ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ: 𝟎𝟑

P.v S/n Kugisaki

Entrei na sala de detenção e, naquele mesmo instante, notei que apenas o nosso supervisor estava, no qual estava lendo uma HQ famosa dos anos 2000.

- A onde ele 'tá?_ Perguntei me referindo ao unico garoto que me fazia "compainha" naquele lugar.

- Baji? O delinquente meia-boca? Eu não faco ideia, aquele...garoto sempre faz isso._ Falou o velho irritado.
- Me lembre de aumentar a droga da detenção sesse muleque._ Falou voltando a ler sua história em quadrinhos.

Seuspirei enquanto me virava e frchava a porta pela qual eu havia acabado de entrar e, em seguida, bufei indo em direção a mesa vazia ao lado da janela.

Abri minha bolsa escolar assim que me sentei e, sem demora alguma, tirei de dentro da mesma o meu material escolar para fazer o dever de casa. Coloquei os mesmos encima da mesa e, em seguida, peguei os meus fones de ouvido e os coloquei, escolhi uma de minhas músicas preferida e abri minha bolsinha com os meus lapis, canetas e marcadores coloridos.

- Garota...ei._ Naquele mesmo instante parei a música que havia acabado de colocar e olhei em direção ao velho.
- Eu vou ao banheiro, não vou demorar. Se o senhor Baji chegar, alerte-o para não tentar fugir de mim._ Dito isso, ele logo saiu com o sua HQ em mãos, enquanto empurrava os seus óculos pequenos contra o seu rosto.

Neguei com a cabeça enquanto voltava a colocar minha musica e, em seguida, mexi os meus labios em um biquinho para boltar a me concentrar. Agora, com a minha lapiseira em minha mão, cossei minha cabeça enquanto lia com duvida a questão de matemática, aquela em que o professor mandou estufar pois iria cair em nossas provas bimestrais. Bufei frustrada já sabendo que iria ter dificuldades neste bimestre, igualmente quando tive no passado.

De repente, ouvi um som de porta sendo batida dentro daquela sala. O som foi tão alto que acabei escutando mesmo estando de fones, o que acabou me causando um breve susto enquanto olhava rapidamente em direção à porta do local.

Na hora eu vi Keisuke de costas para mim, enquanto levava suas mãos até sua cabeça, que tinha seus cabelos pesos de mau jeito, enquantodua bolsa escolar caia no chão após ser simplesmentesolta de qualquer jeito.

- Baji?_ Tirei o meu fone esquerdo enquanto soltava minha lapiseira e me levantava de minha cadeira.

O moreno rapidamente se virou em minha direção e, naquele mesmo instante, notei que seus olhos me transmitiam uma áurea de raiva e um leve pânico.

- S/n, eu 'tô fodido._ Ele se virou para a mesa do nosso supervisor e, em seguida, olhou para a lixeira de latão ao lado daquela mesa.
- Eu tô..._ Chutou com força aquela lixeira, fazendo com que a mesma caísse e fizesse um som alto e irritante.
- Fodido!_ Completou sua frase assim que chutou a lixeira e colocava suas mãos em seu quadril.

- O que aconteceu?_ Olhei para a lixeira deitada e vazia no chão.

- Aquela vaca desgraçada...porra!_ Ele se virou brevemente de costas para mim, olhando a lousa branca com a palavra enorme "detenção" escrita de caneta, enquanto no canto superior começava as regras da mesma.
- Porra, eu já devia saber._ Riu brevemente enquanto se virava para a mesa vazia que costuma ficar o supervisor.

- Fala de uma vez o que houve, Baji.__ Ele olhou pra mim enquanto coçava sua testa com o dedão da mão direita, enquanto a sua esquerda estava ainda em seu quadril.

