ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ: 𝟎𝟒
P.v S/n Kugisaki.
Eu corria desesperadamente no corredor do quarto andar, indo diretamente para a sala que se localizava a detenção. Acabei me atrasando para o horário correto da detenção, pelo simples fato que acabei dormindo no último horário, já que no anterior gastei todas as minhas energias com aquela corrida obrigatória com a turma.
Assim que virei o corredor, apenas continuei correndo enquanto via Keisuke, com a maior tranquilidade do mundo, mexendo em seu telefone enquanto já estava em frente a porta, apenas segurando em sua maçaneta enquanto digitava algo em seu apartamento telefônico.
Me sentindo mais cansada que antes, assim que parei ao lado do maior, enquanto recuperava o fôlego, ele desviou o seu olhar do seu telefone para mim enquanto erguia uma sobrancelha.
— Você?_ Soltou uma pergunta retórica.
— Pensei que já estava aqui._ Falou voltando a digitar algo em seu celular.
— Eu...me atrasei..._ Falei recuperando o fôlego enquanto franzia o cenho.
— E por que você se atrasou?_ Perguntei confusa pelo simples fato de que, o andar dos terceiros ficavam literalmente no terceiro andar.
— Cabulando aula._ Disse simples sem desviar os olhos do telefone.
Me apoiando na parede ao lado da porta, olhei para ele esperando com que ele pudesse abrir a mesma, porém, após quase um minuto daquele mesmo jeito, ele ainda mexia em seu celular sem desconfiar.
— Da 'pra abrir a droga dessa porta logo?_ Ele olhou para mim e, em seguida, bufou desligando a tela do telefone a guardando-o em seu bolso.
— Primeiro as damas._ Falou com leve ironia em sua voz, enquanto abria a porta da sala sem desviar os olhos de mim.
— Que cavalheirismo..._ Murmurei com meia ironia em minha voz, enquanto desencostava-me da parede e entrava na sala.
Porém, assim que coloquei os pés dentro daquele lugar, a primeira coisa que pude ver era o nosso supervisor de braços cruzados e com uma carranca horrível em sua feição.
— Ferro..._ Keisuke murmurou com desânimo.
(Breves momentos depois)
— Eu não posso nem mais ir ao banheiro! Keisuke já não estava presente, mas quando eu volto para pelo menos suporvisiona-la, senhorita Kugisaki, a sala já estava vazia! Por algum acaso já havia dado a sua hora de ir? Aquele despertador que toca para vocês irem embora, pelo menos já havia tocado? Não, não é?_ Ele andava de um lado para o outro enquanto passava a sua bronca para nós.
Keisuke e eu estávamos sentados um ao lado do outro, em duas cadeiras em que o velho havia as colocado ali antes que chegássemos no local.
— Eh..._ Antes que eu pudesse tentar me defender, fui totalmente cortada pelo velho que ainda falava.
— E a onde diabos você estava, senhor Baji? Quantas vezes ainda vai continuar pulando suas detenções e adicionando mais e mais dias aqui? Você gosta daqui? Gosta tanto assim de mim?_ Olhei para o moreno ao meu lado assim que ouvi as palavras do velho, vendo uma expressão facial de nojo e desgosto começarem à se formar, assim que ouviu as palavras "gosta" e "de mim" vindas daquela pessoa.
— Misericórdia..._ Sussurrou desviando o olhar e segurando o riso, o que me fez na hora segurar o riso e também desviar o olhar.
— Ah...se estão achando tanta graça, irei começar a verdadeira punição. Acham que eu não tenho poder sobre vocês? Acham que podem fazerem o que quiser? Saibam que eu estava sendo bonzinho com vocês, seus pirralhos._ Olhei para o velho da nossa frente, sentindo minha vontade de rir passar na hora e já imaginando o que podia ser.
(Quebra tempo)
Com aquela vassoura enorme, eu varria a poeira e folhas secas que haviam entrado pelas grandes janelas daquela quadra coberta. Como eu havia imaginado, aquele velho realmente nos puniu com a clássica punição de varrer a quadra coberta.
Eu estava com calor, eu sentia-me suja de suor e o cansaço me consumia. Olhei para tras e vi o que eu já havia varrido, logo em seguida me bateu um grande desânimo assim que percebi que não havia feito nem um terço direito. Olhei para a arquibancada da quadra e vi Keisuke, ao lado de nossas coisas, mexendo em seu celular com a sua vassoura ao lado.
