epílogo

Cole Sprouse

um ano depois.

— Cara, para com isso.

Kj me empurrou contra a parede, me impedindo de avançar no universitário bêbado.

— Me solta, porra.

Eu tentei me desvencilhar para avançar mas seu antebraço foi parar no meu pescoço.

Eu não ligava para os olhares que estava recebendo por meu pequeno show, eu iria matá-lo, mas antes me certificaria de arrancar seu pau fora.

— Se acalma. — ele disse novamente, nesta vez, um tom de voz mais alto, atraindo minha atenção.

Kj estava ridículo, vestido de batman para esta festa de fraternidade. Camila era seu par e estava com um macacão preto e orelhas de gata.
Eles dois estavam bregas. Esse era um dos motivos plausíveis para odiar o
halloween.

— Tá, me solta logo.

Ele me encarou com hesitação e se afastou aos poucos, eu cerrei meus punhos e respirei fundo.

— Cadê a Lil?

Perguntei, olhando ao redor. Eu não via sua fantasia por aqui.

Ela estava vestida de princesa. Eu não me lembrava o nome da personagem mas seu.vestido era azul e brilhante e seu cabelo estava amarrado em um coque, ela também usava.um par de luvas brancas e saltos de cristais.

E eu havia vindo de eu mesmo.

— A Cami foi no banheiro com ela. Já chamaram a polícia. Você precisa tomar alguma coisa.

Eu encarei o cara que havia tentado colocar as mãos sobre a minha garota a poucos metros de distância. Ele estava sentado sobre uma poltrona, as mãos em forma de concha ao redor do nariz que jorrava sangue. Eu só havia conseguido acertar um soco no maldito antes de Kj me interromper.

Eu avancei sobre a multidão, que se partiu como um mar vermelho me dando passagem e fui até as portas do fundo. O vento gelado me acalmou um pouco, eu acendi um cigarro e dei uma tragada.

Eu estava tentando parar por eles.

Mas agora eu não conseguia, eu precisava do alívio da nicotina mesmo que só por alguns segundos. Eu estava puto e queria destruir algo. O rosto daquele desgraçado, com
certeza.

Ouvi o barulho da porta se abrindo ao meu lado e encarei enquanto um cara familiar saía da cozinha. Ele estava fantasiado de homem aranha, só que segurava a máscara em suas mãos, revelando sua identidade.

— E aí.

Ele disse quando nossos olhares se cruzaram. Eu o reconhecia. Ele era o
jogador de futebol que havia tentado chamar Lili para sair na lanchonete, ano passado.

Eu o ignorei.

— Parabéns, cara.

Ele se aproximou, suas palavras pareciam sinceras.

— Vocês já sabem o sexo do bebê?

— Ainda não.

Soltei a fumaça lentamente.

Lili estava grávida. Dois meses.

Eu era sortudo. E em breve, seria pai.

— Ah.

Foi tudo o que ele respondeu.

— Não sei se você se lembra mas eu me chamo Drew.

Ele passou a mãos por seus cabelos, os bagunçando. 

— Hum... Sinto muito por a Lili ter que ter passado o estresse lá dentro... A nossa fraternidade não tolera ess...

— Você não precisa se desculpar — eu o cortei secamente. — A culpa não foi sua.

— Eu sei mas o Jacob, o cara que tentou...

Ele parou abruptamente, pensando nas palavras certas.

— Ele faz parte da fraternidade

Disse por fim.

— Achei que seria mais adequado se alguém viesse pedir desculpas...

Lili estava grávida. Quase foi estuprada. Esse cara merecia morrer.

— A polícia já chegou?

O interrompi novamente.

— Não. Aposto que chegarão em breve.

Nós ficamos em silêncio, eu encarando a piscina vazia e Drew tenso ao meu lado sem saber o que fazer. Em outras circunstância, eu riria. Eu não precisava da empatia dele, mas reconhecia o gesto admirável.

— Sabe... quero ter uma menina. Não sei por quê. Geralmente caras querem garotos.para poder idolatrar mas eu realmente quero uma garota. Ela provavelmente vai se chamar... .

(N.A on: Faith em inglês)

Eu ergui as sobrancelhas, confuso.

— É um nome bonito. Diferente

Respondi sinceramente.

Joguei meu cigarro numa lata de lixo aberta a poucos metros de distância.

— É mesmo. — ele concordou, o olhar distante. Um sorrisinho estúpido e sonhador estampado em seu rosto. — Bem, preciso voltar lá para dentro. Alguém precisa bancar o anfitrião responsável. Até mais, cara.


♡♡♡♡


Lili estava sentada sobre o sofá, um pote de sorvete entre suas mãos e a calda de chocolate ao seu lado. O seu apetite havia aumentado consideravelmente nos últimos
meses, mas eu não reclamava. Com ele, veio o desejo insaciável por sexo.

Nós transavamos todo santo dia.

Camila tinha um semblante preocupado, estava encostada casualmente contra a.parede, assim como Kj.

O meu apartamento estava decorado com diversas abóboras e papel crepom em formato de monstros. Arte de minha namorada e dos meus amigos.

Lili não parecia abalada depois de quase ter sido violada. Eu gostava da calma que ela transmitia, da compreensão e visibilidade de todos os pontos de vistas, já eu
simplesmente perdia a cabeça.

Eu virei meu copo de uísque e o enchi novamente.

— Vai com calma, alcoólatra. Não é só porque você já é de maior de idade que quer dizer que você tem livre passe para cirrose.

Kj gritou em minha direção e eu somente o ignorei.

Virei meu copo cheio, o líquido desceu cortante e eu fiz uma careta.

— Vinte e um anos...

Kj suspirou.

— Eles crescem tão rápido...

Ele fingiu limpar lágrimas falsas.

Camila sorriu abertamente.

— Muito mesmo.

— Quantos meses?

Lili perguntou de repente, encarando a amiga. O rosto de Camila foi tomado por um rubor vermelho e Kj ficou branco. Eles ficaram em silêncio, apenas se entreolhando e eu franzi as sobrancelhas. Eu andei até a sala.

— O que vocês sabem que eu não sei?

Lili deu de ombros, um sorrisinho brincava em seus lábios. Ela levou outra colherada de sorvete até a boca antes de falar.

— Cami está grávida, ué.

— O quê? — eu perguntei, confuso. — Por que vocês não contaram?

Kj sorriu, constrangimento estampado em seu rosto.

— A Cami não queria dizer nada por enquanto, ela nem contou para a família dela ainda.

Camila suspirou, derrotada.

— Duas semanas. E como você descobriu?

Ela fuzilou minha namorada com o
olhar.

— Eu reconheço garotas grávidas.

Lili respondeu simplesmente.

— Mas isso é irrelevante no momento. Você já pensou que nossos filhos vão ser melhores amigos?

— É claro que sim!

Camila exclamou, parecia tão animada quanto a minha namorada
que em breve, se tornaria minha noiva.

Pelos próximos momentos, a conversação girou em torno de bebês e... bebês.

Eu estava feliz por meus amigos.

Eu estava feliz por nós, em geral.

Isso era lar. Nós finalmente havíamos encontrado ele. E eu não o trocaria por absolutamente nada.


FIM

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gente, vou chorar. Eu amei adpatar essa história e espero que vcs tenham gostado também, obrigada por me acompanharem até aqui. Eu amo vcs ❤

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