- A desgraçada que eu comi ontem mentiu 'pra mim que as câmeras do quinto andar não estavam mais funcionando. Você 'tá ligada que o merda do nosso diretor, vive revisando as câmeras das salas paradas da nossa escola todos os finais de semana?_ Riu incrédulo enquanto se virava para a janela ao lado do armário daquela sala, no qual fica perto da mesa em que ele estava perto.
- Se o diretor pegar mais uma filmagem minha com uma garota, além de ser repetido de ano de novo, eu vou ser expulso mais uma vez de escola!_ Chutou a cadeira giratória do supervisor, na qual nem se moveu direito além de dar uma leve girada para a direita.

- Você tem certeza que ele revisa essas câmeras nos finais de semana?_ Ele suspirou enquando concordava e soltava junto um "uhum".
- Como você pode ter certeza?_ Tirei o meu fone que havia ainda ficado em minha orelha e fui em direção à ele.

- Porque aquele filho da puta já me adivirtiu três vezes por cabular aula no quinto andar._ Riu brevemente.
- É simples, ele também é só mais um filho da puta dessa escola que 'tá de olho em mim._ Se sentou na cadeira que havia acabado de chutar.
- Eu 'tô fodido._ Negou com a cabeça olhando para um canto qualquer da sala.

- E onde fica as imagens das câmeras? Na sala de computação?_ Ele riu sarcástico.

- Quem me dera fosse tão fácil assim acessar as câmeras da escola._ Ele tirou aqueles óculos do rosto enquanto se esparramava na cadeira do supervisor.
- Um amigo de um amigo meu que já estudou nessa escola, me contou que as filmagens ficam na sala do diretor._ Suspirou.

- Então por que você não vai lá e apaga as filmagens?_ Ele franziu o cenho.

- E eu tenho cara de quem sabe mexer em computadores igual hackers?_ Ri enquanto me sentava encima da mesa na frente dele.

- Não é igual hacker, isso é o básico._ Ele mexeu a cadeira para a esquerda e para a direita.

- Eu não sei como se mexe em um computador, Kugisaki._ Cruzei minhas pernas enquanto dava um sorrisinho malicioso.

- Ah sério? Que peninha..._ Olhei para as minhas unhas bem feitas e decoradas com esmalte preto e prata.
- Uma pena que você não saiba e...não conheça ninguém que saiba o básico._ Permaneci com aquele sorrisinho enquanto analisava os meus dedos.

- Você sabe por um acaso?_ Sua voz saiu arrastada e cansada.

- Ah, claro que sei._ Olhei para ele.

- Sabe como apagar filmagens?_ Perguntou com deboche.

- Aprendi ano passado quando saí de casa escondida de madrugada._ Dei uma piscadela para ele e, naquele mesmo instante, pude ver uma pitada de esperança crescer no olhar do moreno.

- Espera aí, você realmente sabe?!_ Ele rapidamente se levantou da cadeira giratória e veio em minha frente.
- S/n, sei que a gente se conhece muito pouco, mas por favor, me ajuda a sair dessa._ Falou assim que estava em minha frente.
- Por favor, eu te imploro..._ Segurou em meus braços.
- Apaga as filmagens das câmeras e eu te faço qualquer coisa._ Meu sorriso malicioso aumentou.

- Qualquer coisa?_ Ele me olhava no fundo dos olhos.

- Qualquer coisa._ Disse com total convicção.

(Breve Quebra Tempo.)

Keisuke e eu estávamos no primeiro andar bem no corredor da sala do diretor, pelo horário a escola estava vazia e com poucos funcionários. Andar nos corredores da escola não estava sendo tão difícil, era apenas manter silêncio e ter cautela para não sermos pegos antes mesmo de irmos até a sala do diretor.

- Tem certeza que ele não está na sala?_ Perguntei enquanto andava atrás do maior.

- Não tenho cem porcento de certeza, é só...um palpite._ Arregalei os olhos.

- Palpite? É só um..._ De repente, fui interrompida pelo mais velho que rapidamente parou e se virou para mim, pegou no meu pulso mais próximo e, quando menos percebi, acabamos entrando dentro de uma salinha abafada que estava com a porta aberta.

