culpa se meu cabelo é melhor que o seu._ Apontei o meu dedo do meio para ele.
— Quanta educação._ Ele riu.

— Vai se foder._ Repeti novamente.

— Se me mandar ir me foder, vou desconfiar que está flertando._ Ri com ironia.








Oioi:)

Nossa, em pensar que na versão antiga, exatamente neste capítulo, Keisuke Baji estaria dando uns amassos na S/n...KAKAKAKKKAKAKAKAKA

Print das notas finais antigas

AIAI

Bem, foi isso por hoje, perdão pelos erros ortográficos e até a próxima:)

Tchauzinho<3

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