Maybe it's better this way.
As mãos de Betty tremiam viciosamente enquanto encarava a mensagem em seu celular. O que ela faria? Como lidaria com aquilo? Já havia perdido um de seus bebês, não poderia perder outro. Seu sonho infantil de ser o mãe de gêmeos acabara de ser destruído, antes mesmo que ela soubesse que seria possível.
- O que está fazendo aqui? - Alice questiona na defensiva, e então, Elizabeth se dá conta da presença de seu pai.
- Ouvi o que aconteceu com minha filha, por isso vim visitá-la.
Hal atravessa a porta do quarto de sua filha e passa por Alice.
- Quase dezoito anos depois você resolve se preocupar com ela? - debocha.
- Não seja insensível, a menina acabou de perder um filho. - Hal a reprova, causando confusão em ambas as mulheres dentro do cômodo.
- Como sabe disso? - a voz de Betty soa rouca e cansada.
- A cidade inteira já está sabendo, minha filha. - ele diz com pesar, que Alice poderia jurar que foi falso. - Eu vim te oferecer ajuda. Sei que sofreu um atentado, é óbvio. Eu estou indo embora de Riverdale em dois dias, e gostaria que fosse comigo. Aproveitaríamos para recuperar o tempo perdido e você se cuidaria melhor longe daqui.
- O que? - um som gutural soa da garganta de Alice. - Quem você pensa que é para querer levar minha filha para fora da cidade? O que você veio fazer aqui, em primeiro lugar?
- Eu sou o pai dela, Alice. - Hal volta-se para a mãe de sua filha. - Eu vim a Riverdale a negócios, como fiz durante anos, anos esses que muitas vezes você me proibiu de ver minha filha. E agora acho que ela tem idade o suficiente para escolher.
- Betty não vai a lugar nenhum com você e sua nova família. - rosnou.
A jovem, que antes estava alheia encarando a mensagem recebida a pouco tempo em seu celular, finalmente se pronuncia.
- Eu vou.
Aquelas palavras atingem Alice como um soco na boca do estômago.
- O que? - a voz da mulher soou embargada.
- Fico feliz em ouvir isso, querida. - Hal sorri, e entrega para filha um cartão de visita com seus contatos. - Me ligue assim que estiver pronta para ir.
- Hal, some daqui! Vai embora agora! - Alice explode, e começa a expulsar o pai de sua filha a base de tapas para fora do quarto.
- Eu preciso ir. - Betty sussurra. - É pela segurança do meu bebê.
- O que você quer dizer com isso, Elizabeth? O que está acontecendo? - sua mãe se desespera.
- O que aconteceu hoje de manhã, foi uma ameaça para eu deixar Riverdale, mamãe. - simplifica. - Minha única saída até que as coisas se resolvam é ir embora, mesmo que isso signifique morar com o Hal.
Quando Jughead saiu como um furacão do hospital, e minutos depois Hal, os amigos de Betty estavam furiosos por estar a tanto tempo ali esperando sem notícias. Quinze minutos depois, Alice saiu para mandá-los entrar, na intenção de que eles mudassem a cabeça de Elizabeth sobre aquela decisão.
Era loucura, ela não poderia ir embora. Não poderia deixá-la sozinha, como Polly fez.
Enquanto isso, do outro lado da cidade, Jughead caminhava de volta para casa aos prantos. Ele não conseguia nem identificar o motivo por qual chorava tão compulsivamente. Por mais que não soubesse da existência do bebê, saber da perda dele havia sido um baque enorme. E para completar, saber que o desprezo de Betty para com ele era tão intenso que a garota foi capaz de tentar tirar os filhos dele, estava o consumindo por dentro. Estava tudo tão confuso e complicado.
Ele havia dado um bolo em Betty apenas por que estava aconchegando Veronica em uma espécie de cabana no limite de Riverdale. Jughead havia levado a ex namorada para lá, para dividir o local com Toni, até as coisas se acertarem e eles descobrissem o que realmente estava acontecendo.
Agora, tudo o que o rapaz achava que estava construindo com Betty, a garota por quem já havia admitido a si mesmo estar completamente apaixonado, foi por água abaixo. Ele não conseguia entender o motivo de tudo aquilo. Não conseguia racionalmente por as peças em seus devidos lugares.
"Parece que a surra que sua namoradinha tomou não foi o suficiente para você me procurar, não é mesmo?" O celular de Jughead vibra com uma mensagem de Victoria. O garoto que agora chegava a sua casa, congela com a mão na maçaneta da porta.
- Foi você? Você está me dizendo que foi você quem fez a Betty quase perder meu filho? - Jughead grita assim que Victoria atende o celular.
- Quase? Quer dizer que o bastardinho sobreviveu? - questiona furiosa do outro lado da linha. - Jughead, ou você dá um jeito nisso, ou da próxima vez, não vai ser um abortivo que vai descer pela garganta dela, e sim uma bala! - ela grita furiosa, mas antes que Jughead possa responder, um impacto o puxa para frente, fazendo-o se virar, e deparar-se com um Archie furioso.
- Por que caralhos você tratou ela daquele jeito? - O ruivo o empurra novamente. - Você sabia que agora ela quer ir embora de Riverdale com um pai que nunca deu a mínima pra ela e nós nem sabemos se podemos confiar no cara?
- Talvez seja melhor assim. - Jughead sussurra sem vida.
Ele não queria que ela fosse. Queria correr e pedir desculpas por não ter acreditado nela. Queria cuidar dela e de seu filho, mas ele não podia. Não com Victoria ameaçando sua vida. Ele precisava derrubar todo o esquema da garota e de sua mãe antes de se reaproximar de Betty.
- O que está dizendo, seu esquisito? Você é um moleque irresponsável!
- Não se mete, caralho! - dessa vez, é Jughead quem empurra Archie. - Betty não pode ficar aqui, será que você não percebe? Riverdale não é mais seguro pra ela, e principalmente pro meu filho!
Archie o encarava curioso e confuso ao mesmo tempo.
- O que está acontecendo? Tem alguém ameaçando a Betty?
Jughead não respondeu, apenas entrou em casa, batendo à porta na cara de Archie.
FIQUEI TÃO EMPOLGADA COM A INTERAÇÃO DE VOCÊS NO ÚLTIMO CAPÍTULO QUE ME EMPOLGUEI PRA ESCREVER ESSE E ESTOU POSTANDO! ESPERO QUE TENHAM GOSTADO!
CONTINUEM COMENTANDO MUITO E DEIXANDO ESTRELINHAS!!
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