O moreno na mesma hora tapou a minha boca com a mesma mão que havia pego em meu pulso, enquanto a sua outra mão estava contra a parede ao meu lado e um pouco acima de mim. Naquele instante eu estava totalmente confusa, até ouvir o som de uma porta ser fechada e um assobio acompanhado com passos vindo do corredor em que acabamos de sair e se esconder.

- Han Seo Jin, sua desgraçada, se não me comprar frango frito hoje, eu vou me esforçar 'pra não me divorciar._ Riu brevemente enquanto logo em seguida voltava a assobiar.

Fechei os olhos assim que sua sombra passou pela porta ao nosso lado, o diretor, se ele nos ver aqui, nesta posição, possivelmente prolongadia a minha detenção e de brinde iria ganhar uma suspensão.

Ouvindo o assobio e os passos se distanciarem, abri os olhos e olhei para Keisuke que estava ainda na minha frente, com a sua mão direita contra a parede e sua mão esquerda tampando a minha boca, ele olhava para fora da porta preocupado e atento. Vendo o moreno tão de perto, mesmo com aqueles óculos fundo de garrafa e com o seu cabelo preso em um rabo de cavalo baixo, seria uma mentira se eu dissesse que ele é feio.

- Acho que ele já foi..._ Sussurrou para mim enquanto soltava a minha boca e se afastava da parede.

O mais velho colocou sua cabeça para fora da porta e olhou para os dois lados do corredor, mas logo manteu o seu olhar para a direção em que o diretor foi.

- Ele já foi?_ Perguntei em tonalidade baixa, porém sem sussurrar.

- Já._ Sua mão foi de encontro com o meu pulso e logo me puxou para fora daquela salinha.
- Vamos rápido antes que ele decida voltar._ Continuamos em direção à porta preta com uma placa dourada e com a frase "Sala do diretor Hayato" em preto.

O moreno soltou o meu pulso e logo levou sua mão em direção à maçaneta da porta, cruzei os meus braços olhando para a direção que viemos, mas logo ouvi o som da porta ao meu lado tentar ser aberta pelo de cabelos escuros, porém tendo suas tentativas totalmente falhas e inúteis.

- Droga, 'tá trancada!_ Olhei rapidamente em direção ao maior, no qual deu um empurrão inútil contra a porta, provavelmente descontando sua breve raiva na mesma.

- Vigia o corredor, eu vou tentar algo._ Falei levando minha mão até o meu grampo de cabelo, no qual eu o usava para não deixar o meu cabelo ir nos meus olhos durante a aula.

Abrindo o pequeno objeto em minhas mãos, estragando o mesmo na hora, não demorei muito para enfia-lo no lugar da chave e começar a mexer o mesmo lá dentro.

- Tem alguém vindo?_ Perguntei sem parar de mexer aquele grampo.

- Acho que não..._ Respondeu ansioso o que estava de braços cruzados, enquanto olhava para o corredor atrás de nós.
- Isso vai mesmo dar certo?_ Batucava os seus dedos da mão esquerda, cheios de anéis, contra o seu biceps direito.

- Eu não sei..._ Olhei para a maçaneta sem parar de mexer aquele grampo.
- Nunca fiz isso._ Após minha resposta, ficou um breve silêncio entre nós dois, no qual durou pequenos cinco segundos.

- O que?!_ Antes que ele pudesse me questionar, pude ouvir e sentir a porta ser destrancada.

- Consegui!_ Abri a porta com um sorriso orgulhoso e animado comigo mesma.
- Eu tinha visto isso apenas em filmes e séries, não sabia que funcionava de verdade._ Comentei enquanto Keisuke entrava na sala após eu der passagem para ele.

Assim que o moreno entrou, fechei rapidamente a porta e a pequena persiana que dava acesso ao vidro que tinha na porta.