Suspirei me sentindo brava e logo soltei no chão a vassoura que eu segurava, andei em direção à ele com passos pesados e parei em sua frente, vendo o de cabelos amarrados ainda mexer em seu telefone. Olhei para a vassoura ao seu lado, apoiada na arquibancada em que ele estava e, sem pensar duas vezes, empurrei a mesma em direção à cabeça do moreno, deixando a cair sobre ele.
— Aí._ Murmurou desviando o seu olhar do telefone para mim.
— O que você quer?_ Perguntou voltando a mexer em seu telefone.
— Ajuda. Eu quero que você me ajude._ Ele soltou uma risada sarcástica enquanto curtia uma foto do Instagram.
— E você vai fazer o que aquele velho mandou? Que fofa._ Revirei os olhos, e sem pensar duas vezes, arranquei o celular dele de suas mãos.
— Ei!_ Me olhava indignado.
— Me ajude e você terá o seu precioso telefone de volta._ Falei colocando o aparelho entre minha saia e minha blusa em minha cintura.
— Pentelha..._ Eu o ouvi murmurar assim que eu dei as costas.
— O que disse?_ Perguntei me virando brevemente.
— Nada, madame, nada._ Falou com preguiça em sua voz, enquanto se levantava da arquibancada e pegava a vassoura do chão.
— Se você derrubar esse celular, eu te quebro._ Ri com deboche enquanto pegava a vassoura do chão.
— Primeiro que você não teria coragem._ Olhei para ele.
— Como é?_ Me olhou enquanto descia um, e único, degrau da arquibancada que estava.
— Só começa a varrer Baji, só começa a varrer._ Falei me virando para frente e voltando a varrer o chão.
(Quebra Tempo)
Havia se passado quase meia hora a mais que o esperado de nossa detenção, estava quase perto do por-do-sol enquanto Keisuke e eu andávamos em direção à saída da escola em silêncio. Meus pés doíam, estava me sentindo exausta, principalmente pelo fato que hoje foi dia de corrida obrigatória com a nossa turma.
— Garota..._ Olhei para o moreno ao meu lado.
— Sobre aquele dia...valeu mesmo por apagar as filmagens._ Falou o garoto que olhava para frente.
— Provavelmente eu estaria fodido se não fosse por você._ Soltei um breve riso.
— Ah, que fofo, nem parece que me ameaçou por ter pego e seu celularzinho._ Ele revirou os olhos enquanto estalava a língua.
— E sobre as suas saias..._ Naquele mesmo instante acabei me lembrando do que havia pedido para ele em troca das filmagens apagadas.
— Espera eu pegar uma grana com um amigo meu que 'tá me devendo._ Ele suspirou.
— Aquele filho da puta..._ Riu negando com a cabeça.
— Algum dia eu mato ele 'pra pegar tudo o que ele me deve._ Olhei para frente enquanto passávamos pelo portão de saída.
— A gente se vê amanhã._ Disse indo em direção a calçada de frente a escola.
— Espera aí garota._ Senti minha mochila ser puxada para trás, o que me fez parar na hora e quase perder o equilíbrio.
— O que foi?_ Olhei um pouco brava para ele, por conta da minha quase queda, porém...
— Me passa o seu número, eu te aviso quando eu pegar aquela grana._ O se cabelos longos estava com o seu celular estendido para mim.
Soltei um pequeno e breve suspiro, peguei o seu celular e logo em seguida adicionei o meu número no mesmo, salvando o meu contato com o meu primeiro nome.
— Pronto..._ Entreguei de volta o seu telefone, enquanto ele olhava em direção da rua um pouco movimentada por carros.
— Valeu._ Ele olhou para mim.
— Te mando uma mensagem mais tarde 'pra você salvar o meu número._ Falou começando a se afastar de mim, enquanto andava de fasto em direção ao estacionamento da escola.
— Ah...tudo bem._ Ele apenas concordou com a cabeça por um breve segundo e, em seguida, deu as costas e guardou o seu celular enquanto andava.
Saias, eu nem havia me lembrado que havia pedido saias para um desconhecido da detenção...
Oioi:)
Oq acharam do capítulo?
Perdão pelos erros ortográficos e até o próximo capítulo;)
Tchauzinho <3
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