- Entramos na toca do dragão._ Olhei para o mais velho que analisava o ambiente.
- Como eu odeio esse lugar..._ Suspirou enquando eu ia em direção à cadeira do diretor.

- Vamos acabar logo com isso._ Falei apertando o botão para ligar o computador.

- Se eu fosse você, eu não sentava na cadeira dele._ Olhei para Keisuke assim que estava prestes a me sentar.

- Por quê?_ Ele mexia em pequenos enfeites e troféus na estante planejada da sala.

- Primeiro, sua saia é curta. Segundo, porra, essa é a cadeira do diretor, sabe quantas vezes ele peida aí por dia?_ Fiz uma cara de nojo apenas com a segunda parte.
- E três, as duas primeiras já são grandes motivos 'pra você não pegar germes daquela bunda mucha, então vai por mim gata, nem eu sentaria nessa coisa._ Falou com um sorrisinho no rosto, enquanto devolvia para a prateleira um objeto estranho e dourado.

Revirei os olhos e desisti de me sentar naquela cadeira, logo os meus olhos foram para o computador que acabou ligando. Me inclinei em sua direção para enxergar melhor e logo apareceu a tela de bloqueio, pedindo a senha do login da conta vinculada.

- Merda..._ Murmurei mordendo o lábio inferior, na tentativa de pensar em algo que pode ser a senha.

- O que foi?_ Keisuke veio em minha direção calmamente, enquanto analisava uma caveira preta brilhante, aparentemente feita de pedra ou algo do tipo.

- Sabe o que pode ser a senha?_ Perguntei enquanto olhava para trás, onde Keisuke se posicionava encostado em um armário cinza, com algumas anotações presas com imâs.

- Tenta Augusto._ Falou olhando para aquela caveira, na qual ele jogava de uma mão para a outra sem parar.

- Augustos? Por que Augustos?_ Franzi o cenho confusa.

- É o nome do cachorro dele, só tenta logo garota._ Revirei os olhos voltando para o computador.

- É melhor cumprir com o que eu te pedir, seu grosso mau educado._ Ouvi uma risada nasal vinda dele.

Colocando a senha que o moreno falou, logo a senha foi aceita e apareceu para mim a página de boas vindas, o que me fez soltar um som de surpresa e olhar para ele.

- Como você sabe o nome do cachorro dele?_ Perguntei confusa.

- 'Tava no quadro ali na estante._ Ele falou se desencostando do armário e vindo em minha direção, deixando a caveira ao meu lado na mesa enquanto olhava para a tela em nossa frente.
- Cacete, que velho burro._ Riu enquanto eu olhava para a tela novamente.
- Quem deixa a senha do computador exposta?_ Riu novamente.

Ignorei totalmente sua pergunta retórica, pois com as informações que ele havia me passado, ele nem se quer tem um notebook e ele com certeza perderia a senha ou esqueceria. Procurando pelo aplicativo baixado que tem acesso às filmagens das câmeras, assim que eu o achei soltei uma risada única e sincera.

- O que foi?_ Perguntou Keisuke assim que cliquei no mesmo.

- Esse é o mesmo aplicativo que meus pais usam para as câmeras lá de casa, não sei quem é mais sortudo, eu por saber mexer, ou você porque eu sei mexer._ Ele riu brevemente.
- Tudo bem, quinto andar né?_ Ouvi um "uhum" vindo dele.
- Que sala?_ Comecei a passar câmeras por câmera, nas quais mostravam as filmagens ao vivo.

- Sessenta e três, sala de ciências em reforma._ Apertando mais três vezes no botão para trocar as câmeras, achei a câmeras que mostra a porta da sala, o corredor em frente às escadas e uma janela da sala.

- Que horas foi?_ Perguntei assim que desloguei as câmeras e apertei para acessar as filmagens ja gravadas.

- A gente foi uns quinze minutos antes de começar a hora da nossa detenção..._Ergui minha sobrancelha começando a pensar o quão mentiroso ele poderia até ser. Logo em seguida, comecei a voltar para o dia anterior à procura do momento exato.

Suspirei pesadamente enquanto olhava para as horas, minutos, segundos e os milésimos mando rapidamente. Não demorou muito para que eu parasse bem no exato momento em Keisuke saísse de dentro daquela sala, junto com a tal garota que ele havia transado a poucos momentos antes daquele.

- Isso! Essa é a garota..._ Falou eufórico assim que havia dado pause na gravação.

- Fala baixo, nós não sabemos se ainda tem algum inspetor por perto._ Disse enquanto desacelerava o quanto eu voltava com a gravação.

- Tanto faz...deu certo?_ Perguntou o moreno que acabou se sentando encima da mesa do diretor.

- Quase..._ Murmurei concentrada para achar o exato momento em que ele entrava com a garota.

Até que, de repente, parei novamente assim que vi eles terminando de subir as escadas para o quinto andar.

- Achei!_ Falei contente enquanto levava o mouse até a lata de lixeira virtual, apartir do ponto que eu havia acabado de marcar na gravação.

- Finalmente..._ O murmúrio de Baji soou aliviado enquanto descia da mesa.

- Em alguns minutos, tudo isso vai acabar ficando apenas entre mim, você, a garota e...provavelmente as amigas daquela garota._ Falei enquanto via a pequena e chata barrinha verde de "processando" começar a carregar em seus sete por cento.

- Que se dane ela e as amigas dela._ Falou se sentando na cadeira do diretor.
- Eu não 'tô mais tão fodido quanto já estava._ Riu contente.

Vendo ele olhar para o teto com um sorrisinho no rosto, o fuzilei com um olhar debochado com uma pitada de nojo. Ele logo levou o seu olhar para mim e, ainda com aquela expressão alegre, não havia entendido a onde é que ele estava.

- O que?_ Perguntou confuso com o meu olhar.

- Cadeira, diretor...peidos, germes e bunda mucha?_ Ele levou pouquíssimos segundos para se ligar a onde é que ele realmente estava.

- Que merda..._ Reclamou em um murmúrio assim que se levantou, enquanto eu levava o meu olhar para a tela do computador que ainda processava as horas de filmagem sendo apagadas permanentemente.

De repente, ouvimos um som de algo caindo no chão fora da sala, o que fez com que Baji e eu olhassemos em direção aquela porta velha da sala.

- Você trancou a porta, não trancou?_ Keisuke perguntou sem que nós dois tirássemos os olhos dela.

- E existe uma maneira de trancar a porta sem chaves?_ Perguntei de forma que não saísse tão irônica no momento.

Não demorou muito para que ouvissemos alguns sons de passos, o que fez com que o meu coração se acelerrasse ao ponto de que parecesse que iria sair pela boca.

- Que merda!_ Keisuke "gritou" em um sussurro enquanto olhava para os lados.

- Olha a onde você me meteu!_ Reclamei apertando na aba de ocultar tela, enquanto procurava desesperadamente por um lugar em que me coubesse.

- Mesa! Debaixo da mesa!_ Keisuke se abaixou enquanto pegava em minha mão e me puxava para o chão.

- Baji, não cabe nós dois!_ Sussurrei de forma "alta".

- Porra, se encolhe que cabe._ Olhei para ele indignada, sem saber se ele havia dito de forma irônica ou se era para me espremer entre ele e a mesa.

Ouvimos o som de chaves contra a porta, o que me fez arregalar os olhos e, sem pensar duas vezes, me espremi ao lado do mais velho enquanto tapava a minha boca. A porta daquela sala foi aberta, fechei os olhos pelo medo de ser pega enquanto tentava ao máximo não respirar alto.

- Por que o diretor não trancou a porta se ele não esta aqui?_ Ouvimos a voz do nosso supervisor.

Engoli a seco enquanto abria os olhos temporariamente, meu coração estava acelerado, o medo de ser pega estava martelando em minha mente assim que estávamos chegando neste lugar. Pudemos ouvir os sons dos passos do supervisor começar a passear pela sala, a cada passo que se aproximava da mesa, era a minha vontade de chorar por pânico começar a me atacar.

- Por que isso 'tá aqui? Pensei que Hayato odiasse tirar essa caveira do lugar..._ Olhei para o moreno ao meu lado, que também tapava a sua boca, me olhar erguendo os ombros da forma que podia enquanto expressava um "foi mal" com o olhar.

Após mais alguns passos, pude ouvi-los novamente se aproximando da mesa e, de repente, conseguimos ver as pernas do supervisor em nossa frente. Naquele momento quase acabei engolindo a língua pelo medo, principalmente no momento em que ele se sentou na cadeira suspirando fundo como se estivesse aliviado ou coisa do tipo.

- Esse lugar...ah..._ Suspirou rodando-se na cadeira.
- Como esse é perfeito para mim..._ Riu brevemente.
- Você aí!_ De repente, ele gritou se virando para frente, o que acabou assustando tanto eu, quanto Keisuke.
- Suspenso por uma semana por insultar o diretor Han Soe Jun!_ Logo após dizer o próprio nome em terceira pessoa, soltou uma risada rodando a cadeira de um lado para o outro de novo.

Franzi o cenho enquanto tentava entender aquilo, porém, antes que o supervisor fizesse ou dissesse mais alguma coisa, conseguimos ouvir um som alto na sala. Parecia que vinha do velho da nossa frente, por poucos segundos eu estava confusa, até ve-lo colocar sua mão esquerda sobre o seu abdômen e, de repente, um som alto foi ouvido por todos nós, me causando uma expressão de nojo antes mesmo do cheiro chegar.

- Droga...eu pensei que havia já acabado..._ Ele se levantou.
- Depois eu volto para fechar a sala, que droga..._ Rapidamente ele saiu correndo, abrindo a porta e apenas deixou-a do mesmo jeito.

Sem demora alguma, rapidamente me arrastei pata fora daquele pequeno espaço com todo o meu esforço e, claro, segurando o máximo de oxigênio "puro" em meus pulmões, engatinhei para uma área daquela sala que ainda não estivesse contaminada com aquele ar tóxico. A única coisa que eu conseguia ouvir, além do meu coração acelerado pela adrenalina e a falta de oxigênio, era Keisuke se explodindo em gargalhadas sinceras enquanto se levantava do lugar.

- Puta merda, quem diria que aquele filho da mãe ia peidar na nossa cara._ Falou o moreno enquanto eu sentia que iria vomitar pelo cheiro que invadiu as minhas narinas.

- Vai se foder...isso tudo é culpa sua._ Me sentia envergonhada e de certa forma humilhada.
- Foi você quem comeu aquela garota._ Falei me levantando do chão enquanto abanava o ar, na tentativa de tirar aquele cheiro de perto de minhas narinas.

- Qual é? Pare de ser tão careta_ Falou o moreno enquanto eu ia em direção à mesa novamente.

- Cala a boca._ Murmurei enquanto pegava no mouse e clicava no aplicativo de câmeras do computador, abrindo novamente aquela página que eu apenas havia ocultado.
- Deve que já..._ Antes que eu terminasse, naquela sala foi possível ouvir um som de gemidos femininos. Naquele mesmo instante minhas bochechas ferveram, eu estava perplexa.

- Ué, aqui tem caixinhas de som?_ Keisuke perguntou naturalmente.

- Eu...quero...morrer._ Falei de forma dramática e pausadamente.

Que droga Keisuke...






Oioi:)

Primeiro capítulo do ano, eeeeeee!

Oq acharam desse capítulo?

Perdão pela demora, pelos erros ortográficos e até a próxima:)

Tchauzinho<3

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